segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Pauta da semana tem PEC Emergencial, autoridades e marco das startups

 


Da Redação | 22/02/2021, 11h56

Uma nova comissão para acompanhar as ações contra a covid-19, um marco legal para as startups, acordos internacionais e autoridades governamentais são alguns dos itens a serem avaliados pelos senadores em Plenário esta semana, em sessões de terça (23) a quinta-feira (25) marcadas para as 16h. São pelo menos 13 proposições, mas a que deve gerar mais discussão é a PEC Emergencial, pautada para a sessão de quinta-feira.

Na terça-feira, será votada a redação final do Projeto de Lei (PL) 4.523/2020, a Nova Lei de Licitações. O texto aprovado é um substitutivo elaborado pela Câmara dos Deputados, com mudanças feitas pelo relator, senador Antonio Anastasia (PSD-MG) no retorno ao Senado. Por isso, precisou passar por ajustes de compatibilização, padronização de terminologias e adequações redacionais, a serem agora confirmadas antes de o texto seguir para sanção presidencial.

Entre outras medidas, o projeto cria modalidades de contratação, tipifica crimes relacionados a licitações e disciplina itens do assunto em relação às três esferas de governo: União, estados e municípios. Segundo Anastasia, o projeto substitui normas legais já defasadas por uma legislação mais avançada e moderna.

Nas atualizações, está a permissão para seguro-garantia nas licitações, o que poderá contribuir para a redução de obras inacabadas, e a criação de um portal nacional de contratações públicas, que busca centralizar os procedimentos licitatórios dos entes federados por meio de um banco de dados que, de acordo com o senador, dará “transparência cristalina e translúcida” a todas as aquisições.

Covid-19

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) propôs a criação (RQS 105/2021) de uma nova comissão para acompanhar as ações contra a covid-19. Até 31 de dezembro, funcionou no Congresso um colegiado misto que analisava as medidas do governo durante o estado de calamidade pública. Braga considera necessário que o acompanhamento das questões de saúde pública relacionadas ao novo coronavírus, à situação fiscal e à execução orçamentária e financeira relacionadas à pandemia continue.

“Esta comissão terá, assim como a comissão mista instalada no ano passado, papel estratégico para assegurar maior controle e transparência no enfrentamento da doença. Terá também papel essencial no controle e fiscalização do plano nacional de imunização contra a covid-19, de forma a garantir uma distribuição universal e justa das vacinas em todas as regiões do país”, justifica o senador. A comissão deve ser composta por seis titulares e a mesma quantidade de suplentes, com prazo de 120 dias de funcionamento.

Startups

Também na pauta duas propostas relacionadas às startups: o PLP 146/2019 (marco legal) e o PL 5.306/2020, que as inclui no rol de beneficiários dos fundos constitucionais, com prioridade para receber linhas de créditos especiais. 

O marco legal cria medidas de estímulo à captação de recursos por empresas jovens que investem em inovação. Entre outros pontos, regulamenta a atuação do investidor-anjo, que receberá uma remuneração pelo dinheiro que aplicou na empresa, mas não será considerado sócio e não terá poder de decisão ou responderá pelas obrigações e dívidas do negócio.

Autoridades

Na reunião de quarta-feira (24), está agendada a votação de autoridades como embaixadores e diretores de agências reguladoras e integrantes de conselhos nacionais. Há 21 propostas prontas para serem votadas na Ordem do Dia, mas a escolha de quais serão incluídos na pauta ainda depende de decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Outro item da pauta é o PL 317/2021, do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que institui regras para melhorar a eficiência da administração pública. O texto estende determinações já adotadas pelo Executivo federal para outros Poderes (Legislativo e Judiciário, mais Ministério Público) e outras esferas (estados e municípios), além de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Só ficam de fora concessionárias, permissionárias e delegatárias de serviços públicos.

