sexta-feira, 12 de março de 2021

Rio de Janeiro sediará Jogo das Estrelas após restrições em São Paulo

 


Paralisação de esportes coletivos no estado altera cronograma do NBB

Publicado em 12/03/2021 - 13:20 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

A Liga Nacional de Basquete (LNB) alterou o cronograma de 13 partidas do Novo Basquete Brasil (NBB) que estavam agendadas para a cidade de São Paulo entre as próximas segunda-feira (15) e quinta-feira (18). A entidade também transferiu a sede da edição 2021 do Jogo das Estrelas, que seria no ginásio Henrique Villaboim, na capital paulista, para o ginásio do Maracanãzinho, na cidade do Rio de Janeiro. O evento está marcado para sexta-feira (19) e sábado (20) da próxima semana.

As decisões foram divulgadas nesta sexta-feira (12) após reunião do Conselho de Administração da LNB. Ontem (11), o Governo de São Paulo anunciou a suspensão completa de atividades esportivas coletivas no território paulista por 15 dias, a partir de segunda, para conter a disseminação do novo coronavírus (covid-19), em meio à alta de casos e de internações. Segundo dados do Centro de Contingência do Coronavírus, a taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) no estado está em 87,6%, com uma média de 150 novas admissões por dia.

Conforme a liga, que se manifestou por nota, o jogo entre Brasília e Sesi Franca, que seria disputado na segunda, foi antecipado para domingo (14), no ginásio do Morumbi, em São Paulo. Outras cinco partidas, que envolvem times que terão compromissos daqui a duas semanas pela Champions League das Américas (equivalente à Libertadores no basquete), tiveram as datas mantidas, mas foram transferidas do Morumbi para o Rio (confira abaixo). Os horários e locais ainda serão confirmados. Os demais sete duelos foram adiados e serão realocados entre o fim de março e o início de abril.

"As mudanças não alteram o final da fase regular da temporada 2020/2021, que se encerra no dia 6 de abril", afirma a nota da LNB.

O Jogo das Estrelas, por sua vez, está de volta ao Maracanãzinho após 12 anos. O evento será realizado em parceria com a Associação dos Atletas Profissionais de Basquete (AAPB), com uma ação social, envolvendo jogadores e clubes, em prol de vítimas da covid-19. A edição 2021 terá os torneios individuais de habilidades, cestas de três pontos e enterradas, e quatro "mini-jogos", com dez minutos cada, em formato mata-mata (semifinais, disputa de terceiro lugar e final), envolvendo quatro equipes: Time Shamell (estrangeiros do NBB), Time Georginho (revelações da temporada), Time Brabo e Time Marquinhos (ambos com outros destaques brasileiros da competição).

Jogos transferidos para o Rio de Janeiro

15/03 (segunda-feira): Unifacisa x São Paulo

16/03 (terça-feira): Mogi das Cruzes x Flamengo

16/03 (terça-feira): Minas Tênis Clube x Corinthians

17/03 (quarta-feira): Sesi Franca x Unifacisa

18/03 (quinta-feira): Flamengo x Corinthians

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo


Com avanço da covid-19, seletiva da natação será mais restrita

 


Disputa por vagas olímpicas será em abril, com limite de 120 atletas.

Publicado em 12/03/2021 - 12:37 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

A seletiva marcada para 19 a 24 de abril, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, que definirá os representantes da natação brasileira na Olimpíada de Tóquio (Japão) será limitada a somente 120 atletas que tenham alcançado o chamado índice "B" da Federação Internacional de Natação (Fina). Em nota, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) justificou os critérios mais restritos pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no Brasil.

O índice "B" é uma marca mínima determinada pela Fina para um nadador ter a possibilidade de ir aos Jogos. Ele é mais exigente que o corte estabelecido anteriormente para participação na seletiva - que, à princípio, seria equivalente ao Campeonato Brasileiro Absoluto da modalidade. Nas provas com apenas três habilitados pelo índice "B", serão convocados nadadores, segundo o ranking nacional, para completar o balizamento de, pelo menos, quatro atletas. Estrangeiros (mesmo residentes) estão impossibilitados de participar.

