sábado, 20 de fevereiro de 2021

Conscientização é instrumento para afastar pessoas das drogas

 


Hoje é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo

Publicado em 20/02/2021 - 08:10 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Hoje (20) é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. A data ganha importância ainda maior diante do aumento registrado no consumo dessas substâncias durante a pandemia do novo coronavírus, provocado pelo distanciamento social.

Uma pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), realizada no ano passado, mostra que 35% dos adultos, na faixa etária dos 30 aos 39 anos de idade, fizeram uso exagerado de álcool, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar que os países limitassem a venda de bebidas alcoólicas.

A psiquiatra Janine Veiga, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), ressaltou, em entrevista à Agência Brasil, a importância do dia 20 de fevereiro para conscientizar as pessoas sobre os malefícios do abuso de drogas e álcool, que tem crescido na pandemia também pela falta de interação entre as pessoas e pela falta de lazer. “As pessoas perderam seus empregos, os estudantes deixaram de estudar”, disse.

Janine Veiga avaliou que os maiores malefícios são provocados pelo aumento do consumo do álcool. “O alcoólico apresenta prejuízos nas esferas pessoal, social e profissional. Além disso, o alcoolismo traz duas graves consequências, que são a intoxicação alcoólica e a abstinência alcoólica”. Tanto uma como a outra situação são consideradas emergências e passam a trazer o prejuízo para a esfera física, explicou a médica. Como envolvem patologias clínicas, elas requerem hospitalização e podem, inclusive, levar à morte.

Conscientização

“Por isso é importante essa conscientização”. Na clínica de tratamento de dependentes químicos onde também trabalha, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, Janine Veiga informou que é realizado um trabalho multiprofissional, onde se aplica o Programa de 12 Passos, além de acompanhamento terapêutico e psicológico e atividade física. Segundo ela, o programa está fundamentado na recuperação do paciente em princípios espirituais, possibilitando a ele autoconhecimento, crença em um poder superior, confiança no outro, reformulação de hábitos saudáveis e, também, exercitar o perdão e a responsabilidade.

Também durante a pandemia foi percebido incremento do número de jovens consumindo álcool. De acordo com pesquisa canadense, o percentual subiu de 28,6% para 30,1%. A psiquiatra Janine Veiga chamou atenção para o fato de o álcool ser não ser considerado uma droga ilícita e ser de fácil obtenção, com baixo custo, muitas vezes.

Assim, muitos jovens, que ainda não têm essa conscientização da dependência, ficam presas fáceis do alcoolismo. “Algumas pessoas conseguem usar tanto álcool como drogas ocasionalmente, de forma recreativa, diferente daquelas que têm uma predisposição genética à dependência. Esses jovens, quando fazem uso, perdem o controle. É uma roleta russa”, disse ainda a psiquiatra. Janine indicou que o jovem que tiver predisposição à dependência não vai mais conseguir sair do círculo vicioso de uso, fissura, abstinência e retorno ao uso de droga ou álcool.

Campanha

O psicólogo Guilherme Campanhã, do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps AD) Jardim Ângela, destacou a importância de campanha de conscientização para a população sobre os malefícios dessas substâncias. “Uma campanha deste tipo chama a atenção para uma problemática recorrente, que nos acompanha todos os dias”, afirmou. O CAPS AD é gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo.

Segundo o psicólogo, dedicar um dia para falar sobre as drogas “possibilita repensar nossa relação com as substâncias psicoativas e promover maior consciência no papel que elas ocupam na vida de todos”. Avaliou que o aumento no consumo de álcool e drogas é motivado, em especial, por uma tentativa de enfrentar as incertezas e mudanças provocadas pela pandemia. Na capital paulista, os dependentes de drogas e alcoolismo podem ser atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

ABP

O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antonio Geraldo da Silva, disse à Agência Brasil que para conscientizar as pessoas dos malefícios do consumo de produtos como drogas e álcool, é preciso “trabalhar, efetivamente, com a promoção da saúde e a prevenção de doenças incansavelmente, em todas as mídias. Este trabalho deve ser realizado juntamente com o governo federal, através das secretarias envolvidas”.

