sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Um ano após 1º caso, Senado aposta em vacinação para mudar rumo da pandemia

 


Rodrigo Baptista | 26/02/2021, 09h51

Há um ano, no dia 26 de fevereiro, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de covid-19 no Brasil. Era de um homem de 61 anos, residente em São Paulo, com histórico de viagem para a Itália, até então o epicentro da pandemia na Europa. De lá para cá, o Brasil viu a contagem diária do número de casos e mortes se tornar uma rotina. Hoje, depois de ultrapassar 250 mil mortos na pandemia da covid-19, com mais de 10 milhões de casos e média móvel acima de mil mortes nos últimos 35 dias, a aposta para mudar o rumo da tragédia passa pela vacinação. E garantir a vacina em larga escala para os brasileiros é a principal preocupação dos senadores. 

Agilizar a compra de vacinas parece ser um consenso entre os parlamentares. Senadores de diferentes partidos reforçam que só com a imunização será possível avançar na superação da crise econômica que persiste no Brasil desde antes da pandemia e abrir caminho para outras pautas importantes. 

— O governo federal demorou demais e agora entrou na fila em uma posição muito inferior. Hoje a palavra de ordem é vacina. Temos urgências como a reforma administrativa e outras mudanças importantes como a prisão em segunda instância, mas como fazer isso se essa pandemia está nos aturdindo o tempo todo?  — apontou Lasier Martins (Podemos-RS) à Agência Senado

Assim que assumiu a presidência da Casa no início de fevereiro, Rodrigo Pacheco colocou o aumento da escala da vacinação no alto da lista de prioridades para o ano. Além de articular a compra de imunizantes das farmacêuticas Pfizer e Janssen pelo Brasil, o presidente da Casa apresentou um projeto de lei (PL 534/2021) que facilita a compra de vacinas contra o coronavírus por empresas privadas. Aprovado já nessa quarta-feira (24), o texto inclui a responsabilização da União por eventuais efeitos negativos dos imunizantes, uma da exigências das empresas nos contratos mundo afora. Também permite que estados, Distrito Federal e municípios assumam a responsabilidade civil por eventuais efeitos adversos. As regras, se confirmadas pela Câmara e sancionadas pelo presidente da República, terão validade apenas durante a pandemia.

— É a participação do Congresso Nacional, do Senado e da Câmara dos Deputados, como um agente solucionador do problema, para poder dar garantia jurídica a essa relação imposta por essas cláusulas restritivas. Mas eu quero crer que esse projeto de lei é um projeto inteligente para podermos ganhar escala de vacinação no Brasil e ajudarmos o governo federal, dentro daquele compromisso estabelecido pelo Ministro da Saúde, de vacinar metade da população brasileira até o meio do ano e a outra metade, a integralidade da população brasileira, até o final do ano de 2021. Acho até que nós podemos, com iniciativas desse tipo, antecipar esse cronograma, para que tenhamos uma vacinação mais ampla no Brasil — disse Rodrigo Pacheco durante sessão plenária do dia 23, quando explicou a iniciativa aos senadores. 

O encontro com os laboratórios organizado por Pacheco contou com a participação dos senadores Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, o que demonstra que a vacinação está acima de diferenças políticas. Durante a votação da proposta, Randolfe, que relatou o projeto, destacou o caráter excepcional da medida.  

— Eu tenho convicção de que não existe tema mais importante no planeta, neste instante, do que esse. O arsenal contra o vírus é a vacina. Nós só temos duas balas no arsenal no dia de hoje. Se não ampliarmos imediatamente esse arsenal, a expectativa é de que, nos próximos meses, outros 70 mil compatriotas percam a vida — afirmou.

Cenário 

Na véspera da aprovação do projeto, o Brasil chegou à marca dos 6 milhões de vacinados contra a covid-19, menos que 3% da população. Apesar de ocupar o 7º lugar no ranking de vacinas contra a covid-19 aplicadas no mundo, o Brasil aparece apenas na 46ª posição no ranking proporcional, que considera o número de doses aplicadas a cada 100 habitantes. Israel é o país que mais vacinou, com 78 doses a cada 100 habitantes. Entre os vizinhos da América do Sul, o Chile está no topo da lista com 15 doses aplicadas por 100 habitantes.

