quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Lei do RJ que limita ligações de telemarketing é constitucional

 


A norma limita as ligações aos dias de semana e ao horário comercial e determina a criação de cadastro de usuários que não quiserem recebê-las.

25/02/2021 19h05 - Atualizado há

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou, nesta quinta-feira (25), a constitucionalidade de norma do Estado do Rio de Janeiro que obriga as empresas prestadoras de telefonia fixa e móvel com atuação no estado a constituírem cadastro especial de assinantes que se oponham ao recebimento de ofertas de produtos ou serviços por telefone e veda ligações de telemarketing após as 18h nos dias úteis e em qualquer horário nos fins de semana e feriados. Por maioria, os ministros julgaram improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5962, pois entenderam que a norma protege direitos dos consumidores, sem interferir no núcleo dos serviços de telecomunicações, campo de atuação privativa da União.

A ADI 5962 foi ajuizada pela Associação Brasileira de Prestadoras de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix) e pela Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel), contra a Lei estadual 4.896/2006, alterada pelas Leis 7.853/2018 e 7.885/2018. Na sessão, o representante das associações, Saul Tourinho Leal, sustentou que não cabe ao legislador estadual editar normas sobre telecomunicações nem interferir na relação contratual entre o poder concedente e as empresas concessionárias. Ele argumentou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já criou o portal “Não me perturbe”, com essa finalidade. O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou pela constitucionalidade da lei, pois entende que a norma apenas aumenta a proteção ao consumidor e visa evitar abusos.

Proteção ao consumidor

O relator da ação, ministro Marco Aurélio, observou que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) atuou como suplementadora da legislação federal de proteção ao consumidor. A seu ver, a norma não interfere na atuação das concessionárias de serviços de telecomunicações, porque não criou obrigação nem direito relacionado à execução contratual da concessão.

Segundo o relator, a Constituição Federal não impede a edição de lei estadual que tenha impacto nas operações das concessionárias de serviços públicos, desde que seja preservado o núcleo da regulação desses serviços, que é de competência privativa da União. O ministro lembrou que o usuário do serviço público também se caracteriza como consumidor e que a Constituição confere ao legislador estadual poder para editar leis suplementares às normas federais sobre a matéria. Nesse sentido, observou, a lei estadual está em consonância com o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/1990), porque seu objetivo é assegurar uma adequada e eficaz prestação de um serviço público.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes votaram pela procedência parcial do pedido, para considerar inconstitucionais os dispositivos que obrigam as operadoras a criar o cadastro dos consumidores que não querem receber ofertas por telefone. Para o ministro Nunes Marques, é inconstitucional apenas a regra que impede a oferta de produtos e serviços aos usuários que não constarem na lista de privacidade telefônica após as 18h e veda qualquer ligação de telemarketing nos finais de semana.

PR/CR//CF


STF

Ministro Marco Aurélio ocupa cadeira do decano no Plenário pela primeira vez

 


Após a aposentadoria do ministro Celso de Mello, em outubro de 2020, o ministro tornou-se o magistrado mais antigo no Tribunal.

25/02/2021 19h14 - Atualizado há

Na sessão extraordinária desta quinta-feira (25), o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), ocupou, pela primeira vez, a cadeira de decano do Plenário da Corte. Após a aposentadoria do ministro Celso de Mello, em outubro de 2020, o ministro tornou-se o magistrado mais antigo no Tribunal.

Por pertencer ao grupo de risco da Covid-19, o ministro tem participado das sessões de julgamento por videoconferência. Ele não pôde comparecer à posse do ministro Nunes Marques para conduzi-lo ao Plenário, conforme a tradição – o empossado é conduzido ao Plenário pelo ministro mais antigo e pelo mais recente da Corte.

Trajetória

Em 1973, o ministro graduou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cidade em que nasceu e exerceu a advocacia. Entre 1975 e 1978, ele integrou o Ministério Público do Trabalho e, de 1978 a 1981, foi juiz togado do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ). Tomou posse como ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em setembro de 1981 e, em 13/6/1990, ao ser empossado no STF, assumiu a cadeira número 4, que pertenceu ao ministro Carlos Madeira.