"Eu sei que dói, que não é o ideal [restringir a participação], mas é o momento que estamos vivendo. Sou treinador, compactuo com o lamento dos atletas, mas é o que é possível de fazer, infelizmente", declarou o gerente de Natação da CBDA, Gustavo Otsuka, em live realizada pela entidade nesta sexta-feira (12), pelo Instagram.

"Para que a seletiva acontecesse, uma das solicitações da prefeitura [do Rio de Janeiro] é que ela fosse [apenas] uma seletiva, não um campeonato. Discutimos muito alguns critérios. Uma das grandes preocupações era diminuir o número de participantes para deixarmos os nossos protocolos mais seguros", completou o médico da entidade, Rodrigo Brochetto, na mesma live.

Os atletas poderão disputar a seletiva apenas com resultado negativo no teste da covid-19. Nadadores com exames positivos e que não possam participar do evento terão, mais adiante, possibilidade de uma "repescagem". Segundo o diretor de Natação da CBDA, Eduardo Fischer, a nova tomada de tempo, caso necessária, deve ocorrer cerca de 40 dias antes da Olimpíada, novamente no Maria Lenk.

"Criamos uma salvaguarda. Se o atleta testar positivo, ele deve comunicar à CBDA e ao COB [Comitê Olímpico do Brasil] em até 24 horas. O exame será passado aos médicos, que verificarão o resultado. Constatada a contaminação, ele terá essa possibilidade. Agora, digamos que o nadador teste positivo, cumpra a quarentena e, antes da seletiva, apresente o teste negativo. Neste caso, ele tem opção de, caso ainda não se sinta bem ou pouco treinado, nadar só a repescagem. Ou ele pode nadar a seletiva, mas abrindo mão dessa próxima chance", explicou Fisher, também na live.

Para Tóquio

Os critérios de qualificação para Tóquio foram atualizados em fevereiro. Os dois primeiros colocados de cada prova - desde que atinjam, nas respectivas finais, o índice "A" (mais exigente) da Fina - se classificam. Nos 50m livre masculino, por exemplo, os tempos não podem superar 22 segundos e um centésimo. Nos 50m feminino, o limite é 24 segundos e 77 centésimos.

Nos revezamentos, o Brasil tem presença garantida no 4x100m livre, 4x100m medley e 4x200m livre - todos masculinos. A classificação foi assegurada no Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju (Coreia do Sul), em 2019. As equipes do nado livre serão formadas pelos quatro melhores das respectivas disputas individuais na seletiva. Se o atleta que terminar em quinto também fizer tempo menor ou igual ao índice "A" da Fina, ele pode ser convocado como reserva.

O quarteto do medley, por sua vez, será composto pelo primeiro lugar das provas de 100m em cada estilo (livre, costas, peito e borboleta). Segundo a CBDA, porém, se a comissão técnica entender que o segundo colocado de um determinado estilo (e que também esteja convocado para a prova individual) viver momento melhor, ele pode ser o escolhido do revezamento.

No caso dos revezamentos femininos (4x100m livre, 4x200m livre e 4x100m medley) e misto (4x100m medley), que ainda não têm vaga em Tóquio, os atletas passarão por uma tomada de tempo na seletiva. A marca atingida pelos quartetos deve figurar entre as quatro melhores do respectivo revezamento no ranking mundial da Fina - considerando os países sem lugar garantido nos Jogos - até 31 de maio, quando termina o período de classificação.

Edição: Gustavo Faria



Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

Astrônoma inglesa inspira programa que leva ciência a escolas públicas

 


Cecilia Payne descobriu a composição do Sol em 1925

Publicado em 12/03/2021 - 15:31 Por Adrielen Alves - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

''O Sol não tem a mesma composição da Terra. É formado, essencialmente, por hidrogênio'', ecoou a voz de uma jovem mulher, em 1925.

