terça-feira, 2 de março de 2021

Corrida por vacina contra Covid nos lembra de atraso tecnológico do Brasil

 COVID-19

Bom em ciência, mas ruim em tecnologia, país está condenado a um papel periférico no cenário internacional


Paulo Feldmann Professor de economia da USP e ex-presidente da Eletropaulo (1995-96, governo Covas) [resumo] Corrida pela produção da vacina contra Covid-19 tornou ainda mais evidente a relevância de ciência e tecnologia para o desenvolvimento econômico e social dos países. Embora bem qualificado na produção de conhecimento científico, Brasil ficou estagnado em produtividade e inovação, seja por fracos resultados na educação, falta de políticas de longo prazo, baixo investimento de empresas e pouca interação entre universidades e mercado. 


Queda drástica de recursos do governo para pesquisas compõe um roteiro que ameaça legar ao país um eterno papel periférico no cenário internacional. ?


-A história da descoberta e criação das vacinas contra a Covid-19 é repleta de peculiaridades que certamente servirão de inspiração a livros e filmes nos próximos meses. Todas têm um eixo comum: pesquisadores e cientistas correndo contra o tempo, e grandes empresas farmacêuticas os pressionando para acelerar ainda mais a obtenção de resultados. 


A humanidade deve a vacina à ciência (representada pelos cientistas) e à tecnologia (pelas empresas farmacêuticas). E esse aspecto não pode passar despercebido pelos formuladores de políticas públicas e econômicas no Brasil de hoje: essa parceria escancarou a importância da C&T (ciência e tecnologia).


Praticamente todos os países importantes que conseguiram escapar do atraso do subdesenvolvimento tiveram como foco a produção científica e a geração de tecnologia qualificada. Foi exatamente o caso da China, do Japão e da Coreia do Sul. Três países que há 60 anos estavam em péssima situação econômica, com uma renda per capita inferior à brasileira. Em outras palavras, priorizar a C&T é fundamental, e não apenas para se obter vacinas, mas principalmente para que haja desenvolvimento econômico e social. Existem instituições internacionais muito respeitadas que conseguem medir a produção de inovação por parte dos países. Atualmente a mais conceituada é a GII – Global Innovation Index (Índice da Inovação Global). No relatório do GII de 2020 referente a 2019, o Brasil ocupa a 60ª colocação. E se considerarmos apenas os países latino-americanos ficamos em 4º lugar, nada louvável em um continente que também não se destaca por inovar. Já fomos muito inovadores na área agrícola, em parte graças ao trabalho feito pelas dezenas de centros de pesquisa da Embrapa, com avanços importantes para o aprimoramento das espécies. Muita inovação e muita tecnologia foram necessárias para tornar o Brasil o maior produtor mundial de soja. Infelizmente esses exemplos são do século 20. De lá para cá, muito pouco foi feito. A verdade é que o Brasil parou de inovar, como mostra o GII acima mencionado.

No entanto, o setor agrícola até hoje colhe os frutos, em todos os sentidos, da boa fase anterior. Já entre as indústrias a situação é outra. O setor encolheu drasticamente —a indústria manufatureira, que chegou a superar 25 % do PIB no final dos anos 1980, hoje não passa dos 9 %. A economia brasileira apresenta um dos índices mais baixos do mundo em termos de produtividade —e só mesmo a agricultura se salva neste cenário desolador. Seja qual for o método de aferição, o resultado é o mesmo: nós ficamos para trás. De 2009 a 2018, a produtividade brasileira, já vindo de patamar muito baixo, cresceu menos de 1% ao ano, enquanto a do mundo cresceu quase 3% ao ano. O fraco resultado se deve sobretudo à falta de ciência e tecnologia. Há um outro fato importante ligado às inovações: elas só dão certo quando trazem em seu bojo o aumento da produtividade, pois para os países e suas empresas não há como sobreviver sem ser produtivo. O exemplo clássico é o da União Soviética. Em 1990, apesar de ser a segunda maior potência mundial, viu ruir o modelo comunista que a deixava completamente improdutiva, uma vez que suas empresas só produziam produtos caríssimos, que funcionavam muito mal. A lição que fica para nossos governantes: não cabe ao setor público inovar, mas é ele que deve criar as condições para que o setor privado inove.


