domingo, 14 de fevereiro de 2021

Doido, que nada! "Do povo" e família, Lisca abre o jogo sobre carreira após ano de sucesso no América-MG

 

Por Redação do ge — de Belo Horizonte

 


Lisca fala sobre futuro, e apresenta a família em churrasco
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Lisca fala sobre futuro, e apresenta a família em churrasco

Há vários anos, Lisca carrega o estigma de “doido” na carreira. Em alguns clubes, inclusive, as músicas da arquibancada carregavam essa característica atrelada ao seu nome. Mas em campo – e até mesmo fora dele –, o treinador mostra que de doido não tem nada.

Resultados dentro das quatro linhas e ótimas entrevistas, sobre futebol e outros vários assuntos, marcam a passagem de sucesso dele pelo América-MG (confira no vídeo acima).

Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, dono de um dos melhores trabalhos do futebol brasileiro na temporada 2020, abriu sua casa, em Belo Horizonte, para conversar com a reportagem do Esporte Espetacular. Falou sobre a família, o estigma de “doido” e contou diversas histórias da já longa carreira, apesar de ter apenas 48 anos.

Durante boa parte deste primeiro ano no América – foi contratado em janeiro do ano passado –, Lisca morou longe da esposa e das filhas, que recentemente se mudaram para Belo Horizonte. Família apresentada a ele pelo futebol. O treinador conheceu a esposa Dani quando trabalhava no Internacional e relembra a história com o costumeiro bom humor.

- A Dani eu conheci dentro do Inter, né? Ele era dona dos bares no Beira-Rio, onde eu ficava dando treino e gritando.

"Ela diz que não, mas eu já chamava atenção dela, né? Eu costumo dizer que o Inter me deu até minha família. Minha esposa e as duas filhas"

Lisca, técnico do América-MG, em entrevista ao Esporte Espetacular  — Foto: ge

Lisca, técnico do América-MG, em entrevista ao Esporte Espetacular — Foto: ge

A fama de doido chegou para Lisca muito em função da relação dele com a torcida. E essa relação não é só dentro do estádio. O treinador se considera “do povo”, por fazer coisas normais do dia a dia, que muitos treinadores não fazem.

- As pessoas realmente me veem como mais um, não aquele negócio: “Ah, o treinador... ah, o glamour do treinador... é um cara diferente, é um cara mais reservado”.

“Eu sou um cara do povo. Eu vou na praia, vou na farmácia... eu vou no supermercado”

Lisca, técnico do América-MG — Foto: GE

Lisca, técnico do América-MG — Foto: GE

Lisca ficou nove meses sem trabalhar, até aceitar o convite para substituir Felipe Conceição no América. Fez o time crescer, chegou à semifinal do Mineiro com bons enfrentamentos contra o Atlético-MG e surpreendeu também na Copa do Brasil, chegando à inédita semifinal. Na Série B, depois de conseguir o acesso com quatro rodadas de antecedência, brigou pelo título até o último minuto, ficando com vice-campeonato.

Lei garante respeito e dignidade para as mulheres do campo

 


Lei sancionada pelo GDF trata da plenitude emocional da trabalhadora rural e envolve o respeito à atividade e à capacidade produtiva dessas cidadãs

Foto: Divulgação/Emater-DF
As trabalhadoras rurais representaram, em 2020, 36% dos 12.918 beneficiários atendidos pela Emater. Foram quase 4.800 mulheres | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

Reafirmar o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com a mulher no campo e assegurar que ela possa ter dignidade em seu trabalho e acesso a garantias básicas. Com esse propósito, o governador Ibaneis Rocha sancionou a Lei 6.812/21, que trata da plenitude emocional da mulher da área rural.

Segundo o texto, a plenitude, para ser alcançada, envolve o respeito ao trabalho dessas cidadãs, a capacidade produtiva, as potencialidades mentais e físicas, o ofício profissional e familiar como produtora rural, entre outros pontos.

Elas dividem uma série de responsabilidades e, muitas vezes, se veem em conflito, como lembra a coordenadora do Projeto de Valorização das Mulheres Rurais da Emater, Selma Tavares. “As mulheres rurais respondem por parte da produção agrícola mas, ao mesmo tempo, têm seus afazeres domésticos e muitas são chefes de família. Precisam ser olhadas com toda a atenção”, diz Selma.