Desde 2011, a ABP desenvolve campanha permanente contra o uso de álcool e drogas, intitulada “Craque que é craque não usa crack”. Antonio Geraldo da Silva disse que o álcool, embora seja considerado uma droga lícita, reúne no Brasil em torno de 25 milhões a 30 milhões de alcoólatras. “A campanha nossa trata da conscientização das pessoas durante 365 dias por ano. A gente não para de falar sobre isso”.

O titular da entidade admitiu que o tratamento de dependentes químicos requer a formação de uma rede de proteção que envolva a família. “O tratamento de dependentes químicos, em geral, requer a participação da família, requer a construção de uma rede de proteção. Para tanto, faz se necessário trabalhar tanto as questões médicas quanto as não médicas neste momento. Por isso, a importância de, inicialmente, construir um plano terapêutico com o envolvimento de toda estrutura médica e, após a alta, incluirmos todo o aparelho social que deve ser envolvido de forma direta para atender as pessoas que tratam de dependências químicas”.

Tabaco

A Fundação do Câncer aproveitou o dia dedicado ao combate às drogas e ao alcoolismo para reforçar os perigos de uma droga legalizada, que é o tabaco.“Ela é legalizada, mas causa dependência como diversas outras drogas ilícitas”, alertou o médico Luiz Augusto Maltoni, diretor-executivo da instituição. Encontrado facilmente em bancas de jornais, postos de gasolina e no comércio em geral, o cigarro contém nicotina e outras substâncias tóxicas. Maltoni reforçou que a nicotina causa dependência.

“É viciante. Isso precisa ser levado em conta. Nosso país passa, como todas as nações, por um momento no qual a vigilância epidemiológica está voltada para a covid-19. É crucial, porém, que aqueles que atuam em áreas estratégicas para o controle da epidemia do tabagismo sigam buscando medidas que evitem o aumento do consumo de tabaco, que, aliás, é fator de risco para a covid-19”, disse.

Para reduzir o consumo de cigarro, a Fundação do Câncer sugere algumas medidas, entre as quais o aumento de impostos sobre o produto, investir em campanhas, proibir propagandas em locais de venda e padronizar os maços de cigarro, de modo que fiquem menos chamativos para os consumidores.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano e mais de sete milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco. “O custo anual do tabagismo para sociedade brasileira é, em média, de R$ 57 bilhões. Enquanto isso, segundo informação mais recente do Observatório Nacional da Política de Controle do Tabaco, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a arrecadação fiscal total pela venda de produtos de tabaco e derivados alcançou, em 2015, o valor aproximado a R$ 13 bilhões”, disse Maltoni.

Edição: Aécio Amado


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Excesso de atividade física pode ser prejudicial, alerta médico

 


Orientação também é necessária para quem faz exercícios em casa

Publicado em 20/02/2021 - 17:25 Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Enquanto a vacina contra a covid-19 não chega para toda a população, quem continua firme no isolamento social tenta manter a forma com exercícios físicos em casa. Porém, o excesso ou desempenho inadequado podem ter efeito reverso e causar complicações em quem pratica. 

O alerta é do cirurgião vascular Calogero Presti, que explica que o controle na frequência dos exercícios é fundamental para evitar lesões de músculos, tendões e articulações - e até mesmo fraturas ósseas de estresse e tendinites.

“Exercício físico saudável, em geral, é aquele moderado, em dias alternados para a recuperação muscular, habitual e com frequência de três a quatro vezes por semana”, destaca o médico, que também é membro do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. 

O especialista pontua que antes de iniciar qualquer tipo de treinamento físico é aconselhável que o paciente com doença vascular se submeta a um exame clínico e cardiológico para detectar e avaliar possíveis comorbidades. Pois, caso seja necessário, o preparador físico, em conjunto com um médico, pode aconselhar o treinamento mais adequado para cada situação.