Na última semana, a velocidade de vacinação foi substancialmente reduzida no Brasil devido à escassez de doses. O senador Cid Gomes (PDT-CE) atribui o atraso na vacinação à falta de competência do governo e à negação da ciência. 

— O Congresso Nacional foi fundamental para amenizar, atenuar um pouco o mal que essa doença tem trazido. Agora, o Brasil, o Ministério da Saúde, governo federal deixaram muito a desejar. Primeiro pela negação. Segundo pela incompetência e inoperância. O Brasil teve no ano passado algo em trono de  R$ 750 bilhões em deficit, com as maquiagens, pedaladas. Sem as pedaladas, isso deve chegar perto de R$ 1 trilhão. Se o governo tivesse investido um centésimo disso, o Brasil teria sua própria vacina. Hoje precisamos mendigar vacina — criticou o senador em entrevista à Agência Senado.

Logo na semana seguinte ao retorno dos trabalhos legislativos, o Senado ouviu o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, sobre o plano de vacinação. Na ocasião, o líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que não houve omissão do Palácio do Planalto no enfrentamento da pandemia. 

— Para se ter uma ideia, 39 bilhões [de reais] foram investidos pelo Ministério da Saúde na distribuição de 345 milhões de equipamentos de proteção individual, 22 milhões de testes e 14 mil ventiladores, além de habilitação de 19 mil leitos hospitalares e recursos para a contratação de pessoal. Assim, com o apoio inequívoco do Congresso Nacional, o país pôde contar com medidas excepcionais de proteção à vida, ao emprego e à renda dos mais vulneráveis, às empresas e às finanças dos estados e municípios, o que permitiu que a população pudesse permanecer em casa nos momentos mais críticos — disse Bezerra. 

Auxílio emergencial

Além da vacinação, outro desafio que se impõe ao Senado um ano depois da confirmação do primeiro caso no país é a aprovação de um novo ciclo do auxílio emergencial. O tempo, duração e a fonte de receitas mais adequada para bancar o novo benefício variam na visão dos senadores, mas a necessidade de resguardar a parcela mais pobre da população é uma questão que congrega os parlamentares. O benefício pago até dezembro (num total de nove parcelas: cinco de R$ 600 e quatro de R$ 300) ajudou, segundo a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), a garantir condições de sobrevivência para os mais miseráveis, pessoas que foram duramente afetadas pela pandemia com a paralisação de atividades produtivas em 2020 e com a consequente redução de oportunidades de trabalho. O governo tem falado em R$ 250 reais para a nova rodada do auxílio, valor considerado baixo por Zenaide. Ela também falou com a reportagem da Agência Senado.

— O governo tem sim de onde botar. R$ 250  é muito pouco. O governo nunca tem recurso para salvar o povo, mas tem para renúncias fiscais. Tem que revogar a Emenda Constitucional 95 [teto de gastos] e taxar lucros e dividendos — sugeriu Zenaide, que defende um auxílio de R$ 600 enquanto perdurar a pandemia. 

A opinião converge com a do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que também criticou a contrapartida exigida pelo governo para prorrogar o auxílio: a desvinculação de receitas previstas na Lei Orçamentária para saúde e educação por meio da  PEC Emergencial (PEC 186/2019).

— A PEC Emergencial mexe com conquistas históricas da sociedade brasileira que é a vinculação de receitas para saúde e educação. Temos R$ 1 trilhão no Tesouro que poderia ser usado para garantir o auxílio emergencial e mais recursos para a saúde e educação e alguma iniciativa de infraestrutura. Recurso tem. Tem que mudar a regra de tomar dinheiro para fazer política monetária com emissão de títulos de dívida pública — apontou o senador à Agência Senado.

Papel do Congresso

Segundo Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o papel do Congresso foi fundamental no combate aos efeitos da pandemia. O senador destacou a aprovação de medidas como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o auxílio financeiro para estados e municípios (PLP 39/2020). E aponta que deputados e senadores seguirão agindo para garantir vacinação e auxílio emergencial para os mais pobres.

— Nós aprovamos todas as matérias de importância para estados e municípios terem os recursos para enfrentamento da pandemia, o Pronampe hoje em vigor foi super relevante para as micros e pequenas empresas terem fôlego e liquidez para manter empregos. A pandemia teve efeitos muito lesivos na economia. E não haverá recuperação da economia sem a imunização — avaliou o senador em entrevista à Agência Senado.

