quarta-feira, 17 de março de 2021

IBGE: vegetação nativa teve maior redução de 2000 a 2018 no PA e em MT

 


Dados foram divulgados hoje pelo IBGE

Publicado em 17/03/2021 - 10:05 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Diante do avanço das atividades produtivas - principalmente agricultura, pecuária e silvicultura - as vegetações nativas de algumas unidades da Federação sofreram significativa perda ao longo do período 2000-2018. O Pará teve uma redução de 118.302 quilômetros quadrados (km²) de vegetação nativa, seguido de Mato Grosso, com redução de 93.906 km².

Os dois estados foram os que mais perderam vegetação nativa (florestal e campestre), segundo o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra: estatísticas desagregadas por UF, divulgado hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, a dinâmica de perda de vegetação nativa em Mato Grosso corresponde, principalmente, à substituição de vegetação florestal por áreas agrícolas, de pastagem com manejo e de mosaicos florestais (áreas caracterizadas por ocupações mistas), e de vegetação campestre por áreas agrícolas e de pastagem com manejo.

De 2000 a 2018, Mato Grosso foi o estado que teve a maior expansão da área agrícola, com acréscimo de 50.616 km². Principal fronteira agrícola do país, o estado foi o segundo entre as unidades da Federação com maior aumento de área de pastagem com manejo, com 45.449 km².

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“O maior avanço da área agrícola está no norte de Mato Grosso, na região de Sinop”, disse o responsável pelo monitoramento, Fernando Dias.

Conforme o levantamento, a dinâmica de perda de vegetação nativa no Pará corresponde, principalmente, à substituição de vegetação florestal por áreas de pastagem com manejo e de mosaicos florestais.

De 2000 a 2018, o Pará teve expansão de 83.400 km² de pastagem com manejo, a maior entre os estados. Nesse período, a vegetação florestal também foi substituída por mosaicos florestais em uma área de 58.890 km².

“O Pará tem a característica de ser um estado grande. Essa substituição da vegetação florestal por pasto com manejo ocorreu principalmente entre 2000 e 2010 na parte leste”, afirmou o pesquisador do IBGE.

Bahia, Piauí e Maranhão responderam por 91,74% do aumento de áreas agrícolas no Nordeste de 2000 a 2018, que ocorreu, principalmente, sobre áreas de vegetação campestre na região denominada Matopiba (onde os três estados se encontram e também com o Tocantins).

No mesmo período, São Paulo foi o segundo entre as unidades da Federação com maior acréscimo de áreas agrícolas, com 22.290 km². Em 2018, Minas Gerais apresentava a maior área de silvicultura (principalmente plantio de eucalipto) do país, representando 22,97% do total do território nacional ocupado por essa classe de atividade.

Goiás é o terceiro estado com maior acréscimo de área agrícola do país, com 19.619 km² ,e Mato Grosso do Sul, primeiro entre as unidades da Federação em aumento de área de silvicultura, com 7.545 km².

Segundo o IBGE, a conversão de pastagem com manejo para área agrícola é um método habitual entre os produtores brasileiros. A dinâmica de ocupação em áreas florestais segue uma sequência, primeiro com retirada da vegetação nativa, seguida da implantação de pastagens e, depois de alguns anos, a introdução de áreas agrícolas.

Dias acrescentou que quando a área começa a ter melhor acesso, como uma estrada de terra ou asfaltada, observa-se a introdução da agricultura.

Nas regiões de Cerrado, Caatinga, Pampa, segundo o pesquisador, é possível verificar comumente a retirada da vegetação campestre para a implantação mais imediata da agricultura.

Em 2018, as áreas agrícolas ocupavam 40,82% da superfície do estado de São Paulo, 35,99% do Rio Grande do Sul e 35,92% do Paraná. No caso da pecuária, as pastagens com manejo ocupavam 44,79% da área do estado de Goiás, 41,98% de Mato Grosso do Sul e 29,85% de Rondônia em 2018.

Em termos de vegetação nativa, no mesmo ano, os estados que apresentam as maiores proporções de cobertura florestal em relação a sua área total foram Amazonas (91,71%), Acre (86,57%) e Amapá (78,87%). As maiores proporções de vegetação campestre (que inclui a flora típica do Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal) estão em Tocantins (61,73%), Piauí (58,72%) e no Rio Grande do Norte (58,35%).