A voz era de Cecilia Payne, astrofísica nascida na Inglaterra em 1900 que, mesmo sem títulos oficiais, teve a coragem de desafiar as teorias que existiam, até então, sobre a formação da principal estrela do nosso sistema solar.

O fenômeno chamado de halo solar pôde ser visto pelos moradores da capital federal por volta das 11h. O efeito é provocado pela refração dos raios solares sobre os cristais de gelo que formaram as nuvens no céu de Brasília
Cecilia Payne descobriu a composição do sol, mas sua tese demorou a ser aceita Marcello Casal JrAgência Brasil

A tese de doutorado apresentada, há quase um século, na atual Universidade de Harvard, dizia que ao contrário do que se pensava, o Sol não tinha composição majoritariamente de ferro.

A voz de Cecilia foi rechaçada e refutada. Somente anos mais tarde teve o seu feito validado após reconhecimento pelo astrônomo Henry Norris Russel. Hoje a descoberta de Cecilia é tida como um marco na astronomia e, em especial, no estudo das estrelas.

Cecilia Payne saiu da Inglaterra para os Estados Unidos em busca de oportunidades em ambientes considerados masculinos: a Academia e a Ciência. E, mesmo na América, onde resolveu desenvolver sua carreira, enfrentou discriminação para o reconhecimento de títulos como o de astrônoma, para equiparação salarial e ocupação de um cargo oficial como professora.

Contra todas as adversidades, Cecilia foi a primeira mulher da história a ocupar a direção do departamento de astronomia na Universidade de Harvard, antes de se aposentar.

Programa Cecilia

Passados mais de 40 anos de sua morte, Cecilia Payne reverbera aqui no Brasil: a Universidade de São Paulo (USP) criou um programa batizado com o nome da cientista. O Cecilia leva ciência e, em especial, a astronomia, geofísica e ciências atmosféricas para dentro das escolas públicas, pelas mãos da astrônoma Elysandra Cypriano.

"O projeto faz referência a astrofísica que descobriu que o Sol era composto basicamente por hidrogênio. Naquela ocasião em quem ela descobriu isso, acreditava-se que o Sol tinha a mesma composição da Terra e foi bastante polêmico. Na época ninguém acreditou nela e ninguém fez jus de fato à grandiosidade da Cecilia. Então, a gente fez uma homenagem a ela”, conta Elysandra.

Além da referência à inglesa, a astrônoma da USP destaca que este também é um projeto que remonta à sua própria história, com dificuldades e desafios, e permitindo que estudantes possam trilhar um caminho mais leve.

"Eu fui uma criança de escola pública que teve pouco acesso. Eu só fui conhecer a astronomia de fato quando eu já era bem mais velha, já na faculdade. Eu fico imaginando como seria se eu tivesse tido acesso a várias coisas que eu proponho nos meus projetos. Como seria eu criança? A minha trajetória seria diferente. Então, quando eu penso na minha trajetória de vida, eu tenho muito orgulho de onde eu cheguei. Porém, se olhar para trás, se eu tivesse tido acesso ao que não tive, talvez teria sido diferente. No mínimo, mais leve e talvez chegasse até um pouco mais longe. Porém, agora na posição de professora, eu consigo olhar pra trás e ver como eu posso auxiliar essas crianças que nunca tiveram acesso a este tipo de material para que o caminho delas seja um pouco mais leve", destaca.