Propostas aprovadas 

Como apontou Otto Alencar, ao longo dos 12 meses desde o primeiro caso confirmado, o foco do Senado recaiu sobre medidas que pudessem amenizar as consequências da pandemia. Além dos já citados auxílio emergencial (PL 1.066/2020) e o  Pronampe (PL 1.282/2020), o Legislativo votou uma série de projetos, entre eles, a PEC do Orçamento de Guerra (10/2020), separando os gastos com a pandemia do Orçamento da União, e uma série de medidas provisórias,  principal ferramenta adotada pelo Poder Executivo para o enfrentamento do coronavírus. Em um ano, mais de cem MPs chegaram ao Congresso, um recorde. A média nos últimos 12 anos — sem contar 2020 —  foi de 42 MPs por exercício. 

E grande parte delas guardam alguma relação com a covid-19, como a MP 994/2020, que abriu crédito extraordinário para produção e disponibilização da vacina de Oxford contra o coronavírus. A tendência que se viu em 2020 prossegue em 2021. Logo no início dos trabalhos legislativos em fevereiro, o Senado aprovou a MP 1.003/2020, que autoriza o acesso do Brasil ao consórcio global contra covid-19 Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS), e facilita compra da vacina russa Sputnik V. 

Calamidade

Mesmo antes do primeiro caso confirmado em 26 de fevereiro de 2020, o Senado já havia se mobilizado para tentar desacelerar a chegada do novo coronavírus, reconhecido como calamidade pública no Brasil em março pelo Decreto Legislativo 6/2020. A primeira intervenção importante dos senadores foi logo em fevereiro, quando a crise sanitária já havia atingido a região de Wuhan, na parte central da China. Eles demonstraram apoio ao governo na missão de resgate dos brasileiros retidos em solo chinês. No dia 5 daquele mês, dois aviões VC-2, com capacidade para 30 passageiros cada um, decolaram de Brasília para buscá-los. 

No mesmo dia, os senadores aprovaram a primeira proposta legislativa sobre o tema: um projeto para regulamentar as medidas que seriam adotadas pelas autoridades sanitárias em caso de emergência de saúde pública (PL 23/2020). Enviada pelo Executivo em regime de urgência, a proposição fora aprovada pela Câmara dos Deputados no dia anterior e, logo que o Senado aprovou, foi imediatamente à sanção presidencial. Havia previsão de isolamento, quarentena e fechamento de portos e aeroportos pelo país. 

Com o avanço de casos no mundo e também no Brasil, o Senado se adaptou internamente aos novos tempos: sessões remotas substituíram as presenciais e o acesso às dependências da Casa passou a ser restrito. Na sequência, as comissões suspenderam as atividades e gabinetes de senadores foram fechados. 

Mortes

Primeiro caso confirmado entre senadores, Nelsinho Trad (PSD-MS) foi diagnosticado com covid-19 no início de março. Desde então, outros senadores contraíram a doença e duas mortes foram registradas: Arolde de Oliveira (PSD-RJ), os 83 anos, e José Maranhão (MDB-PB), de 87 anos. Os dois, portanto, integram a lista de mais de 250 mil brasileiros que não sobrevieram à pandemia. 

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Cebrasse e Anfravist conseguem aprimorar texto da nova Lei de Licitações e Contratações

 


Cebrasse e Anfravist conseguem aprimorar texto da nova Lei de Licitações e Contratações

Na redação do substitutivo, cujo texto original tramita no Congresso desde 1995, o Instituto de Credenciamento passa a ser um auxiliar da administração pública para contratação

E m dezembro do ano passado, o Senado Federal aprovou o projeto de lei 4.253/2020, que altera a Lei de Licitações (8.666/93). Na época, o relator, senador Antônio Anastasia (PSD-MG), apresentou parecer favorável, aceitando a maior parte do substitutivo elaborado pela Câmara dos Deputados. A proposta criou um novo marco legal que, quando sancionada, substituirá a Lei das Licitações (8.666/93), a Lei do Pregão (10.520/02) e o Regime Diferenciado de Contratações (RDC –12.462/11), bem como aglutina temas relacionados.