Esta é a primeira vez que o IBGE divulga a contabilidade do uso da terra para as unidades da Federação, com dados dos anos de 2000, 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018.

Edição: Graça Adjuto



Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Prefeitura terá que desocupar prédios irregulares em comunidade do Rio

 


Em 2019, dois prédios ilegais desabaram matando 24 pessoas

Publicado em 17/03/2021 - 12:10 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a prefeitura carioca desocupe prédios construídos de maneira irregular na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Em abril de 2019, dois prédios ilegais desabaram na favela, matando 24 pessoas.

A decisão foi tomada pela 2ª Vara de Fazenda Pública do Rio a pedido do Ministério Público Estadual (MPRJ). A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do MPRJ.

A prefeitura, que tem 15 dias para cumprir a decisão, tomada em 10 de março, deverá cadastrar todos os moradores desses imóveis que precisarão de aluguel social.

O MPRJ ajuizou a ação civil pública porque, segundo a instituição, o município não impediu as construções irregulares no local, não removeu os moradores de lá e nem demoliu os imóveis já construídos. O objetivo da ação é garantir a integridade física dos moradores, devidos aos riscos de deslizamento de encostas (que ficam próximas a esses prédios) e de desabamento dos edifícios.

A Procuradoria Geral do Município do Rio informou que, neste momento, está avaliando a decisão judicial.

Edição: Valéria Aguiar


Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Efeito do fechamento de escolas durante a pandemia pode durar 15 anos

 


Impacto no aprendizado e na produtividade será de catástrofe, diz SPE

Publicado em 17/03/2021 - 14:53 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O fechamento das escolas durante a pandemia de covid-19 poderá ter impacto profundo e de longa duração – cerca de 15 anos – sobre a economia brasileira. A avaliação é da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, que divulgou hoje (17) o Boletim MacroFiscal com um box especial sobre os custos socioeconômicos dessa medida.

Segundo a secretaria, o impacto será sentido no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas os bens e riquezas produzidos no país), no aprendizado e produtividade do trabalho e no aumento na desigualdade social, já que o acesso ao ensino remoto, ofertado em substituição às aulas presenciais, é distinto, de acordo com as faixas de renda da população.

A SPE considerou que os efeitos da atual crise podem se estender até o final de 2022, resultando em um hiato de três anos na educação de uma grande parcela da população que hoje tem entre 5 e 20 anos (idade escolar). “Um prejuízo de dimensões incalculáveis”, diz o boletim.

“Há duas formas extremas de lidar com o problema. É possível imaginar também soluções intermediárias entre elas. A primeira seria simplesmente deixar o hiato educacional cobrar seu preço no estoque de capital humano brasileiro, de modo que jovens entrem no mercado de trabalho com a mesma idade que entrariam sem a pandemia, porém com uma quantidade menor de anos de educação formal”, diz o boletim. “Essa alternativa seria uma verdadeira catástrofe na acumulação de capital humano e na produtividade do trabalho de uma geração inteira”, avaliou a SPE.

A segunda alternativa seria cobrir esse hiato com anos adicionais de estudo após o término da pandemia. “Mas o efeito visual de se postergar por três anos a entrada dos jovens no mercado de trabalho é ‘dramático’”, diz a secretaria, já que haverá uma proporção menor de adultos em idade laboral e, assim, um encolhimento da população que gera riqueza no país.

De acordo com o boletim, esse efeito deve durar por aproximadamente 15 anos após o término da pandemia, possivelmente até 2038, até que toda essa parcela da população atingida com a paralisação das aulas entre no mercado de trabalho. “Portanto, escolas fechadas hoje causam um país mais pobre amanhã. E esse amanhã deve perdurar por quase duas décadas.”

Desigualdade de renda

Por outro lado, o boletim destaca que o impacto negativo da pandemia sobre o aprendizado dos alunos não é homogêneo na população, já que há o ensino remoto como substituto do ensino presencial, “embora esteja longe de ser um substituto perfeito”. “Ele [o impacto] tende a ser tanto maior quanto mais baixa é a renda familiar, uma vez que a existência de barreiras para o estudo remoto correlaciona-se fortemente com a renda. Um computador conectado à internet, e um ambiente adequado na residência para o ensino a distância, são requisitos praticamente inatingíveis para milhões de famílias de baixa renda”, acrescenta o boletim.