SP//CF

STF

Ministro Luiz Fux destaca proteção das liberdades e das garantias fundamentais nos 130 anos do STF

 


Segundo o presidente do STF, a Corte testemunhou e contribuiu para o amadurecimento cívico do Brasil.

25/02/2021 15h24 - Atualizado há

“Trabalhamos e existimos pelo Brasil”. Assim o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, concluiu, no início da sessão plenária desta quinta-feira (25), seu pronunciamento sobre os 130 anos de história republicana da Corte, a serem celebrados no próximo dia 28. Nessa data, em 1891, foi realizada a primeira sessão do STF, instaurado pela Constituição promulgada quatro dias antes. Na ocasião, o antigo Supremo Tribunal de Justiça do Império se tornou o Supremo Tribunal Federal, sediado no Rio de Janeiro.

“De 1891 até os dias atuais, o Supremo Tribunal Federal perpassou seis constituições e testemunhou o amadurecimento cívico da nação brasileira”, afirmou. “No entanto, mais do que testemunhar, este Tribunal, no exercício de suas funções judicantes e sempre em busca da pacificação de conflitos, catalisou a evolução político-institucional do país, portando-se como um vetor positivo de segurança jurídica e de proteção das liberdades humanas e das garantias fundamentais”.

Ressignificação

Segundo Fux, o STF soube acompanhar e responder às demandas e aos desafios de cada tempo, ressignificando, ao longo das décadas, o seu senso de missão. “Se outrora nascemos como um tribunal recursal, hoje caminhamos para nos tornar uma corte eminentemente constitucional. Se antes os processos judiciais eram folha de papel encartadas numa capa de cartolina, hoje os autos são eletrônicos, julgamos os casos em plenários virtuais nos reunimos por videoconferência, sempre atentos à colegialidade”, destacou.

O presidente do STF frisou que, por várias décadas, apenas partes e advogados eram habilitados a falar perante a Corte. Hoje, porém, o Supremo está aberto à sociedade por meio das audiências públicas, da figura do amicus curiae (amigo da Corte) e da Central do Cidadão. “Essas transformações ocorreram sem jamais se perder de vista o foco no fortalecimento do republicanismo e das instituições políticas”, assinalou.

Memória institucional

De acordo com o ministro, a grandeza da instituição foi construída por homens e mulheres notáveis, cujo legado deve ser fonte de cuidadoso estudo e reverência. Ele ressalta que ministros, ministras, servidores, colaboradores e cidadãos que vão ao STF em busca de justiça são coautores dessa obra, “responsáveis por perpetuar essa virtuosa história institucional, firmes em nossa nobre função de guardar a Constituição Federal e de zelar pelos direitos fundamentais e pelos valores democráticos”.

O presidente do Supremo afirmou que sua gestão tem se esforçado para entregar produtos e serviços que valorizem, preservem e divulguem a memória institucional do Tribunal. Hoje, Fux anunciou o lançamento do projeto “Celebrar a história para concretizar o futuro”, que narra os principais acontecimentos que marcaram essa trajetória, com ênfase nos grandes julgamentos e nos personagens que contribuíram para a construção de sua identidade institucional.

A programação especial conta com a identidade visual e o slogan dos 130 anos do STF na República, que recapitula a história da Corte, trazendo imagens de suas duas sedes, no Rio de Janeiro e em Brasília. Também será lançado um hotsite com declarações, reportagens, dados históricos e fotos conectados com a história brasileira, que serão atualizados ao longo do ano.

Exposições

Serão realizadas, ainda, duas exposições, no Espaço Menezes Direito e na nova área do Museu do STF, com itens do acervo mobiliário, processos e documentos históricos, objetos pessoais de ministros e registros fotográficos de eventos que moldaram a instituição.

Nos próximos meses, será inaugurado um novo espaço de “coworking”, na Biblioteca Victor Nunes Leal, que vai proporcionar um ambiente interno interativo para que pesquisadores e intercambistas consultem o acervo do Tribunal em tecnologias adequadas. Por fim, haverá transmissões ao vivo (“lives”) comemorativas, como o “Webinar STF 130 anos na era republicana – a história da formação da jurisprudência de liberdades” e o “Biblioteca STF e a agenda 2030 da ONU”. Além disso, a página oficial do Tribunal irá compartilhar fotografias de cidadãos e cidadãs na sede da Corte que decidirem postá-las em seus perfis pessoais.