Ele consolida na lei medida já válida para os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal, que permite a usuários de serviços públicos apresentar sugestões de simplificação dos serviços, o que deverá ser feito preferencialmente por meio eletrônico, em canal oferecido pela ouvidoria do órgão ou entidade.

Entes públicos que emitem atestados, certidões, diplomas ou outros documentos com validade legal poderão fazê-lo em meio digital, assinados eletronicamente. Será vedada a exigência, por qualquer ente público, da apresentação de documentos e informações que estejam disponíveis em banco de dados oficial — nesse caso, o documento deverá ser obtido junto ao órgão que o detém.

A proposta também aumenta o rol de informações cuja divulgação se torna obrigatória, ampliando dispositivos da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527, de 2011), determinando, por exemplo, que os órgãos públicos divulguem dados sobre jornada de trabalho, faltas e ausências dos servidores. O texto é relatado pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

República Dominicana

O texto (PDL 79/2020) que permite ao Brasil ratificar acordo assinado em maio de 2018 com a República Dominicana na área de defesa também está na pauta. A República Dominicana, cuja capital é Santo Domingo, é uma das maiores economias do Caribe e está localizada ao lado do Haiti.

O acordo foi firmado durante visita do ministro das relações exteriores da República Dominicana ao Brasil, quando foram feitos também acordos bilaterais sobre isenção de visto, comércio, investimentos, serviços aéreos, educação e diplomacia.

O acordo na área de defesa, segundo o texto, prevê a cooperação entre os dois países por meio de ações conjuntas nas áreas de pesquisa e desenvolvimento; conhecimentos e experiências; e treinamento e instrução militar. Há previsão de compartilhamento de informações e conhecimentos sobre equipamentos e sistemas militares que possam ter interesse comum.

Orçamento

Na quinta-feira (25), está pautada a PEC Emergencial (PEC 186/2019), que cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios, para tentar reequilibrar as finanças do Estado. Ela integra um pacote apresentado pelo Executivo denominado Plano Mais Brasil e formado por outras duas PECs: a PEC do Pacto Federativo (188/2019) e a PEC dos Fundos Públicos (187/2019).

Em termos gerais, o Plano Mais Brasil pretende reduzir gastos públicos e facilitar a gestão do orçamento estatal, adotando medidas como a redução salarial de servidores, suspensão de concursos e até mesmo a extinção de municípios incapazes de se sustentar financeiramente.

Segundo o presidente do Senado, a aprovação da PEC Emergencial permitirá, por meio de uma cláusula de "Orçamento de Guerra", como o da Emenda Constitucional 106/2020, que se possa ter a brecha necessária para implantar um novo auxílio emergencial no Brasil. O anterior se encerrou em dezembro.

O texto cria mecanismos a serem instituídos caso as operações de crédito, na União, excedam a despesa de capital. No caso de estados e municípios, o gatilho é a elevação das despesas correntes acima do limite de 95% das receitas correntes.

A proposta determina, ainda, a reavaliação periódica de benefícios tributários, creditícios e financeiros e veda a ampliação de benefícios tributários a partir de 2026, caso eles ultrapassem 2% do produto interno bruto (PIB). Ainda de acordo com a PEC, o dinheiro que sobrar do orçamento transferido aos Poderes Legislativo e Judiciário deve retornar ao Tesouro Nacional.

Um dos pontos mais polêmicos das propostas são as alterações que impactam os servidores públicos. A PEC Emergencial modifica limites para gastos com pessoal e proíbe que novas leis autorizem o pagamento retroativo desse tipo de despesa. Já a PEC do Pacto Federativo traz medidas como a redução temporária da jornada de trabalho, com redução proporcional da remuneração de servidores públicos.

O relator da proposta, senador Marcio Bittar (MDB-AC), deve apresentar o relatório ainda nesta segunda-feira (22). Bittar também é relator da PEC do Pacto Federativo.