Pastas como a Secretaria da Mulher e a Emater-DF têm se empenhado nesse papel em busca da referida plenitude. “A mulher rural é uma prioridade para o governo. Temos programadas ações em parceria com a Secretaria de Saúde, oficinas de capacitação e de geração de renda, além do Fórum da Mulher do Campo e do Cerrado, um espaço para ouvir suas demandas”, destaca a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. “A lei vem para chamar a atenção do cuidado que deve ser aprimorado com esse público“, acredita.

A Secretaria da Mulher criou, na atual gestão, a Diretoria de Mulheres Rurais e oferece atendimento às vítimas de violência em seus equipamentos (Ceams e Casa Abrigo, entre outros). Além disso, tem programas direcionados a elas como o Oportunidade Mulher Rural.

A Secretaria da Mulher criou, na atual gestão, a Diretoria de Mulheres Rurais e oferece atendimento às vítimas de violência em seus equipamentos (Ceams e Casa Abrigo, entre outros). Além disso, tem programas direcionados a elas como o Oportunidade Mulher Rural.

A Emater também se faz presente na vida da trabalhadora rural. Elas representaram, em 2020, 36% dos 12.918 beneficiários atendidos pelo órgão. Foram quase 4.800 mulheres contempladas nas ações de assistência técnica e extensão. Oficinas que levam até elas novas tecnologias agrícolas e agroindustriais e capacitações para inclusão nos trabalhos de manutenção de equipamentos agrícolas. Aulas de como operar um trator, por exemplo. Uma atividade essencialmente tocada  por homens.

Protagonismo no campo

Todavia, ainda existe um caminho a percorrer. Selma Tavares revela que no último Encontro de Mulheres da Agricultura Familiar, promovido pela empresa em 2018, a pauta de reivindicações foi extensa: ações voltadas para a saúde, planejamento familiar, auxílio na gravidez, ações preventivas sobre violência contra a mulher, crédito e fomento, entre outras.

“O que mais querem é buscar o protagonismo delas no campo. Geralmente, a mulher do campo tem um papel de ajudante. E a nossa luta é para mudar isso”, afirma a coordenadora. A cada dois anos, o encontro é realizado no DF.

Creches rurais

O cuidado para com os filhos na hora do trabalho é outro pleito antigo, mas que logo vai sair do papel. As primeiras duas creches na zona rural do DF estão em fase de implantação. Estabelecimentos que vão atender crianças até três anos serão erguidos nos núcleos rurais do Pipiripau, em Planaltina, e do Jardim, no PAD-DF. Os projetos estão sendo finalizados, para, em seguida, vir o processo licitatório.

“Não restam dúvidas que precisamos promover a mulher do campo.  Para que ela siga produzindo, viva com dignidade e tenha mais acesso às políticas públicas”, afirma a subsecretária de Promoção das Mulheres, Fernanda Falcomer.


 AGÊNCIA BRASÍLIA

Mais de dois mil motoristas tiveram CNHs suspensas

 


De cada dez motoristas autuados, sete estavam dirigindo após ingestão de bebida alcoólica. Detran investe em campanhas de conscientização no trânsito

Ações do Detran reforçam a consciência de que dirigir sob efeito de álcool expõe ao perigo motoristas, passageiros e pedestres | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Em 2020, 2.107 motoristas tiveram suas carteiras de habilitação suspensas em todo o Distrito Federal. Desse total, 1.536 condutores (72,8%) sofreram a punição por estarem dirigindo sob a influência de álcool ou substâncias psicoativas, sendo enquadrados no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Essa é uma estatística que o Departamento de Trânsito do DF (Detran) busca incansavelmente diminuir, em prol da segurança de todos.

2.107condutores no DF tiveram a CNH suspensa - desse total, 1.536 por direção associada à ingestão de álcool

Com o intuito de conscientizar os motoristas sobre os perigos de dirigir após ingestão de bebida alcoólica, o Detran empreende um trabalho educativo intenso em bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. “Temos óculos de realidade virtual que mostram a percepção de uma pessoa embriagada – visão ofuscada, falta de percepção de profundidade”, explica o diretor de Educação de Trânsito do Detran-DF, Marcelo Granja. “Além disso, vamos começar em breve uma campanha midiática sobre saber dizer não e evitar a influência de beber antes de dirigir”.

