sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Mecanização na colheita da cana-de-açúcar provoca redução das emissões de gases de efeito estufa

 AGROPECUÁRIA


Nas últimas três décadas, houve queda de 72,8% nas emissões
Publicado em 18/02/2021 15h48
Mecanização na colheita da cana-de-açúcar provoca redução das emissões de gases de efeito estufa

Segundo dados da FAO de 2019, o Brasil é o maior produtor global de cana-de-açúcar. - Foto: Banco de imagens

Amudança no processo de colheita da cana-de-açúcar ocorrida no Brasil nas últimas três décadas foi a principal responsável pela redução de 72,8% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) de 2016, em relação à 2010. Os dados constam do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de GEE, um dos componentes da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O documento, cuja elaboração é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foi submetido à UNFCCC em 31 de dezembro de 2020.

Anteriormente, após a colheita manual da cana-de-açúcar, as áreas de cultivo eram queimadas. Esse processo mudou com a adoção da mecanização, que também permitiu aproveitar o palhiço, que são palhas, folhas verdes etc., como proteção natural do solo e adubo, indicando uma modificação no manejo da cultura e adoção de práticas mais conservacionistas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) de 2019, o Brasil é o maior produtor global de cana-de-açúcar, representando cerca de 40% do volume mundial de colmos (tipo de caule) colhidos em 2018. A maior região produtora é o Sudeste, majoritariamente o estado de São Paulo, na qual está aproximadamente 68% de toda a área canavieira nacional, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019. Na região também estão localizadas 198 das 361 unidades agroindustriais que processam a cultura.

A cana-de-açúcar e o algodão são as duas culturas avaliadas no subsetor Queima de Resíduos Agrícolas. O processo de pós-colheita do algodão no Brasil parou de utilizar a queima em 1994. Dessa forma, as emissões atuais são apenas provenientes da cana-de-açúcar, que contribuem com um percentual de 0,1% do total de emissões de CO2 equivalente do setor Agropecuária. Ainda assim, a redução nas emissões provenientes de queima de resíduos agrícolas é importante para o segmento sucroenergético, e indica avanços do setor.

Acesse a publicação “Dinâmica do cultivo de cana-de-açúcar no Brasil – 1990 a 2018”

Acesse a Quarta Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC

Acesse as edições anteriores da Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC

 

Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações


Governo Federal 

PF combate tráfico internacional de armas

 OPERAÇÃO


Ação mira o comércio de armas e munições de procedência estrangeira para abastecer comunidades indígenas no extremo norte do estado do Amapá
Publicado em 18/02/2021 15h21
PF combate tráfico internacional de armas

Aproximadamente 12 policiais federais participaram da ação no município de Oiapoque, no Amapá. - Foto: PF

APolícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), no município de Oiapoque, no extremo norte do estado do Amapá, a Operação Senhor das Armas. O objetivo é reprimir o tráfico internacional de armas e munições naquela cidade, que está na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa, por onde entram objetos ilícitos.

Aproximadamente 12 policiais federais participaram da ação, dando cumprimento a três mandados de busca e apreensão, em empresas e residências.

As investigações que deram origem à operação foram iniciadas após uma prisão em flagrante feita pela Polícia Federal em Oiapoque, que, na ocasião, surpreendeu um homem com armas, munições e outros itens armamentícios de origem estrangeira.

Em seguida, os trabalhos policiais avançaram e indicaram fortes indícios de comércio de armas e munições de procedência estrangeira para abastecer comunidades indígenas na região, além das cidades de Oiapoque e Macapá.

Durante a deflagração da operação, um homem de 56 anos foi preso em flagrante por porte e posse ilegal de arma de fogo. Ele tinha consigo armas, munições de origem estrangeira e acessórios proibidos, que foram apreendidos pela PF.

Os envolvidos, uma vez condenados, poderão cumprir até 16 anos de reclusão.

 


Com informações da Polícia Federal

Acordo integra Disque 100 a cadastro de crianças e adolescentes desaparecidos

 DIREITOS HUMANOS


Além disso, aplicativo e site para registro e busca de desaparecidos estão em desenvolvimento
Publicado em 18/02/2021 15h00
Acordo integra Disque 100 a cadastro de crianças e adolescentes desaparecidos

As famílias poderão utilizar a ferramenta para denunciar o desaparecimento de crianças e adolescentes em todo o país. - Foto: Banco de imagens

Acordo estabeleceu o fluxo de informações dentro do Governo Federal para agilizar e modernizar a busca por crianças e adolescentes desaparecidos no Brasil. A medida, firmada entre os ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), integra os registros de denúncias no Disque 100 com o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.

Para a ministra Damares Alves, titular do MMFDH, a medida mostra a transversalidade com que o Governo Federal lida com o tema de direitos humanos. “Essa é uma questão muito importante, pois quando uma criança desaparece, toda a estrutura familiar é abalada. Nós vamos trabalhar em conjunto, desenvolvendo tecnologias, para que isso não aconteça mais no Brasil. Mais adiante atenderemos ainda os demais grupos sociais”, afirmou.

Com a parceria, os ministérios integrarão as bases de dados para iniciarem a política de registro e localização de crianças e adolescentes desaparecidos.

O MMFDH ficará responsável pelo compartilhamento das denúncias recepcionadas pelo canal e pela distribuição das informações aos demais órgãos de segurança pública vinculados à execução da política de desaparecidos.

Aplicativo e site

Aplicativo e site para registro e busca de crianças e adolescentes desaparecidos estão em desenvolvimento pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que integra a estrutura do MMFDH e coordena o Disque 100. “Essa é mais uma ferramenta que a Ouvidoria vai implementar em conjunto com toda a rede de segurança pública, sob a coordenação do MJSP”, ressaltou o ouvidor nacional de direitos humanos, Fernando Ferreira.

As famílias poderão utilizar a ferramenta para denunciar o desaparecimento de crianças e adolescentes em todo o país e fornecer informações sobre o caso.

Já os agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Ferroviária Federal, das polícias civis e militares e dos corpos de bombeiros militares poderão utilizar a ferramenta para iniciar as buscas de forma imediata, dispondo de alertas georreferenciados do local em que a vítima foi vista por último e uso de ferramenta de reconhecimento facial para auxiliar na identificação da pessoa desaparecida.

 


Com informações do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

Bicicletas terão imposto de importação reduzido a partir de março

 

TRIBUTOS


A redução da alíquota será feita em etapas e chegará a 20% em dezembro
Publicado em 18/02/2021 14h24
Bicicletas terão imposto de importação reduzido a partir de março

Levantamento mostra que, em 2020, houve um aumento médio de 50% nas vendas de bicicletas - Foto: Banco de imagens

Comprar uma bicicleta deve ficar mais barato, pois o imposto de importação foi reduzido. A alíquota baixará de forma gradual, passando dos atuais 35% para 20% até o fim deste ano. A medida foi tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, e está detalhada em resolução publicada na edição desta quinta-feira (18) do Diário Oficial da União (DOU).

A alíquota do imposto passará de 35% para 30% em março, para 25% em julho e para 20% em dezembro.

Venda de bicicletas cresceu em 2020

Um levantamento feito pela Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, a Aliança Bikes, com lojistas, fabricantes e montadores mostra que, em 2020, houve um aumento médio de 50% nas vendas de bicicletas na comparação com 2019. De acordo com a pesquisa, o pico das vendas ocorreu no mês de julho.

Flagrado com dinheiro na cueca, senador Chico Rodrigues volta ao mandato e envia carta a colegas

POLÍTICA

Parlamentar diz em documento que, ao esconder dinheiro, agiu dominado por medo e pânico: 'Fiquei mesmo em dúvida se se tratava de uma operação policial ou de ação de uma quadrilha'.


                                                   Senador Chico Rodrigues em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) retornou às atividades parlamentares nesta quinta-feira (18), após uma licença de 121 dias para tratar de assuntos particulares. O parlamentar foi flagrado pela Polícia Federal, em outubro, tentando esconder R$ 33 mil na cueca durante operação.

Em um post em rede social, nesta quinta, o senador disse ter encaminhado uma carta aos colegas com explicações sobre o ocorrido. No documento, Rodrigues nega irregularidades e diz que agiu dominado "pelo pânico e pelo medo".

"Confesso que, num dado momento, em meio ao transtorno, fiquei mesmo em dúvida se se tratava de uma operação policial ou de ação de uma quadrilha especializada. Estava dominado pelo pânico e pelo medo. Por aquele momento de desespero, quero pedir desculpas a todos se não consegui manter o comportamento de equilíbrio mais adequado. Poderia ter tido uma reação psicológica melhor? Certamente", diz o parlamentar na carta.

O prazo de afastamento terminou nesta quinta e o nome de Chico Rodrigues já aparece no site do Senado na lista dos parlamentares em exercício. Apesar de a licença ter superado os 120 dias, o suplente de Rodrigues no cargo – Pedro Arthur Ferreira Rodrigues, filho do parlamentar – não chegou a assumir o mandato.


FONTE: G1

Projeto levará vôlei para praças públicas

 ESPORTE


Com repasse de mais de R$ 790 mil do Governo Federal, iniciativa será implementada nos municípios de Passos, Ipatinga e Uberlândia, em Minas Gerais
Publicado em 18/02/2021 14h13 Atualizado em 18/02/2021 14h22
Projeto levará vôlei para praças públicas

A meta é atingir em torno de 220 crianças e 80 adultos e idosos em cada uma das cidades - Foto: Poliana Serra/FMVolei

Aproveitar ambientes externos para promover saúde e socialização por meio do esporte, de forma gratuita, é o intuito do Vôlei na Praça, projeto aprovado para receber recursos do Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), do Ministério da Cidadania.

"Acreditamos que projetos como o Vôlei na Praça têm potencial de chegar a públicos de diferentes contextos e faixas etárias, o que incentiva a prática esportiva e resulta em qualidade de vida", comenta a secretária da Snelis, Fabíola Molina

Com vigência de um ano, foi autorizado repasse no valor de R$ 793,6 mil, para promoção da iniciativa em três municípios mineiros: Passos, Ipatinga e Uberlândia. A meta é atingir em torno de 220 crianças e 80 adultos e idosos em cada uma das cidades.

"Em 2019, realizamos esse evento com os clubes, por iniciativa própria, em Belo Horizonte. Dali surgiu o desejo de fazermos algo mais estruturado, então procuramos a Snelis", conta o presidente da Federação Mineira de Vôlei, Tomás Mendes. "Já estamos com três municípios aprovados em Minas Gerais e já temos o pedido para dar sequência ao projeto em outras cidades", acrescenta.

Segundo o dirigente, a ideia de levar o vôlei para praças públicas é remeter o esporte a uma atividade mais lúdica. "Vamos montar uma estrutura com quadra principal e outras no entorno, piso e materiais oficiais e, ali, motivar a criançada, o público acima dos 40 anos e também idosos, para que disputem competições festivas. Todo mundo vai ganhar medalha e camisa", adianta.

A programação prevê o cumprimento dos protocolos do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para a segurança dos participantes contra a Covid-19, como medição de temperatura, limpeza dos calçados e uso de máscara até o início da partida.

"Um dos objetivos da Snelis é apoiar a realização de competições escolares e de participação, no exercício de uma cidadania ativa. Acreditamos que projetos como o Vôlei na Praça têm potencial de chegar a públicos de diferentes contextos e faixas etárias, o que incentiva a prática esportiva e resulta em qualidade de vida", comenta a secretária da Snelis, Fabíola Molina.

 

Com informações do Ministério da Cidadania

Inscrições abertas para o Vestibular Indígena da UFSCar

 ENSINO SUPERIOR


O prazo vai até o dia 8 de março
Publicado em 18/02/2021 12h32

AUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar) publicou o edital de seleção de estudantes indígenas para ingresso em 2021 nos cursos presenciais de graduação da instituição.

Na 14ª edição consecutiva, o Vestibular Indígena da UFSCar ocorrerá no dia 23 de maio, com provas aplicadas em quatro cidades: Manaus (AM), Recife (PE), São Gabriel da Cachoeira (AM) e São Paulo (SP).

O prazo para inscrições é até o dia 8 de março por meio de formulário eletrônico.

Ao todo, foram abertas 65 vagas, sendo uma para cada curso de graduação, distribuídas entre os campi da instituição no estado de São Paulo: Araras, Buri (Lagoa do Sino), São Carlos e Sorocaba.

Ainda poderá ser acrescida mais uma única vaga por opção de curso, a partir daquelas que não forem preenchidas ao término da seleção específica feita pela UFSCar para ingresso de pessoas refugiadas.

Detalhes sobre os prazos de inscrição, documentação e a relação de cursos ofertados pela UFSCar podem ser consultados no edital.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail ingresso@ufscar.br ou na seção Fale Conosco do site da Coordenadoria de Ingresso na Graduação (CIG), da UFSCar.

Acesse todas as informações sobre o Vestibular Indígena da UFSCar

Com informações da Funai

Vice-governador Wanderlei Barbosa participa de reunião com governadores e ministro da Saúde

 


17/02/2021 - Jarbas Coutinho/Governo do Tocantins

O vice-governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou na tarde desta quarta-feira, 17, de uma reunião por videoconferência entre os governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O objetivo foi discutir um cronograma de vacinação, diante da preocupação com o avanço da incidência da Covid-19 e o colapso da rede de saúde em vários Estados. Os governadores também cobraram o pagamento imediato dos leitos clínicos e de UTIs habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A principal demanda apresentada pelo governador do Piauí, Wellington Dias, que organizou a reunião virtual, foi a apresentação de um cronograma de entrega de vacinas mês a mês, para que os Estados possam planejar e evitar a paralisação da vacinação ou a falta da segunda dose na data estipulada. A iniciativa visa evitar a ineficácia do imunizante.

Durante a reunião, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que 230,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 serão entregues até 31 de julho e apresentou cronograma de entrega, quantidade de doses e contratos para aquisição de mais imunizantes. O ministro sustentou que as próximas entregas vão acontecer ainda em fevereiro e que está em negociação para aquisição da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo Gamaleya, e da indiana Covaxin.

Entregas          

O ministro informou que serão entregues ainda este mês 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, importadas da Índia; 9,3 milhões de doses da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil. Conforme o Ministro, em março, são aguardadas 18 milhões de doses do Instituto Butantan e outras 16,9 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca.

Quanto ao pagamento imediato dos leitos de UTI e Clínicos utilizados em cada Estado/município conforme Plano Nacional, o ministro garantiu que vão continuar sendo pagos e se for necessário, novos leitos serão habilitados para garantir o tratamento dos brasileiros.

Atualmente, o Tocantins conta com 251 leitos clínicos Covid, dos quais 75 estão ocupados, 143 UTIs Covid, sendo que 93 estão com pacientes. O vice-governador Wanderlei Barbosa disse que é uma preocupação de todos os gestores estaduais com relação às UTIs, diante da crescente crise e que o Tocantins está mantendo regularidade nos leitos de UTI, sem ultrapassar 60% de ocupação, mas o importante é essa parceria com o Governo Federal. “É muito importante essa proposta do ministro Pazuello, de fortalecer essa questão das UTIs. Essa é nossa preocupação, termos leitos disponíveis para as emergências das pessoas que procuram a nossa rede de saúde. Diante disso, avaliamos essa reunião como bastante produtiva, pois o Ministro se colocou à disposição de todos para as parcerias, que são importantes para a saúde pública de todo o País”, frisou, citando ainda a garantia do pagamento e a manutenção dos leitos habilitados.