Veja a pauta completa das sessões deliberativas semipresenciais desta semana
Terça-feira (23) às 16h

RQS 105/2021

Autoria: senador Eduardo Braga (MDB-AM)

Cria Comissão Temporária Interna para acompanhar as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus.

PL 3477/2020

Relator: senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE)

Autoria: Câmara dos Deputados

Dispõe sobre a garantia de acesso à internet, com fins educacionais, a alunos e a professores da educação básica pública.

PLP 146/2019

Relator: Senador Carlos Portinho (PL-RJ)

Autoria: Câmara dos Deputados

Institui o marco legal das startups e do empreendedorismo inovador.

PL 5.306/2020

Relator: senador Carlos Portinho (PL-RJ)

Autoria: Câmara dos Deputados

Inclui as startups nas diretrizes e no rol de beneficiários dos Fundos Constitucionais, conferindo-lhes prioridade no recebimento de linhas de créditos especiais.

PL 5.307/2020

Relatora: senadora Zenaide Maia (Pros-RN)

Autoria: Senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP)

Prorroga a possibilidade de dedução do Imposto de Renda de doações para os fundos de assistência aos pacientes com câncer (Pronon) e deficientes (Pronas/PCD).

Redação final do PL 4.253/2020

(Modernização da Lei de Licitações e Contratos)

Quarta-feira (24) às 16h

Votação de autoridades

PL 317/2021

Relator: senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL)

Autoria: Câmara dos Deputados

Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e para o aumento da eficiência pública.

PDL 203/2019

Relator: senador Roberto Rocha (PSDB-MA)

Autoria: Câmara dos Deputados

Aprova os textos do Acordo entre a República Federativa do Brasil e a República de Singapura para eliminar a dupla tributação em relação aos tributos sobre a renda e prevenir a evasão e a elisão fiscais e de seu protocolo, assinados em Singapura em 7 de maio de 2018.

PDL 650/2019

Relator: senador Major Olimpio (PSL-SP)

Autoria: Câmara dos Deputados

Aprova os textos da Convenção entre a República Federativa do Brasil e a Confederação Suíça para eliminar a dupla tributação em relação aos tributos sobre a renda e prevenir a evasão e a elisão fiscais e de seu protocolo, assinados em Brasília em 3 de maio de 2018.

PDL 75/2020

Relator: senador Jean Paul Prates (PT-RN)

Autoria: Câmara dos Deputados

Aprova o texto do Acordo sobre Serviços Aéreos entre a República Federativa do Brasil e o Reino da Arábia Saudita, assinado em Brasília em 14 de abril de 2015.

PDL 79/2020

Relator: senador Antonio Anastasia (PSD-MG)

Autoria: Câmara dos Deputados

Aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Dominicana sobre cooperação em matéria de defesa, assinado em Brasília em 14 de maio de 2018.

Quinta-feira (25) às 16h

PEC 186/2019

Relator: senador Marcio Bittar (MDB-AC)

Autoria: senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)

PEC Emergencial - dispõe sobre medidas permanentes e emergenciais de controle do crescimento das despesas obrigatórias e de reequilíbrio fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, e dá outras providências.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Enchentes: senadores pedem socorro federal para Minas Gerais e Acre

 


Raquel Teixeira | 22/02/2021, 13h37

Os estados de Minas Gerais e do Acre sofrem com deslizamentos de terra e alagamentos de ruas causados pelas fortes chuvas dos últimos dias. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) pedem providências urgentes do governo federal para socorrer a população desalojada. A equipe econômica promete a liberação de R$ 450 milhões para ajudar as vítimas de enchentes em todo o país.

Fonte: Agência Senado

Mudança na Petrobras deve levar visão mais social à empresa, dizem senadores

 


Rodrigo Resende | 22/02/2021, 13h44

O presidente Jair Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para assumir a direção da Petrobras no lugar de Roberto Campos Neto. A mudança, na opinião dos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Rogério Carvalho (PT-SE), só será efetiva se promover uma nova visão social para a empresa. 