Dirigir sob influência de álcool ou substâncias psicoativas é uma infração gravíssima, que gera multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por um ano, além da retenção do documento de habilitação e do veículo. Em caso de reincidência no período de até um ano, a multa sobe para R$ 5.869,40 e o direito de dirigir é cassado.

Perigo para todos

Mesmo com as multas e penalidades, diversos motoristas continuam se arriscando e levando perigo a outros condutores e a pedestres – no final, todos acabam por sofrer as consequências da imprudência. “De acordo com os índices nacionais, 21% dos óbitos em vias são causados por acidentes nos quais o motorista havia ingerido bebida alcoólica”, cita Granja.

“De acordo com os índices nacionais, 21% dos óbitos em vias são causados por acidentes nos quais o motorista havia ingerido bebida alcoólica”Marcelo Granja, diretor de Educação do Detran

O gestor ressalta as principais características dos condutores que insistem em dirigir após ingerir bebida alcoólica: “Muitas vezes são pessoas que saem dirigindo sem a expectativa de beber, mas acabam o fazendo, muitas vezes influenciadas por amigos. Existem também aqueles que possuem vício em álcool e, com a dificuldade de controlar a vontade, acabam bebendo e dirigindo. E temos também as pessoas que acham que têm controle do organismo mesmo após beber, mas as fases de embriaguez são orgânicas, acontecem para quem bebe menos ou mais”.

No teste do bafômetro, o índice de alcoolemia é obtido por meio da medição de álcool por litro de ar alveolar. Se o resultado for de 0,05 miligramas, o motorista já cometeu a infração de trânsito gravíssima. Caso a quantidade detectada seja maior do que 0,33 miligramas, o condutor passa também a ser enquadrado em crime de trânsito.


 AGÊNCIA BRASÍLIA

Brasília Ambiental concede licença para pavimentar a DF-131

 


Aprovada pelo instituto, obra beneficiará comunidade de Monjolo (Planaltina), que há muito tempo aguardava a intervenção

Quando concluídas, obras levarão infraestrutura às comunidades rurais | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental

O Instituto Brasília Ambiental concedeu Licença Ambiental Simplificada (LAS) ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER) para a melhoria da rodovia DF-131. Com a liberação, o trecho localizado entre a DF-128 e a DF-205 poderá receber obras de pavimentação, drenagem, terraplanagem e outras benfeitorias, além da recuperação ambiental das áreas diretamente afetadas. A LAS concedida tem duração de dez anos e será publicada no Diário Oficial do DF.

6,3 kmentre as rodovias DF-128 e DF-205 vão receber obras que beneficiam a população de Planaltina

As intervenções – que abrangem uma extensão de 6,3 km – beneficiarão a população de Planaltina, especialmente da comunidade do Monjolo, que espera pela mudança há muito tempo. “O Brasília Ambiental tem trabalhado com dedicação para recepcionar obras que promovam melhorias de infraestrutura para a população de todo o DF”, aponta o superintendente de Licenciamento do Brasília Ambiental, Alisson Neves. “Com tranquilidade e segurança técnica e jurídica ambiental, a prioridade é sempre avançar pelo desenvolvimento sustentável.”

Neves reforça que as obras em áreas próximas a unidades de conservação (UCs) merecem atenção ainda maior do ponto de vista ambiental. Nesse caso, o local da pavimentação fica na zona de amortecimento da Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae). “Houve uma preocupação especial com a fauna da região, quando foi determinado, pela licença, a instalação de equipamentos que garantam a segurança dos animais silvestres da área”, lembra.

Padrão 

A LAS tem efeito das três licenças padrões, que são a Prévia (LP), a de Instalação (LI) e de Operação (LO). É um procedimento administrativo que avalia, de uma só vez, a localização, a viabilidade ambiental e as condições de instalação e operação de um determinado empreendimento ou atividade de pequeno potencial de impacto ambiental.