Defesa dos valores

“As palavras voam, mas as boas ações enraízam e frutificam. Nesta celebração simbólica dos 130 anos da nossa Casa, desejo que continuemos a defender os valores da democracia brasileira e a assegurar a observância integral de nossa Constituição republicana: eis o nosso senso cívico de dever; eis a melhor forma de cultuar o Supremo Tribunal Federal de ontem, de hoje e de sempre”, concluiu Luiz Fux.

Leia a íntegra do pronunciamento do ministro Luiz Fux.

RP//EC, CF

stf

Comissões permanentes definem suas emendas ao Orçamento 2021

 


Pedro Pincer | 25/02/2021, 16h20

As comissões permanentes do Senado começaram a definir na manhã desta quinta-feira (25) as emendas que devem apresentar ao Orçamento Geral da União de 2021. As sugestões de despesas aprovadas pelos integrantes das Comissões de Assuntos Econômicos, Educação e Direitos Humanos seguem agora para a Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Fonte: Agência Senado

CAS define emendas ao Orçamento e dá prioridade ao combate à pandemia

 


Da Redação | 25/02/2021, 17h15

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quinta-feira (25) as emendas que deve apresentar ao Orçamento Geral da União de 2021. Foram aprovadas quatro sugestões de apropriação, que acrescentam despesas, e uma de remanejamento, que redistribui recursos já previstos. As áreas contempladas são saneamento básico, saúde, assistência social e trabalho.  

Todos os anos, as comissões permanentes da Câmara e do Senado podem apresentar emendas ao projeto de Lei Orçamentária Anual. Para isso, os parlamentares apresentam sugestões de destinação para determinadas áreas ou projetos e os relatores nas comissões selecionam quais emendas serão apresentadas. Cada comissão pode apresentar quatro emendas de apropriação e quatro de remanejamento.

Na CAS, os senadores apresentaram 33 emendas de apropriação e quatro de remanejamento. O relator, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), disse ter analisado o mérito das sugestões, mas também a e adequação à lei. A escolha das emendas que serão enviadas foi feita com base nas ações com mais sugestões de parlamentares, dentro da área de atuação da comissão.

— Verificamos quais ações foram mais demandadas pelos integrantes nas áreas de saúde, assistência social e trabalho. A seleção das quatro emendas de apropriação a serem apresentadas por essa Comissão materializa, portanto, as ações que obtiveram maior número de indicações entre as propostas apresentadas, selecionadas dentre aquelas em perfeita consonância com a legislação vigente, disse o relator.

Nas emendas de apropriação, foram contempladas ações de reforço de recursos para emergência internacional em saúde pública decorrente do coronavírus, com R$ 500 milhões; a estruturação de unidades de atenção especializada em saúde, com R$ 70 milhões; a estruturação da rede de serviços do Sistema Único de Assistência Social (Suas), com 100 milhões; e a fiscalização de obrigações trabalhistas e inspeção em segurança e saúde no trabalho, com R$ 10 milhões.

Apenas uma emenda de remanejamento será apresentada pela CAS. Os recursos, R$ 20 milhões, serão remanejados no âmbito da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para a implantação, ampliação ou melhoria de ações e serviços sustentáveis de saneamento básico em pequenas comunidades rurais ou em comunidades tradicionais.

O prazo para que todas as comissões apresentem suas emendas termina no dia 1° de março e a peça orçamentária deve ser votada no dia 24 de março.

Piso constitucional para saúde e educação 

Durante a votação das emendas, o senador Paulo Paim (PT-RS) fez um apelo aos colegas para que votem contra a desvinculação de receitas previstas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/2019, que começou a ser discutida em Plenário. A PEC revoga dispositivos da Constituição que garantem o percentual de repasse mínimo para educação e saúde para União, estados e municípios.

— O texto da PEC 186 é péssimo e não ajudará a resolver os problemas do. O texto vincula um microauxílio de três a quatro meses à eliminação dos percentuais mínimos de investimento em educação e saúde, além do confisco dos salários dos servidores — disse o senador, reproduzindo um manifesto feito por profissionais de saúde.

Paim recebeu a apoio dos senadores Izalci Lucas, Leila Barros (PSB-DF) e Nilda Gondim (MDB-PB). Todos se declararam contrários à desvinculação.  