Mariana Mazzucato, em seu livro “O Estado Empreendedor”, deixa isso muito claro quando fala dos Estados Unidos. A internet é fruto de pesquisas do Exército norte-americano colocadas à disposição do público, e até o iPod da Apple se originou de uma pesquisa interna do Departamento de Defesa. 


A questão prioritária não é baixar um novo pacote fiscal ou promover a desvalorização da nossa moeda. Muito menos fazer as reformas cuja falta é sempre apontada como justificativa para tudo de errado que acontece em nosso país.


 O governo brasileiro precisa imitar os países asiáticos acima mencionados e tratar a educação com o destaque que merece. Como dissemos, o conhecimento é o mais importante dos recursos. Paul Romer ganhou o prêmio Nobel de Economia em 2018 por incluir o conhecimento como variável de destaque para o desenvolvimento, e com isso trouxe para a teoria econômica a importância da educação. 


A China entendeu isso muito claramente, o que explica grande parte de seu “milagre” econômico. Em 1970, as crianças chinesas tinham nível educacional muito pior que as brasileiras. Atualmente a China lidera o teste Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Aluno), enquanto o Brasil ficou na 57ª colocação entre 79 países que participaram do último exame divulgado, em 2019.

Com isso a China pode suprir suas empresas com mão de obra altamente qualificada. Não por outra razão, na última lista da revista Fortune, com a relação das 500 maiores e mais lucrativas empresas do planeta, a China ultrapassou pela primeira vez os Estados Unidos (124 companhias contra 121). 


A nota triste é que o Brasil tem apenas sete empresas citadas, ou seja, 1,4 % das empresas mais importantes do mundo. Aliás, essa é também a porcentagem de nossa participação no comércio internacional. Coincidência? Não, mas sim um indicativo de que são as grandes empresas que participam do comércio internacional, pois são mais inovadoras e competitivas. Ou seja, o desempenho exportador de um país é comandado pela capacidade de inovação de suas empresas.



 O fato de existirem poucos grupos brasileiros de porte mundial faz com que a grande maioria da pesquisa feita em nosso país seja originada no setor público. Já nos países com atuação importante na área do conhecimento, os pesquisadores trabalham no setor privado. No Japão e nos Estados Unidos cerca de 80 % deles fazem suas pesquisas em empresas privadas. No Brasil, apenas 30%; o resto está ou nas universidades ou nas estatais.


Com isso a China pode suprir suas empresas com mão de obra altamente qualificada. Não por outra razão, na última lista da revista Fortune, com a relação das 500 maiores e mais lucrativas empresas do planeta, a China ultrapassou pela primeira vez os Estados Unidos (124 companhias contra 121). A nota triste é que o Brasil tem apenas sete empresas citadas, ou seja, 1,4 % das empresas mais importantes do mundo. 


Aliás, essa é também a porcentagem de nossa participação no comércio internacional. Coincidência? Não, mas sim um indicativo de que são as grandes empresas que participam do comércio internacional, pois são mais inovadoras e competitivas. Ou seja, o desempenho exportador de um país é comandado pela capacidade de inovação de suas empresas. 


O fato de existirem poucos grupos brasileiros de porte mundial faz com que a grande maioria da pesquisa feita em nosso país seja originada no setor público. Já nos países com atuação importante na área do conhecimento, os pesquisadores trabalham no setor privado. No Japão e nos Estados Unidos cerca de 80 % deles fazem suas pesquisas em empresas privadas. No Brasil, apenas 30%; o resto está ou nas universidades ou nas estatais.


