segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Estudo: inscrições abertas para cursos de EaD na Egov

 


Candidatos têm até 21 de março para se inscrever pelo site da Escola de Governo do DF

A Escola de Governo do Distrito Federal (Egov), órgão vinculado à Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali) da Secretaria de Economia (Seec), está com as inscrições abertas para a segunda turma de cursos da modalidade Educação a Distância (EaD) de 2021. Pessoas interessadas podem se inscrever até 21 de março, pelo site da Egov. Serão oferecidos 15 cursos autoinstrucionais, com início em 5 de abril.

“Para as próximas turmas, outras capacitações serão oferecidas”, informa a coordenadora de Desenvolvimento e Formação da escola, Fabíola Salomon. Além dos cursos a distância, lembra ela, a Egov está retomando, pouco a pouco, atividades  presenciais, dentro de todas as normas de segurança sanitárias.

Os cursos disponíveis são Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, Atendimento ao público, Educação a Distância – conceitos, histórico e panorama, Formação de formadores, Formação em ouvidoria, Metodologia de análise e solução de problemas, Norma Regulamentadora 32 (NR 32), Ética – uma questão de escolha, Gestão de processos e Transparência, ética e controle social.

Arte: Divulgação/Egov

A primeira turma de EaD da Egov registrou um recorde de 1,6 inscrições. Os cursos mais concorridos foram os de Gestão e fiscalização de contratos, Desenvolvimento de competências gerenciais e Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Acesse o site da Egov para fazer as inscrições.

Com informações da Egov

AGÊNCIA BRASÍLIA

Justiça Eleitoral em Roraima garante direito à cidadania também para os povos indígenas

 


TRE-RR foca na disposição de colaboradores para continuar atendendo os mais de 27 mil eleitores indígenas

TRE RR - Justiça Eleitoral de Roraima garante o direito à cidadania para os povos indígenas

Se realizar uma eleição em plena pandemia de Covid-19 já é desafiador, imagina levá-la até as comunidades indígenas, onde os cuidados sanitários deveriam ser impecáveis e o desafio de transportar equipamentos é ainda maior. Mas, com o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), desafio dado é missão cumprida.

Para tornar possível a Eleição Municipal de 2020, o TRE-RR contou com mais de 4 mil mesários, que, com todos os equipamentos de prevenção à saúde, superaram os obstáculos para levar equipamentos e força de trabalho para às comunidades indígenas.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), Roraima, com 49.600 indígenas, é o estado com maior concentração proporcional desses povos no Brasil. São 103 seções eleitorais distribuídas em 65 comunidades indígenas, com um total de 27.441 eleitores.

Na Comunidade do Pium, no município de Alto Alegre, quase na fronteira com a Venezuela, e onde vivem indígenas das etnias Wapichana e Macuxi, uma seção eleitoral chamou a atenção no último pleito. Graças ao trabalho e à coragem de quatro mulheres, que se ofereceram para contribuir para a democracia, mostrando a importância da força feminina em todas as atividades, a votação foi um sucesso em Pium.

Alegria em contribuir

Gracilene Bento Barbosa era uma delas. De acordo com a mesária voluntária, foi com alegria que elas receberam a missão. “Nós, mulheres, somos guerreiras. Juntas, podemos fazer a diferença, contribuir para a Justiça Eleitoral e, principalmente, para a nossa comunidade. Ser mesário não é uma brincadeira. É uma experiência que deve ser levada a sério e repassada para os mais jovens, para que tenhamos sempre pessoas dispostas a fazer esse trabalho, que é tão importante, principalmente para os indígenas”, destacou a colaboradora.

Sílvio Fernando de Carvalho, chefe de cartório da 3ª Zona Eleitoral de Alto Alegre, que conta com seis locais de votação, tem a mesma alegria de Gracilene em levar a Justiça Eleitoral a comunidades indígenas.

Segundo ele, o desafio logístico para levar o aparato que garante realizar as eleições nesses locais não o desanima. “É isso que nos motiva. É saber que, mesmo com dificuldades, a cada eleição, servidores da Justiça Eleitoral enfrentam horas de viagem para levar às aldeias toda a estrutura necessária para que esses cidadãos consigam votar. O eleito indígena respeita o nosso trabalho e segue todo o protocolo. É importante contarmos com mesários voluntários das próprias comunidades, pois como indígenas eles garantem a integração necessária para a realização do pleito de forma segura e eficaz”, destacou.

Inclusão

O empenho do TRE-RR para garantir cidadania e informação a essa parcela tão importante da população não termina com uma eleição. Faz parte da rotina dos cartórios espalhados pelo estado realizar trabalhos com essas comunidades. Em 2019, por exemplo, a 3ª Zona Eleitoral levou aos indígenas daquela região o Projeto de Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas, com reflexo inclusive no pleito de 2020, com o aumento expressivo de candidatos de origem indígena ao cargo de vereador no município de Alto Alegre.

Conheça os serviços do TRE-RR.