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CI fará audiências com ministros de Infraestrutura, Ciência e Tecnologia e Minas e Energia

 


Da Redação | 25/02/2021, 17h16

A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou nesta quinta-feira (25) convites para que os ministros de pastas relacionadas à comissão esclareçam aos senadores o andamento de obras e programas prioritários em suas áreas. Serão convidados o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes; o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

As audiências ainda não têm data marcada, com exceção daquela destinada a ouvir Tarcísio Gomes de Freitas: a vinda do ministro de Infraestrutura está prevista para o dia 9 de março, embora ainda dependa de sua confirmação.

— O ministro já se mostrou à disposição para vir à comissão. Aliás, esse ministro tem uma competência e uma amabilidade extraordinárias — afirmou o presidente da CI, senador Dário Berger (MDB-SC).

Dário informou que as reuniões da CI deverão ser presenciais, a menos que seja preciso proibir ou cancelar encontros presenciais devido ao agravamento da pandemia.

Rodovias

A CI também aprovou requerimento do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) de audiência pública para esclarecimento e discussão da situação das obras das rodovias BR-242, BR-174, BR-158 e BR-080, e também sobre a revisão da concessão da BR-163. Além disso, esses debates devem abordar a situação das obras das ferrovias Rumo\Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte), Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e Ferrogrão, no Mato Grosso.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Comissão de Infraestrutura define suas emendas para o Orçamento de 2021

 


Da Redação | 25/02/2021, 19h12

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) aprovou, nesta quinta-feira (25), as emendas que irá sugerir ao Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2021 (PLN 28/2020). Essas emendas serão analisadas pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). 

Todos os anos, as comissões permanentes da Câmara e do Senado — a CI é uma delas — podem apresentar emendas ao Projeto da Lei Orçamentária Anual. Para isso, os parlamentares apresentam sugestões de destinação para determinadas áreas ou projetos, e os relatores nas comissões selecionam quais emendas serão apresentadas. Cada comissão pode apresentar quatro emendas de apropriação e quatro de remanejamento.

No âmbito da CI, foram propostas 45 emendas de apropriação e cinco de remanejamento. O relator da comissão, senador Esperidião Amin (PP-SC), elegeu as sugestões que, segundo ele, estão alinhadas com as competências regimentais da CI. Outro critério utilizado para a escolha das emendas foi o caráter institucional das propostas, ou seja, se elas seguem ou não as principais diretrizes e orientações para a elaboração de emendas. 

— Não adianta nós passarmos aqui e esbarrarmos lá. Se nós aprovarmos aqui, por uma questão de maioria ou de amizade, uma emenda que não seja recepcionável, o nosso gesto de boa vontade ou de desafio vai resultar nulo — justificou o relator. 

Emendas de apropriação

Uma das sugestões de emendas de apropriação aprovadas pela comissão destina R$ 123,2 milhões para adequação do trecho rodoviário Navegantes-Rio do Sul, em Santa Catarina, na BR-470. Outra destina R$ 100 milhões para a adequação de trecho rodoviário entre Guaíra (PR) e Itapiranga (SC), na BR-163.

Para o Amazonas, a CI aprovou uma emenda que prevê R$ 40 milhões para a construção de trecho rodoviário na BR-319.

Além disso, foi aprovada emenda que prevê R$ 20 milhões para estudos, projetos e planejamento de infraestrutura de transportes na BR-210, também conhecida como Perimetral Norte, no Amapá. O senador Lucas Barreto (PSD-AP) defendeu a aprovação dessa emenda.

— É uma estrada que foi abandonada, que não tem pavimentação, não tem nada, e tem muito pouca manutenção. Ela sai de Porto Grande, passa por Pedra Branca e vai até a Serra do Navio. É preciso imaginar que o Amapá também é Brasil. Nós temos lá a BR-156, a obra inacabada mais antiga do planeta Terra, com 78 anos. E lá o povo do Oiapoque, onde começa a nação brasileira, está sofrendo — disse o parlamentar. 

Emendas de remanejamento

A comissão também aprovou três emendas de remanejamento. Uma delas libera R$ 76,17 milhões para adequação do trecho rodoviário Bataguassu-Porto Murtinho, da BR-267 (Rota Bioceânica), em Mato Grosso do Sul.