Ouça na Radioagência Nacional

Mulheres na astronomia

Tornar esta caminhada mais leve é também um dos desafios para as mulheres. ''O desafio das mulheres é o enfrentado em todos os contextos da sociedade. A meu ver, o problema da mulher na ciência é o problema geral da mulher em todos os aspectos. É uma luta diária. Ao longo da história da mulher você pode encontrar vários momentos de resistência. Você vai no passado eram coisas tenebrosas e já evoluímos bastante, graças ao trabalho de mulheres que vieram antes de nós. Cabe a nós pensar o que fazer para deixar o caminho das próximas mais leve. Isso vale em todas as áreas. Na ciência, o diferencial é que somos poucas e estamos inseridas em um ambiente mais masculino”, ressalta a astrônoma.

Para esta sensação de não pertencimento, aflorada ainda mais na universidade, Elysandra ressalta a importância dos coletivos, como o Astrominas outro programa ligado à USP que envolve mulheres em diferentes momentos da carreira: "Você buscar pessoas que estão na mesma situação. Se aproximar de outras mulheres. Tentar tornar aquele lugar um pouco mais compressivo para você. Se perceber como parte daquilo. É aquela história do juntas somos mais fortes. Então, a grande dificuldade é eu estar sozinha e lidar com essas questões introjetadas na nossa existência".

Sobre as personalidades que a inspiraram, a astrônoma conta que que foram várias ao longo da vida, mas que sua mãe e avó e este ambiente feminino em que cresceu no qual "a mulher era muito poderosa" são referências. Também cita a renomada astrofísica brasileira Beatriz Barbuy, por quem, dentre as diversas professoras que passaram por sua trajetória, tem um apreço em especial. Mas ressalta que cada mulher é única e que seu modelo deve ser você mesma.

“Cada um tem sua trajetória. É legal admirar mulheres, por que mulheres são admiráveis, mas não necessariamente seguir um modelo. O seu modelo tem que ser você mesma, baseado na sua história, naquilo que te faz feliz, naquilo que faz o seu coração bater mais forte”, conclui Elysandra

Edição: Denise Griesinger


Por Adrielen Alves - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

CNAS aprova recomendações para aprimorar Programa Primeira Infância

 


Resolução foi publicada no Diário Oficial da União

Publicado em 12/03/2021 - 13:13 Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprovou recomendações de aprimoramento do Programa Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que é implementado por meio do Programa Criança Feliz, do Ministério da Cidadania. A resolução foi publicada hoje (12) no Diário Oficial da União e entra em vigor em 1º de abril.

As recomendações são destinadas à Secretaria Nacional de Assistência Social e à Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância, ambas do Ministério da Cidadania.

O Programa Criança Feliz atende gestantes, crianças de até 3 anos e suas famílias beneficiárias do Bolsa Família; crianças de até 6 anos e suas famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada e crianças de até 6 anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida protetiva. A principal ação do programa é a realização de visitas domiciliares, nas perspectivas da prevenção, proteção e promoção do desenvolvimento infantil na primeira infância.

Entre as ações recomendadas pelo conselho estão a articulação do Programa Primeira Infância com outros serviços, considerando os diferentes níveis de proteção social, visando ao desenvolvimento integral da criança de 0 a 6 anos, além da promoção de estratégias para a continuidade da proteção às crianças quando atingirem a idade limite para a visita domiciliar.

Também constam na resolução o fortalecimento do papel do coordenador do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) local na articulação e planejamento das ofertas do programa e o aprimoramento dos fluxos de comunicação entre as ofertas de serviços e atendimento, além dos critérios para inclusão das famílias em cada uma delas, considerando suas demandas específicas de cuidado.

O conselho também recomenda o fomento a ações de apoio técnico e capacitação das equipes que atendem crianças na primeira infância e suas famílias e a realização de atividades articuladas de atendimento à gestante e cuidadores de crianças com deficiência, como estratégia de busca ativa para o Programa Criança Feliz e para as demais ofertas da assistência social.

As recomendações são fruto de grupos de trabalho constituídos em 2019 e 2020, visando à tipificação e ao aprimoramento do Programa Primeira Infância no SUAS.

Edição: Graça Adjuto


Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Fachin vota contra decreto presidencial sobre posse de armas

 


O julgamento teve início hoje no plenário virtual do Supremo

Publicado em 12/03/2021 - 13:00 Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (12) pela inconstitucionalidade do decreto presidencial que ampliou as possibilidades da autorização para a posse de armas.

Na decisão, Fachin argumentou que “a posse de armas de fogo só pode ser autorizada às pessoas que demonstrem concretamente, por razões profissionais ou pessoais, possuírem efetiva necessidade”.

O julgamento teve início nesta sexta-feira (12) no plenário virtual do Supremo, ambiente digital em que os ministros têm uma janela de tempo para votar por escrito, sem debate oral. Neste caso, o prazo para apresentação de votos se encerra em 19 de março, às 23h59. Até o momento, consta somente o voto do relator no processo.

Os ministros julgam uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) em que o PSB contesta, entre outras normas, dispositivos do Decreto 9.845, de 25 de junho de 2019, segundo o qual a “efetiva necessidade” para a aquisição de armas pode ser atestada por uma declaração cuja veracidade deve ser presumida pelas autoridades. 

Voto

Fachin concordou com os argumentos do partido e considerou que o decreto amplia indevidamente o alcance da expressão “efetiva necessidade”, que consta no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003) como condição para a aquisição de armas. “O decreto extrapola a lei que adjetiva a ‘efetiva’ necessidade, transformando-a em uma necessidade apenas presumida, sem lastro sólido na realidade dos fatos”, escreveu o ministro. “A necessidade de uso de arma de fogo deve ser sempre concretamente verificada e não presumida”, acrescentou. 

O relator também rebateu argumentos apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU) em favor do decreto. O órgão sustentou, por exemplo, que a norma buscou dar mais clareza e objetividade ao processo de autorização para a posse de armas, e que a norma anterior sobre o assunto continha “restrições excessivas” e “subjetivas”.

A AGU sustentou ainda que o decreto “se justifica diante de razões de interesse público, concernentes aos alarmantes índices de violência aferidos nos últimos anos e à necessidade de combater, com urgência, os problemas relacionados à segurança pública e ao crescimento da criminalidade no território nacional”.

Para Fachin, a União não conseguiu comprovar que facilitar o acesso a armas garante maior segurança à população. Ele escreveu que “as melhores práticas científicas atestam que o aumento do número de pessoas possuidoras de armas de fogo tende a diminuir, e jamais aumentar a segurança dos cidadãos".

A AGU pediu ainda que a ação fosse rejeitada por perda de objeto, pois o decreto original, que primeiro foi questionado pelo PSB, acabou sendo revogado e substituído. Fachin também rebateu o argumento, afirmando que o ponto questionado persistiu no decreto mais recente e ainda vigente, motivo pelo qual o Supremo deve se pronunciar.

Edição: Fernando Fraga


Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Escolas particulares devem priorizar filhos de profissionais da saúde

 


Recomendação é que só 35% dos alunos sejam atendidos presencialmente

Publicado em 12/03/2021 - 11:00 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) recomendou que as escolas particulares atendam com prioridade os filhos de profissionais da saúde. Ontem (11), o governo de São Paulo anunciou um endurecimento da quarentena contra o coronavírus no estado, com antecipação do recesso escolar na rede estadual.

As redes municipais e os estabelecimentos privados têm autonomia para decidir como vão manter as atividades nos próximos dias. A recomendação do governo estadual, no entanto, é que, no máximo, 35% sejam atendidos presencialmente.

“Estamos reforçando as recomendações às escolas para que atendam, prioritariamente, os alunos filhos de profissionais da saúde, de pais que precisam trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos, e crianças (até 9 anos) com algum transtorno e necessitem de socialização”, disse, em nota, o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva.

Uma circular com as recomendações está sendo enviada às escolas da rede particular do estado.