Veja-se o caso da Covid-19: apesar de não termos ainda o registro definitivo de nenhuma vacina originária de laboratórios brasileiros, há diversas pesquisas a caminho e nossos pesquisadores contribuíram para o desenvolvimento de imunizantes empregados em diversos países. Somos o 13º maior produtor de ciência, com quase 2,5 % dos artigos publicados nas principais revistas científicas do mundo. Numa pesquisa feita em 2016, assinada pelo professor húngaro György Csomós e publicada no Journal of Infometrics, a cidade de São Paulo ficou em 12 º lugar entre as que mais produzem ciência no mundo. Recentemente divulgou-se a relação dos países que mais publicaram artigos científicos referentes a Covid-19 e também ficamos numa posição muito boa: 11 º lugar, sendo que a USP foi a 16 º universidade do mundo em produção de textos referentes a pandemia. Não deixa de ser um ponto extremamente favorável para o Brasil, principalmente se levarmos em conta que a tecnologia é impulsionada por conhecimento, especialmente científico. Uma teoria diz que a ciência é quem conduz a tecnologia. No nosso caso, a contradição de chegar à excelência em ciência e apresentar desempenho pífio em tecnologia tem muito a ver com o papel da universidade pública. 1 14 Países asiáticos são modelo no combate ao coronavírus Em Singapura, cadeiras são marcadas com fitas vermelhas pelas autoridades, que determinaram o distanciamento social; o país, que teve os seus primeiros casos em janeiro, mantêm a epidemia controlada com 345 casos do novo coronavírus.


FOLHA DE S. PAULO



Estados adotam novas restrições contra a covid-19

 PANDEMIA

Em um ano, doença já matou 255,7 mil pessoas no Brasil

CRÉDITO:© Marcelo Camargo/Agência Brasil


Em todo o país, o crescimento do número de casos de covid-19 e a lotação de leitos hospitalares disponíveis para casos graves da doença têm feito com que os governos estaduais estabeleçam medidas mais restritivas ao comércio e a atividades consideradas não essenciais. A tentativa é conter a doença que, no último ano, já matou 255,7 mil pessoas no Brasil.

Pernambuco

Uma semana após estabelecer toque de recolher em 63 cidades pernambucanas, o governo de Pernambuco decretou novas medidas restritivas válidas para todo o estado. Entre as restrições que entrarão em vigor amanhã (3) estão a proibição do funcionamento de atividades não essenciais, das 20h às 5h, entre as segundas e sextas-feiras. Já aos sábados e domingos, apenas serviços essenciais poderão funcionar durante todo o dia.

Previstas para vigorar até o próximo dia 17, as medidas foram anunciadas ontem (1), quando a ocupação dos leitos hospitalares da rede pública estadual atingiu 93%. “A contaminação e a hospitalização decorrentes da covid-19 estão em aceleração, e precisamos reduzir o contato social para frear essa escalada dos números”, declarou o governador Paulo Câmara ao detalhar as restrições.

Estabelecimentos comerciais como supermercados, padarias, farmácias, postos de gasolina, serviços de delivery e pontos de coleta dos restaurantes estão autorizados a funcionar. Já clubes, shoppings e comércio de rua não poderão funcionar durante todos os finais de semana, pelo tempo que durar o decreto.

Além disso, aos sábados e domingos, fica vetado o acesso do público a parques. E, nas praias de todo o estado, aos finais de semana será permitida apenas a prática de atividades esportivas individuais.

Mato Grosso

O governo de Mato Grosso também decretou novas medidas para tentar conter o avanço do número de casos da covid-19 no estado. No momento em que o governador Mauro Mendes anunciava as medidas, a taxa de ocupação dos leitos de UTI era de 88% - situação que só não estava pior porque, no início da manhã, foram abertos 20 novas vagas no Hospital Estadual Santa Casa.

As restrições mato-grossenses entram em vigor amanhã (3) e, inicialmente, valem por 15 dias. Em todo o estado, vai vigorar o toque de recolher das 21h às 5h, período em que apenas trabalhadores de serviços essenciais ou quem tenha extrema necessidade poderá circular pelas ruas.

De segunda a sexta-feira, apenas atividades essenciais poderão funcionar das 19h às 5h. Aos sábados e domingos, a proibição se torna ainda mais rigorosa, pois autoriza o funcionamento do segmento não essencial apenas das 5h às 12h. Entre os estabelecimentos não afetados pela medida estão farmácias, serviços de saúde, funerárias, postos de gasolina (exceto as lojas de conveniência), indústrias, transporte de alimentos e grãos, e serviços de manutenção de atividades essenciais, como água, energia e telefone.

Serviços de entrega por delivery seguem autorizados até as 23h. Já o transporte coletivo (ônibus) e serviços de aplicativos (Uber, 99, etc) poderão funcionar normalmente. Durante o horário em que estiverem autorizados a funcionar, os estabelecimentos comerciais deverão respeitar as medidas de segurança, como o uso de máscara, distanciamento e limitação de 50% da capacidade máxima do local. Eventos podem ocorrer dentro do horário permitido, respeitado o limite de 30% da capacidade do local, e número máximo de 50 pessoas.

O governador Mauro Mendes também enviou à Assembleia Legislativa, em regime de urgência, um projeto de lei que prevê multa para pessoas e empresas que desrespeitarem as novas medidas. No projeto, o governo justifica que as restrições à livre circulação de pessoas e à atividade econômica visam a “conter o aumento exponencial da contaminação causada pelo novo coronavírus, bem como a evitar que o sistema de saúde estadual entre em colapso”.

O projeto prevê que as pessoas físicas que descumprirem as normas sejam multadas em R$ 500. Já as empresas e/ou órgãos públicos que cometerem as infrações terão que pagar R$10 mil. Entre os casos passíveis de multa, caso os deputados estaduais aprovem o projeto, estão a não utilização de máscara facial em espaços abertos ao público ou de uso coletivo, bem como para os donos de estabelecimentos que deixarem de controlar o uso de máscaras no interior de seus empreendimentos.

Também ficam passíveis de serem multados aqueles que participarem ou promoverem atividades, reuniões ou eventos que gerem aglomeração de pessoas; que descumprirem a restrição de horários para circulação ou cometerem outras ações consideradas lesivas ao enfrentamento da emergência de saúde pública. 

As infrações poderão ser registradas pelos Procons estadual e municipal; pelos órgãos de vigilância sanitária estadual e municipal; Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e outros órgãos municipais com poder fiscalizatório. Quem for flagrado cometendo qualquer uma destas infrações ainda pode ter que responder criminalmente por infração de medida sanitária preventiva e desobediência, conforme já previsto no Código Penal.

Acre

No mesmo dia em que o governador Gladson Cameli foi diagnosticado com covid-19, o governo do Acre reconheceu que todo o estado se mantém em nível de emergência (bandeira vermelha), devido ao aumento dos casos de infecção pelo novo coronavírus. Além da pandemia, o estado enfrenta também um surto de dengue e corre o risco de ver outras doenças aumentarem após as cheias dos rios que inundaram parte do estado nas últimas semanas.

Nas redes sociais, Cameli informou que, até ontem, não apresentava sintomas da doença. Ainda assim, trabalharia de forma remota, mantendo os cuidados e o isolamento para preservar a saúde da família e da sua equipe.

Até esta segunda-feira, o Acre já registrava 57.894 casos confirmados da covid-19 e 1.012 mortes em decorrência das consequências da doença. Segundo o governo estadual, ao menos 46.682 pessoas já se recuperaram e receberam alta médica, mas 325 pessoas cujos testes acusaram covid-19 permaneciam internadas - além de outras 96 pessoas que ou aguardam o resultado do exame, ou estão hospitalizadas devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Das 421 pessoas internadas, 115 estão em vagas de UTI (97 do SUS e 18 de hospitais particulares) e 306 em leitos clínicos (243 do SUS e 63 de estabelecimentos privados). O que significa que 91,5% dos 106 leitos de UTI existentes no estado estavam ocupados, e 83,5% das 200 vagas para internação clínica.

Devido ao agravamento da situação epidemiológica, o governo estadual publicou alguns decretos que limitam a atividade econômica e a circulação de pessoas. 

O Decreto nº 8.147, por exemplo, estabelece que, nos fins de semana e feriados, só será permitido o funcionamento de farmácias, hospitais, postos de gasolina e funerárias. Restaurantes, lanchonetes, supermercados e similares poderão funcionar exclusivamente com serviço de delivery, sendo vedado qualquer tipo de atendimento presencial ao público, inclusive na modalidade drive-thru e congêneres. Qualquer outra atividade econômica ou social também estará proibida a partir deste fim de semana.

De segunda a sextas-feira, os estabelecimentos comerciais não essenciais deverão observar a orientação da classificação de risco, que também foi modificada.

Durante a bandeira vermelha, estão proibidas as competições de futebol profissional, amistosos e treinamentos no âmbito das entidades vinculadas à Federação de Futebol do Acre; escolinhas de futebol para o público infantil; e atividades do atletismo. Também estão proibidos teatros, cinemas e apresentações culturais, além de eventos corporativos, acadêmicos, técnicos e científicos, bem como eventos comemorativos e sociais, tais como casamentos, aniversários e outros tipos de confraternizações realizados em igrejas, cerimoniais, restaurantes e buffets.

Já o Decreto 8.148 estabelece que as atividades de academias de ginástica, clubes esportivos e de lazer e similares possam voltar a funcionar a partir do dia 9 de março.



FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Deputado pede reabertura de salões, barbearias e esmalterias no DF

 POLÍTICA DF

Ex-líder do governo na Câmara Legislativa argumentou que estabelecimentos estão cuidadosos e cumprem medidas sanitárias


FOTO: AGÊNCIA BRASÍLIA



O deputado distrital Claudio Abrantes (PDT) solicitou ao governador Ibaneis Rocha (MDB) a reabertura de salões de beleza, barbearias, manicure, pedicure, esmalterias e centros estéticos do Distrito Federal.

A reivindicação foi protocolada, por meio de indicação, na segunda-feira (1º/2) e sugere a alteração do decreto vigente o qual determina medidas restritivas locais.

O parlamentar argumentou que o setor segue as orientações de autoridades sanitárias para manter o funcionamento. “Esses locais, normalmente, são extremamente cuidadosos com a higiene, com a assepsia do ambiente e de todos os equipamentos e insumos. E esse cuidado se tornou ainda mais rigoroso durante a pandemia”, afirmou.

No pedido, Abrantes destacou que os atendimentos são realizados mediante horário marcado, para que não haja aglomerações, e que muitos dos profissionais dos salões são autônomos e perdem a renda sem os clientes.


METRÓPOLES



Ibaneis na presidência do Consórcio Brasil Central até 2022

 GDF

Passagem do cargo foi feita pelo governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, na manhã desta terça-feira (2)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assumiu, nesta terça-feira (2), o cargo de presidente do BrC | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assumiu, nesta terça-feira (2), o cargo de presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC). O chefe do Executivo local cumprirá o mandato com duração de um ano no lugar do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, que transmitiu o cargo em ato simbólico no gabinete de Ibaneis.

Durante o encontro, Mendes entregou ao governador um documento com as ações recentes do consórcio. Eles também conversaram sobre perspectivas do país e do Consórcio Brasil Central para 2021. A reunião contou com a presença do vice-governador Paco Britto.

“Vamos fazer, neste ano, um grande trabalho para ajudar toda a região Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste, que englobam esse consórcio”Governador Ibaneis Rocha“Hoje eu tomei posse como diretor-presidente do BrC, um consórcio de grande importância porque faz compras compartilhadas com redução de preço. Só na compra de medicamentos, no ano que passou, houve uma redução de 30% no custo. É um consórcio que vem para desenvolver toda a região Centro-Oeste [e parte do Norte e Nordeste] de forma unificada. Vamos fazer, neste ano, um grande trabalho para ajudar toda a região Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste, que englobam esse consórcio. Vamos juntos trabalhar mais fortes”, destaca Ibaneis Rocha.O Consórcio Brasil Central é uma autarquia formada por sete governos estaduais: além do DF, integram o grupo Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. O BrC é também a primeira autarquia composta por estados no Brasil e existe desde 2015, com o objetivo de estimular o desenvolvimento das unidades da federação participantes.

Perspectiva de avanços

R$ 1 bilhão

em créditos foram liberados pelo BRB

“O governador Ibaneis Rocha assume agora como novo presidente com a sua experiência, competência e, acima de tudo, com a capacidade que ele tem de articular, sendo o governador do Distrito Federal. Nós acreditamos que o consórcio terá, nessa nova administração, avanços ainda mais importantes do que já teve em sua história”, ressalta Mauro Mendes, governador de Mato Grosso e agora ex-presidente do BrC.

A participação do DF como líder do consórcio já foi marcada por uma ação importante capitaneada pelo Banco de Brasília (BRB). O banco regional liberou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão, divididos em cinco áreas: BRB Desenvolvimento, BRB Investimento, BNDES, Plano Empresário e Agronegócio. O BRB, inclusive, está presente em parte dos estados que compõem a autarquia: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.


FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

 

Concurso Banco do Brasil: veja o perfil dos funcionários

 OPORTUNIDADES

O relatório de administração foi divulgado, o documento apresenta redução de pessoal; o concurso do Banco do Brasil segue previsto.

FOTO: REPRODUÇÃO 


No último dia 26 de fevereiro, o Banco do Brasil (concurso Banco do Brasil) publicou o relatório da Administração no Diário Oficial da União. O documento inicia com uma carta que mencionas os acontecimentos do ano de 2020.

Um trecho é específico sobre o home office que foi ampliado devido à pandemia. “Com investimentos em tecnologia e em segurança da informação, expandimos o trabalho remoto que passou a ser uma realidade para 33 mil funcionários ao final de 2020, com possibilidade instalada de até 70 mil acessarem simultaneamente. Estão trabalhando em home office 81% dos funcionários da administração geral e 23% dos lotados na rede de agências e escritórios especializados de atendimento. Juntamente com esse movimento, desenvolvemos cursos e trilhas completas de capacitação em nossa Universidade Corporativa para apoiar e facilitar o desenvolvimento do trabalho remoto”, aponta trecho.

Além disso, foram mencionados outras ações tomadas de proteção contra a Covid-19, dentre elas: distribuição de máscaras para funcionários em modalidade presencial, implementação de comunicação interna específica (portal dedicado, comunicados, podcast), atendimento e medidas de apoio à saúde ocupacional e assistencial.

item de gestão de pessoas é importante para os concursandos porque a partir dele é possível avaliar as possibilidades de um novo concurso público.

Na tabela do perfil de funcionários públicos existe um indicativo de redução no quantitativo de colaboradores. De 2019 a 2020, o quadro teve uma redução de 1.517 colaboradores.

A região que apresentou o maior quantitativo de redução no quadro de pessoal foi a região sudeste que tinha o quantitativo de 40.864 e passou a ter 1.064 funcionários.

Outro dado relevante é que 57,84% dos cargos são ocupados por homens. Os dados estão detalhados na tabela abaixo:

Perfil do Funcionários

Dezembro/2020

Dezembro/2019

Funcionários

91.673

93.190

Feminino

38.645

39.122

Masculino

53.028

54.068

Escolaridade

Ensino Médio

11.505

12.779

Graduação

31.735

34.606

Especialização, Mestrado e Doutorado

48.275

45.639

Demais

158

166

Distribuição Geográfica

Norte

3.981

4.043

Nordeste

15.106

15.387

Centro-Oeste

16.650

16.546

Sudeste

39.800

40.864

Sul

16.136

16.327

Rotatividade de Funcionários (%)

0,56

1,05

Quer ler o documento na íntegra, clique aqui.

Concurso do Banco do Brasil: próximo concurso

Em janeiro de 2021, a equipe do Gran Cursos Online entrou em contato com a Assessoria de imprensa do BB e obteve a informação de que os estudos para o próximo edital seguem avançando e reforçou que os detalhes do seriam amplamente divulgados posteriormente.

São aguardadas 120 vagas para a área de TI. O salário inicial ofertado será de R$ 3,8 mil. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão em agosto de 2020.