Este texto faz parte da série “Nós somos a Justiça Eleitoral”, que vai mostrar a todos os brasileiros quem são as pessoas que trabalham diariamente para oferecer o melhor serviço ao eleitor. A série será publicada durante todos os dias de fevereiro, mês em que se comemora o aniversário de 89 anos de criação da Justiça Eleitoral.

TP, AM / CM, DM

Mesários acreanos vencem barreiras para garantir o voto de eleitores

 


Para o TRE do Acre, que conta com o apoio das Forças Armadas, a eleição somente acaba quando todos os colaboradores retornam em segurança para suas casas

TRE-AC - Mesários acreanos vencem barreiras para garantir o voto de eleitores - 19.02.2021

Um dos principais desafios do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) é garantir que todo eleitor – até mesmo aqueles que moram em locais longínquos ou de difícil acesso – possa exercer seu direito constitucional de escolher seus representantes políticos. Para que isso aconteça, o órgão conta com a colaboração de importantes agentes, entre eles, os mesários.

Nas Eleições Municipais de 2020, os mesários, mais uma vez, foram os principais responsáveis pelo êxito do pleito, pois desempenharam sua função com patriotismo, zelo e sem medo de enfrentar algumas barreiras geográficas. Esse foi o caso da mesária Marlândia da Silva Teixeira, que, para conseguir chegar à comunidade indígena onde atuou, teve de sair do município de Tarauacá (AC), onde mora, quatro dias antes do primeiro turno, realizado no dia 15 de novembro.

Marlândia conta que ela e o presidente da seção em que trabalhou foram transportados primeiramente de avião até o município de Jordão e, depois, de helicóptero até a comunidade de Seringal Novo Porto, às margens do Rio Muru, onde há duas seções e 348 eleitores. Ambas as aeronaves responsáveis pelo deslocamento da equipe eram da Força Aérea Brasileira (FAB).

“É muito emocionante chegar nessas comunidades tão distantes, onde você vê que as pessoas fazem questão de exercer o seu papel como cidadão. Por isso, para mim, trabalhar como mesária é muito gratificante. Se não fossemos até lá, muitos não poderiam decidir o futuro do nosso país, pois não teriam como chegar até a cidade no dia da eleição”, destaca a mesária, emocionada.

Ela conta que essa foi a 10ª vez que trabalhou como mesária nas eleições e que, em cada uma delas, teve uma experiência diferente. “Dessa vez, ficamos quatro dias na cidade de Jordão esperando o helicóptero da FAB, que precisou ficar indo e vindo das comunidades para levar outras equipes e materiais. Sem contar a chuva, que acabou atrapalhando o deslocamento. Por esses motivos, só conseguimos pegar a aeronave no domingo bem cedo. Chegamos lá perto das 7h20, e já tinham eleitores esperando para votar”, lembra.

Marlândia destaca que já passou por diversas dificuldades nas comunidades de difícil acesso, tanto para chegar quanto no local. “Já fui de barco, cujo trajeto durou muitos dias. A gente come mal, dorme mal, ‘bicho ferra a gente’, mas, no final, sempre compensa”, diz, ao agradecer o trabalho da FAB, pois, segundo ela, o deslocamento via barco levaria cerca de uma semana.

Especificamente sobre as Eleições de 2020, ela diz que “foi uma adrenalina muito grande”. “Todo mundo estava muito nervoso, pois estávamos com medo de não dar tempo de chegar, mas no final tudo deu certo”, relata, afirmando que, apesar dos obstáculos, no que depender dela, continuará sempre sendo mesária.

No pleito do ano passado, o TRE do Acre contou com a colaboração de 6.788 mesários, sendo 4.107 (60,5%) mulheres e 2.681 (39,50%) homens.

FAB

A Força Aérea brasileira não leva somente os mesários até as distantes comunidades de votação no estado do Acre. Ela também é responsável pelo transporte das urnas, de materiais diversos e dos agentes de segurança. O território do Acre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem 164.123,96 km² e conta com 22 municípios, muitos deles de difícil acesso. Atualmente, são mais de 561 mil os eleitores acreanos aptos a votar.

Ao todo, o estado possui 2.261 seções eleitorais e 687 locais de votação, sendo 85 de difícil acesso, como aldeias e comunidades. São considerados locais de difícil acesso aqueles que não possuem estradas que os liguem a um município, ficando dependentes de vias aéreas ou fluviais.

Nas Eleições 2020, ao se reportar à tripulação da aeronave, o vice-presidente e corregedor do TRE do Acre, desembargador Luis Camolez, em nome da Justiça Eleitoral no estado, destacou a “valorosa contribuição” das Forças Armadas – especialmente por meio da FAB – para a plena execução dos trabalhos durante o pleito, principalmente na região Amazônica.

“A eleição só acaba quando todos os mesários, valorosos brasileiros, retornam em segurança às suas casas, pois são eles os primeiros que chegam e os últimos que saem de cada local de votação, sem se importarem com o difícil acesso”, disse o magistrado na ocasião. Ele recepcionou pessoalmente, após o primeiro turno do pleito, a tripulação do helicóptero Black Hawk, da FAB, que, com segurança, transportou “os abnegados mesários” em seus deslocamentos para os locais mais longínquos do interior acreano.

A presidente da Corte Eleitoral acreana, desembargadora Denise Bonfim, única mulher a comandar uma eleição na Justiça Eleitoral este ano, também ressalta o papel relevante das Forças Armadas durante o pleito no que diz respeito à segurança do processo eleitoral, “cujo objetivo é garantir o livre exercício do voto”.

“Um dos principais pilares para o êxito das Eleições 2020, no âmbito do estado do Acre, tem nome e endereço: o mesário, que, mesmo em tempo de crise sanitária ora vivida pela humanidade, além das dificuldades inerentes à região, não mediu esforços para desempenhar sua função com competência, eficácia, e, principalmente, amor à pátria. Por toda essa bravura, o sentimento é de gratidão", completa a desembargadora.

Este texto faz parte da série “Nós somos a Justiça Eleitoral”, que vai mostrar a todos os brasileiros quem são as pessoas que trabalham diariamente para oferecer o melhor serviço ao eleitor. A série será publicada durante todos os dias de fevereiro, mês em que se comemora o aniversário de 89 anos de criação da Justiça Eleitoral.

IC/LC, DM

 

Cecília: um jejum inesquecível

 


Nesta matéria especial, Cecília da Costa Silva, servidora do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, relata que a entrada dela no órgão começou com uma aposta do marido

TRE-PB - Um jejum inesquecível

Cada pessoa tem uma reação ao conquistar algo que sempre sonhou. Cecília da Costa Silva teve a mais inusitada delas ao passar, aos 23 anos, no concurso do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB): ficou uma semana sem comer de tanta felicidade. Hoje, aos 65 anos, Cecília conta o fato, aos risos.

“Passar no concurso do Tribunal era o grande sonho dos jovens na época. E comigo não foi diferente, afinal eu trabalhava no comércio desde os 16 anos, e até os 18 anos inclusive sem carteira assinada. Quando fiquei grávida, aos 20 anos, fui demitida da loja onde trabalhava. Eram tempos difíceis, sempre trabalhando de pé no comércio, inclusive aos sábados. Como eu gosto de gente, nunca considerei um fardo”, lembra.

Mas a sorte mudou quando o marido de Cecília, José, encontrou um amigo na rua, que avisou que era o último dia das inscrições para o concurso do TRE-PB. Com pouco dinheiro no bolso, na hora ele pensou: ou ela, ou eu. E como ele era soldado do exército, resolveu apostar nela.

Assista ao depoimento de Cecília.

A aposta deu certo. “Na hora de preencher a inscrição, decidi fazer para o cargo menos procurado, que era agente de portaria, e passei para a única vaga que havia. Estudei e agradeço a oportunidade que a vida me trouxe. A prova foi no dia 12 de março de 1978 e, cinco dias depois, já saiu o resultado”, lembra.

A mãezona

Formada em Direito em 1983, a servidora é mãe de quatro filhos: Joelma (45), Joeldson Cláudio (41), Jean César (39) e Joelton Carlos (36). Nascida em João Pessoa, Cecília, que atualmente ocupa o cargo de atendente judiciária na Coordenadoria de Registros e Informações Processuais (CRIP), faz questão de declarar sua paixão pela Justiça Eleitoral. “Gosto demais daqui. Meus colegas dizem que eu só vou sair na vassourada. Sou bem-humorada, uma espécie de mãezona de todos, a mais velha da turma”, diz ela.

Nesses 42 anos no TRE-PB, Cecília trabalhou por 34 na área de Tecnologia da Informação e, em 2012, foi para a Secretaria Judiciária, e recebeu inclusive a Medalha de Serviço “Juiz Agnelo Amorim Filho” por sua dedicação ao Tribunal. “Gosto de criar raízes. Me apego muito ao local e às pessoas. Já exerci o cargo de coordenadora de Eleições do regional. Trabalhei em cerca de 30 pleitos, entre eleições regulares e suplementares”, enumera orgulhosa.

Foi no Tribunal que ela descobriu um de seus talentos: atuar. Convidada a integrar o grupo Cenário Eleitoral, formado há seis anos pela colega de trabalho Nara Limeira, Cecília se descobriu como atriz. O grupo se apresenta em eventos e datas comemorativas, sempre levando temas que possam ajudar na reflexão das pessoas, como corrupção, envelhecimento, sustentabilidade, e já esteve no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um de seus espetáculos.

Este texto faz parte da série “Nós somos a Justiça Eleitoral”, que vai mostrar a todos os brasileiros quem são as pessoas que trabalham diariamente para oferecer o melhor serviço ao eleitor. A série será publicada durante todos os dias de fevereiro, mês em que se comemora o aniversário de 89 anos de criação da Justiça Eleitoral.

MM/CM, DM