Outra emenda destina R$ 3,7 milhões para construção de outro trecho rodoviário em Mato Grosso do Sul: Entroncamento BR-163 (Rio Verde de Mato Grosso) - Entroncamento BR-262 (Aquidauana) - na BR-419/MS.

Também foi aprovada emenda que prevê R$ 100 milhões para a construção de trecho rodoviário nas divisas entre Bahia e Piauí e entre Piauí e Maranhão, na BR-235.

Ana Lídia Araújo sob a supervisão de Paola Lima. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores reagem com críticas à PEC da imunidade parlamentar

 


Da Redação | 25/02/2021, 19h14

Logo após a Câmara dos Deputados aprovar a admissibilidade da proposta que regulamenta a imunidade e prisão de parlamentares (PEC 3/2021), senadores foram às redes sociais para criticar o conteúdo da matéria. O texto está sendo votado pelos deputados na sessão desta quinta-feira (25) .

O líder da Minoria, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), descreveu a proposta como “PEC da impunidade” por introduzir na Constituição dispositivos que colocarão parlamentares “acima da lei e da ordem”.

— Coloca os deputados e senadores no Olimpo, acima da própria lei. Podendo cometer, na prática, qualquer tipo de crime, sendo blindados por esses crimes. É inaceitável que em um momento difícil como o que o país está passando, com tantas prioridades, o Congresso queira votar uma PEC de blindagem de seus próprios membros. Se chegar ao Senado, lutarei com todas as forças para detê-la! — afirmou o senador pelas redes sociais.

A admissibilidade da proposta foi aprovada na quarta-feira (24) por 304 votos favoráveis. Entre as mudanças, o texto restringe as hipóteses de prisão em flagrante de parlamentar a crimes inafiançáveis previstos na Constituição; regulamenta o trâmite a ser observado após prisão; veda o afastamento do mandato por decisão judicial; e determina que apenas o Conselho de Ética pode se pronunciar sobre ações, palavras e votos de parlamentares.

A discussão do assunto veio à tona após a prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que foi motivada por um vídeo que ele divulgou na internet com apologia ao AI-5, ato mais duro da ditadura militar, e defesa da destituição da corte e ameaças aos ministros do STF. A prisão foi referendada por unanimidade pelo Supremo e pela Câmara dos Deputados, que a endossou por 364 votos a 130.

Na avaliação da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que esteve à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nos últimos dois anos, a sugestão de mudança é inconstitucional e coloca os congressistas como “majestades”.

“Parlamentares não poderão ser presos ou julgados pelo Judiciário nos casos estabelecidos na proposta. Transforma réus em Reis. Intocáveis. Absurdo. Inconstitucional. Afronta ao povo brasileiro. Voto não”, declarou.

Já o senador Kajuru (Cidania-GO) se referiu aos parlamentares como "intocáveis" ao publicar matéria sobre a aprovação da admissibilidade da matéria pelo plenário da Câmara dos Deputados. De acordo com ele, os congressistas buscam legislar em causa própria.

“Políticos querem continuar fora do alcance da lei”, disse ao criticar a demora dos deputados em tratar com a mesma agilidade matérias que estão em tramitação na Casa que reforçam o combate à impunidade.

A mesma crítica foi feita pelo senador Alvaro Dias (Podemos-PR). Ele defendeu o fim do foro privilegiado, a prisão em segunda instância e o fim da imunidade parlamentar.

“A luta do Congresso deveria ser para acabar com a impunidade, e não para ampliar a imunidade de parlamentares. A sociedade precisa reagir contra a aprovação de projetos que visam dificultar o combate ao crime e à corrupção”, afirmou Alvaro Dias.

Como se trata de uma proposta de emenda à Constituição, o texto precisa ser votado em dois turnos e aprovado por pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada uma das votações. Em seguida, a matéria é analisada pelo Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Izalci Lucas solicita a reabertura da CPI do Acidente da Chapecoense

 


Da Redação | 25/02/2021, 19h32

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) questionou nesta quinta-feira (25) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre o encerramento dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o acidente aéreo da Chapecoense.

A CPI do Acidente da Chapecoense foi instalada em dezembro de 2019 para funcionar por seis meses, mas o Regimento Interno do Senado determina que todas as comissões temporárias devem ser encerradas no final do ano. Segundo Izalci, diante da pandemia, muitas delas tiveram seus prazos estendidos.

— Surpreendeu-nos hoje a informação de que a CPI da Chapecoense, da qual sou o relator, havia sido encerrada. De fato, consta no portal da atividade legislativa do Senado Federal que a comissão teria sido extinta em 22 de dezembro de 2020, constando ainda, inclusive, que o meu relatório havia sido aprovado — declarou.

Izalci lembrou decisão do então presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do dia 13 de abril de 2020, que suspendeu o prazo de todas as comissões temporárias desde o dia 20 de março de 2020 até a retomada as atividades regulares do Congresso Nacional.

— A Presidência decide suspender o prazo da CPMI da Fake News, da Comissão Mista da Reforma Tributária, assim como de todas as comissões temporárias, desde o dia 20 de março de 2020, até que sejam retomadas as atividades regulares do Congresso Nacional — lembrou.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) solicitou a reabertura do prazo para a CPI da Chapecoense.

— Supondo que tenha havido algum equívoco, eu suponho, de processamento, talvez até um arquivamento automático, peço que determine aos setores responsáveis o restabelecimento da decisão do então Presidente Alcolumbre, que suspendeu todos os prazos das Comissões temporárias. Tenho aqui a fundamentação, mas eu faço essa questão de ordem e peço a V. Exa. para a gente reabrir esse prazo para a CPI da Chapecoense, para que eu possa fazer o relatório, encerrar os debates que estávamos fazendo — disse.

Rodrigo Pacheco disse que responderá em breve ao questionamento do senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

— Se houve algum equívoco no encerramento da CPI quando ela deveria ser suspensa, esse equívoco será corrigido. Mas vamos avaliar, à luz das informações todas, e muito brevemente eu respondo à questão de ordem de V. Exa. e, repito, se houver o equívoco identificado, nós restabeleceremos e manteremos suspensa, evidentemente, em razão do momento de pandemia, tal como a Comissão Parlamentar de Inquérito da Fake News, mas responderei à questão de ordem, muito brevemente — afirmou Pacheco.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco: PEC Emergencial irá a votação na próxima quarta-feira

 


Da Redação | 25/02/2021, 20h12

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que a votação da PEC Emergencial (Proposta de Emenda à Constituição 186/2019) está na pauta da Casa da próxima quarta-feira (3). Ele informou que na terça-feira (2) ocorrerá a discussão do texto

— Estará mantida na pauta de terça e quarta. Terça para realizar a discussão e quarta, aí sim, para deliberação e votação. Quero acreditar [que ocorram na quarta] os dois turnos de votação — declarou ele durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (25).

Pacheco destacou a importância da aprovação da PEC Emergencial para garantir uma nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial — e que tanto o Congresso Nacional quanto o governo federal concordam com sua necessidade e urgência. Também ressaltou que a implementação desses pagamentos deve ser feita com responsabilidade fiscal.

Sobre as divergências que há em torno da PEC, principalmente em relação ao dispositivo que acaba com os gastos mínimos obrigatórios para as áreas de saúde e educação, Pacheco disse que a decisão final será do Plenário do Senado. O dispositivo foi apresentado pelo relator da matéria, senador Marcio Bittar (MDB-AC).

— Há a necessidade de o Senado e a Câmara apresentarem o que se chama de protocolo fiscal, de uma situação que demonstra a responsabilidade fiscal do país. A questão da desvinculação e da unificação de mínimos da saúde e da educação teve reações das mais diversas, inclusive por parte de senadores e líderes partidários, e a melhor forma de se dirimir essa e outras questões da PEC Emergencial é submetê-las ao Plenário do Senado para que se decida de forma democrática e majoritária se elas devem ser mantidas ou devem ser retiradas — afirmou.

MPs sobre vacinas

Além da PEC Emergencial, o presidente do Senado informou que duas medidas provisórias poderão ser votadas na próxima terça-feira (2): a MP 1.026/21, que visa facilitar a compra de vacinas, insumos e serviços necessários à vacinação contra a covid-19, com dispensa de licitação e regras mais flexíveis para os contratos; e a MP 1.004/2020, que abre crédito extraordinário para o Ministério da Saúde para compra de vacinas.  