De acordo com Itamar Luigi Nogueira Bertone, advogado da Associação Nacional das Empresas Franqueadoras de Vistoria (Anfravist), o substitutivo cria modalidades de contratação, tipifica crimes relacionados a licitações e disciplina itens do assunto em relação às três esferas de governo. “E a Central Brasileira do Setor de Serviços foi muito importante para essa conquista, porque assim como a Anfravist, outras entidades pleiteavam mudanças no substitutivo, e a Cebrasse abriu possibilidade para que pudéssemos discutir com os atores principais da formatação da lei a inserção desse tipo de regramento”, afirmou.

Bertone refere-se ao Instituto do Credenciamento, que é uma forma de contratação direta, adotada pela Administração Pública, e possui como fundamento o caput do artigo 25 da Lei 8.666/93, que prevê a possibilidade de contratação sem licitação prévia, nos casos em que exista inviabilidade de competição. Segundo o advogado, o dispositivo, da forma como existia, na Lei 8666,era uma espécie de abstração. E considerando o modelo que foi adotado pela nova lei, ressalta o jurista, houve um salto qualitativo.

Porque na licitação anterior não tínhamos expressamente previsto, de uma forma clara e estanque aos demais modelos de contratação, o credenciamento, embora o instituto seja de larga operação pelo direito público”, explicou. Na 8.666/93, era o artigo 25 que possibilitava a dispensa de licitação em determinados tipos de contratação, inclusive aquela do artigo 13 da mesma lei, que era a questão dos serviços técnicos profissionais especializados. A nova lei ela foi além.

Por isso que eu disse que demos um salto qualitativo. No inciso primeiro artigo 77, ela expressamente diz que o credenciamento é um procedimento auxiliar da administração pública em termos de contratação. E no artigo 78, ela esmiúça a forma como essa contratação deve acontecer. Ou seja, nós temos hoje, dentro de um texto legal, o Instituto de Credenciamento que apesar de ser largamente utilizado no Direito Público e pela Administração Pública, em geral em todos os níveis, não estava tipificado de forma clara. Hoje, nós temos na lei. E isso é muito importante para quem opera, principalmente, na área de serviços.

Debatedores defendem mudanças na lei de concessão de florestas públicas

 


26/02/2021 - 09:02  

Uma proposta (PL 5518/20) apresentada no fim do ano passado quer flexibilizar o modelo de licitação e os contratos para concessão de florestas públicas. O tema foi discutido pela Frente Parlamentar Ambientalista

Da Redação – RL

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Bancadas estaduais terão R$ 241 mi para emendas impositivas em 2021

 


Valor foi atualizado em razão da receita líquida em 2020 e ficou pouco abaixo daquele sugerido pelo Executivo no Orçamento

25/02/2021 - 12:43  

As 26 bancadas estaduais e a do Distrito Federal poderão oferecer emendas parlamentares impositivas à proposta orçamentária para 2021 no valor total de R$ 241.460.468. Esse montante poderá ser dividido entre 15 a 20 sugestões.

A determinação consta de instrução normativa aprovada nesta quinta-feira (25) pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional. O texto foi apresentado pela presidente do colegiado, deputada Flávia Arruda (PL-DF).

As emendas de bancada estadual devem corresponder atualmente, conforme disposto na Constituição, a 1,0% da Receita Corrente Líquida (RCL) apurada no ano anterior àquele da vigência da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Na versão enviada pelo Poder Executivo (PLN 28/20), em agosto do ano passado, cada bancada estadual teria direito a emendas no valor total de R$ 247.193.166 ao Orçamento de 2021, conforme a RCL estimada na época.

Estimativa divulgada em dezembro passado pelo Tesouro Nacional indica uma RCL de R$ 651,9 bilhões no ano passado. Foi com base no dado mais novo que Flávia Arruda sugeriu o ajuste nas emendas das bancadas estaduais e do DF.

A instrução normativa aprovada determina que o total de R$ 241.460.468 de cada bancada, de execução obrigatória, será considerado resultado primário  (receitas menos despesas antes do pagamento dos juros da dívida pública).

Audiências
A CMO aprovou requerimentos para audiências públicas com os ministros Paulo Guedes (Economia), Eduardo Pazuello (Saúde) e Milton Ribeiro (Educação). A ideia é que apresentem os gastos realizados em 2020 e as previsões para 2021.

Vices eleitos
Nesta quinta, a CMO também elegeu a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) como 1ª vice-presidente, e o deputado Lucas Vergilio (Solidariedade-GO) como 2º vice. A representação do Senado na CMO ainda indicará nome para a 3ª vice.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Cláudia Lemos

Fonte: Agência Câmara de Notícias


Câmara pode votar a PEC das Prerrogativas nesta sexta-feira

 


26/02/2021 - 07:43   •   Atualizado em 25/02/2021 - 23:39

Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
Deputados em pé no Plenário da Câmara estão conversando
Deputados reunidos ontem em busca de acordo para a proposta

O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se às 10 horas para votar a PEC das Prerrogativas (Proposta de Emenda à Constituição 3/21). A votação estava prevista para ontem, mas foi adiada depois de mais de cinco horas de discussões e forte obstrução de parlamentares contrários ao texto.

Um dos pontos que sofre resistência é a definição de que as condutas parlamentares relacionadas a opiniões, palavras e votos sejam julgadas exclusivamente pelo Conselho de Ética.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou que o texto tira a competência da Justiça e lembrou que o Conselho de Ética demora a agir nos processos disciplinares contra parlamentares.

A relatora do texto, deputada Margarete Coelho (PP-PI), chegou a propor um acordo para, por meio de um destaque, excluir a exclusividade do conselho e manter a redação atual da Constituição. Mas a proposta não teve acordo.

A discussão da proposta acabou marcada por momentos tensos e troca de ofensas.

Da Redação - ND

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Investimento para garantir segurança energética brasileira

 ITAIPU BINACIONAL


Será investido R$ 1 bilhão na modernização de sistemas distribuidores de energia produzida na usina
Publicado em 25/02/2021 14h56 Atualizado em 25/02/2021 15h47
Investimento para garantir segurança energética brasileira

O sistema de Corrente Contínua de Alta Tensão de Furnas tem 36 anos de uso, por isso a revitalização é estratégica - Foto: PR

Para garantir a segurança energética no país, a Itaipu Binacional investirá cerca de R$ 1 bilhão na revitalização do sistema de corrente contínua de alta tensão que transmite ao mercado brasileiro a energia produzida na usina que não é consumida pelo Paraguai.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participaram, na manhã desta quinta-feira (25), em Foz do Iguaçu (PR), do lançamento de revitalização dos sistemas de Furnas.

“O compromisso que acabou de ser assinado tem o objetivo de otimizar e substituir equipamentos obsoletos e de tecnologia ultrapassada na linha de transmissão que vai de Foz do Iguaçu a Ibiúna”, explicou o ministro Bento Albuquerque.

“Ao modernizar o sistema, estaremos garantindo ao consumidor brasileiro a prestação do serviço adequado de energia elétrica, sem intercorrências. Creio não exagerar quando afirmo que estamos dando hoje um passo concreto no sentido de incrementar a segurança energética do país”, completou.

O aporte de recursos previsto no acordo assinado entre Itaipu Binacional e Furnas será feito ao longo de cinco anos. O repasse da primeira parcela, R$ 161 milhões, foi feito pela Itaipu Binacional em dezembro de 2020.

Modernização

O sistema de Corrente Contínua de Alta Tensão (HVDC, na sigla em inglês) de Furnas tem 36 anos de uso, por isso a revitalização é considerada estratégica para a segurança energética brasileira. Ele se estende por 800 quilômetros, entre Foz do Iguaçu (PR) e Ibiúna (SP).

A modernização contempla a substituição dos principais componentes do Bipolo 1, nas subestações de Foz do Iguaçu e Ibiúna, além dos sistemas de supervisão, proteção e controle dos Bipolos 1 e 2.

O sistema de corrente contínua é ideal para transmitir energia em longas distâncias, já que tem perdas menores quando comparado com a corrente alternada. O custo das linhas de transmissão também é menor, porque utiliza menos cabos e as torres são mais simples.

A energia de Itaipu

O Brasil e o Paraguai têm direito, cada um, a 50% da produção da usina hidrelétrica de Itaipu. O Paraguai consome 20% da energia e vende o excedente de produção ao Brasil.

Plano Decenal de Expansão de Energia

Na cerimônia, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, aprovou o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2030. O plano é um dos principais produtos do Ministério de Minas e Energia e apresenta a política energética, aumentando a previsibilidade sobre as ações governamentais.

“O plano objetiva orientar as ações e decisões relacionadas ao equilíbrio entre as projeções de crescimento econômico e necessária expansão da oferta de energia em bases técnica, econômica e ambientalmente sustentável. Como não existe crescimento econômico sem energia, o plano é um instrumento essencial para os agentes de um segmento que requer investimentos vultosos e de médio e longo prazo”, ponderou o ministro.

Governo recebe 48 projetos de revitalização de bacias hidrográficas

 MEIO AMBIENTE


As propostas, apresentadas pela iniciativa privada, contemplam ações em 12 estados e aproximadamente 300 municípios e visam ao uso sustentável dos recursos naturais
Publicado em 25/02/2021 13h53 Atualizado em 25/02/2021 14h31
Governo recebe 48 projetos de revitalização de bacias hidrográficas

A Bacia do São Francisco recebeu 25 iniciativas propostas. - Foto: MDR

OMinistério do Desenvolvimento Regional (MDR) recebeu 48 inscrições de projetos de revitalização de bacias hidrográficas no país, por meio de edital lançado pelo Programa Águas Brasileiras. As propostas, apresentadas pela iniciativa privada, contemplam ações em 12 estados e aproximadamente 300 municípios e visam ao uso sustentável dos recursos naturais e à melhoria da disponibilidade de água em quantidade e qualidade para os usos múltiplos.

Foram 25 iniciativas propostas para a Bacia do São Francisco, duas para a do Parnaíba, três para a do Taquari, 15 para a do Araguaia-Tocantins e mais três em outras bacias.

O resultado final da análise e seleção está previsto para 9 de março. Os projetos selecionados serão divulgados no portal do MDR, visando a fazer a conexão entre eles e organizações e empresas que desejem apoiá-los financeiramente.

As ações propostas contemplam: manejo florestal sustentável; proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, prioritariamente de nascentes, e de áreas de recarga de aquíferos; implantação de sistemas agroflorestais; contenção de processos erosivos; soluções sustentáveis de saneamento no meio rural e reuso de água no meio urbano; técnicas de engenharia natural para infiltração da água com comprovados benefícios ambientais; ações que levem à redução da criticidade hídrica; e economia circular da água.

Articulação

Para atrair o interesse de investidores para os projetos selecionados, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, participa, nesta semana, de reuniões com empresários e entidades de classe em três cidades do país. Na última segunda-feira (22), os encontros foram na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com a participação de empresários do ramo de papel e celulose, e na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com representantes de diversas instituições do setor. Também teve encontros em Belo Horizonte e, nesta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro.

“O apoio à revitalização de bacias hidrográficas é parte da estratégia de sustentabilidade de muitas empresas que atuam no país, que associam o patrocínio a ações desse tipo à sua atividade econômica e ao ganho de imagem junto à sociedade”, apontou Marinho.

Águas Brasileiras

Lançado em dezembro de 2020, o programa Águas Brasileiras visa a garantir água de qualidade para a população e atrair investimentos privados para projetos de recuperação e preservação de áreas degradadas em diversas partes do país.

 


Com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional

Estão abertas as inscrições para a 19ª Semana Nacional de Museus

 

CULTURA


As atividades cadastradas deverão ser desenvolvidas em formato on-line pela própria instituição cultural
Publicado em 25/02/2021 11h53 Atualizado em 25/02/2021 12h06
Estão abertas as inscrições para a 19ª Semana Nacional de Museus

Instituições culturais poderão cadastrar atividades até o dia 19 de março. - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

“Ofuturo dos museus: recuperar e reimaginar”. Esse é o tema da 19ª Semana Nacional de Museus, promovida anualmente em comemoração ao Dia Internacional de Museus, celebrado em maio. Até o dia 19 de março, instituições culturais poderão cadastrar atividades que ocorrerão entre os dias 17 e 23 de maio. A programação tem o objetivo de convidar a comunidade a refletir, discutir e trocar experiências sobre o tema sugerido.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, reimaginar um futuro para os museus significa não apenas dialogar com os avanços tecnológicos e os recursos e ferramentas deles advindos, mas também compreender como afetam a maneira de ser e de estar no mundo.

As atividades cadastradas deverão ser desenvolvidas em formato on-line pela própria instituição e podem variar entre seminários, exposições, oficinas, exibições de filmes, palestras, entre outros.

A inscrição deve ser feita mesmo por aqueles que já participaram de outras edições da Semana Nacional ou da Primavera dos Museus, também promovida pelo Ibram. É recomendado que o museu ou instituição cultural imprima o comprovante de inscrição para registro do procedimento. Em caso de dúvidas, é possível enviar um e-mail para semana@museus.gov.br.

Museus

Segundo dados do Ibram, o Brasil possui hoje mais de 3.900 museus. As atrações culturais do país fazem parte das principais motivações de viagens de turistas brasileiros. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Turismo, publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério do Turismo, em 2019, os brasileiros rodaram pelo país motivados por sol e praia (34,3%), cultura (27,2%) e natureza, ecoturismo ou aventura (25,6%).

Faça sua inscrição para a 19ª Semana Nacional de Museus

 

Com informações do Ministério do Turismo



Governo Federal 

Governo Federal disponibiliza primeira base de dados nacional sobre trânsito

 PREVENÇÃO


Sistema consolidará informações de todo o país, que ajudarão na formulação de soluções para a redução do número de mortes no trânsito
Publicado em 25/02/2021 11h36 Atualizado em 25/02/2021 12h02
Governo Federal disponibiliza primeira base de dados nacional sobre trânsito

O estado de São Paulo, que possui a maior frota de veículos do país, já abastece o sistema com dados - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

OGoverno Federal disponibilizou a primeira base nacional de dados já desenvolvida sobre acidentes de trânsito no país. O sistema, chamado Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (Renaest), está sendo implementado pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

O sistema centralizará informações como: número de ocorrências, de mortos e feridos, perfil das vítimas, condições das vias e dos veículos e as principais causas dos acidentes. As estatísticas serão disponibilizadas a todos por meio de um painel on-line, com os principais indicadores de acompanhamento, com base no que prevê o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).

“Por meio desses dados, será possível fazer um diagnóstico dos acidentes de trânsito no Brasil, monitorar quais são os trechos de rodovias e vias urbanas mais críticos e, a partir daí, adotar as medidas necessárias para prevenir a ocorrência de acidentes, minimizar a gravidade das lesões, diminuir o número de mortes, enfim, garantir um trânsito mais seguro para todos”, declarou o diretor-geral do Denatran, Frederico Carneiro.

Até o momento, três estados já abasteceram o sistema com dados sobre acidentes de trânsito: São Paulo, que possui a maior frota de veículos do país; Roraima e Rondônia. Porém, outros 11 estados estão em fase final para serem incluídos ao sistema, com previsão até junho de 2021. Gradativamente, o mapa será provido com informações de todas as unidades Federativas.

Saiba mais sobre o Renaest


Com informações do Ministério da Infraestrutura

Publicado resultado final do Exame Nacional de Residência Ebserh

 ESPECIALIZAÇÃO


Foram disponibilizadas 405 vagas no total, sendo 304 para Residência Médica, oito para Uniprofissional e 93 para Multiprofissional
Publicado em 25/02/2021 11h24 Atualizado em 25/02/2021 11h47
Publicado resultado final do Exame Nacional de Residência Ebserh

Foi a primeira vez em que ocorreu um processo seletivo unificado, com a adesão de nove hospitais. - Foto: Banco de imagens

Foi publicado o resultado final do Exame Nacional de Residência Ebserh (Enare). Os candidatos aprovados na primeira etapa tiveram duas oportunidades para escolher o local de atuação, de acordo com a classificação alcançada na prova objetiva. Os editais estão publicados no site do Enare.

De acordo com Oswaldo Ferreira, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), foi a primeira vez em que ocorreu um processo seletivo unificado, tendo esse projeto-piloto a adesão de nove hospitais, com expectativa de ampliação nos próximos anos.

“Ter um único processo com critérios bem estabelecidos torna a seleção mais transparente, menos onerosa para as instituições, além de simplificar e democratizar o acesso para os candidatos. Poderemos aumentar nosso escopo com adesões de outros hospitais no futuro, pois o projeto se mostrou extremamente positivo, o que mostra o esforço da Ebserh e do MEC para oferecer melhores condições para avançarmos ainda mais na formação de profissionais de saúde do país”, avaliou o gestor.

Foram disponibilizadas 405 vagas no total, sendo 304 para 41 especialidades de Residência Médica, oito para a Residência Uniprofissional (entre Enfermagem e Física Médica) e 93 para a Residência Multiprofissional, que inclui enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, odontólogos, nutricionistas e profissionais de Educação Física.

Acesse o site do Enare

 

Com informações do Ministério da Educação