Fonte: Agência Senado

Câmara deve concluir em breve votação do novo marco legal do gás

 


Bruno Lourenço | 22/02/2021, 13h49

A votação do marco legal do gás (PL 4.476/2020), aprovado pelo Senado em dezembro, deve ser concluída em breve pela Câmara dos Deputados. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que a preferência é do projeto original, sem as modificações feitas pelos senadores em relação ao uso do diesel em termelétricas, permissão para o transporte de gás biometano nos gasodutos e reserva aos estados do serviço de distribuição.

Fonte: Agência Senado

Pacheco e Randolfe articulam para que Brasil tenha vacinas da Pfizer e da Janssen

 


Da Redação | 22/02/2021, 14h02

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) participaram na manhã desta segunda-feira (22) de uma videoconferência com os dirigentes das farmacêuticas Pfizer e Janssen para o Brasil. Na pauta, a aprovação da MP 1.026/2021 com a inclusão de dispositivos prevendo a responsabilização da União por eventuais efeitos negativos dos imunizantes das empresas farmacêuticas contra a covid-19.

Em seu texto original, a medida provisória, que flexibiliza regras para aquisição de vacinas contra o novo coronavírus, não prevê a responsabilização governamental por eventuais efeitos adversos da vacinação. Por isso, Randolfe apresentou uma emenda, de número 76, que autoriza a União a assumir essa responsabilidade.

Em entrevista coletiva concedida após a videoconferência na saída da residência oficial da Presidência do Senado, Randolfe informou que Pacheco se reunirá, ainda na tarde desta segunda-feira, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O objetivo é chegar a um texto de consenso quanto à responsabilização, que sofre resistência do governo.

— A vacina da Pfizer já está sendo aplicada em 69 países. Todos estes governos assumiram a cláusula da responsabilização civil, coisa que o Brasil ainda não fez, a despeito da oferta da empresa ter sido feita ainda em junho do ano passado. A vacina da Janssen já concluiu a fase 3 de pesquisas e testes, com mais de 90% de eficácia contra a covid. Já está em vias de ser aprovada pelo FDA americano [agência equivalente nos EUA à Anvisa no Brasil], pela Agência Sanitária Europeia e pela OMS [Organização Mundial da Saúde], o que deve ocorrer nos próximos dias — esclareceu Randolfe.

Prioridade

O senador amapaense reforçou que, na reunião prevista para esta segunda-feira entre Pacheco e Pazuello, o presidente do Senado reiterará o compromisso da direção da Casa com a priorização das políticas de vacinação. A estratégia ainda passa pela aprovação da emenda 76 à MP 1.026 já na votação prevista para esta semana na Câmara dos Deputados. Passando na Câmara, o texto também terá prioridade total no Senado.

Além da aprovação da medida provisória, Randolfe e Pacheco ainda vão trabalhar pela aprovação de uma espécie de marco regulatório para a imunização contra a covid-19, mais amplo que a MP 1.026, preenchendo todas as condições necessárias para ampliar o leque de vacinas a serem disponibilizadas para o Brasil. Caberá ao senador amapaense apresentar o projeto de lei nos próximos dias, que deverá ser analisado com prioridade pela Casa.

— Não queremos polêmica ou queda de braço com o governo, queremos diálogo visando preencher as condições para que tenhamos mais vacinas. Passamos hoje por um apagão de vacinas em todo o país, várias capitais tiveram que parar a vacinação por falta de vacinas. A Coronavac e a AstraZeneca são comprovadamente eficazes, mas precisamos ampliar esse leque para atendermos todo o território nacional — concluiu Randolfe, acrescentando que nas próximas semanas deverá ser lido o requerimento de criação da CPI da Pandemia, como acertado pelo colégio de líderes.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pacheco e Randolfe tentam destravar compra de vacinas com laboratórios

 


Marcella Cunha | 22/02/2021, 15h15

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se reuniram com representantes dos laboratórios da Pfizer e da Johnson & Johnson para tentar destravar a compra de vacinas pelo governo. Eles defendem diálogo com a Câmara dos Deputados para a aprovação de uma emenda à Medida Provisória das Vacinas para que o governo assuma o risco por eventuais efeitos negativos das vacinas sem que haja repercussão jurídica.