Covid-19 nas escolas

Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Educação no início da semana informou que foram confirmados 4.084 casos de covid-19 entre estudantes, professores e funcionários nas escolas públicas e privadas do estado de São Paulo.

As ocorrências foram registradas em 2.048 escolas, de um total de 29,8 mil estabelecimentos de ensino no estado. As aulas presenciais foram retomadas no dia 8 de fevereiro.

Foram notificados 24,3 mil casos suspeitos da doença em 4,8 mil escolas, o que significa que apenas 17% foram efetivamente confirmados. A maior parte das notificações (16 mil) ocorreu na rede estadual. Na rede privada, foram 7,4 mil notificações, com 1.534 casos confirmados como covid-19.

Edição: Lílian Beraldo


Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Termina hoje prazo para matrícula da lista de espera do Prouni

 


Documentos comprovatórios também devem ser apresentados hoje

Publicado em 12/03/2021 - 10:35 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Termina hoje (12) o prazo para os pré-selecionados na lista de espera do Programa Universidade para Todos (Prouni) comprovarem as informações da inscrição, para a realização da matrícula. Os documentos devem ser entregues na instituição para a qual o estudante foi pré-selecionado.

A lista com o nome dos selecionados, bem como o cronograma do programa, pode ser acessada por meio do site do Prouni.

A lista de espera é para aqueles que não foram selecionados nas duas chamadas regulares do programa, mas diferentemente da segunda chamada, ela não é automática e os candidatos interessados precisaram manifestar o interesse. A inclusão na lista é apenas para candidatos que participaram do processo seletivo regular do Prouni 2021 e não é aberta a novos inscritos.

Os cursos disponíveis na lista de espera variam em cada edição. Como os resultados da espera vão sendo divulgados aos poucos, conforme a disponibilidade de vagas, o interessado deve acessar o sistema todos os dias, até o encerramento do período, para ver se foi contemplado e apresentar a documentação. O Ministério da Educação não envia mensagens informando sobre a pré-aprovação.

O Prouni acontece sempre duas vezes por ano, para ingresso no primeiro e no segundo semestres. Neste primeiro semestre, o programa oferece bolsas para 13.117 cursos em 1.031 instituições de ensino, localizadas em todos os estados e no Distrito Federal. São mais de 162 mil bolsas ofertadas, sendo 52.839 para cursos na modalidade de educação à distância.

Bolsas de estudo

O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa.

É necessário também que o estudante tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Pessoas com deficiência e professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa e, nesse último caso, não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

É preciso que o candidato tenha feito a edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação. Excepcionalmente neste ano, os estudantes serão selecionados de acordo com as notas do Enem de 2019, uma vez que as provas do Enem 2020 foram adiadas em razão da pandemia da covid-19.

Edição: Denise Griesinger


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

OMS aprova uso emergencial da vacina Janssen contra a covid-19

 


Imunizante é aplicado em dose única e armazenado em geladeira comum

Publicado em 12/03/2021 - 16:00 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou hoje (12), em caráter emergencial, a produção da vacina Janssen, de dose única, da farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson, para uso contra a covid-19. "Cada novo instrumento, seguro e eficaz, contra a covid-19 é mais um passo para controlar a pandemia", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

As duas vacinas anteriores aprovadas pela organização – a Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford – requerem duas doses para completar o ciclo de imunização da população, sendo que a Pfizer precisa ser armazenada a temperaturas ultrageladas. Em contrapartida, a vacina Janssen pode ser guardada em geladeira comum.

Covax

Com a aprovação do imunizante pela OMS, a Janssen poderá fazer parte do Instrumento de Acesso Global de Vacinas contra a Covid-19, o Covax Facility, considerado estratégico para ampliar o acesso à vacinação e, ao mesmo tempo, acelerar o desenvolvimento e a fabricação de vacinas eficazes e de qualidade.