No ano passado, o Brasília Ambiental registrou a marca histórica de mil licenças e autorizações ambientais no biênio 2019/2020. Também foram expedidas licenças ambientais para importantes obras públicas e privadas – como a pavimentação da Rodovia VC-371, a estação de tratamento do chorume do Aterro Sanitário de Brasília, o sistema de drenagem pluvial da Região Administrativa de São Sebastião e de Santa Maria, a execução de ponte sobre o córrego Samambaia e a ampliação da capacidade viária da DF-003, no trecho entre o Viaduto do Torto e o do Colorado.

O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo obrigatório pelo qual o órgão ambiental competente – no caso do DF, o Brasília Ambiental – licencia localização, instalação, ampliação e operação de empreendimento e atividades utilizadoras de recursos ambientais, após a análise de possíveis impactos ambientais.

Com informações do Brasília Ambiental

AGÊNCIA BRASÍLIA

Pitaya, com alto valor agregado, é alternativa rentável ao agricultor

 


Emater-DF orienta produtores no cultivo da fruta de manejo simples, originária da América Central

Produtor Baltazar Morgado recebe assistência técnica do extensionista Daniel Oliveira | Foto: Divulgação/Emater-DF

Originária da América Central, a pitaya ganhou o paladar do brasiliense. Cada vez mais presente nas feiras e mercados, a fruta é alternativa de renda para os agricultores familiares do Distrito Federal, já que possui manejo fácil e pode ser cultivada junto com outras culturas. A Emater-DF tem apoiado agricultores interessados em iniciar ou potencializar a atividade.

Baltazar Antunes Morgado e seu filho Alessandro Morgado são um exemplo. Há dois anos no núcleo rural Lago Oeste (região administrativa de Sobradinho), os produtores iniciaram o plantio de pitaya e já estão vendendo a conhecidos por meio de redes sociais. “Quando compramos a chácara, no final de 2017, já havia um parreiral, mas decidimos apostar também na pitaya”, relembra Alessandro, acrescentando que o manejo das uvas é um pouco mais difícil. “Já a pitaya exige um tratamento bem mais simples”, conta o produtor.

“Minha maior preocupação é a qualidade do produto. Por isso, estamos investindo em técnicas e tecnologias de plantio mais adequadas”Alessandro Morgado, agricultor

Alessandro recorda que, no primeiro ano, o resultado foi pequeno. “Plantamos cerca de 240 pés. Agora, que estamos chegando ao terceiro ciclo, as expectativas estão mais altas”, revela. Ao todo, são cerca de 1,8 m² de plantação da fruta. “Minha maior preocupação é a qualidade do produto. Por isso, estamos investindo em técnicas e tecnologias de plantio mais adequadas”, complementa o agricultor.

O engenheiro-agrônomo Daniel Oliveira, que atua no Escritório Especializado em Agricultura Orgânica e Agroecologia (Esorg), explica que o manejo correto pode elevar a vida útil da planta para até quinze anos. “Basta fazer a adubação, a polinização, a irrigação e direcionar o crescimento dos galhos para se ter bons resultados”, observa. Por ser um cacto, a pitaya é mais resistente ao clima seco. As floradas ocorrem de outubro a maio.

Propriedade de Baltazar Morgado possui cerca de 240 pés de pitaya | Foto: Divulgação/Emater-DF

Como a fruta é considerada exótica, o valor de mercado é promissor. “O agricultor consegue comercializar por até R$ 20 o quilo. Numa conta rápida, uma plantação de pouco mais de 200 pés pode render até R$ 12 mil por ano, o que é uma ótima complementação da renda de uma propriedade pequena ou média”, esclarece o extensionista.

Alessandro Morgado, que antes de comprar a chácara, trabalhava em outra atividade, está com boas expectativas com relação à pitaya. “Com apoio da Emater-DF, pretendemos investir em equipamentos para melhorar a irrigação, o controle de pragas e estruturar melhor o planejamento para comercialização”, vislumbra.

O produtor possui cinco espécies da fruta e acabou de fazer uma colheita. Os pés estão todos organizados e referenciados. “A mais doce é a amarela”, afirma Baltazar Morgado, o pai de Alessandro. “Já chegamos a colher uma pitaya de 700g”, recorda. “Estamos muito satisfeitos e esperançosos com os novos ciclos”, conclui.

*Com informações da Emater/DF

AGÊNCIA BRASÍLIA