Confira aqui mais informações

 

Resumo do Concurso Banco do Brasil

ConcursoBanco do Brasil (concurso Banco do Brasil)
Banca organizadoraa definir
CargosEscriturário
EscolaridadeNível médio
CarreirasBancária
Lotaçãoa definir
Número de vagasa definir
RemuneraçãoR$ 3.113,02
SituaçãoAnunciado os estudos p/ concurso!
Link do último  editalClique AQUI para fazer o download do edital

CNC aponta fechamento de 75 mil lojas em 2020

 ECONOMIA

As micro e pequenas empresas responderam por 98,8% dos pontos fechados



Um levantamento divulgado hoje (1º) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam as portas no Brasil em 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19. Esse número é calculado a partir da diferença entre o total de abertura e de fechamento das lojas.

As micro e pequenas empresas responderam por 98,8% dos pontos comerciais fechados. Todas as unidades da federação registraram saldos negativos. Os estados mais impactados foram São Paulo (20,30 mil lojas), Minas Gerais (9,55 mil) e Rio de Janeiro (6,04 mil).

Essa retração anual do comércio é a maior registrada desde 2016, quando 105,3 mil lojas saíram de cena devido à recessão econômica do período. Apesar do alto número de estabelecimentos que fecharam suas portas no ano passado, as vendas no varejo tiveram queda de apenas 1,5%. Esse percentual, segundo a CNC, foi menor do que o esperado para um momento crítico.

De acordo com a entidade, as perdas foram sentidas já em março, mas o mercado começou a mostrar uma reação a partir de maio, afastando expectativas mais pessimistas. O fortalecimento do comércio eletrônico e o benefício do auxílio emergencial, permitindo que a população mantivesse algum nível de consumo, foram listados como fatores que contribuíram para o reaquecimento do comércio.

"Na primeira metade do ano, quando o índice de isolamento social chegou a atingir 47% da população, as vendas recuaram 6,1% em relação a dezembro de 2019. Na segunda metade do ano, quando se iniciou o processo de reabertura da economia e foram registrados os menores índices de isolamento desde o início da crise sanitária, as vendas reagiram, avançando 17,4%", diz o estudo.

O levantamento aponta, no entanto, que a população ainda manifesta algum grau de dependência do consumo presencial, o que traz desafios para 2021. A imprecisão dos prognósticos envolvendo a evolução da campanha de vacinação também gera incertezas.

Projeções

A CNC avaliou ainda as perspectivas para o setor. "A inflexão no processo de abertura líquida de lojas com vínculos empregatícios, observado até 2019, não significa necessariamente uma nova tendência de atrofia no mercado de trabalho do varejo para os próximos anos", registra. O estudo, porém, observa que há menor capacidade de geração de vagas por meio do comércio eletrônico, cujas vendas cresceram 37% em 2020.

Ao estabelecer projeções para 2021, foram traçados três cenários conforme o nível de isolamento social da população. Em um deles, a entidade calcula que as vendas avançariam 5,9% na comparação com o ano anterior e o comércio seria capaz de reabrir 16,7 mil novos estabelecimentos. Para que isso ocorra, o índice de isolamento social precisa sofrer redução de 5% até o fim do ano.

Um cenário mais otimista, no qual sejam restabelecidas as condições pré-pandemia, o volume de vendas cresceria 8,7% e 29,8 mil lojas seriam abertas ao longo deste ano. Já o quadro mais pessimista, com a população se mantendo confinada em níveis apenas ligeiramente inferiores aos observados em dezembro de 2020, somente 9,1 mil estabelecimentos abririam as portas.

Nível de ocupação

A crise decorrente da pandemia também afetou o nível de ocupação no comércio: 25,7 mil vagas formais foram perdidas em 2020. O último ano onde houve queda nesse quesito foi em 2016, quando foi registrada retração de 176,1 mil postos de trabalho.

Conforme o levantamento, considerando o nível de ocupação, o ramo mais afetado foi o de vestuário, calçados e acessórios, com a queda de 22,29 mil vagas. Na sequência, aparecem os hiper, super e minimercados (14,38 mil) e lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (13,31 mil).

No entanto, o saldo negativo de 2020 não reverteu a quantidade de vagas geradas entre 2017 e 2019. Nesse período, o número de postos criados foi de 220,1 mil.

Edição: Fernando Fraga