Para a SPE, é possível, inclusive, que crianças que têm condições materiais para acesso ao ensino a distância também tenham experimentado algum déficit de aprendizado, mas “o prejuízo terá sido muito maior para crianças pobres, porque foram destituídas de qualquer tipo de ensino em 2020”.

A secretaria explica ainda que os efeitos da educação sobre o crescimento econômico são muito bem documentados na literatura macroeconômica e estima-se que cada ano adicional de educação é capaz de impulsionar o crescimento do PIB em cerca de 0,58% no longo prazo. Outra estimativa é que aproximadamente 40% da diferença de renda entre o Brasil e os Estados Unidos são fruto do atraso educacional em nosso país.

“Para se ter uma ideia, enquanto em países desenvolvidos, como a Alemanha e os Estados Unidos, a população tenha médias de anos de estudo de 13 ou 14 anos, no Brasil esse número é pouco maior do que 7 anos. Essa diferença evidencia não só uma das razões para o tímido crescimento brasileiro, como também para a baixa qualidade de vida do nosso povo”, diz o boletim.

Além disso, os impactos do baixo nível educacional somam-se a questões relacionadas à disponibilidade de escolas e creches, o que reduz a oferta de mão de obra, em especial, das mulheres; à qualidade do ensino e uma cadeia de outras conexões, como evasão escolar e saúde mental, que potencializam os efeitos da educação sobre o bem-estar econômico no curto e no longo prazos. E isso tende a ser transmitido para as gerações futuras.

Para a SPE, as ações de fechamento de escolas foram justificáveis diante da total incerteza no início da pandemia, mas evidencias recentes vêm demonstrando que a abertura delas pode não ser um fator de risco para a propagação do coronavírus.

“Nosso país optou pelo fechamento completo das escolas públicas no ano de 2020 e por um período muito mais extenso do que o registrado em outros países (média de 40 semanas no Brasil, contra 22 semanas no resto do mundo). E mais: essa política persiste, ressalvadas algumas exceções, em 2021. Nesse sentido, todos os números apresentados até aqui podem ser entendidos como a previsão mais otimista dentre as possibilidades”, ressalta o boletim da SPE.

Edição: Nádia Franco


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Pré-sal atinge recorde de 73% da produção nacional de petróleo e gás

 


Produção total foi de 3,55 milhões de barris por dia, diz ANP

Publicado em 17/03/2021 - 12:45 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A participação do pré-sal na produção nacional de petróleo e gás natural atingiu em fevereiro o patamar recorde de 73,14%, segundo divulgou hoje (17) a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com a agência reguladora, foram produzidos no pré-sal no mês passado 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia, medida que considera tanto a produção de petróleo quanto a de gás. Já a produção total brasileira foi de 3,55 milhões de barris por dia.  

Segundo a ANP, somente o Campo de Tupi, o maior produtor nacional, respondeu por 32,8% da produção brasileira, com 1,2 milhão de barris de óleo equivalente por dia.

Já o Campo de Búzios, o maior da Cessão Onerosa, correspondeu a 19% da produção nacional, com 673 mil barris de óleo equivalente por dia.

 

Edição: Valéria Aguiar


 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Ministério mantém previsão de crescimento da economia em 3,2% este ano

 


Projeção para inflação é de 4,4%

Publicado em 17/03/2021 - 11:31 Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e elevou a estimativa para a inflação, por influência da alta nos preços dos alimentos. As projeções estão no Boletim MacroFiscal divulgado hoje (17).

A estimativa para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 3,2%, em relação ao boletim divulgado em novembro do ano passado. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “As incertezas são elevadas com os desafios de enfrentamento à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores no primeiro bimestre que apontam continuidade da recuperação da atividade econômica”, informou a SPE. “Contudo, o desempenho da economia no mês de março ainda é incerto, devido a novos fatores que estão surgindo em decorrência da pandemia, como a maior rigidez das regras de distanciamento, e afetam a atividade econômica”, acrescentou.

De acordo com o boletim os indicadores de confiança refletem melhoras das expectativas de empresários e consumidores, com o indicador do comércio em alta de 0,2% em fevereiro de 2021, ante o mês anterior, com ajuste sazonal, e a confiança do consumidor aumentando em 2,9%. Na projeção para o primeiro bimestre de 2021, espera-se que a indústria, agropecuária e serviços sejam os principais motores para a retomada. Já no comércio, nota-se o segundo arrefecimento seguido no varejo restrito, com recuo de 0,2% em janeiro de 2021 ante o mês anterior, com ajuste sazonal.