A OMS assegura que as vacinas contra a covid-19 que serão fornecidas por meio do acordo Covax atendem a rigorosos padrões internacionais de qualidade, segurança e eficácia. A vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson poderá ser empregada em nível emergencial em todos os países. O consórcio fechou acordo para aquisição de 500 milhões de doses do imunizante contra a covid-19.

AstraZeneca

A porta-voz da OMS em Genebra, Margareth Harris, disse hoje que não há razão para deixar de usar a vacina AstraZeneca contra o novo coronavírus. O imunizante teria sido suspenso em alguns países nesta semana, por precaução, após relatos de efeitos colaterais significativos em algumas pessoas.

Margaret Harris assegurou que a OMS vai analisar todas as informações recebidas, mas adiantou que, no momento, não existem razões para a suspensão das doses.

A vacina AstraZeneca é considerada a principal vacina nessa etapa inicial do consórcio Covax. Até agora, já foram distribuídas, por esse acordo, 28,5 milhões de doses a 37 nações. Margareth informou, ainda, que a vacina da Sinopharm se encontra na etapa final do processo de listagem de uso de emergência da OMS.

Edição: Denise Griesinger


Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Ministério da Saúde anuncia compra de 10 milhões da vacina Sputnik V

 


Devem ser entregues 400 mil doses até abril

Publicado em 12/03/2021 - 15:58 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Saúde anunciou a compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, produzida pelo instituto russo Gamaleya em parceria com a farmacêutica brasileira União Química.

O contrato foi assinado e as doses deverão ser disponibilizadas no primeiro semestre. Devem ser entregues 400 mil doses até abril, 2 milhões até maio e 7,6 milhões em junho.

A vacina deve ser produzida em plantas em São Paulo e no Distrito Federal. De acordo com o Ministério da Saúde, ainda está em análise a celebração de um outro acordo comercial de aquisição de imunizantes.

Edição: Fernando Fraga


Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Estado do Rio anuncia restrições das 23h às 5h para conter covid-19

 


Medida proíbe que pessoas fiquem na rua e bares funcionem no período

Publicado em 12/03/2021 - 15:17 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou hoje (12) que vai restringir o funcionamento de estabelecimentos e a permanência de pessoas em espaços públicos entre as 23h e as 5h, para conter o aumento de internações e casos de covid-19. A medida, decidida em conjunto com prefeituras fluminenses e representantes do setor produtivo, é considerada preventiva e será publicada em decreto ainda nesta sexta-feira.

O período de fechamento vai vigorar da noite de hoje até a da próxima quinta-feira (18) , quando a decisão será reavaliada.

Ao anunciar as medidas, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirmou que o decreto é um balizador para os municípios e busca evitar o colapso do sistema do saúde. Castro destacou que as medidas foram tomadas com a taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 em 73%. Na capital, porém, a ocupação dos leitos chegou ontem a 93%.

"Não me recordo de outro estado que tenha tomado medidas com a taxa de ocupação assim. Estamos trabalhando preventivamente para não chegar ao colapso", disse Castro, que se reuniu com prefeitos e empresários na manhã de hoje, no Palácio Guanabara.

Bares e restaurantes

Em todo o estado, bares, restaurantes e congêneres só poderão funcionar até as 23h, sem pista de dança e com 50% da capacidade de público. Após esse horário, somente serão permitidas vendas por entrega, para viagem ou drive thru. Cada município terá a liberdade de acatar esse horário ou adequar o decreto à realidade local. A capital, por exemplo, já havia definido que o limite é 21h.

A venda de bebida alcoólica a frequentadores de bares e restaurantes ficará restrita a quem estiver sentado, e as mesas deverão obedecer uma distância mínima. Boates, casas de espetáculo e rodas de samba ficam impedidas de funcionar, e outros estabelecimentos, como academias, museus e casas de festas, só podem receber metade do público.

O decreto também proibirá que as pessoas permaneçam em espaços públicos como ruas e praças após as 23h. Da mesma maneira, municípios poderão decidir se mantêm esse horário ou definem um mais adequado a sua realidade.