Fonte: Agência Senado

Senadores elegerão presidentes e vice-presidentes das comissões com novas urnas eletrônicas

 


Pedro Pincer | 22/02/2021, 15h19

As eleições para as presidências das comissões permanentes do Senado contarão neste ano com uma novidade: urnas eletrônicas criadas por servidores da Casa. Os dispositivos vão atender a demandas específicas de votação no Senado e serão usados nas futuras eleições da Mesa e nas votações secretas, como as indicações de autoridades. 

Fonte: Agência Senado

PEC Emergencial pode ser aprovada em um dia, diz Pacheco

 


Da Redação | 22/02/2021, 16h19

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a PEC Emergencial (PEC 186/2019), com diretrizes para permitir a retomada do auxílio emergencial, pode ser aprovada em dois turnos na quinta-feira (25). Para isso, será preciso um acordo entre as lideranças, mas Pacheco acredita que há clima entre os senadores para esse arranjo.

— Percebo os senadores com a compreensão de que essa proposta é importante para viabilizar o auxílio emergencial. Vejo essa percepção dos senadores com muita nitidez. Ainda que há um ponto contrário aqui ou acolá. Acho que todos compreendem a necessidade de ter esse protocolo fiscal — disse Pacheco em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22).

As propostas de emenda à Constituição (PECs) devem ser votadas em dois turnos, com um intervalo de cinco dias úteis entre eles. No entanto, esse interstício, previsto no Regimento Interno, pode ser dispensado se houver entendimento entre os líderes.

O relatório da PEC Emergencial ainda não foi divulgado oficialmente, mas deve trazer uma “cláusula de calamidade” para permitir que o governo federal implemente o novo auxílio contornando restrições orçamentárias do ano. Ao mesmo tempo, a proposta virá com uma série de regras fiscais como compensações para essa medida. Entre elas estão gatilhos de restrições de despesas e reavaliação de benefícios tributários.

Segundo Pacheco, essas regras não são uma “condição” para o novo auxílio, mas sim uma “contrapartida” que garante a sua sustentabilidade.

— Estamos dando uma demonstração do caráter de responsabilidade fiscal que o Congresso Nacional tem com o país. É preciso termos esse protocolo para termos os recursos necessários [para o auxílio emergencial].

O presidente do Senado explicou que a PEC Emergencial não regulamentará o novo auxílio. A equipe econômica do Executivo divulgará, futuramente, regras — como valor das parcelas e duração do programa. No entanto, Pacheco afirmou estar otimista com a perspectiva de o pagamento já começar em março, e disse que há “uma compreensão” do Executivo e do Legislativo de que o auxílio “precisa existir nos próximos quatro meses”.

Pacheco também antecipou que espera essas definições do Executivo assim que o Senado aprovar a PEC Emergencial.

— Pretendemos que, uma vez aprovada [a PEC] no Senado, já haja por parte do governo uma efetivação do auxílio, considerando que há uma tendência muito clara de aprovação na Câmara dos Deputados.

Vacinas e chuvas

Na coletiva, o presidente do Senado também falou sobre a reunião que teve na manhã desta segunda-feira com representantes dos laboratórios farmacêuticos Pfizer e Janssen, produtores de vacinas contra a covid-19, a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Pacheco reforçou que o Senado vai trabalhar para viabilizar a compra dessas vacinas pelo Brasil, encontrando soluções para os termos contratuais que não agradaram o governo.