Para o Ministério da Economia, o caminho para o maior crescimento econômico passa pela continuidade da agenda de reformas estruturais e políticas de consolidação fiscal. “Dessa forma, a vacinação em massa vai garantir o retorno mais rápido do mercado de trabalho via redução das medidas restritivas de combate à pandemia; a consolidação fiscal vai manter um ambiente econômico propício ao investimento privado, à estabilidade da inflação e ao risco-país menor; e reformas pró-mercado vão dinamizar o crescimento de longo prazo da economia brasileira”, diz o boletim.

Para os próximos anos, de 2022 a 2025, a estimativa de crescimento do PIB se manteve em 2,5%. “A manutenção das projeções se deveu, principalmente, à recuperação econômica do segundo semestre de 2020, com bons resultados da indústria e do comércio e, no último trimestre, do setor de serviços. Para o primeiro trimestre deste ano, ainda se espera retração de 0,7% na margem com ajuste sazonal, com crescimento positivo nos demais trimestres. Essa projeção negativa no começo do ano advém das novas necessidades de isolamento social em diversas regiões do país”, explicou a SPE.

Inflação

A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020 é de 4,4%. “O principal responsável pela elevação da projeção foi o preço dos alimentos. Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta”, diz o boletim.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deverá encerrar este ano com variação de 4,27%. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 5,06%.

“Conforme Ata do Comitê de Política Monetária – Copom [do Banco Central], referente à 236ª Reunião, publicada em janeiro de 2021, a recente elevação no preço de commodities internacionais e seus reflexos sobre os preços de alimentos e combustíveis implicam elevação das projeções de inflação para meses à frente. Todavia, apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o comitê manteve o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, ainda que tenham se revelado mais persistentes do que o esperado”, explicou a SPE.

Para 2021, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%. Para 2022, a meta é 3,5%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Perspectivas

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, explicou a importância da vacinação em massa. “Em crises passadas, o normal é o desemprego ocorrer no setor formal da economia e o setor informal agir como um colchão. Nessa crise foi diferente, o grosso do desemprego veio do setor informal. Isso é importante porque o setor informal é mais dinâmico, então, tão logo consigamos vacinar a população brasileira, nós teremos a redução das medidas de distanciamento social e o setor de serviços, o setor informal, vai ter um grande dinamismo”, disse.

Além disso, segundo Sachsida, as políticas do governo de manutenção do emprego formal e de aumento de crédito para empresas limitaram a queda de produtividade e construíram uma base mais sólida para retomada econômica. “Além disso, a agenda legislativa de consolidação fiscal e pró-mercado está avançando mesmo durante a pandemia. Estamos lançando a base para o crescimento sustentável de longo prazo”, disse.

*Matéria alterada às 11h51 para acréscimo de informações

Edição: Graça Adjuto/Kleber Sampaio


Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

PIB trimestral recua 0,3% em janeiro em relação a janeiro de 2020

 


Em janeiro, o PIB recuou 0,8%

Publicado em 17/03/2021 - 11:39 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) acumulado no trimestre encerrado em janeiro deste ano caiu 0,3% na comparação com o trimestre findo em janeiro de 2020. O dado é do Monitor do PIB, divulgado hoje (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a pesquisa, o PIB recuou 0,8% no mês de janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, foram registrados crescimentos de 2,4% no trimestre encerrado em janeiro deste ano na comparação com o trimestre imediatamente anterior (encerrado em outubro) e de 0,5% no mês em relação a dezembro de 2020.

Setores

Na comparação do trimestre findo em janeiro deste ano com o trimestre encerrado em janeiro do ano passado, o consumo das famílias caiu 2,9%. As exportações recuaram 2,5%, ao mesmo tempo que as importações tiveram alta de 5,5%.

A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, apresentou crescimento de 16% no período.

Ouça na Radioagência Nacional:

 

Edição: Fernando Fraga


Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Máquinas, computadores e celulares têm tarifas reduzidas em 10%

 


Segundo ministério, medida reduzirá custos e aumentará competitividade

Publicado em 17/03/2021 - 16:28 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A partir da próxima semana, bens de capital e equipamentos de informática e telecomunicações comprados no exterior pagarão 10% a menos de Imposto de Importação para entrarem no país. A medida foi aprovada hoje (17) em reunião do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Camex).