Wellington Dias e os demais participantes falaram em união e em prioridade a laboratórios nacionais.

Além do vice-governador Wanderlei Barbosa, acompanharam a reunião o secretário de Estado da Saúde, Edgar Tollini, e o chefe de Gabinete do Governador, Sebastião Albuquerque.

 

Edição: Alba Cobo

Revisão Textual: Marynne Juliate


Governo do Tocantins

Governo do Tocantins promove encontro com produtores de leite e representantes de indústrias de laticínio

 


18/02/2021 - Leide Theophilo/Governo do Tocantins

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), ciente de um problema de conjuntura nacional com relação ao preço do leite, promoveu um encontro com representantes de laticínios e de produtores da cadeia leiteira. A reunião ocorreu nessa quarta-feira, 17, na sede da Seagro.

A convite do secretário da Seagro, Jaime Café, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Cesar Halum, participou da reunião e explanou sobre as discussões que tramitam na esfera federal e têm comprometido o preço do leite em todo o país. “O que está ocorrendo é chamado de Tempestade Perfeita para o setor do leite. Houve uma diminuição do consumo, houve o aumento da produção e a importação de leite de países do Mercosul como a Argentina e Uruguai. Não obstante, também houve o aumento dos preços dos insumos básicos, como por exemplo o milho e a soja, que compõem a ração do gado leiteiro. É preciso achar um ponto de equilíbrio e o Mapa não pode interferir nas relações comerciais de importação e exportação, mas diante dessa Tempestade estamos trabalhando para que não haja concorrência desleal e que produtos vendidos dentro do Brasil não prejudiquem quem produz, quem comercializa e quem consome”, pontuou Cesar Halum.

Conforme o presidente da Câmara Setorial do Leite, Marco Antônio Pitondo, o prejuízo já é considerável para o produtor do Tocantins. “Estamos passando por um momento muito difícil, tanto para o produtor quanto para a indústria. É na verdade uma situação catastrófica. E todas as ações que vamos tomar, daqui para frente, com certeza vão impactar bastante na cadeia produtiva do leite. Ouvimos tanto as informações do Governo do Tocantins quanto sobre o que está ocorrendo nacionalmente e, mesmo diante de tal cenário, nossa esperança foi renovada nessa reunião. A presença de várias instituições apresentando possíveis soluções já nos fizeram vislumbrar um futuro com resultados mais favoráveis”, declarou o presidente.

José Emerson Cavalcante Gomes é um pequeno produtor de leite no município de Barrolândia e, depois de participar das discussões, considerou que é possível uma retomada da cadeia produtiva do leite. “Queremos uma melhoria para o pequeno produtor. Nós sabemos que, hoje, o custo de produção de leite em uma propriedade com o encarecimento dos insumos agropecuários, o custo de energia elétrica, a falta de informação e de assistência técnica qualificada, gerou esse conflito. O produtor tem a esperança de melhorar e ser bem remunerado, pois o leite é uma questão social tanto no Estado do Tocantins como em todo o país, nossa dificuldade diante do que nos foi apresentado pode nortear em busca de soluções”, pontuou o produtor.

Segundo o gestor da Seagro, Jaime Café, é de interesse do governador Mauro Carlesse que haja um acordo entre os produtores e os laticínios. “Ao intermediar esse encontro, nós ouvimos as demandas dos produtores e da indústria. Dessa forma, é possível, por meio de um esforço de instituições públicas e privadas, reforçar o setor sem que haja prejuízos para ambas as partes”, ponderou Jaime Café. O gestor também colocou o corpo técnico da secretaria à disposição para orientar e verificar onde é necessário fazer um programa de gestão, custo de produção com a finalidade de proporcionar, aos criadores de gado leiteiro, preço justo na hora de vender para o mercado. “Organizar e fortalecer a cadeia produtiva do leite irá agregar todos os interesses dos produtores e da indústria”, concluiu Jaime Café.

 

Edição: Thâmara Cruvinel

Revisão Textual: Marynne Juliate


Governo do Tocantins