Pacheco mencionou, ainda, a situação de “calamidade” vivida por cidades do Acre e de Minas Gerais devido às fortes chuvas das últimas semanas. Segundo ele, o governo deve editar uma medida provisória nos próximos dias transferindo recursos para os municípios afetados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Bandeira e Ilana inauguram placa comemorativa do Sistema de Deliberação Remota

 


Da Comunicação Interna | 22/02/2021, 17h50

O secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello, e a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, inauguraram a placa comemorativa do Sistema de Deliberação Remota (SDR) no início da tarde desta segunda-feira (22), nas instalações da Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado (Prodasen). O evento, que contou com a presença do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e de seu antecessor, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), celebrou o êxito da ferramenta, que garantiu a discussão e a votação remotas de matérias pelo Senado desde o início da pandemia de covid-19.

A solenidade também marcou o último dia de Luiz Fernando Bandeira de Mello como secretário-geral da Mesa. Ele assume uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (23).

Bandeira ressaltou o companheirismo dos colaboradores no período em que esteve à frente da Secretaria-Geral da Mesa do Senado. E relembrou fatos e momentos marcantes do seu trabalho.

Futuro

Bandeira se disse agradecido pelos anos de serviço e pelo compartilhamento de experiências e ideias. Ele frisou que a atuação dos setores de tecnologia da Casa e a construção de novos caminhos de atuação remota fazem parte de um legado a ser deixado para as gerações futuras.

— Este descerramento [da placa comemorativa] marca o momento de ineditismo que vivemos diante de uma situação difícil e é uma demonstração de um trabalho em equipe feito diuturnamente. Em vários momentos, isso alavancou o Senado para o reconhecimento internacional, e sou grato por ter feito parte dessa história. Tivemos uma guerra pela vida recentemente e haverá outras trincheiras. Podem contar sempre comigo — disse Bandeira, que ocupou o cargo de secretário-geral da Mesa nos últimos sete anos.

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, agradeceu a Bandeira os serviços prestados. Segundo Ilana, a atuação do secretário-geral da Mesa desde o início da pandemia de covid-19 foi decisiva para o Prodasen e outros setores da Casa terem obtido sucesso na continuidade do trabalho legislativo e administrativo do Senado.

— Reagimos de forma pioneira no começo desta situação toda e, em questão de sete dias, estávamos em condições de deliberar os assuntos importantes para o Brasil. Isso precisa estar registrado na história do Congresso e do país. Esta homenagem ao Bandeira é justa, porque as ações dele foram fundamentais não só nesse processo, como também nos últimos sete anos — destacou Ilana.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Relatório da PEC Emergencial inclui cláusula para permitir pagamento de auxílio

 


Da Redação | 22/02/2021, 18h47

O relator da PEC Emergencial (PEC 186/2019), senador Marcio Bittar (MDB-AC), apresentou nesta segunda-feira (22) seu substitutivo à matéria. Ele propôs um protocolo de responsabilidade fiscal e uma “cláusula de calamidade” para que o governo federal possa manter o pagamento do auxílio emergencial em 2021.

A definição dos valores da parcela, da vigência e das fontes para bancar o repasse seriam definidas por meio de projeto de lei ou de medida provisória a ser encaminhada pelo Executivo.   

Essa proposta de emenda à Constituição (PEC), que cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios, será votada pelo Senado na quinta-feira (25).

Em seu substitutivo, Marcio Bittar propõe a inclusão de um dispositivo na Constituição sobre “cláusula de calamidade pública de âmbito nacional”. O objetivo desse dispositivo é permitir que a União possa pagar o auxílio emergencial. O texto permite que, durante o exercício financeiro de 2021, a proposição legislativa que tenha o objetivo exclusivo de conceder auxílio emergencial para enfrentar as consequências sociais e econômicas da pandemia da covid-19 ficará “dispensada da observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa”.

Ainda conforme o substitutivo, as despesas decorrentes da concessão do auxílio não serão consideradas para fins de apuração da meta fiscal e deverão ser atendidas por meio de crédito extraordinário.

Congelamento

O texto também prevê a inclusão, na Constituição, de uma série de mecanismos para que União, estados e municípios promovam ajustes fiscais e reduzam seu endividamento. Para a União, os mecanismos seriam instituídos caso as operações de crédito excedam as despesas de capital. No caso de estados e municípios, o gatilho é a elevação das despesas correntes acima do limite de 95% das receitas correntes.

A proposta determina a reavaliação periódica de benefícios tributários, creditícios e financeiros. E veda a ampliação de benefícios tributários a partir de 2026 caso eles ultrapassem 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

A PEC modifica limites para gastos com pessoal e proíbe que novas leis autorizem o pagamento retroativo desse tipo de despesa. No caso, estariam vedadas: a criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; a alteração de estrutura de carreira; e a admissão ou contratação de pessoal ressalvadas as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa. Também estariam proibidas a realização de concurso público; a criação ou prorrogação de auxílios, vantagens, bônus, abonos, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores, empregados públicos e militares, ou ainda de seus dependentes; e a criação de despesa obrigatória.

Saúde e educação 

Um dos pontos polêmicos no texto é o dispositivo que desvincula as receitas previstas na Lei Orçamentária para saúde e educação. A PEC Emergencial determina que sejam revogados dispositivos da Constituição que garantem o percentual de repasse mínimo para essas duas áreas. Em entrevista nesta segunda-feira à GloboNews, Marcio Bittar defendeu essa mudança "para devolver aos municípios, aos estados e à União o poder de legislar uma das leis mais importantes, que é o orçamento”.

Atualmente, os estados são obrigados a destinar 12% de seus recursos para a saúde e 25% para a educação, enquanto, no Orçamento federal, os índices são de 15% e 18%, respectivamente.

No entanto, alguns parlamentares já manifestaram posicionamento contrário a essas mudanças. Pelas redes sociais, o senador Flávio Arns (Podemos-PR) afirmou que a revogação comprometerá o orçamento para a educação pública no país, atingindo, inclusive, os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

“A PEC Emergencial, no seu Art. 4º, Inciso IV, liquida com o Fundeb, ou seja, com a educação básica, que é tudo de que o Brasil precisa. É uma proposta escandalosa e que desfaz a grande conquista que obtivemos no ano passado. Temos que nos unir a favor da educação!”, publicou o senador.

Como é uma proposta de emenda à Constituição, essa matéria precisa ser aprovada em dois turnos, por no mínimo 49 senadores. Entre os dois turnos, é necessário um intervalo de cinco dias úteis — mas esse interstício pode ser revisto se houver entendimento entre os líderes.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

IFI traça cenários com novo auxílio emergencial e prevê crescimento de 3% do PIB em 2021

 


Da Redação | 22/02/2021, 19h37

O custo das medidas de enfrentamento à covid-19, incluindo os efeitos de uma nova rodada do auxílio emergencial sobre as contas públicas, e os mecanismos para seu encaixe no Orçamento foram destacados pelo diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, nesta segunda-feira (22), durante apresentação à imprensa do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de fevereiro de 2021. De acordo com a análise, o crescimento do produto interno bruto (PIB) este ano deverá ser de 3%.

Já os gastos para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19 deverão ultrapassar R$ 64 bilhões, sendo mais da metade destinados a um eventual novo auxílio emergencial — ainda não há aprovação do benefício nem definição de seu valor, mas o documento desenha simulações do impacto nas contas do governo.

O cenário considerado mais provável para o novo auxílio emergencial aponta um custo de R$ 34,2 bilhões, considerando pagamento de quatro parcelas de benefício de R$ 250 para 45 milhões de brasileiros — já incluídos os 19,2 milhões de inscritos no Bolsa Família.

Ainda considerando um auxílio de R$ 250, um cenário com seis parcelas mensais alcançando 50 milhões de beneficiários, custaria R$ 58,7 bilhões. Um cenário considerado otimista do ponto de vista estritamente fiscal abrangeria, em quatro meses, um número menor de beneficiários, a depender da legislação que criará o auxílio e os requisitos para entrada no novo programa.

O governo, hoje, já tem um maior controle a respeito destes dados em razão da experiência do ano passado e provavelmente deverá conseguir uma maior capacidade de previsão desse gasto para 2021 — ressaltou Felipe Salto.

A PEC emergencial (PEC 186/2019), com votação prevista para quinta-feira (25) no Senado, é interpretada como meio de viabilizar a nova rodada de auxílio emergencial sem risco de ultrapassar os limites das metas fiscais e do teto de gastos. Porém, Salto avalia que o texto em análise é bastante complexo e a emenda à Constituição não resolverá todos os problemas sem um programa de ajuste fiscal de médio e longo prazo. Da mesma forma, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) terá que discutir compensações fiscais no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para bancar o auxílio, ou o governo terá que apelar a crédito extraordinário.

PIB

De acordo com os especialistas da IFI, o produto interno bruto (PIB) deve manter a tendência de crescimento neste ano: o resultado projetado para 2021 deve chegar a 3%. O índice compensa em parte o quadro recessivo verificado em 2020, quando o PIB caiu cerca de 4,5% — os números oficiais ainda não foram divulgados.

Por sua vez, a dívida pública, que fechou 2020 em patamar abaixo do esperado, cresceu muito e continuará em tendência de alta, não devendo atingir uma estabilização em relação ao PIB até 2030. O risco de rompimento do teto de gastos segue preocupante, mas, no entendimento dos especialistas, desceu de “alto” para “moderado”.

Revisão extraordinária

Órgão do Senado criado para ampliar a transparência das contas públicas, a Instituição Fiscal Independente, a IFI publica mensalmente seu Relatório de Acompanhamento Fiscal. O documento de fevereiro antecipou extraordinariamente a revisão do semestre anterior, que só seria feita em maio, motivada pela continuidade da pandemia e de seus efeitos.

— Em razão de toda essa incerteza e instabilidade, resolvemos divulgar em fevereiro um novo quadro de projeções — explicou Salto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Instituição Fiscal Independente estima crescimento do PIB em 3% este ano

 


Regina Pinheiro | 22/02/2021, 19h43

A Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou novo Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) apontando que o PIB deve crescer 3% em 2021. A estimativa para as despesas relacionadas à covid-19 totalizam R$ 64,2 bilhões, incluindo R$ 34,2 bilhões para um provável novo auxílio emergencial.

Fonte: Agência Senado

Pacheco e Randolfe tentam solução para impasse da compra de vacinas

 


Marcella Cunha | 22/02/2021, 20h00

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se reuniram com representantes dos laboratórios Pfizer e Johnson & Johnson para tentar destravar a compra de vacinas pelo governo federal. Eles defendem diálogo com a Câmara dos Deputados para a aprovação de uma emenda à MP das Vacinas, pela qual o governo assumiria o risco por eventuais efeitos negativos dos imunizantes, sem que haja repercussão jurídica, conforme tem sido acordado entre os laboratórios e os demais países. 

Fonte: Agência Senado

Presidente do Senado confirma votação da PEC Emergencial na quinta-feira

 


Hérica Christian | 22/02/2021, 20h17

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou para quinta-feira (25) a votação da PEC Emergencial (PEC 186/2019). Segundo ele, a proposta criará condições para a equipe econômica retomar o auxílio emergencial. Mas parlamentares da oposição criticam o fim — previsto nessa PEC — de investimentos mínimos obrigatórios em saúde e educação. A reportagem é de Hérica Christian, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Senadores devem eleger presidentes e vice-presidentes de comissões nesta semana

 


Hérica Christian | 22/02/2021, 20h24

Os senadores devem eleger nesta semana os presidentes e vice-presidentes das 13 comissões permanentes da Casa. A reportagem é de Hérica Christian, da Rádio Senado. 

Fonte: Agência Senado