Os bens de capital são máquinas e equipamentos usados na produção. Em nota, o Ministério da Economia informou que a medida vai reduzir custos e aumentar a competitividade de diversos setores da economia e beneficiar os consumidores, que pagarão menos para comprar itens como computadores e celulares. Por causa da desvalorização do real no último ano, esses produtos tiveram alta considerável de preços no país.

Ao todo 1.495 produtos, incluídos os subtipos, tiveram a alíquota de importação reduzida. Por envolver bens de capital e bens de informática e de telecomunicações, a medida não dependeu de negociação com os demais parceiros do Mercosul. Como a mudança ocorreu num imposto regulatório (usado para regular a economia), o governo não precisa elevar outros impostos ou cortar gastos para compensar a perda de arrecadação, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal para os demais tipos de tributos.

Atualmente, as tarifas de importação desses produtos variam de zero a 16% para as mercadorias que pagam a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul. Com a redução, uma máquina que paga 10% de imposto para entrar no país pagará 9%. Um eletrônico tarifado em 16% passará a ser tarifado em 14,4%. Os itens tarifados em 2% terão redução maior e terão a alíquota zerada. Segundo o Ministério da Economia, a medida diminui a burocracia e facilita a vida dos importadores e dos consumidores.

O Ministério da Economia detalhou algumas reduções. Os celulares e computadores do tipo laptop terão o Imposto de Importação reduzido de 16% para 14,4%. No caso de equipamentos médicos de raio-X e microscópios ópticos, a alíquota passará de 14% para 12,6%. Outros produtos beneficiados pela medida são máquinas para panificação e fabricação de cerveja e bens de capital relacionados à construção civil, como guindastes, escavadeiras, empilhadeiras, locomotivas e contêineres, entre outros itens.

As alíquotas reduzidas entrarão em vigor sete dias depois da publicação da resolução da Camex. Segundo o Ministério da Economia, o texto deve ser publicado oficialmente amanhã (18) no Diário Oficial da União.

Bicicletas

Em outra decisão, a Camex revogou a resolução que reduzia o Imposto de Importação de bicicletas. Anunciada no mês passado pelo presidente Jair Bolsonaro, a medida reduzia progressivamente, de 35% para 20%, a tarifa sobre as bicicletas importadas e vinha sendo criticada pelos fabricantes brasileiros, principalmente da Zona Franca de Manaus.

Edição: Aline Leal


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Campanha de vacinação contra influenza começa dia 12 de abril

 


O objetivo é vacinar nove em cada dez pessoas dos grupos prioritários

Publicado em 17/03/2021 - 16:33 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19) e ao esforço de imunizar os brasileiros, o governo federal segue com as iniciativas para combater outros vírus. É o caso da campanha de vacinação contra o vírus Influenza, marcada pelo Ministério da Saúde para iniciar no dia 12 de abril.

Além de evitar complicações decorrentes da gripe causada pelo vírus, a vacinação ganha uma outra importância no momento. Com diversos estados com leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) lotados e filas de espera, a campanha também é importante para evitar uma sobrecarga nos sistemas de saúde.

O público estimado pelo ministério é de 79,7 milhões de pessoas, e o objetivo é vacinar pelo menos nove em cada dez pessoas dos grupos prioritários.

Os grupos serão organizados para vacinação em três etapas. Os dias de mobilização, os dias D, serão definidos por cada município.

Os grupos prioritários:

- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;

- Gestantes;

- Puérperas;

- Povos indígenas;

- Trabalhadores de saúde;

- Pessoas com 60 anos ou mais;

- Professores;

- Portadores de doenças crônicas não transmissíveis;

- Pessoas com deficiência permanente;

- Forças de segurança, de salvamento e armadas;

- Caminhoneiros;

- Trabalhadores do transporte coletivo de passageiros;

- Funcionários trabalhando em prisões e unidades de internação;

- Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em unidades de internação;

- População privada de liberdade.

Covid-19

O Ministério da Saúde não recomenda a aplicação das vacinas contra a covid-19 e influenza conjuntamente. A pasta recomenda que as pessoas que estiverem nos grupos prioritários procurem se vacinar antes contra a covid-19.

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Fiocruz entrega vacinas contra covid-19 produzidas no Brasil

 


Quinhentas mil doses já estão com o Programa Nacional de Imunizações

Publicado em 17/03/2021 - 14:20 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregou hoje (17) ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) um lote de 500 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra a covid-19, fabricadas em Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. O lote foi produzido a partir do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado.

Mais 580 mil doses serão disponibilizadas até sexta-feira (19) totalizando um lote com 1,080 milhão de doses de vacina produzidas no Brasil.

Em março, segundo a Fiocruz, serão entregues 3,8 milhões de doses da vacina. Na última sexta-feira (12), uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. A expectativa é chegar até o fim do mês com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia.

Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a partir de abril, serão produzidas mais de 20 milhões de doses mensalmente. “Uma pandemia só pode ser superada com o esforço conjunto do governo e da sociedade civil. A ciência, a tecnologia e a inovação, que são os pilares da nossa instituição ao lado do papel do Sistema Único de Saúde (SUS) para quem destinamos a entrega de vacinas, é que neste momento podem contribuir para o principal objetivo das vacinas nesta pandemia, que é salvar vidas”, disse ela.

Seis milhões de doses

O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, afirmou que estão previstas entregas semanais em torno de 6 milhões de doses a partir de abril. “A gente deve seguir nesse ritmo até concluir os 100,4 milhões de doses previstas no contrato de encomenda tecnológica com a AstraZeneca. A expectativa é que as últimas doses deste contrato sejam entregues até julho deste ano”.

Com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira (12), a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina contra covid-19 produzida no país.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o médico Marcelo Queiroga, indicado para assumir a pasta, participaram da cerimônia de entrega das vacinas na Fiocruz, hoje, no Rio de Janeiro.

Edição: Kleber Sampaio

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Benefícios de vacina da AstraZeneca superam riscos, diz OMS

 


Uso do imunizante foi suspenso em alguns países europeus

Publicado em 17/03/2021 - 15:36 Por Stephanie Nebehay - Repórter da Reuters - Genebra (Suíça)

Reuters

Uma comissão de análise de segurança de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira que os benefícios da vacina contra covid-19 da AstraZeneca superam os riscos e recomenda que a imunização continue.

A OMS listou o imunizante da AstraZeneca e da Universidade de Oxford para uso emergencial no mês passado, ampliando o acesso à vacina, relativamente barata no mundo em desenvolvimento.

Mais de uma dúzia de países europeus suspenderam o uso da vacina nesta semana devido a preocupações sobre sua segurança.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou que está investigando relatos de 30 casos de problemas sanguíneos incomuns entre 5 milhões de pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca. No total, 45 milhões de vacinas contra covid-19 já foram distribuídas na região.

A EMA divulgará suas conclusões nesta quinta-feira (18), mas a diretora da agência, Emer Cooke, disse não ver motivo para mudar sua recomendação sobre a AstraZeneca – uma das quatro vacinas que aprovou.

O Comitê Global de Aconselhamento sobre Segurança de Vacinas da OMS está analisando cuidadosamente os dados de segurança disponíveis mais recentes da vacina da AstraZeneca. “Assim que a análise estiver concluída, a OMS comunicará as conclusões ao público imediatamente", disse a entidade, em comunicado um dia após seus especialistas realizarem uma reunião a portas fechadas.

"A essa altura, a OMS considera que os benefícios da vacina da AstraZeneca superam seus riscos e recomenda que as vacinações continuem", acrescentou.

A diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Kate O'Brien, informou que o comitê de segurança de vacinas está analisando se efeitos adversos, como coágulos sanguíneos, de fato têm relação com a vacinação.

"Não deveríamos interpretar exageradamente estes números específicos que saem dos testes. Elas são vacinas altamente eficazes, são vacinas que salvam vidas, são vacinas seguras e deveríamos continuar a distribui-las", disse O'Brien, em entrevista coletiva.

"Então, qualquer um a quem se ofereça uma vacina deveria receber o que quer se se esteja oferecendo pelo programa para que as vacinas que estão sendo oferecidas sejam usadas para seu benefício máximo", concluiu.

Por Stephanie Nebehay - Repórter da Reuters - Genebra (Suíça)

Reuters