— A MP 1.026/2021 foi aprovada na Câmara dos Deputados e está na pauta do Senado de terça-feira. A MP 1.004/2020 ainda não foi votada na Câmara dos Deputados [até o início da noite desta quinta-feira], mas eu fiz o compromisso com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, com a anuência de todos os demais líderes da Casa, para que ela possa ser incluída na pauta assim que for aprovada na Câmara. São duas medidas provisórias importantes para a questão de vacinas — ressaltou Pacheco.

Audiência com diretor da Anvisa

Além disso, o presidente do Senado convocou sessão de debate temático para ouvir na próxima quinta-feira (4) o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. O requerimento para esse debate foi apresentado pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES). O objetivo é tratar do andamento da imunização contra a covid-19 e dos processos de aprovação de vacinas para essa doença.

Imunidade Parlamentar

Questionado sobre a PEC das Prerrogativas (Proposta de Emenda à Constituição 3/2021), em análise na Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco disse que o Senado vai aguardar a decisão da Câmara para se pronunciar.

— É preciso se pronunciar depois que a Câmara decidir qual é o texto definitivo. Então, o Senado, na sua deliberação democrática de Plenário, vai decidir se mantém o texto, se sugere alguma modificação, acréscimo ou supressão — respondeu.

Veto presidencial

Sobre a possibilidade de veto do presidente da República ao projeto de lei que autoriza estados, municípios e setor privado a comprar vacinas contra a covid-19 (PL 534/2021), aprovado pelo Senado na quarta-feira (24), Rodrigo Pacheco pediu cautela — o texto ainda terá de ser analisado na Câmara dos Deputados.

— Vamos aguardar a decisão da Câmara, porque a Câmara pode manter o projeto ou pode eventualmente modificá-lo. De nossa parte, aqui no Senado, aprovamos o projeto como uma alternativa legislativa que acho inteligente, que acho importante para o Brasil e para o próprio governo federal — afirmou.

Essa proposta é de iniciativa do próprio Rodrigo Pacheco.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco espera que os dois turnos de votação da PEC Emergencial ocorram na quarta

 


Marcella Cunha | 25/02/2021, 20h27

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, espera que haja acordo entre as lideranças da Casa para que os dois turnos exigidos para a votação da PEC Emergencial (Proposta de Emenda à Constituição 186/2019) ocorram no mesmo dia: a próxima quarta-feira (3). O líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), defende o fatiamento da proposta, para que o trecho que desvincula recursos de saúde e educação seja tratado separadamente. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Ciência e Tecnologia, Infraestrutura e Assuntos Sociais têm emendas aprovadas

 


Pedro Pincer | 25/02/2021, 20h43

Mais quatro comissões permanentes do Senado definiram nesta quinta-feira (25) as emendas ao Orçamento da União de 2021. As sugestões de despesas aprovadas pelos colegiados de Ciência e Tecnologia (CCT); Infraestrutura (CI); Assuntos Sociais (CAS); e Fiscalização e Controle (CTFC) seguem agora para a Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Fonte: Agência Senado

Plenário aprova criação do Governo Digital

 


Hérica Christian | 25/02/2021, 20h52

O Plenário aprovou a criação do governo digital, programa com medidas de desburocratização do atendimento ao público pela administração. O projeto prevê a emissão de certidões e a realização de pedidos de forma eletrônica num único portal ou aplicativo. Mas o atendimento presencial continuará obrigatório. Também estão previstos acesso livre aos bancos de dados do poder público e a prestação de contas. A proposta segue para a sanção presidencial.

Fonte: Agência Senado

Oposição consegue adiar a leitura do relatório da PEC Emergencial

 


Hérica Christian | 25/02/2021, 20h53

Nesta quinta-feira (25), pressão da oposição conseguiu adiar a leitura do relatório da PEC Emergencial. A proposta, que reduz gastos públicos, também prevê a retomada do auxílio emergencial. Oposicionistas e até governistas não aceitam o fim dos mínimos obrigatórios de investimentos em saúde e educação. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que o governo tem dinheiro para pagar o benefício sem acabar com o Fundeb. Já o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), descartou mudanças na proposta que aumentem o endividamento público.

Fonte: Agência Senado