quarta-feira, 17 de março de 2021

Congresso faz sessão remota para analisar 32 vetos

 


Da Redação | 16/03/2021, 19h41

O Congresso Nacional fará nesta quarta-feira (17) sessão remota para votar 32 vetos do presidente da República a propostas aprovadas pelos parlamentares. Entre os temas de vetos na pauta estão o Marco Legal do Saneamento Básico, o pacote anticrime e auxílios a mulheres provedoras de família monoparental, trabalhadores de saúde, agricultores familiares e atletas. A votação dos deputados terá início às 10 horas e a dos senadores às 16 horas, ambas de forma remota. Às 19 horas, os deputados farão uma nova etapa de votação.

Entre os vetos que aguardam votação está o VET 30/2020, que atingiu 18 dispositivos do Marco Legal do Saneamento Básico (PL 4.162/2019, transformado na Lei 14.026, de 2020). O projeto aprovado facilitava privatizações no serviço de saneamento, prorrogava o prazo para o fim dos lixões e estabelecia cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta de esgoto até o fim de 2033. Para isso, criava a obrigatoriedade de abertura de licitação, envolvendo empresas públicas e privadas, para contratação de companhias de água e esgoto.

O veto é polêmico porque um dos trechos vetados foi a permissão para que estatais que prestam os serviços atualmente pudessem renovar os contratos por mais 30 anos sem licitação. O veto a esse trecho foi criticado por vários senadores, porque, de acordo com eles, essa permissão era parte do acordo proposto pelo governo para que o projeto fosse aprovado.

O veto mais antigo na pauta é o VET 56/2019 - Parcial, que derrubou 22 dispositivos do chamado pacote anticrime (PL 6.341/2019, transformado na Lei 13.964, de 2019). Um dos pontos mais polêmicos foi a criação da figura do juiz de garantias, que é um magistrado responsável apenas pela supervisão de uma investigação criminal, não sendo ele quem decidirá sobre o caso.

Além dele, aguardam votação os vetos ao auxílio emergencial à mulher provedora de família monoparental (VET 35/2020) e à compensação financeira aos profissionais e trabalhadores de saúde incapacitados para o trabalho em virtude da covid-19 (VET 36/2020), os vetos à extensão do auxílio emergencial a agricultores familiares que não tivessem recebido o benefício (VET 46/2020) e à concessão do auxílio emergencial para atletas (VET 54/2020).

Também trancam a pauta os vetos parciais 42/2020, relacionado à MP que criou uma linha de crédito especial para que pequenas e médias empresas possam pagar salários durante a pandemia; e 51/2020, relacionado à lei da Política Nacional de Segurança das Barragens (PNSB),

Recentes

Também está na pauta o veto parcial ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 (VET 59/2020).  Entre os dispositivos vetados do texto principal da LDO, vários atingem a proibição de contingenciamento de despesas. Um desses dispositivos impediria o congelamento de recursos para a compra de vacinas contra o novo coronavírus. Para justificar o veto, o Executivo alegou que a medida reduziria o espaço fiscal para despesas discricionárias.

A agenda de votações inclui, ainda, o VET 1/2021, relacionado à suspensão do pagamento de dívidas de clubes inscritos no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), e o VET 3/2021, relacionado à  unificação de tributos por empresas construtoras contratadas pelo Programa Casa Verde e Amarela.

Votação

 Os 32 vetos na pauta trancam a pauta de votações do Congresso. Outros quatro vetos ainda não estão nessa situação e, por isso, não entraram na lista. A votação do Orçamento está prevista para 24 de março, mas é possível que seja adotado o mesmo entendimento de 2020: de que a votação de outras proposições na pauta das sessões remotas não fica suspensa pelos vetos pendentes.  

A regra é que os vetos presidenciais com mais de 30 dias de publicação trancam a pauta de votações do Congresso. Em 2020, no entanto, isso não aconteceu. O entendimento foi de que a pauta não seria trancada porque as sessões não eram conjuntas. Nas sessões conjuntas, deputados e senadores votam simultaneamente. Já no caso das sessões remotas, as votações são feitas de forma separada, em três etapas:  Primeiro, a Câmara dos Deputados se reúne na parte da manhã, às 10h; o Senado se reúne às 16h e, finalmente, os deputados têm outra reunião às 19h.

O Senado analisa vetos que, pelas regras, começam a ser examinados na Casa, mais aqueles que os deputados decidiram derrubar pela manhã. Por fim, a Câmara examina itens que, inicialmente votados pelos senadores, receberam apoio pela derrubada.

Na sessão virtual do Congresso, quando os deputados decidem pela derrubada de vetos, esses itens são necessariamente votados pelos senadores. Isso porque, para que um veto seja derrubado, é necessário o apoio mínimo de 257 votos na Câmara e de 41 no Senado.

Veja aqui a lista de vetos a serem analisados pelo Congresso.

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Adiada votação de projeto sobre equidade salarial entre homens e mulheres

 


Da Redação | 16/03/2021, 20h48

O Plenário do Senado decidiu nesta terça-feira (16) adiar a votação do projeto de lei que estabelece multa por discriminação caso empresas adotem salários diferentes para trabalhadores homens e mulheres que exerçam atividades idênticas na mesma função. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 130/2011 voltará à pauta no dia 23 de março.

O projeto insere a previsão de multa por discriminação salarial entre os sexos na Consolidação das Leis do Trabalho-CLT (Decreto-Lei 5.425, de 1943). A empresa multada deverá compensar a funcionária alvo da discrepância com o pagamento de valor correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período de contratação. A proposta tem parecer favorável do relator, senador Paulo Paim (PT-RS).

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu pelo adiamento após uma ponderação do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Ele questionou a possibilidade de que, pela redação do projeto, os efeitos da punição retroagissem para além dos limites permitidos pela legislação. Vanderlan também pontuou que a CLT já proíbe a desigualdade salarial nos termos propostos.

Para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina, a preocupação poderia ser resolvida com uma emenda de redação, o que impediria que o projeto precisasse voltar para a Câmara dos Deputados, de onde partiu. Ela sustentou que a retirada de pauta não seria uma boa sinalização da parte do Plenário.

— A pauta da bancada feminina tem tanta prioridade quanto qualquer outro item da pauta — cobrou.

As senadoras Rose de Freitas (MDB-ES), Zenaide Maia (Pros-RN) e Kátia Abreu (PP-TO) se manifestaram contra o adiamento, destacando que o projeto já tramita há mais de dez anos (ele foi apresentado na Câmara em 2009) e trata de uma questão fundamental para as trabalhadoras.

— Há 200 anos que as mulheres ganham menos do que os homens no mesmo emprego, no mesmo trabalho. Nada acontece nessa estatística — protestou Kátia Abreu.

Já a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) observou que a previsão da CLT contra a discriminação salarial de gênero não especifica os termos em que a prática seria punida, de modo que o projeto apresenta uma inovaçaõ importante.

O senador Paulo Paim fez a leitura do seu relatório, o que assegura que o projeto retornará à pauta na próxima semana diretamente na etapa de votação. No texto, ele explica que a discrepância salarial entre homens e mulheres tem experimentado uma contínua elevação desde 2016, chegando a um desnível de cerca de 25% em 2019 — isso significa que uma mulher no mercado de trabalho recebe, em média, três quartos do salário de um homem na mesma posição e com a mesma qualificação. Paim afirma apostar, ainda, que esse desnível deve ter se ampliado durante a atual pandemia de covid-19.

— Estamos falando de nossas filhas, nossas mães, nossas irmãs. Estamos falando das mulheres que dão vida a nós todos — salientou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Contra 'vacina de vento', Senado aprova projeto que garante registro de aplicação

 


Rodrigo Baptista | 16/03/2021, 21h08

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (16) proposta com objetivo de evitar fraudes na vacinação contra a covid-19. Do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), o Projeto de Lei (PL) 496/2021 garante o direito ao cidadão de filmar ou fotografar a aplicação da vacina e contar com a presença de um acompanhante durante a imunização. O texto também estabelece punições para quem furar a fila da ordem de prioridade na vacinação. A proposta segue para análise da Câmara dos Deputados.

O projeto foi apresentado depois de denúncias contra alguns profissionais de saúde que teriam usado seringas vazias no momento da aplicação da vacina em idosos. Essa prática ficou conhecida como “vacina de vento”. Depois das denúncias, algumas unidades de saúde proibiram registros ou selfies da vacinação. 

Agentes de saúde ou qualquer outra pessoa que tentar impedir o cidadão de filmar ou fotografar a aplicação pode ser punido com pena detenção de 6 meses a 2 anos, conforme emenda do relator, senador Alvaro Dias (Podemos-PR). O relator recomendou a aprovação do texto com uma série de emendas apresentadas por outros senadores. 

As punições também valem para a obstrução de outros direitos estabelecidos no projeto: a presença de um acompanhante durante a vacinação; e o acompanhamento do ato de marcação do lote da vacina no cartão de vacinação. A intenção do autor do projeto é coibir fraudes.

“Grande parte da população está repleta de incertezas acerca do cumprimento das duas etapas de imunização, da observância da fila de prioridades, dos imunizantes que serão disponibilizados, da falsificação de vacinas, da aquisição de vacinas em número suficiente para a população e se isso ocorrerá em prazo razoável”, argumenta Styvenson. 

“Fura-fila” 

O texto inicial do PL previa que a obstrução desses direitos seria punível com detenção, de 3 meses a 1 ano, além de multa, sem prejuízo da aplicação das sanções e medidas administrativas cabíveis.

Alvaro Dias considerou que a pena “parece muito branda e pode se mostrar inócua, ou seja, sem qualquer poder de intimidação ou de conscientização de eventuais infratores”.

Ele tipificou outro crime também: o de infringir a ordem de prioridade de vacinação estabelecida pelo poder público durante situação de emergência de saúde pública. A pena para a pessoa que “furar a fila” da vacina para se favorecer ou beneficiar outro indivíduo será de detenção de 1 a 3 anos, além de multa. Essa pena será aumentada de um terço à metade quando praticada por autoridade ou funcionário público.

“A previsão de se garantir a presença de um acompanhante durante a vacinação, o registro desse ato, bem como o acompanhamento da marcação do lote da vacina no cartão de vacinação respectivo, é providência bastante razoável, sobretudo em tempos de pandemia, pois são direitos que conferem maior segurança de que a vacina aplicada está correta e a inoculação do imunizante foi feita de modo adequado. De fato, tem sido observados e investigados casos até mesmo de vacinação forjada, com desvio dos imunizantes. A edição da norma, portanto, tem a possibilidade de evitar esses problemas e tranquilizar a população” - apontou o relator. 

O líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) elogiou o projeto, mas sugeriu que as regras sejam válidas apenas para o período da pandemia. 

— Nossa preocupação é com a proporcionalidade da medida. Por isso, sugerimos o texto penal de forma excepcional e temporária. A redação restringe a conduta a situação de emergência em saúde pública de importância nacional — apontou Bezerra. 

Líder da minoria, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) apoiou o projeto, mas registrou que os casos de fraude são exceção. Ele fez questão de elogiar o trabalho dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia.

— Que não paire dúvidas sobre a confiança e gratidão do Senado aos profissionais de saúde — assinalou. 

Notificação

O registro das ocorrências dos crimes poderá ser feito pela internet, nos estados em que esse procedimento esteja disponível. 

O PL altera a Lei 6.259, de 1975, que trata das ações de vigilância epidemiológica, do Programa Nacional de Imunizações e estabelece normas sobre a notificação compulsória de doenças, entre outros. As novas regras valem durante a situação de emergência em saúde pública pela qual passa o país.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado cria grupos parlamentares para intercâmbio com Irã e Bolívia

 


Da Redação | 16/03/2021, 22h11

O Senado aprovou nesta terça-feira (16) a criação do Grupo Parlamentar Brasil-Irã e do Grupo Parlamentar Brasil-Bolívia. O objetivo desses colegiados será incentivar e desenvolver as relações bilaterais entre os Poderes Legislativos dos dois países.

A criação desses dois grupos foi proposta pelo senador Carlos Fávaro (PSD-MT) por meio de dois projetos de resolução: o PRS 2/2021, para o Grupo Parlamentar Brasil-Irã, e o PRS 4/2021, para o Grupo Parlamentar Brasil-Bolívia. Os dois projetos, que tiveram como relator o senador Irajá (PSD-TO), vão à promulgação.

Cada grupo poderá ser integrado por senadores e deputados federais. A cooperação interparlamentar entre esses países poderá ser feita por meio de visitas parlamentares, realização de congressos, permuta periódica de publicações e trabalhos sobre matéria legislativa e o intercâmbio de experiências parlamentares. Os grupos também poderão manter relações de cooperação técnica com entidades nacionais e estrangeiras.

Irã

Carlos Fávaro afirmou que o Irã se tornou, nos últimos anos, o principal comprador de produtos agropecuários brasileiros no Oriente Médio, adquirindo, segundo o parlamentar, sobretudo milho, soja e carne bovina. Ele ainda destacou que o Irã é o segundo maior importador de milho, quinto maior importador de soja e quarto maior importador de carnes bovinas congeladas do Brasil.

Bolívia

Carlos Fávaro ressaltou que a Bolívia é o país com o qual o Brasil compartilha sua maior fronteira terrestre, de cerca de 3,4 mil quilômetros. Também destacou que a Bolívia é o único país da América do Sul que tem zona limítrofe com quatro estados brasileiros: Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

O senador disse que a importância relativa das fronteiras com a Bolívia vem se acentuando diante da expansão demográfica e da ocupação do território em ambos os lados da fronteira. Na justificação do projeto, ele afirma que "a relação bilateral é estratégica, em particular do ponto de vista da integração energética, da integração da infraestrutura física e da coordenação para o combate a ilícitos transnacionais. Por estar situada no centro do continente, a Bolívia é caminho natural de acesso ao [Oceano] Pacífico e apresenta importante potencial como rota alternativa para o escoamento das exportações brasileiras, principalmente dos grãos produzidos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco lamenta pior dia da pandemia e reforça pressão por vacinação

 


Da Redação | 16/03/2021, 22h13

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, registrou a marca de 2.978 brasileiros mortos pela covid-19 nesta terça-feira (16), um novo recorde do país na pandemia de covid-19. Após a sessão deliberativa remota, Pacheco afirmou que o dia era muito triste e reafirmou a importância de acelerar o ritmo de vacinação no país, colocando o Senado à disposição.

— Estamos em enfrentamento constante. A prioridade absoluta do Senado é o aumento da escala da vacina e as politicas públicas de atendimento urgente através de leitos de UTI. O papel do Senado é contribuir e ser colaborativo para essas soluções — declarou.

Recursos contra covid-19

Pacheco destacou a aprovação pelo Senado e envio à sanção presidencial, nesta terça-feira, do projeto que prorroga até dezembro a para que estados e municípios usem saldos de fundos de saúde no combate à covid-19 (PLP 10/2021).

— Será algo muito importante para os gestores públicos neste momento grave de dificuldades financeiras de todos os entes federados — avaliou.

Vetos

Pacheco destacou a sessão do Congresso Nacional marcada para esta quarta-feira (16). Ele confirmou a intenção de votar todos os 32 vetos presidenciais que trancam a pauta, de modo a abrir caminho para aprovar o Orçamento de 2021. Ele destacou que uma nova sessão do Congresso poderá ser convocada para a quinta-feira (17) caso não seja possível limpar a pauta. Segundo o presidente do Senado, já há acordo entre as lideranças em relação a quais vetos deverão ser derrubados e quais serão mantidos.

Um dos vetos que deve cair é o interposto à Lei Complementar 177, de 2021, que proíbe o contingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Um dos dispositivos vetados, e que pode ser restabelecido à lei, disponibiliza de imediato verbas do FNDCT contingenciadas no ano passado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado aprova convites a ministros da Saúde e das Relações Exteriores

 


Da Redação | 16/03/2021, 22h18

Em votação simbólica, os senadores aprovaram nesta terça-feira (16) dois requerimentos de convite ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para apresentar ao Senado os planos do ministério para enfrentamento da pandemia de covid-19 (RQS 988/2021 e RQS 1.011).

Questionado pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES) sobre a urgência dos esclarecimentos de Queiroga diante do agravamento da pandemia, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sugeriu que a reunião dos líderes da Casa, agendada para a manhã de quinta-feira (18), defina uma data para a audiência na próxima semana.

Também foi aprovado o requerimento de debate com a presença do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para prestação de informações sobre a atuação do ministério na obtenção de vacinas contra a covid-19 (RQS 1.006/2021).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado


Estados poderão usar fundos de saúde no combate à covid-19 até dezembro; texto vai à Câmara

 


Da Redação | 16/03/2021, 19h08

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (16), em sessão remota, o projeto (PLP 10/2021) que prorroga a autorização concedida aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para transpor e transferir saldos financeiros dos fundos de saúde quando esses valores forem provenientes de repasses do Ministério da Saúde. Assim o dinheiro poderá ser usado no combate à covid-19. A autorização também alcança os repasses do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e vale até o final de 2021. O projeto foi aprovado de forma unânime, com 74 votos, e segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.

Autor do projeto, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) destacou que o objetivo é que os recursos desses fundos sejam usados para combater a pandemia de covid-19. Heinze explicou que o projeto altera a Lei Complementar 172, de 2020, que autorizou a transferência dos recursos e permitiu que cerca de R$ 6 bilhões ociosos ao final de 2019 nas contas dos fundos de saúde dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios pudessem ser alocados em ações de enfrentamento da pandemia da covid-19 no ano passado. A ideia é tornar legal essa permissão também para este ano.

Segundo Heinze, agora em 2021, é possível perceber um aumento do número de casos e de óbitos, o que requer maiores gastos com a aquisição de máscaras e roupas especiais destinadas aos profissionais de saúde, com a compra de testes de detecção da doença e com a contratação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), entre outras demandas.

— São recursos expressivos que estão nesses fundos, recursos que poderão ser usados no combate à pandemia — argumentou o senador.

Emendas

O relator, senador Esperidião Amin (PP-RS), votou a favor do projeto, por permitir a movimentação mais rápida dos insuficientes recursos públicos. Segundo o relator, a realização de atos de transposição e de transferência de saldos financeiros “parados” nos fundos de saúde é bastante desejada no momento atual, pois “a pandemia da covid-19 se sucede com intensidade e em diferentes fases por todo o país”.

— O projeto busca preservar a saúde e a vida dos brasileiros, abrandando inclusive os efeitos adversos da crise de saúde pública sobre as atividades econômicas e as contas públicas — afirmou o senador, ressaltando que os fundos de saúde dos estados registraram saldo de cerca de R$ 24 bilhões ao fim do ano passado.

Amin observou que foram apresentadas nove emendas em Plenário, das quais acatou oito. Na avaliação do relator, “as emendas ampliam e ampliam corretamente o alcance do projeto”. Uma das sugestões acatadas foi a da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que estende a autorização para o uso dos repasses do FNAS.

Outras cinco emendas acatadas são do líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Uma delas prevê que a União ficará impedida, até 31 de dezembro de 2021, de aplicar penalidades decorrentes do descumprimento da limitação de despesas ou exigir certos tipos de restituições de estados e municípios. Ele também sugeriu alterações pontuais em prazos e propôs uma previsão para permitir aos estados afastarem vedações que poderiam inviabilizar “a continuidade de parte da prestação de serviços públicos”.

Outra sugestão de Fernando Bezerra elimina um artigo da Lei Complementar 178, de 2021, que limita a contratação de operações de crédito por entes federativos em 2021. Para ele, essas limitações são inócuas no caso dos entes com boa capacidade de pagamento, ou são muito restritivas e impedem contratações de dívidas este ano pelos entes com situação financeira mais frágil — mesmo que a operação não ofereça riscos para a União ou que seja de pequena monta.

Com base em uma sugestão dos senadores Luiz do Carmo (MDB-CO) e Vanderlan dos Santos (PSD-GO), Esperidião Amin também acatou uma emenda para conceder aos contratos atingidos pelo projeto a redução da taxa de juros para 4% ao ano sobre o saldo devedor, bem como a troca de indexador, de IGP-DI para IPCA. A medida beneficia o estado de Goiás.

— Eu quero agradecer ao relator o acatamento dessa emenda. Goiás está pagando R$ 50 milhões por mês, só de juros. Essa mudança significa uma economia de R$ 30 milhões ao mês — destacou Luiz do Carmo.

Elogios

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) elogiou o projeto e disse que esses recursos são primordiais para o combate da crise do coronavírus. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) destacaram o trabalho do relator. Os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES), Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Rogério Carvalho (PT-SE) elogiaram os arranjos do relatório final.

— É uma medida bastante acertada. As emendas também melhoram bastante o projeto — declarou Rogério Carvalho, ao defender a aprovação da matéria.

Arquivo

O PL 910/2021, de iniciativa de Simone Tebet, tramitava de forma anexa ao PLP 10/2021, por tratar de assunto correlato – prorrogação do uso dos fundos com repasse do FNAS. Com a aprovação do projeto de Luis Carlos Heinze, a matéria de Simone foi considerada prejudicada e enviada ao arquivo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

terça-feira, 16 de março de 2021

Minas suspende futebol e vôlei no estado a partir da próxima segunda

 


Medida atende restrições da Onda Roxa, de enfrentamento à covid-19

Publicado em 16/03/2021 - 21:12 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

O Governo de Minas Gerais suspendeu os eventos esportivos a partir da próxima segunda-feira (22), em meio à Onda Roxa, a fase mais restritiva do programa Minas Consciente, de controle à disseminação do novo coronavírus (covid-19). A medida, anunciada nesta terça-feira (16), afeta os jogos do Campeonato Mineiro de futebol, a partir da sexta rodada, e das Superligas Masculina e Feminina de vôlei, que estão no mata-mata.

Segundo a nota divulgada pelo governo mineiro, as partidas de ambas as competições programadas até domingo (21) serão realizadas, mas deverão ocorrer “no período diurno, em horários que permitam o deslocamento de profissionais antes das 20h (horário de Brasília), período em que se inicia a restrição de circulação de pessoas”. O duelo entre Atlético-MG e Coimbra, nesta sexta-feira (19), no Mineirão, passou de 21h30 para 17h30, enquanto o jogo envolvendo Tombense e Patrocinense, em Tombos (MG), foi transferido de 18h para 17h.

No caso da Superliga, o segundo jogo entre Dentil Praia Clube e São Paulo/Barueri, pelas quartas de final da competição feminina, estava marcado para 19h desta quinta-feira (18), mas foi antecipado para 14h, na Arena do Praia, em Uberlândia (MG). As mineiras venceram o primeiro duelo, no último domingo (14), em Barueri (SP). Caso as paulistas levem a melhor, uma terceira partida, marcada inicialmente para segunda-feira, não poderá ocorrer mais em Uberlândia por causa de determinação do Governo estadual.

Na última sexta-feira (12), a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) informou que, após reunião com os clubes das Superligas Masculina e Feminina, foi definido que seria analisada, caso a caso, a possibilidade do terceiro jogo dos confrontos ocorrerem no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CBV), em Saquarema (RJ). A entidade também ofereceu a estrutura para receber as semifinais e as decisões de ambos os campeonatos.

Ainda segundo o Governo mineiro, no caso da Superliga, “foi permitida a participação de jogos com times de outros estados, já que as delegações já se encontram todas nos municípios onde os eventos serão realizados”. Além do São Paulo/Barueri, outras duas equipes, ambas do torneio masculino, têm compromisso em Minas: o Vôlei UM Itapetininga, que enfrenta o Sada Cruzeiro nesta quarta-feira (17), no ginásio do Riacho, em Contagem (MG), às 16h30, e o EMS Taubaté, que encara o América-MG na quinta-feira, no ginásio Tancredo Neves, em Montes Claros (MG), no mesmo horário.

Mais cedo, nesta terça, o poder público estadual já havia anunciado a proibição de jogos de futebol de outras competições estaduais em Minas Gerais. A restrição obrigou a Federação Paulista de Futebol (FPF) a suspender o duelo entre São Bento e Palmeiras, que seria disputado nesta quarta-feira, às 19h, no Independência, em Belo Horizonte. Em São Paulo, está em vigência a impossibilidade de realização de eventos esportivos durante 15 dias, desde a última segunda-feira (15), também em decorrência do aumento de casos e internações pelo novo coronavírus.

Edição: Fábio Lisboa



Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

Dólar cai na véspera de Copom e Fed

 


Bolsa também fechou em queda

Publicado em 16/03/2021 - 21:24 Por Agência Brasil * - Brasília

O dólar fechou esta terça-feira (16) em queda de 0,38%, fechando a R$ 5,6166 na venda. 

No exterior, o índice do dólar teve variação positiva de 0,5%. Moedas de risco tinham viés de queda, com operadores no aguardo da decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed).

No mercado interno, há expectativa de elevação da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (17). A expectativa do mercado é de aumento de 0,5 ponto percentual  sobre os atuais 2% ao ano.

Bolsa

A bolsa também fechou em queda nesta terça-feira, refletindo certa cautela antes de decisões de política monetária nos Estados Unidos e do Brasil na quarta-feira, o que reduziu o volume negociado na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,72%, a 114.018,78 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,3 bilhões, ante média em março de mais de R$ 40 bilhões.

* Com informações da Agência Reuters

Edição: Fábio Massalli


Por Agência Brasil * - Brasília