Outra medida será o escalonamento do horário de funcionamento do comércio, que, segundo o governador, foi uma proposta da Federação de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-RJ). Os horários de escalonamento ainda não foram divulgados e vão constar do decreto a ser publicado.

O presidente da Fecomércio, Antonio Florêncio Queiroz, participou da divulgação das medidas e disse que o setor apoia integralmente as medidas. "Somos parte da solução, e não parte do problema", afirmou.

Ao adiantar o conteúdo do decreto, o governador Claudio Castro relatou ainda que empresários do setor de transporte que participaram da reunião se comprometeram a evitar aglomeração no transporte público.

Sobre turistas, Castro disse que não foi discutida qualquer medida de restrição à chegada deles. "Não tem nada contra os turistas. Muito pelo contrário, dentro das regras de ouro, a gente quer recebê-los bem", disse o governador. Quanto às aulas presenciais, ele informou que serão discutidas pelo grupo na semana que vem, mas disse que as escolas devem ser "os últimos estabelecimentos a fechar [em caso de restrição], e os primeiros a abrir [em caso de flexibilização]".

Vacinas

O governador disse que pretende apoiar a iniciativa de municípios do estado que anunciaram a intenção de comprar vacinas para reforçar a imunização contra a covid-19. Segundo Castro, municípios que já estavam em contato com fornecedores compartilharam esses contatos com o estado, que também vai entrar na negociação.

Duque de Caxias e Maricá haviam divulgado que pretendem integrar um consórcio de municípios para comprar vacinas. "O estado do Rio de Janeiro trabalhará junto a estados e municípios pela aquisição de novas vacinas", disse Claudio Castro. 

Ainda sobre a imunização, o governador afirmou que o estado vai elaborar um calendário único de vacinação, para uniformizar o público-alvo das vacinas. Atualmente, cada município tem definido a ordem de vacinação dos grupos prioritários de acordo com o número de doses de imunizante recebidas.

Edição: Nádia Franco


Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Fiocruz receberá em março o dobro de ingredientes para vacinas

 


Lotes permitirão a fabricação de 30 milhões de doses

Publicado em 12/03/2021 - 15:39 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou hoje (12) que receberá em março o dobro da quantidade de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que estava prevista. Os lotes que chegarão até o fim do mês permitirão a fabricação de 30 milhões de doses, garantindo a produção até maio. 

O ingrediente farmacêutico ativo é o insumo mais importante para a produção da vacina, e vem sendo importado da China. O componente é produzido por um laboratório parceiro da farmacêutica AstraZeneca, desenvolvedora do imunizante em parceria com a Universidade de Oxford. Cada lote do IFA exportado para o Brasil tem 256 litros e pode produzir 7,5 milhões de doses. 

Segundo a Fiocruz, estavam previstos dois lotes de IFA para março, mas a farmacêutica europeia decidiu antecipar mais dois lotes depois da concessão da licença para exportação por parte das autoridades chinesas. 

O documento foi obtido depois da atuação dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, que foram informados pela Fiocruz de que uma remessa programada para chegar ao Brasil amanhã (13) não havia sido liberada na China, porque faltava a licença de exportação e a conclusão de procedimentos alfandegários.

A Fiocruz produz a vacina AstraZeneca/Oxford devido a um acordo de encomenda tecnológica, que prevê a entrega de 100,4 milhões de doses até julho. Também está em curso um processo de transferência tecnológica para que a fundação possa produzir o IFA no país, nacionalizando todo o processo produtivo. 

A vacina produzida na Fiocruz recebeu hoje o registro definitivo por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até então, somente a vacina da Pfizer havia recebido esse registro, e a vacina AstraZeneca/Oxford era aplicada com autorização de uso emergencial por parte da agência, mesma situação da CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório Sinovac.

Edição: Fernando Fraga


Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro