sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Saúde amplia oferta de leitos de UTI públicos no DF

 


Além disso, serão ativados outros 20 leitos de terapia intensiva no Hospital Regional da Asa Norte

Gestores da Secretaria de Saúde decidiram que outros 20 leitos de UTI no Hospital Regional da Asa Norte serão ativados neste sábado | Foto: Geovana Albuquerque / Agência Saúde

A Secretaria de Saúde ampliou a oferta de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), nesta sexta-feira (26), para atender pacientes com Covid-19. Já estão disponíveis 16 leitos, sendo 7 no Hospital Regional de Samambaia, 5 no Hospital Home e 4 no Hospital Daher. Os leitos ativados nas duas últimas unidades mencionadas são contratações da pasta.

Em reunião no final da tarde, os gestores da Secretaria de Saúde decidiram que outros 20 leitos de UTI no Hospital Regional da Asa Norte serão ativados neste sábado (27). O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, ponderou que a “SES segue trabalhando na ampliação de leitos para melhor atender a população do DF”. O secretário adiantou, ainda, que em março devem ser liberados mais 18 leitos, sendo 8 no Daher e 10 no Home, ambos contratados.

“SES segue trabalhando na ampliação de leitos para melhor atender a população do DF”Osnei Okumoto, secretário de Saúde

Além desses leitos, a pasta também vai realizar o incremento de mais 60 leitos nos próximos dias.

Agendamento por telefone

Na próxima semana, haverá o reforço no agendamento da vacinação no Distrito Federal. O Disque Saúde 160, na opção 2, oferecerá o serviço de agendamento para o usuário que tiver dificuldades em ter acesso à internet. Ao ligar no serviço, o usuário deverá informar os dados pessoais e o atendente fará a marcação já informando a data e o local de vacinação. Se não conseguir agendar por esse sistema, o usuário poderá procurar as salas de vacinação para receber a imunização.

O secretário Osnei Okumoto ressalta ainda que esta “será mais uma opção para que os idosos e  as pessoas que, por algum motivo, não conseguirem marcar pelo site vacina.df.gov.br não fiquem sem atendimento”.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

Senado escolhe presidentes de comissões e analisa desafios de retomar reuniões

 


Da Redação | 26/02/2021, 15h14

Nesta semana, os senadores escolheram a maioria dos presidentes e vice-presidentes das comissões permanentes da Casa. Dos 13 colegiados temáticos, apenas a Comissão Senado do Futuro (CSF) e as vice-presidências de Ciência e Tecnologia (CCT), Relações Exteriores (CRE) e Agricultura (CRA) ainda estão indefinidas, aguardando a conclusão de acordos. A discussão agora é a retomada das reuniões.

Com a pandemia de covid-19 e o estado de calamidade pública no Brasil, as comissões permanentes tiveram seu funcionamento suspenso  em 2020, não puderam atuar nas análises de projetos nem fazer audiências públicas. Em 2021, o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em sintonia com as lideranças partidárias, está atuando para viabilizar o retorno. A ideia é que as comissões funcionem como o Plenário, num modelo misto, com participações dos senadores de forma remota e presencial.

— Há um sentimento do Senado nesse modelo semipresencial, de construir um calendário para as comissões. Essa é a informação que tenho do presidente e dos senadores, que estão tentando viabilizar esse calendário, a ser decidido pelo presidente Rodrigo Pacheco, consultando os líderes que desejam fazer, em 2021, um novo modelo de atuação das comissões, já que em 2020 ficamos impedidos de funcionar as comissões temáticas. Acho que teremos uma saída, temos que aguardar como vai sair o calendário — avaliou o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), em entrevista à Agência Senado, logo após a posse, na terça-feira (23).

Na opinião do presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), Sérgio Petecão (PSD-AC), o retorno do funcionamento dos colegiados permanentes pode ajudar o Brasil no enfrentamento da covid-19 e de suas consequências.

— Para nós, tudo é novo, mas esta Casa tem muito a contribuir, não podemos nos omitir, estamos diante de um grande desafio e vamos ter que enfrentar, não tem jeito. A covid nunca esteve tão presente como agora. O presidente [Rodrigo Pacheco] tem dito e vem caminhando nesse sentido, para que possamos dividir, quem puder participar das sessões presenciais que venha, quem não puder, temos que respeitar e entender a gravidade, mas o Senado tem que agir forte, porque a Nação precisa desta Casa — disse Petecão à Agência Senado, após sua posse.

Segundo o consultor legislativo Gilberto Guerzoni, o Sistema de Deliberação Remota adotado no Parlamento em 2020 foi um sucesso, mas mostrou limitações, especialmente na decisão de matérias complexas e polêmicas e que exigem mais maturação e mais análise técnica. Uma possível retomada dos trabalhos das comissões será fundamental para auxiliar nessas análises de temas complicados, avalia. O desafio será evitar a propagação da covid-19.

— Acho que, mesmo que não se possa substituir totalmente o funcionamento totalmente presencial, o funcionamento misto das comissões e do Plenário pode ajudar nos entendimentos que devem ser construídos para a votação dessas matérias mais complexas e polêmicas. A grande questão, especialmente no curto prazo, até a aceleração do processo de vacinação, é se isso vai se compatibilizar com os protocolos sanitários, neste momento de recrudescimento da pandemia — afirmou, em entrevista à Agência Senado.

Números

Maior bancada do Senado, com 15 integrantes, o MDB assumiu duas presidências — das Comissões de Educação (CE) e de Infraestrutura (CI) — e uma vice, da Comissão de Meio Ambiente (CMA).

A segunda maior bancada é a do PSD, atualmente com 11 membros, que também ficou com a presidência de duas comissões: a de Assuntos Econômicos (CAE) e a de Assuntos Sociais (CAS), além de duas vice-presidências, da CAE e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O PT, maior partido de oposição, atualmente com seis integrantes, ficou com duas presidências, das Comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Meio Ambiente (CMA). O PSDB, com sete senadores, ficou com uma presidência, a de Ciência e Tecnologia (CCT).

O DEM vai presidir a CCJ, uma das comissões mais importantes da Casa. Pros e Podemos ficaram cada um com uma presidência e uma vice-presidência; PDT e PP com uma presidência; e Rede, Republicanos e PSB com uma vice-presidência cada um.

Proporcionalidade x acordos

De acordo com o consultor legislativo Gilberto Guerzoni, não há nenhuma regra que defina a preferência das maiores bancadas na escolha das presidências das comissões temáticas. A proporcionalidade partidária, que considera o número de integrantes eleitos das bancadas, é utilizada para a composição da Mesa do Senado (presidente, vices e secretários) e dos integrantes das comissões. As presidências dos colegiados são definidas tradicionalmente por acordo entre os partidos, ou até mesmo na disputa de votos.

— No caso da Mesa, ainda que, pela Constituição e pelo Regimento, tenha que ser respeitada a regra da proporcionalidade, é uma eleição secreta. Ou seja, sempre há um elemento imponderável. Já no caso da presidência das comissões, é preciso lembrar que a distribuição desses cargos de acordo com o tamanho das bancadas é apenas uma tradição. Não existe exigência nem constitucional ou regimental para que isso ocorra — disse.

Guerzoni explicou ainda não haver uma norma para o funcionamento dos acordos. Tudo depende da conjuntura política e da avaliação dos partidos.

— Nesse sentido, a flexibilidade é bastante grande. Além disso, a grande fragmentação do Senado, onde a maior bancada não chega a ter 20% da Casa, associada a divergências internas em muitas bancadas, também contribui para que a regra da proporcionalidade não seja obedecida estritamente e dependa mais dos acordos políticos — acrescentou.

Presidentes e vices já definidos

CAE

Presidente: Otto Alencar (PSD-BA).  Vice: Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

CAS

Presidente: Sérgio Petecão (PSD-AC). Vice: Zenaide Maia (Pros-RN)

CCJ

Presidente: Davi Alcolumbre (DEM-AP). Vice: Antonio Anastasia (PSD-MG)

CDH

Presidente: Humberto Costa (PT-PE). Vice: Fabiano Contarato (Rede-ES)

CDR

Presidente: Fernando Collor (Pros-AL). Vice: Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ)

CE

Presidente: Marcelo Castro (MDB-PI). Vice: Leila Barros (PSB-DF)

CI

Presidente: Dário Berger (MDB-SC). Vice: Jayme Campos (DEM-MT)

CMA

Presidente: Jaques Wagner (PT-BA). Vice: Confucio Moura (MDB-RO)

CTFC

Presidente: Reguffe (Podemos-DF). Vice: Marcos do Val (Podemos-ES)

CCT

Presidente: Rodrigo Cunha (PSDB-AL). Vice: vago

CRA

Presidente: Acir Gurgacz (PDT-RO). Vice: vago

CRE

Presidente: Kátia Abreu (PP-TO). Vice: vago

CSF

Aguardando instalação

Divisão  por  partido

PSD – 2 presidências (CAE e CAS); 2 vice-presidências (CAE e CCJ)

Pros – 1 presidência (CDR); 1 vice-presidência (CAS)

DEM – 1 presidência (CCJ); 1 vice-presidência (CI)

MDB – 2 presidências (CE e CI); 1 vice-presidência (CMA)

PSDB – 1 presidência (CCT); nenhuma vice-presidência

PT – 2 presidências (CDH e CMA); nenhuma vice-presidência

PDT – 1 presidência (CRA); nenhuma vice-presidência

PP – 1 presidência (CRE); nenhuma vice-presidência

Podemos – 1 presidência (CTFC); 1 vice-presidência (CTFC)

Rede – nenhuma presidência; 1 vice-presidência (CDH)

Republicanos - nenhuma presidência; 1 vice-presidência (CDR)

PSB – nenhuma presidência; 1 vice-presidência (CE)

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto proíbe doação de pessoa ligada à indústria de armas a campanhas eleitorais

 


Da Redação | 26/02/2021, 16h29

A doação em dinheiro de pessoas físicas ligadas à indústria e comércio de armas e munições poderá ser proibida para campanhas eleitorais. É o que determina o projeto de lei (PL 479/2021) de autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

O proposta modifica a Lei das Eleições (Lei 9.504, de 1997) para vedar doações a partido políticos e candidatos a cargos eletivos, em campanha eleitoral, de receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, procedente de pessoas físicas ligadas à indústria e comércio de armas e munições, clubes e associações de tiro.

Na justificativa apresentada ao projeto, Eliziane explica que o objetivo maior é “impedir que a indústria de armas e da morte contamine os políticos, as eleições, as nossas instituições. E esse primeiro passo começa com a proibição clara a que esse segmento possa financiar a política no Brasil”.

Segundo levantamento do Instituto Sou da Paz, Organização Não Governamental (ONG) de combate à violência, com base em dados registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2014, fabricantes de armamentos contribuíram para a campanha de pelo menos 14 deputados federais e 7 estaduais.

A senadora ainda citou os quatro decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro para desburocratizar e ampliar o acesso a armas de fogo. Para a parlamentar, a liberação de armas favorece apenas as pessoas que querem tirar proveito econômico particular e as organizações criminosas que obtém lucro, por meio de atividades ilícitas.

“A iniciativa do presidente não se justifica por interesses econômicos legítimos nem por um suposto aumento da segurança dos cidadãos frente ao crime organizado ou comum. É produto, isso sim, de um instinto belicoso, anti-humano, anticristão, a favor da morte como condutor da relação entre as pessoas”, explica a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Prefeitos pedem a votação de projetos para ajudar os municípios

 


Marcella Cunha | 26/02/2021, 16h52

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebeu uma pauta de prioridades do movimento municipalista nesta quinta-feira (26). Além da retomada do auxílio emergencial e da prorrogação do decreto de calamidade pública, os prefeitos pediram votação rápida do parcelamento da dívida previdenciária, do pacto federativo e da reforma tributária. Pacheco reafirmou seu compromisso com a pauta municipalista, mas pediu que o governo federal seja incluído no diálogo. 

Fonte: Agência Senado

CRA aprova emendas orçamentárias para Embrapa, Incra e agricultura familiar

 


Guilherme Oliveira | 26/02/2021, 17h26

A Comissão de Agricultura (CRA) aprovou nesta sexta-feira (26) as suas emendas ao Orçamento da União de 2021 (PLN 28/2020). São quatro emendas, que destinam um total de R$ 920 milhões para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ações de apoio à agricultura familiar e fomento ao setor agropecuário.

O Incra é indicado como beneficiário da maior parte dos recursos: são R$ 450 milhões destinados ao órgão, tendo como objetivo principal a consolidação de assentamentos rurais. A Embrapa deve receber R$ 120 milhões para o desenvolvimento de novas tecnologias.

O terceiro destinatário é o Ministério da Agricultura, que é contemplado pelas emendas com R$ 350 milhões, dos quais R$ 250 milhões são para ações de fomento e R$ 100 milhões para a promoção da agricultura familiar e a estruturação de pequenos e médios produtores.

Além dessas emendas, que apropriam recursos para certas áreas, a comissão também vai sugerir uma mudança no texto do Orçamento para contemplar servidores de fiscalização agropecuária em áreas de fronteira. Uma previsão de pagamento de indenizações para a categoria poderá ser incluída entre as previsões de alteração de estrutura de remuneração do funcionalismo para o ano de 2021.

A relatora das emendas, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), afirmou que fez o possível para contemplar todos os membros da CRA, e as emendas finais incorporam pelo menos uma sugestão de cada um deles.

Os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Paulo Rocha (PT-PA) lamentaram o volume de recursos reservado à Embrapa, que consideraram pequeno diante da “importância” da instituição. Já o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) insistiu em mais verbas para o Incra, e pediu a inclusão de uma emenda de remanejamento, que transferiria recursos de outra área do Orçamento. Soraya alegou que não haveria espaço orçamentário para essa sugestão de forma imediata, mas se comprometeu a pleitear esses recursos junto ao governo federal para viabilizar os recursos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto de lei prevê monitoramento de medicamentos já registrados

 


Da Redação | 26/02/2021, 17h52

O senador Otto Alencar (PSD-BA) apresentou um projeto de lei, o PL 589/2021, para regulamentar as inspeções sobre a efetividade terapêutica de medicamentos já registrados. Esse projeto também prevê que os estudos de equivalência farmacêutica e de bioequivalência de medicamentos comercializados no Brasil serão obrigatoriamente realizados em centros credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ao explicar por que apresentou a proposta, o senador afirma que "pairam dúvidas sobre a qualidade dos medicamentos comercializados no país, tanto no que tange à efetividade terapêutica quanto em relação aos riscos de eventos adversos por desvios da sua qualidade". Otto também argumenta que, "enquanto as solicitações de registro de novos medicamentos são submetidas a rigoroso escrutínio por parte da autoridade sanitária, isso não ocorre quando se trata do controle da qualidade dos medicamentos já registrados no país, no chamado período pós-registro".

“Essa dúvida advém de relatos de médicos, de queixas de pacientes, de estudos que analisaram amostras de alguns medicamentos e de reportagens da imprensa. O problema também foi apontado por auditoria operacional do Tribunal de Contas da União [TCU], motivada por denúncias de profissionais de saúde e de consumidores sobre a possível ineficácia de certos tipos de medicamento”, ressalta Otto, que é médico.

Programa de monitoramento

O projeto prevê que a autoridade sanitária terá de estabelecer um programa de monitoramento de medicamentos, com abrangência nacional, para avaliar aspectos que possam afetar a efetividade terapêutica desses medicamentos e detectar possíveis desvios de qualidade. Também prevê que os detentores de registro terão de comunicar à autoridade sanitária os possíveis riscos relacionados a eventos adversos e os desvios de qualidade.

Além disso, o texto determina que a Anvisa terá de dar "ampla publicidade" aos resultados dessas inspeções e desse monitoramento.

Ainda não há data prevista para a apreciação dessa matéria.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado


Orçamento: comissões destinam emendas a militares, saneamento e incêndios

 


Rodrigo Resende | 26/02/2021, 18h46

Três comissões permanentes do Senado decidiram nesta sexta-feira (26) o destino de suas emendas ao Orçamento. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) reservou R$ 700 milhões para a aquisição de caças pela Aeronáutica. A Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) destinou recursos para o saneamento básico em cidades com mais de 50 mil habitantes e a Comissão de Meio Ambiente (CMA) repassou verbas para o combate a incêndios florestais. 

Fonte: Agência Senado

33 vetos presidenciais aguardam votação no Congresso Nacional

 


Da Redação | 26/02/2021, 18h51

O Congresso Nacional deve realizar uma sessão na primeira quinzena de março para analisar vetos do presidente da República a propostas aprovadas pelos parlamentares. Ao todo, são 33 vetos que aguardam votação, com 24 deles trancando a pauta do Congresso. A votação do Orçamento está prevista para 24 de março, mas é possível que seja adotado o mesmo entendimento de 2020: de que a votação de outras proposições na pauta das sessões remotas não fica suspensa pelos vetos pendentes.  

De acordo com o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), houve um consenso na última reunião de líderes no Senado de que é preciso marcar uma sessão do Congresso para votar os vetos, alguns deles de 2019. Ele afirmou que não houve uma definição de que vetos estarão na pauta, mas há uma “intenção firme” de que haja uma sessão para votar os vetos pendentes.

— A pauta é bem numerosa. Nós vamos ter que fazer um esforço muito grande para compor essa pauta. E o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se comprometeu a imediatamente abrir esse debate com a Câmara para montar a pauta conjuntamente — informou o líder da minoria.

A regra é que os vetos presidenciais com mais de 30 dias de publicação trancam a pauta de votações do Congresso. Em 2020, no entanto, isso não aconteceu. O entendimento foi de que a pauta não seria trancada porque as sessões não eram conjuntas. Nas sessões para votações de vetos, deputados federais e senadores votam simultaneamente. Já no caso das sessões remotas de 2020, as votações foram feitas de forma separada: primeiro na Câmara e depois no Senado.

Saneamento

Entre os vetos que aguardam votação está o VET 30/2020, que atingiu 18 dispositivos do Marco Legal do Saneamento Básico (PL 4.162/2019, transformado na Lei nº 14.026, de 2020). O projeto aprovado facilitava privatizações no serviço de saneamento, prorrogava o prazo para o fim dos lixões e estabelecia cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para coleta de esgoto até o fim de 2033. Para isso, criava a obrigatoriedade de abertura de licitação, envolvendo empresas públicas e privadas, para contratação de companhias de água e esgoto.

O veto é polêmico porque um dos trechos vetados foi a permissão para que estatais que prestam os serviços atualmente pudessem renovar os contratos por mais 30 anos sem licitação. O veto a esse trecho foi criticado por vários senadores, porque, de acordo com eles, essa permissão era parte do acordo proposto pelo governo para que o projeto fosse aprovado. Em julho de 2020, logo após o veto, o relator do projeto, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), se disse surpreso e afirmou que o governo estava dando um “tiro no pé”.    

— Esse artigo vetado pelo presidente foi exatamente o que permitiu que o projeto do saneamento passasse. Deve haver discussão e esse veto deve cair — disse Jean Paul.

Segundo o senador, a votação desse veto é de interesse do governo, porque, para seguir com as mudanças no saneamento, é preciso editar um decreto que depende da definição do veto.

Outros vetos

Entre os 24 vetos que já trancam a pauta do Congresso, o mais antigo é o VET 56/2019 - Parcial, que derrubou 22 dispositivos do chamado pacote anticrime (PL 6.341/2019, transformado na Lei 13.964, de 2019). Um dos pontos mais polêmicos foi a criação da figura do juiz de garantias, que é um magistrado responsável apenas pela supervisão de uma investigação criminal, não sendo ele quem decidirá sobre o caso.

Além dele, aguardam votação os vetos ao auxílio emergencial à mulher provedora de família monoparental (VET 35/2020) e à compensação financeira aos profissionais e trabalhadores de saúde incapacitados para o trabalho em virtude da covid-19 (VET 36/2020), os vetos à extensão do auxílio emergencial a agricultores familiares que não tivessem recebido o benefício (VET 46/2020) e à concessão do auxílio emergencial para atletas (VET 54/2020).

Também trancam a pauta os vetos parciais VET 42/2020, relacionado à MP que criou uma linha de crédito especial para que pequenas e médias empresas possam pagar salários durante a pandemia; e o VET 51/2020, relacionado à lei da Política Nacional de Segurança das Barragens (PNSB),

Recentes

Outros nove vetos, mais recentes, ainda não trancam a pauta de votações. Entre eles está o veto parcial ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 (VET 59/2020).  Entre os dispositivos vetados do texto principal da nova LDO, vários atingem a proibição de contingenciamento de despesas. Um desse dispositivos impediria o congelamento de recursos para a compra de vacinas contra o novo coronavírus. Para justificar o veto, o Executivo alegou que a medida reduziria o espaço fiscal para despesas discricionárias.

Também não trancam a pauta o VET 1/2021, relacionado à suspensão do pagamento de dívidas de clubes inscritos no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut); o VET 3/2021, relacionado à  unificação de tributos por empresas construtoras contratadas pelo Programa Casa Verde e Amarela; e o VET 6/2021, relacionado a dispositivos da lei que estabelece a autonomia do Banco Central .

Veja aqui a lista de vetos a serem analisados pelo Congresso.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado vota na terça MP que facilita compra de vacinas contra coronavírus

 


Da Redação | 26/02/2021, 18h51

A Medida Provisória (MP) 1.026/2021, que facilita a compra de vacinas contra a covid-19, é um dos quatro itens da pauta da sessão deliberativa do Plenário do Senado na próxima terça-feira (2). O texto, aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça (23), dispensa licitação e estabelece regras mais flexíveis para a aquisição de insumos e serviços necessários à imunização.

A MP 1.026/2021, aprovada pela Câmara na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 1/2021, determina que a aplicação de vacinas deve seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e autoriza estados e municípios a comprar e aplicar imunizantes, caso a União não adquira doses suficientes para os grupos prioritários previstos.

A medida acompanha o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu aos entes da Federação a compra e distribuição de vacinas, caso o governo federal não cumpra o plano de imunização. O relator da matéria é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).   

PEC Emergencial

Também consta na pauta de votações Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/2019, a chamada a PEC Emergencial. No entanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que na terça só haverá a discussão do texto, que já sido objeto de intensos debates entre os parlamentares. A votação da matéria está prevista para quarta-feira (3).

Apresentado pelo Poder Executivo em 2019, o texto sofreu modificações, sugeridas nas últimas semanas pela equipe econômica para compensar o pagamento de um novo auxílio emergencial.

Cadeia agroindustrial

O Plenário do Senado pode finalizar ainda a votação do PL 5.191/2020 que cria os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), uma ferramenta para que o setor agropecuário possa captar dinheiro no mercado de capitais. Da Câmara dos Deputados, o texto-base já tinha sido aprovado pelos senadores no início de fevereiro, restando dois destaques a serem votados antes de o projeto seguir para a sanção presidencial.