Doenças vasculares, como as varizes, pedem atenção especial durante a prática esportiva. No caso de pacientes com insuficiência venosa crônica, há dificuldade de retorno sanguíneo ao coração quando a pessoa se encontra parada, em pé ou sentada. 

“Os exercícios mais indicados nessa situação são aqueles que promovem a contração e alongamento dos músculos das pernas, em especial as caminhadas, exercícios em esteira ou com bicicleta. A natação e a hidroginástica são particularmente úteis, pois facilitam o retorno venoso pela atenuação da gravidade quando dentro d’água, além de fortalecerem e alongarem os músculos”, orienta Presti. 

Exercícios físicos intensos também podem causar rabdomiólise, ou seja, necrose muscular. Na maioria dos casos, ela ocorre quando o paciente inicia ou reinicia o treinamento físico sem a supervisão de um educador. “O exercício excessivo pode produzir edema das células musculares das extremidades e, como consequência, a necrose dos músculos em graus variáveis, o que ocasiona liberação da mioglobina (proteína muscular) no sangue”, informa.

Grandes quantidades de mioglobina no sistema circulatório podem causar depósitos nos túbulos renais, o que pode gerar insuficiência e mau funcionamento dos órgãos. Em casos extremos, hemodiálise, perda dos rins ou até mesmo o óbito são possíveis, explica o médico.

Exercícios em casa

Qualquer estímulo a atividades físicas de vida diária como jardinagem, limpar e arrumar a casa, lavar louça, arrumar armários, subir e descer escadas e dançar aumentam o gasto calórico, mantêm a atividade muscular, evitam a obesidade e diminuem a depressão durante o distanciamento social, aconselha o especialista.

“Os pacientes com doenças vasculares periféricas se beneficiam muito dos exercícios aeróbicos, sendo aconselhável caminhadas de 30 a 40 minutos 3 a 4 vezes por semana ao ar livre. O exercício aeróbico pode ser realizado na mesma frequência, com esteira ou bicicleta ergométrica em casa.”

Segundo o médico, para os que permanecem em home office é aconselhável interromper o tempo de permanência no computador, intercalando 15 minutos de atividade física a cada 30 minutos de trabalho, movimentando os braços, as pernas, respirando livremente, andando ou fazendo alongamento.

“Quanto aos exercícios recomendados por seu médico ou educador físico, não exagere na quantidade, intensidade e duração. A alta intensidade e o tempo de recuperação muscular e cardiovascular insuficientes podem ser prejudiciais ao sistema cardiovascular, à imunidade, provocar lesões musculares, articulares e tendinites”, completa o médico.

Outra orientação do especialista é manter-se bem hidratado durante os exercícios e evitar fazê-los em ambientes quentes e pouco ventilados. Em caso de desconforto durante o exercício, como cansaço excessivo, falta de ar, dor torácica e tonturas, interrompa os exercícios e procure orientação médica.

“A prática de exercícios físicos deve ser interrompida de imediato na presença de sintomas relacionados à covid-19 como febre, falta de ar, tosse seca e perda do olfato ou paladar”, destaca o médico.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira


Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

‘Vida perfeita’ em redes sociais pode afetar a saúde mental

 


Especialistas alertam sobre efeitos colaterais da felicidade exposta

Publicado em 20/02/2021 - 15:03 Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Em redes sociais, os chamados digital influencers, ou somente influencers, estão sempre felizes e pregam a felicidade como um estilo de vida. Essas pessoas espalham conteúdo para milhares de seguidores, principalmente no Instagram, rede de compartilhamento de fotos e vídeos, que permite aplicar filtros digitais nas fotos e compartilhá-los em outras redes sociais.

Os influencers ditam tendência e estão sempre mostrando um estilo de vida sonhado por muitos, como o corpo esbelto, viagens incríveis, casas deslumbrantes, carros novos e alegria em tempo integral. Algo bem improvável de ocorrer o tempo todo, aponta a psicóloga Carla Furtado, mestre em psicologia e fundadora do Instituto Feliciência. 

“A diferença entre a felicidade autêntica, legítima e real e a felicidade postada nas redes é abismal. Porque a felicidade, tal qual nós abordamos via psicologia positiva, é uma experiência intrínseca, interna, que pode, claro, ser manifestada, mas nada tem a ver com a ostentação de felicidade”, afirma a psicóloga.

A chamada psicologia positiva é o campo da psicologia que investiga a felicidade e os vários aspectos positivos da experiência humana.

A problemática pode surgir com a busca incessante por essa felicidade, que gera efeitos colaterais em quem consome diariamente a "vida perfeita" de outros. Daí vem o conceito de positividade tóxica: a expressão tem sido usada para abordar uma espécie de pressão pela adoção de um discurso positivo aliada a uma vida editada para as redes sociais, avalia a profissional.

O engenheiro mecânico Itamar Brandão Sangi, de 28 anos, disse que atualmente se sente atingido por essa positividade tóxica das redes. “Ao conversar com uma amiga sobre academia, ela me disse que eu nunca estou 100% satisfeito com o meu corpo, aí eu parei e pensei. Eu me considero uma pessoa com uma ‘cabeça boa’, mas mesmo assim fico um pouco insatisfeito por não ter um corpo parecido com aquele influencer”, reflete.

Carla Furtado explica que não é saudável tentar repetir o que se vê na rede. “Não é saudável repetir o que outra pessoa faz, seja uma celebridade ou uma pessoa da rede de convivências. Quando eu tento mimetizar [assumir a forma] o comportamento de outra pessoa, tornar o indivíduo o modelo que eu vou seguir, porque ele alcançou algo na vida que eu desejo alcançar, estou fazendo um caminho equivocado para me construir enquanto ser humano”, argumenta.

Formas de felicidade

A especialista explica que a felicidade tem alguns princípios similares para a humanidade, mas a forma de vivê-la é individual. “A gente tem quase oito bilhões de habitantes no planeta. A gente pode dizer que há quase oito bilhões de formas de se viver a felicidade, embora a gente tenha quase dois pilares em comum: uma vida com um pouco mais de emoções positivas do que negativas e a percepção de uma vida significativa e com propósitos.” 

Itamar conta que não é todo o tipo de post que gera nele essa positividade tóxica. “Em relação à infelicidade por não poder visitar aqueles lugares paradisíacos que aquele influencer está, eu nunca senti esse sentimento, graças a Deus. Mas conheço pessoas que se sentem assim e ficam deprimidas”, relatou o engenheiro mecânico, que passa cerca de 4 horas por dia nas redes. 

Ele conta que usa com mais frequência o Instagram, em seguida Facebook e o LinkedIn - redes em que acompanha vários influencers. “Acho impossível hoje em dia não ter uma pessoa que não acompanha algum influencer, independente do perfil ou da classe econômica.”

Uso racional

Para manter a saúde mental e evitar ser atingido pela positividade tóxica, o uso racional das redes sociais é o mais indicado, aconselha a médica psiquiatra Renata Nayara Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr).

“O uso racional é o uso equilibrado, em que a pessoa tem outras fontes de prazer, de passatempo, de trabalho, que a pessoa consiga conviver com a família, que consiga praticar uma atividade física, que não se influencie pela vida da outra pessoa. E aí tem também a questão do tempo; se consegue fazer todas as coisas e usa a rede social tem aí um equilíbrio de tempo e de atividades ao longo do dia. É o equilíbrio do tempo e das atividades fora das redes. Agora, quando a pessoa está muito restrita, que sente falta, sente abstinência de ficar sem o celular na mão, este já não é mais um uso racional”.

A psiquiatra destaca ainda que desejar ter uma vida melhor não é o problema, mas sim acreditar que a felicidade só será alcançada quando realizar todos os desejos. “O problema é quando a gente projeta que a felicidade só vai vir quando a gente tiver uma casa maravilhosa, quando viver só viajando, quando tiver aquele carro, quando tiver um  milhão de seguidores, por exemplo. Esse é o problema, desejar uma vida que é muito difícil ter e só depois que atingir todas essas metas que a gente vai ser feliz. Na verdade, a gente tem que ser feliz e seguir aos poucos melhorando.”

Transtornos mentais

Segundo Renata, as redes sociais podem oferecer gatilhos mentais para quem tem algum distúrbio ou transtornos psiquiátricos e agravar os sintomas. “A pessoa que já tem transtornos mentais são as mais vulneráveis, tem outros fatores de risco e a rede pode servir de gatilhos mentais para muitas coisas, por exemplo, nos transtornos alimentares, com comportamentos purgativos, de pacientes anoréxicos, ou bulímicos ”, alerta.

Ela exemplifica ainda com outros gatilhos. “Uma pessoa que está triste porque não conseguiu tal coisa e a outra pessoa está comemorando porque conseguiu, ou a pessoa que está triste e vê nas redes sociais só coisas boas; este também é um gatilho de um paciente deprimido ou ansioso”, complementou.

Influencers também sofrem

Quem está do outro lado também sofre, aponta a psiquiatra. “Os influenciadores sofrem de uma competição constante, ficam o tempo inteiro olhando quantas curtidas tiveram, quantos seguidores ganharam ou perderam. Às vezes, [o influenciador] não quer falar sobre um assunto e acaba tendo que falar porque os seguidores estão perguntando, então causa muita ansiedade, tristeza, medo de perder alguma coisa”, disse Renata.

A exposição também gera baixa autoestima, destaca a psiquiatra. “Posta uma foto que acha que está maravilhosa, uma foto cheia de retoques e filtros e sempre outra pessoa vai encontrar algum defeito, vai criticar. Aí gera o cyberbullying e a pessoa sofre, perde o sono e altera hábitos de alimentação na busca incessante por uma coisa que não é real. A vida do influenciador também não é fácil.”

A psicóloga Carla explica que a positividade tóxica afeta seguidores e influenciadores. “Todos nós perdemos: quem vai buscar replicar um comportamento e quem é alvo de uma clonagem simbólica de identidade também pode enfrentar muito sofrimento”, completa.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira


Por Ludmilla Souza - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Estados e municípios criam páginas com dados diários da vacinação

 


Vacinômetros estaduais podem ser acompanhados em tempo real

Publicado em 20/02/2021 - 07:16 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A vacinação contra a covid-19 teve início há pouco mais de um mês e para auxiliar no acompanhamento do número de pessoas vacinadas, os governos estaduais e municipais passaram a divulgar um “vacinômetro”.

A página é uma espécie de banco de dados que registra, entre outras informações a quantidade de quem já tomou algum tipo de imunizante contra a doença, locais de vacinação e os grupos que estão sendo vacinados.Também é possível obter as informações por município.

O Ministério da Saúde disponibiliza também uma ferramenta com informações sobre o registro das doses aplicadas da vacina. Os dados sobre as coberturas vacinais podem ser acessados por meio de um painel on-line, no LocalizaSUS (https://localizasus.saude.gov.br/).

O cidadão pode acompanhar, pela internet, o panorama de aplicação das vacinas por estado e nas capitais. Em alguns casos, entretanto, as informações não estão atualizadas.

Acre (AC) - Na página é possível ter acesso ao boletim do governo com dados sobre a campanha de vacinação.

Rio Branco - Na página é possível ter acesso ao boletim da prefeitura com dados sobre a campanha de vacinação.

Alagoas (AL) - Veja a página.

Maceió – A prefeitura não disponibiliza um vacinômetro.

Amapá (AP) – Veja a página.

Macapá – Veja a página.

Amazonas (AM) – O estado disponibiliza as informações sobre a vacinação na página.

Manaus – A prefeitura criou um vacinômetro para divulgar o número de pessoas vacinadas.

Bahia (BA) – No estado, é possível acompanhar as informações sobre a vacinação na página.

Salvador – A capital também tem um portal onde é possível acompanhar a quantidade de pessoas vacinadas.

Ceará (CE) – O vacinômetro está disponível na página.

Fortaleza – Na capital, o vacinômetro pode ser acessado aqui.

Distrito Federal (DF) – O vacinômetro do DF está disponível na página.

Espírito Santo (ES) – O vacinômetro está disponível na página.

Vitória – Veja aqui as informações.

Goiás (GO) – Na página é possível obter informações sobre a vacinação o estado.

Goiânia – a capital não dispõe de uma página com dados sobre vacinação.

Maranhão (MA) – O vacinômetro está disponível na página.

São Luís – Na página é possível acessar os dados sobre a vacinação na capital.

Mato Grosso (MT) – O estado não possui um vacinômetro com informações sobre as doses já aplicadas.

Cuiabá – Acompanhe os dados.

Mato Grosso do Sul (MS) – O vacinômetro pode ser acessado pela página.

Campo Grande – A prefeitura não dispõe de uma página com informações sobre a vacinação.

Minas Gerais (MG) – O vacinômetro está disponível na página.

Belo Horizonte - Veja os dados.

Pará (PA) – O vacinômetro pode ser acessado na página.

Belém – A prefeitura não dispõe de uma página com informações sobre a vacinação.

Paraíba (PB) – O vacinômetro pode ser acessado aqui.

João Pessoa – Acompanhe pelo site.

Paraná (PR) – O estado não disponibiliza um vacinômetro para acompanhar a evolução da vacinação.

Curitiba – A prefeitura não possui uma página com dados sobre a vacinação contra a covid-19.

Pernambuco (PE) – O governo do estado não disponibiliza um vacinômetro para acompanhar a evolução da vacinação.

Recife – Acompanhe os dados aqui.

Piauí (PI) – O vacinômetro pode ser acessado aqui.

Teresina - A prefeitura disponibiliza página com dados sobre a vacinação.

Rio de Janeiro (RJ) – O vacinômetro pode ser acessado aqui.

Rio de Janeiro – Acompanhe os dados aqui.

Rio Grande do Norte (RN) – O estado possui uma página, a RN + Vacina. A página também é uma espécie de cartão de vacinas virtual, onde é possível monitorar as doses aplicadas.

Natal – Veja aqui a informação.

Rio Grande do Sul (RS) – O vacinômetro está disponível aqui.

Porto Alegre – o vacinômetro pode ser acessado aqui.

Rondônia (RO) – O vacinômetro está disponível nesta página.

Porto Velho – O vacinômetro do município registra apenas as vacinas aplicadas nos profissionais de saúde.

Roraima (RR) – O vacinômetro com informações sobre a aplicação das doses do imunizante pode ser acessado aqui.

Santa Catarina (SC) – O portal traz informações sobre a vacinação no Estado.

Florianópolis –  Confira aqui o vacinômetro.

São Paulo (SP) – O governo do estado tem um vacinômetro que pode ser acessado aqui.

São Paulo – a capital não dispõe de um vacinômetro, mas tem uma página onde é possível realizar o agendamento para receber o imunizante.

Sergipe (SE) – O dados sobre vacinação no estado podem ser obtidos acessando a página.

Aracaju – o município não possui um vacinômetro.

Tocantins (TO) - No estado, os dados sobre vacinação podem ser acessados aqui.

Palmas – O município não possui um vacinômetro.

Edição: Aécio Amado


Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Em discurso, Bolsonaro cita possibilidade de novas trocas de comando

 


Presidente afirmou que deve trocar "peças que não estão dando certo"

Publicado em 20/02/2021 - 13:45 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, indicou hoje (20) que deve realizar novas mudanças em cargos do governo. Ao participar da cerimônia de formatura de alunos da Escola Preparatória de Cadetes (EspCEx), em Campinas (SP), Bolsonaro disse que precisa "trocar as peças que por ventura não estejam dando certo."

Em discurso, o presidente afirmou que há possibilidade de mais trocas na semana que vem, mas sem detalhes.

A declaração do presidente foi feita um dia após ele anunciar a troca no comando da Petrobras. Na noite desta sexta-feira (19), em postagem nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou uma nota oficial do Ministério das Minas e Energia (MME) que informava a indicação do general Joaquim Silva e Luna para o cargo de presidente da empresa. Silva e Luna vai substituir Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo, em janeiro de 2019.

Para ocupar a vaga deixada por Silva e Luna, que ocupava o cargo de diretor-geral brasileiro da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, Bolsonaro indicou o general de reserva do Exército João Francisco Ferreira. O anúncio foi feito por meio das redes sociais do presidente, com uma nota do Ministério de Minas e Energia.

A mudança na Petrobras ocorre em meio a recentes aumentos no preço dos combustíveis e um dia depois do governo anunciar que vai zerar os impostos federais que incidem sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) – o gás de cozinha – e o óleo diesel.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira


Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Projeto Skate Escola estimula estudantes da rede pública para o esporte

 


A iniciativa será implementada, inicialmente, em unidades da Estrutural, do Itapoã e da Asa Sul

Convênio firmado entre a Secretaria de Educação e a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania vai estimular a prática do skate nas escolas públicas, a partir deste ano. O projeto Skate Escola, inicialmente, vai beneficiar estudantes de três unidades: Centro Educacional (CED) 01 da Estrutural; Centro de Ensino Fundamental (CEF) Dra. Zilda Arns, no Itapoã, que já possuem pistas de skate para a prática da modalidade, e Centro de Ensino Médio (CEM) Elefante Branco, na Asa Sul, no qual as aulas serão no Centro Integrado de Educação Física (CIEF), que fica ao lado.

“Há um déficit referente às propostas de atividades de aventura, atreladas à educação e a ausência de métodos de ensino nessas modalidades. A democratização do skate, com ferramentas adequadas, pode colaborar na prática esportiva nas escolas e também ajudar na aprendizagem dos estudantes, além de possibilitar a redução das taxas de abandono e aumento do rendimento escolar”, afirma o secretário de Educação, Leandro Cruz.

Serão quatro turmas por trimestre com o número máximo de 15 estudantes cada, divididos por faixa etária

Serão quatro turmas por trimestre com o número máximo de 15 estudantes cada, divididos por faixa etária. Eles receberão todo o material, como equipamento de proteção e skate. Cada núcleo será formado por um professor de educação física, um instrutor de skate e um coordenador técnico, que farão a supervisão das aulas.

O valor a ser investido pelo Ministério da Cidadania é de aproximadamente R$ 459 mil, além de R$ 9 mil, como contrapartida da Secretaria de Educação. Com os recursos, serão contratados instrutores e realizada a aquisição de materiais e serviços necessários.

Esporte Olímpico

A parceria celebrada pela Secretaria de Educação tem 16 meses de vigência. Os quatro meses iniciais são destinados à implementação do projeto e os demais à prática das atividades. A pasta já adotou providências para a estruturação do projeto, como mobilização da rede, cronogramas de trabalho, definições pedagógicas de acompanhamento, entre outras.

Durante as Olimpíadas de Tóquio, a prática do skate será pela primeira vez uma das modalidades olímpicas. Tal reconhecimento tem sido um dos fatores de comemoração da nova geração skatista.

*Com informações da Secretaria de Educação

AGÊNCIA BRASÍLIA

Novas viaturas para o serviço de inteligência da Polícia Militar

 


GDF investe R$ 3,2 milhões na renovação de diversos modelos da frota, garantindo mais segurança no patrulhamento

Frota vem sendo renovada desde 2019, com altos investimentos do GDF | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Uma função importante de qualquer política de segurança pública é prover de equipamentos modernos e atualizados as forças policiais. Desde o começo de 2019, o Governo do Distrito Federal investe em torno de R$ 3,2 milhões na aquisição de novas viaturas para a Polícia Militar do DF (PMDF), como motocicletas, carros, caminhões e embarcações aquáticas.

R$ 3,2 milhõesjá foram investidos pelo GDF, desde 2019, em novos veículos para a frota da PMDF

Para o começo deste ano, o GDF já finalizou o registro de preços e autorizou a compra de 44 viaturas de apoio operacional destinadas a serviços específicos de inteligência. A PMDF também incorporou à sua frota 442 novas motos – entre modelos 250cc, 800cc e 850cc –, 40 vans, 13 ônibus, 226 utilitários e 181 carros modelo hatch urbano.

“A morbidade do trato musculoesquelético é uma das principais causas de afastamento dos policiais, e a qualidade das viaturas pode atenuar essas manifestações”Major Borges, chefe em exercício da Comunicação da PMDF

As novas viaturas reúnem equipamentos mais confortáveis e espaçosos para o trabalho durante os patrulhamentos, gerando menos desgaste físico dos policiais. “A morbidade do trato musculoesquelético é uma das principais causas de afastamento dos policiais por licenças médicas, principalmente problemas na coluna e joelho, e a qualidade das viaturas pode atenuar essas manifestações”, explica o chefe da Comunicação em exercício da PMDF, major Borges.

Além do cuidado físico, as novas viaturas também trazem outras vantagens estratégicas para a corporação, como economia nos reparos mecânicos, e também mais segurança para seus ocupantes. Todas são equipadas com itens de segurança, como airbags e outros componentes que oferecem proteção a mais aos policiais.

“A modernização da frota torna o atendimento das forças de segurança cada vez mais rápido e eficiente, diminuindo a incidência de crimes”Anderson Torres, secretário de Segurança Pública

“A modernização da frota torna o atendimento das forças de segurança cada vez mais rápido e eficiente, diminuindo a incidência de crimes, aumentando a sensação de segurança da população”, destaca o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. “Ter um profissional treinado, motivado e bem-equipado vai impactar diretamente o tempo de resposta e na qualidade do atendimento à população.”


AGÊNCIA BRASÍLIA

Novos espaços para três escolas do Recanto das Emas

 


Obras geraram 140 empregos e contemplaram a construção de quadras poliesportivas cobertas e estacionamentos, melhorando a vida de 4 mil alunos

 

Obra da quadra poliesportiva do CEM 111, iniciada em dezembro, deverá ser concluída em março | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) segue investindo pesado em melhorias nas escolas da rede pública. No Recanto das Emas, três unidades estão recebendo investimentos na ordem de RS 1,08 milhão. Obras que rendem a criação de 140 empregos e benefícios para a comunidade escolar, que tem cerca de 4 mil estudantes.

R$ 1,08 milhãoTotal investido pelo GDF nas benfeitorias das escolas do Recanto das Emas

Parte dos recursos vem do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF), que atende escolas e coordenações regionais de ensino, em caráter complementar e suplementar. As obras são bancadas também por meio de emendas parlamentares dos deputados distritais Reginaldo Veras, Cláudio Abrantes e Martins Machado e da deputada distrital Júlia Lucy.

Amplo estacionamento na CED104 foi comemorado por professores e servidores | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Oito anos de luta

No Centro Educacional (CED) 104 do Recanto das Emas, a conclusão de um estacionamento com capacidade para cerca de 60 carros foi comemorada por professores e servidores administrativos da unidade. Outra escola que agora possui um novo estacionamento é o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 106, cuja estrutura possui espaço para receber em torno de 20 carros. 

Era um pedido dos professores por conta da situação em que o antigo terreno ficava, principalmente quando chovia, pois tinha muita terra, brita e matoEluídes Agapito, diretor do Centro de Ensino Fundamental 106

Conclusão em março

 Já o Centro de Ensino Médio (CEM) 111, que em dezembro se preparava para receber os materiais necessários para a construção da cobertura das duas quadras poliesportivas, agora já exibe cerca de 70% da obra concluída. 

A estrutura feita 100% de aço está sendo montada a toque de caixa. A Coordenação Regional de Ensino do Recanto das Emas espera concluir os trabalhos até a primeira semana de março.

 O CED 104, o CEF 106 e o CEM 111 possuem, somados, mais de 4 mil estudantes matriculados (1.320, 1.060 e 1.800, respectivamente). Ao todo, as escolas do Recanto das Emas possuem cerca de 30 mil alunos matriculados e a região administrativa contará em breve com 30 colégios, depois do anúncio da nova Escola Classe na Quadra 304.

 AGÊNCIA BRASÍLIA