O Fiagro permite que investidores nacionais e estrangeiros direcionem recursos ao setor através de aplicações em ativos financeiros atrelados ao agronegócio ou da aquisição de imóveis rurais. Os rendimentos e ganhos de capital distribuídos pelo fundo serão sujeitos ao imposto de renda retido na fonte, com alíquota de 20%.

O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) é o relator da proposta.

Protocolo de Nairóbi

Outro item a ser votado pelos senadores é o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 568/2020, já aprovado pela Câmara dos Deputados, que ratifica o Protocolo de Nairóbi, que trata da eliminação dos subsídios de produtos agrícolas e foi acordado em 2015, durante a 10ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A proposta tem como relator o senador Zequinha Marinho (PSC-PA).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Recém-formados da área da saúde poderão ter incentivo a atuar pelo SUS

 


Da Redação | 26/02/2021, 18h56

Profissionais recém-formados na área da saúde deverão atuar por até três anos em locais que tenham menos de um profissional de saúde a cada mil habitantes e em outros municípios com alta demanda, prevê o projeto de lei (PL 518/2021), do senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). A proposta, que ainda não tem relator, cria o Programa de Incentivo ao Exercício Profissional de Recém-Formados de Graduação da Área da Saúde no Âmbito do Sistema Único de Saúde. 

O projeto abrange os cursos de medicina, biomedicina, enfermagem, fisioterapia, odontologia, psicologia, nutrição e fonoaudiologia. Os recém-formados serão incentivados a participar de um amplo programa de seleção para contratações temporárias. Os candidatos aprovados serão contratados por um período de três anos, com todos os direitos e garantias previstas no estatuto do funcionalismo a que pertença ou nos acordos e convenções coletivas. A jornada mínima de trabalho será de 20 horas semanais. A remuneração será proporcional a carga horária de trabalho. Os profissionais que cumprirem 75% do período de contratação receberão certificado de participação no programa. 

O texto define que, para participar do programa, as universidades públicas e particulares terão que disponibilizar um formulário para os estudantes interessados que estiverem no último ano de graduação. A seleção dos profissionais será feita de acordo com o coeficiente de rendimento acadêmico acumulado ao longo da graduação; com a proximidade do domicílio do interessado de locais ou regiões em que existirem maior demanda de profissionais da área de saúde; e com a elaboração de carta de motivação, na qual o interessado deverá dissertar sobre a importância social da sua profissão. 

Pandemia

Em justificativa ao projeto, Jorge Kajuru ressaltou que as desigualdades de acesso à saúde foram agravadas pela pandemia do coronavírus, com boa parte da população brasileira sendo submetida a condições precárias de tratamento, como a falta de materiais e profissionais da saúde, principalmente em regiões como o Norte do país. 

“É preciso mencionar que a escolha pelos recém-formados se deve ao fato de que estes estão ingressando agora no mercado de trabalho, podendo desenvolver, desde o início da carreira, consciência social acerca da importância de colaboração junto ao sistema público de saúde”, argumentou o senador. 

Desigualdade regional

Segundo a Demografia Médica do Brasil 2020, levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), apesar da melhora na média de médicos por mil habitantes no país, esses profissionais ainda estão concentrados em capitais e regiões mais ricas. 

De acordo com a pesquisa, o Pará e o Maranhão são os estados com a menor proporção de médico a cada mil habitantes, sendo 1,07 e 1,08, respectivamente. A Região Sudeste é a que apresenta maior proporção com 3,15 médicos a cada mil habitantes, seguida do Centro-Oeste com a média de 2,74. O Distrito Federal é a unidade da Federação que lidera o ranking, com 5,11 médicos por mil habitantes.

Ana Luísa Santos, sob supervisão de Paola Lima

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado