domingo, 14 de fevereiro de 2021

Pacheco diz que auxílio emergencial deve sair em março e por até 4 meses

 


Guilherme Oliveira | 12/02/2021, 15h52

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse nesta sexta-feira (12) que espera a implantação de um novo auxílio emergencial pelo governo federal já no mês de março, podendo durar até junho. O valor ainda não teria sido decidido.

A declaração veio depois de reunião entre Pacheco, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e os ministros Paulo Guedes, da Economia, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. Além do auxílio, a conversa girou em volta da vacinação contra a covid-19 e das reformas econômicas.

— Externamos aos ministros o desejo e expectativa do Congresso em relação a este momento. As prioridades absolutas são vacina e auxílio. Só deixarão de ser prioridades quando a pandemia acabar — afirmou Pacheco.

Na quinta-feira (11), questionado por senadores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu que metade da população brasileira já estaria vacinada até junho. Para Pacheco, a instalação da Comissão Mista de Orçamento nesta semana, para votação do Orçamento de 2021, deve facilitar esse objetivo, abrindo caminho para mais investimento na vacinação.

Para viabilizar o auxílio, o presidente do Senado pretende inserir uma “cláusula de calamidade” na proposta de emenda constitucional para o novo pacto federativo (PEC 188/2019). O dispositivo permitiria abrir espaço fiscal e orçamentário para as despesas decorrentes do novo auxílio. Ele quer ver a PEC aprovada no início de março.

— É fundamental que haja uma cláusula de calamidade pública para que tenhamos condições de fazer a flexibilização necessária para que haja o auxílio. Vamos trabalhar no decorrer do Carnaval e submeter a proposta ao Colégio de Líderes na quinta-feira [18] — explicou Pacheco, sem detalhar como funcionaria a cláusula.

Ajuste fiscal

Além do novo Pacto Federativo, o Senado se comprometeu a encaminhar as PECs emergencial (PEC 186/2019, que permite o corte de despesas obrigatórias) e dos fundos constitucionais (PEC 187/2019, que desvincula recursos ligados a fundos), enquanto a Câmara avança as reformas tributária (PEC 45/2019) e administrativa (PEC 32/2020). Segundo Pacheco e Lira, essa demonstra que o Congresso “está fazendo a sua parte” para viabilizar as medidas de combate à pandemia e aos seus efeitos.

— Serão tratadas com a maior rapidez possível, com transparência adequada e com o maior esforço, para que possamos perpassar este momento e dar garantia aos mais vulneráveis e uma estabilidade econômica previsível ao Brasil. Faremos o que estiver ao nosso alcance — afirmou Arthur Lira.

Lira também disse que a Câmara trabalhará em cima de medidas legislativas para facilitar o trâmite de vacinas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não adiantou detalhes.

O ministro Paulo Guedes avaliou a reunião como “extraordinariamente construtiva” e assegurou o compromisso do governo com a saúde da população — na forma da vacinação e do auxílio emergencial — e com a responsabilidade fiscal, representada pelas reformas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto que prevê depósitos voluntários no Banco Central aguarda votação na Câmara

 


Da Redação | 12/02/2021, 17h08

Aguarda votação na Câmara dos Deputados o projeto que autoriza o Banco Central (BC) a receber depósitos voluntários remunerados das instituições financeiras. O texto do Projeto de Lei (PL) 3.877/2020 foi aprovado em novembro pelo Senado, na forma de um substitutivo (texto alternativo) apresentado pela relatora da matéria, senadora Kátia Abreu (PP-TO).

O texto a ser votado na Câmara consta da lista com mais de 30 propostas em tramitação no Congresso consideradas prioritárias pelo governo. A lista foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, no último dia 3, durante a cerimônia de reabertura dos trabalhos legislativos.

Para a senadora Kátia Abreu, a aprovação do PL 3.877/2020 favorece a estabilidade da dívida pública, tendo em vista que o Banco Central vai poder receber depósitos de bancos e remunerá-los com juros da taxa Selic, em vez de emitir mais títulos para aumentar a dívida bruta brasileira.

— Precisamos corrigir essa distorção para que possamos continuar fazendo a nossa política fiscal e monetária tranquilamente, sem afetar a dívida bruta — afirmou Kátia Abreu.

Os depósitos no Banco Central são uma forma de controle da liquidez (disponibilidade de dinheiro) da economia e de preservação da estabilidade da moeda. O órgão recolhe parte do dinheiro aplicado nos bancos pelos correntistas, de forma a conter a pressão inflacionária e sustentar a taxa de juros.

Há duas modalidades de depósitos: à vista (provenientes de depósitos em dinheiro) e a prazo (provenientes de aplicações, como a poupança). Os depósitos a prazo são remunerados, ou seja, os bancos recebem uma compensação pela entrega do dinheiro.

Atualmente, o Banco Central trabalha com depósitos compulsórios nas duas modalidades (estabelecendo uma porcentagem obrigatória que os bancos devem entregar das suas aplicações) e com depósitos voluntários à vista (não remunerados). O PL 3.877/2020, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), abre caminho para os depósitos voluntários a prazo, com a sua correspondente remuneração.

O PL 3.877/2020 aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que irá designar o relator da proposição naquela Casa.

Interpelação

Em dezembro, os deputados federais receberam interpelação judicial que aponta supostos efeitos negativos da aprovação do PL 3.977/2020. A interpelação foi apresentada pela Auditoria Cidadã da Dívida (ACD).

A ACD argumenta que o texto legaliza a remuneração da sobra de caixa para bancos com recursos públicos, sem estabelecer nenhum limite para essas operações. Ao autorizar essa prática, argumenta a ACD, o texto compromete toda e qualquer possibilidade de redução dos juros de mercado no Brasil.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto recria programa de manutenção do emprego e renda por mais 180 dias

 


Da Redação | 12/02/2021, 17h13

Para evitar demissões durante a pandemia, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda poderá ser reestabelecido por mais 180 dias. É o que propõe o projeto de lei (PL) 6/2021, do senador Rogério Carvalho (PT-SE). Pela proposta, as empresas, em vez de demitirem, façam acordos com os empregados para reduzir salário, jornada ou suspender o contrato de trabalho. O programa havia sido criado por meio da MP 936/2020, as permissões foram prorrogadas duas vezes, mas perderam a validade em 31 de dezembro de 2020, com o término do estado de calamidade pública.

Ao justificar o projeto, Rogério Carvalho observa que o início das vacinações no país foi um importante passo na busca pelo retorno à normalidade, tanto na vida social quanto na econômica. Entretanto, o senador ressalta que processo de retomada a normalidade é demorado e o isolamento social ainda é necessário para evitar o contágio do coronavírus, o que afeta as empresas.

“Nesse sentido, apresentamos o presente projeto de lei que visa restabelecer os termos da MP 936/2020, visando socorrer empresas, especialmente as pequenas e médias, na solução de um dos seus maiores problemas, a quitação da folha de pagamento. Deste modo, atuamos nos dois lados do problema, na manutenção do emprego formal e na sobrevivência das empresas”, argumenta o senador.

O senador Paulo Paim (PT-RS) advertiu, em entrevista à Rádio Senado, que a taxa de desemprego está em mais de 14%, o maior índice desde 2012, podendo chegar a 17%. Para Paim, a proposta de Rogério Carvalho representa socorro e solidariedade aos brasileiros em tempos de insegurança.

—  Dificuldades decorrentes da pandemia, que infelizmente continua, a pandemia está aí. Vai na linha de garantir empregos e auxiliar na manutenção da atividade econômica, gerando renda para o trabalhador e o devido lucro para o empregador. O senador Rogério Carvalho resgata o texto da MP 936 e faz correções importantes, como a negociação coletiva de trabalho. Em uma boa negociação, ambas as partes são beneficiadas. Todas as medidas para gerar e manter empregos são bem-vindas — declarou.

Benefício mensal

De acordo com a proposta, será criado o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, a ser custeado com recursos da União. O benefício será de prestação mensal e devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e o salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho. O valor terá como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego, e não impedirá a concessão e nem alterará o valor do seguro-desemprego. O recurso poderá ainda ser acumulado com o pagamento, pelo empregador, de ajuda compensatória mensal.

A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o período de garantia provisória no emprego, prevista no programa, sujeitará o empregador ao pagamento de indenização, além das parcelas rescisórias do benefício. A medida não se aplica em casos de pedido de demissão ou dispensa por justa causa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Fiscais da Adepará investigam foco de doença de Mormo em Ulianópolis

 


Doença que pode ser transmitida ao homem, Mormo não tem tratamento e requer o sacrifício do animal infectado

12/02/2021 18h14 - Atualizada em 12/02/2021 18h59
Por Aycha Nunes (ADEPARÁ)

O serviço veterinário oficial realiza investigação para identificar a provável origem do foco de doença de Mormo em Ulianópolis, no Sudeste do Pará. Nesta sexta-feira (12), fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) coletaram material para exame de um animal com a confirmação da doença, que precisou ser sacrificado, a fim de verificar o estado dos outros cavalos da propriedade rural. A Secretaria Municipal de Saúde de Ulianópolis foi notificada, pelo fato de Mormo ser uma zoonose, que pode ser transmitida ao homem.

As amostras de sangue coletadas serão encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Recife (LFDA/PE), onde serão feitos testes de triagem e complementares para o diagnóstico de Mormo, conforme preconiza a Portaria nº 35, de 17 de abril de 2018, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Secretaria de Defesa Agropecuária.

A propriedade onde o cavalo contaminado estava foi interditada para trânsito de equídeos (cavalos, jumentos e burros), e será desinterditada após dois exames negativos consecutivos no intervalo de 21 e 30 dias em toda a tropa, conforme estabelece a Instrução Normativa nº 06/2018. 

O serviço oficial da unidade de atendimento da Adepará em Ulianópolis, coordenado pelo fiscal estadual agropecuário Roberto Oliveira, também repassou orientações sobre o Programa Estadual de Sanidade Equídea (Pese), com ênfase em Anemia Infecciosa Equina, Mormo e trânsito e cadastramento de propriedades com criação de equídeos.

Doença bacteriana - Mormo ou “lamparão” é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Burkholderia mallei, que afeta mais frequentemente equídeos (cavalos, asnos e mulas), mas podendo ser contraída pelo homem. É uma infecção transmitida por secreções nasais, orais, oculares, fezes e urina de animais infectados.

A bactéria entra no organismo pela pele e mucosas dos olhos e nariz. Casos esporádicos podem ocorrer principalmente em atividades profissionais relacionadas ao manejo desses animais ou manipulação de amostras contaminadas, infectando médicos veterinários, tratadores de equinos, funcionários de abatedouros e laboratoristas.

Os profissionais expostos e pessoas que têm contato com animais suspeitos ou com equipamentos contaminados devem usar equipamentos de proteção individual (EPIs), como luva, máscara, óculos e avental.

No homem, os sintomas gerais são febre, dores musculares, dor no peito, rigidez muscular e dor na cabeça. Podem ainda ocorrer lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz e diarreia. Não há vacina disponível contra a doença. A prevenção envolve a identificação e eutanásia do animal infectado, cremação do corpo e total desinfecção da área de criação dos animais.

O transporte de animais deve estar acompanhado da Guia de Trânsito Animal (GTA) e, de acordo com a finalidade, dos exames negativos de Anemia Infecciosa Equina e Mormo, juntamente com atestado de vacinação contra a Influenza equina.

AGÊNCIA PARÁ 

Estado avança com as obras de manutenção e conservação da PA-320

 


A região Nordeste do Pará vem sendo beneficiada com outras obras de infraestrutura rodoviária, essenciais para a mobilidade e o desenvolvimento econômico

12/02/2021 18h58 - Atualizada em 12/02/2021 21h14
Por Kátia Aguiar (SETRAN)

A Rodovia PA-320, no Nordeste do Pará, recebeu nova camada de asfalto na quinta-feira (11). O serviço de conservação e manutenção da rodovia visa garantir maior segurança a quem utiliza a estrada, que dá acesso a vários municípios da região, incluindo Castanhal e São Francisco do Pará. Com 16 quilômetros de extensão, a rodovia se interliga com as PA-242 e PA-136. As obras vão continuar com a sinalização em toda a via.

Segundo o secretário de Estado de Transportes, Adler Silveira, o trabalho de conservação e manutenção da PA-320 ocorreu no trecho urbano da rodovia, na entrada e saída de Castanhal, “garantindo maior fluidez do trânsito e proporcionando maior segurança para quem utiliza as estradas paraenses”.

Ainda no Nordeste do Pará, o governo do Estado avança na construção e pavimentação de um trecho de 56 quilômetros da PA-256, uma das obras de infraestrutura de transporte mais importantes para o agronegócio na região. A obra integra a primeira etapa, das quatro previstas, do projeto de construção da ponte sobre o Rio Capim.A Rodovia PA-320 já recebe mais uma camada de asfalto, para garantir mais segurança à populaçãoFoto: Divulgação

A PA-256 é uma das rodovias mais extensas do Pará, com mais de 360 km, e tem influência em nove municípios: Mocajuba, Cametá, Igarapé-Miri, Moju, Tailândia, Acará, Tomé-Açu, Ipixuna do Pará e Paragominas. Também interliga mais seis rodovias em toda sua extensão: PA-151, PA-451, PA-150, PA-140, BR-475 e BR-010 (Belém-Brasília).Outras rodovias da região passam por obras essenciais à garantia da mobilidade e do escoamento da produçãoFoto: Divulgação

Transporte e economia - Outra obra importante para a região Nordeste é a construção e pavimentação da PA-252, importante rota de escoamento da produção. A obra, que está em fase de execução, inclui construção e pavimentação de 63 km da rodovia, que tem seu início no porto de Abaetetuba e chega à BR-010, tendo em seu percurso a interceptação das rodovias PA-151, PA-140, PA-127 e, futuramente, com as rodovias PA-124 e PA-108.Frentes de trabalho da Setran estão trabalhando em vários pontos da região NordesteFoto: Divulgação

Entre as obras previstas para a melhoria da trafegabilidade no Nordeste há ainda a construção e pavimentação da rodovia Perna Leste, entre a Alça Viária e a PA-140, e conservação e manutenção da PA-318, entre a PA-136 e o distrito de Marudá, em Marapanim. Estão previstas ainda a construção de 18 pontes em concreto armado e de dois postos de fiscalização de controle de peso na região.Com 16 quilômetros de extensão, a PA-320 se interliga com as PAs 242 e 136Foto: Divulgação

Conservação - Equipes da Secretaria de Estado de Transportes (Setran) mantêm várias frentes de trabalho para garantir a conservação e manutenção da PA-483 (Alça Viária) e a Perna Sul. Há uma equipe no trevo Alça Viária, no sentido do Trevo do Acará (Perna Sul). A via receberá serviços desde os primeiros 2,8 quilômetros ao KM-33. Outra equipe está no trecho da travessia do Arapari/Rotatória Alça Viária, entre os KM-12 e KM-19.

Uma terceira equipe executa a manutenção e conservação do Trevo Alça Viária ao Trevo do Acará, até a Perna Sul.

AGÊNCIA PARÁ 

Programa Obesidade Zero chega a 51 procedimentos em apenas quatro meses

 


A iniciativa pioneira do Governo do Pará acelera o acesso gratuito à cirurgia bariátrica, realizada nos hospitais públicos Jean Bitar e Galileu, em Belém

12/02/2021 21h14 - Atualizada em 13/02/2021 20h09
Por Carol Menezes (SECOM)

Em quatro meses de implantação, o Programa Obesidade Zero, do Governo do Pará, realizou 51 procedimentos de cirurgias bariátricas no Hospital Jean Bitar, em Belém, com assistência no pré e pós-operatório, oferecido por equipe multiprofissional composta por psicólogos, endocrinologistas, nutricionistas, pneumologistas, cardiologistas, anestesistas e assistentes sociais, além de cirurgião plástico para cirurgia reparadora.

Nas consultas, os pacientes recebem orientações sobre dieta alimentar, retorno às atividades laborais, realização de exercícios físicos e cuidados locais com o procedimento, bem como orientação psicológica em relação aos novos hábitos.

As cirurgias, quando indicadas pela equipe médica, são realizadas nos hospitais públicos estaduais Jean Bitar e GalileuFoto: Marcelo Seabra / Ag.Para

O médico Carlos Armando Ribeiro, cirurgião bariátrico responsável pela coordenação do “Obesidade Zero”, explica que mesmo durante a pandemia de Covid-19 foi possível manter o cronograma de procedimentos, ainda que em menor número do que previa a meta inicial, de 40 por mês. O perfil do paciente candidato à cirurgia inclui Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 com comorbidades ou maior que 40, com ou sem comorbidades. A intensidade do preparatório cirúrgico depende das doenças associadas.

"Trata-se de um pré-operatório diferente de outras cirurgias. Além do acompanhamento multidisciplinar que confirma se o caso é cirúrgico ou clínico, não é incomum que alguns pacientes, inclusive, precisem perder peso antes de operar, diminuindo os riscos da cirurgia, por vezes até mesmo com o auxílio da implantação de um balão. Atualmente, fazemos 20 procedimentos ao mês, justamente por conta da necessidade dessa preparação. A rotatividade da cirurgia aumentou muito, encurtou o tempo de espera, mas há muitos cuidados prévios e específicos, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS)", detalha o médico. Antes do programa, a média de bariátricas realizadas pela rede pública era de oito ao mês.

Eficiência - Se ocorrer tudo bem na cirurgia, o paciente retorna para avaliações em 15 dias, um mês após o procedimento, em três meses, seis meses e, finalmente, faz somente consultas anuais. "Ele já sai do hospital com a dieta pós-cirúrgica, sabendo o que vai comer nos primeiros 30 dias. Havendo alguma intercorrência nesse período inicial, o suporte é no próprio ‘Jean Bitar’, e o que geralmente ocorre, quando ocorre, são complicações perioperatórias relacionadas às doenças ligadas à obesidade, e também devido aos riscos da pandemia", detalha o médico Carlos Armando Ribeiro.

A médica Gabriela Pinage Soares, 26 anos, se inscreveu no programa em setembro passado, e no dia 29 de dezembro fez a cirurgia, pesando 108,7 kg. Ela havia tentado fazer pelo plano de saúde, mas a carência lhe exigiu mais um ano e meio de espera. Ela ficou impressionada com a rapidez do sistema público. "Da última vez que me pesei já havia perdido 14,6 kg. Sou da área da Saúde, e lembro de me surpreender, a cada consulta, com o quanto tudo era organizado, com o quanto as pessoas trabalham de bom humor, te ajudando realmente a fazer as coisas da melhor forma", relata. "Achei muito bacana essa iniciativa de zerar as filas, e acho que o tratamento mesmo de obesidade deve ser mais expandido, inclusive na linha da prevenção", sugere Gabriela Soares.

Funcionamento - O Programa Obesidade Zero busca acelerar o acesso gratuito à cirurgia bariátrica a pacientes diagnosticados com a necessidade de intervenção médica. O programa pretende realizar 480 cirurgias bariátricas por ano no sistema público de saúde, por meio de videolaparoscopia. Pioneira no Brasil, a iniciativa tem como público-alvo o paciente obeso, com ou sem outros problemas de saúde. Todos precisam passar por uma avaliação médica para saber se há indicação para o procedimento. As cirurgias são realizadas nos hospitais públicos Jean Bitar e Galileu, que integram a rede estadual de saúde na capital paraense.

O primeiro passo para o paciente ser atendido é acessar, pelo site da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o hotsite do Programa, desenvolvido em parceria com a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Pará (Prodepa).

No ambiente virtual é possível esclarecer dúvidas sobre o procedimento e fazer uma autoavaliação, por meio do cálculo do IMC, e também respondendo a algumas perguntas, que informarão ao paciente, naquele mesmo momento, se ele tem ou não indicação para fazer a cirurgia bariátrica.

Se houver necessidade, é possível marcar o atendimento pelo próprio site e receber a confirmação do hospital, informando dia e horário que deverá comparecer à consulta. De forma rápida e prática, o paciente terá acesso a sua avaliação médica. No site, o usuário consegue ainda acessar o Guia Cirurgia Bariátrica.

São candidatas à cirurgia bariátrica pessoas com Índice de Massa Corporal igual ou superior a 40 kg/m2, e aqueles com IMC entre 35 e 40 kg/m2 que tenham pelo menos uma doença associada à obesidade - diabetes, pressão alta, colesterol alto, gordura no fígado, artrose ou doenças nos vasos sanguíneos das pernas.

AGÊNCIA PARÁ 

Equipe de Governo realiza vistoria no Hospital de Campanha de Santarém

 


Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, representantes da Sespa e do Centro Regional de Governo do Oeste foram ao local acompanhar a montagem do espaço, que deve ser entregue na próxima semana

13/02/2021 13h32 - Atualizada em 13/02/2021 18h47
Por Ana Thaynara (SECOM)

Comitiva visitou todas as áreas que serão utilizadas, deram orientações e pontuaram o que ainda precisa ser feitoFoto: Pedro Guerreiro / Ag.ParaNeste sábado (13), uma equipe do Governo do Pará realizou vistoria na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, onde irá funcionar o Hospital de Campanha de Santarém. O intuito foi fiscalizar e acompanhar o andamento da montagem da unidade, que tem previsão para ser entregue na próxima semana.

Durante a visita, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, representantes da Sespa e Centro Regional de Governo visitaram todas as áreas que serão utilizadas, deram orientações e pontuaram o que ainda precisa ser feito.

O secretário regional de Governo do Oeste do Pará, Henderson Pinto, explicou que o Hospital de Campanha é um convênio do Estado com a Prefeitura de Santarém e que todos os esforços estão sendo feitos para que a unidade seja entregue o mais rápido possível.

Secretario regional, Henderson PintoFoto: Pedro Guerreiro / Ag.Para

“O Hospital de Campanha é um convênio do Estado com o Município, onde nós somos os responsáveis em fazer a parte de manutenção do espaço, onde inclusive já foi repassada a primeira parcela do recurso. Hoje, viemos visitar a escola, junto com Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, para acompanharmos o que está sendo feito e repassarmos as recomendações que faltam para que o espaço seja adaptado e o hospital seja logo entregue”, disse o secretário.

Com a montagem bastante adiantada, o Corpo de Bombeiro repassou algumas orientações e pontuou que na próxima segunda-feira (15), se todas elas forem acatadas, já será emitido o documento com a liberação para que o Hospital possa funcionar.

“Já estamos acompanhando o trabalho aqui há algumas semanas, dando orientações e fiscalizando a área. Hoje, viemos massificar as orientações, para que possamos adequar a escola para o funcionamento do Hospital. Todas as orientações foram repassadas e devem ser concluídas na segunda. Caso isso aconteça, nossa equipe volta aqui para uma nova vistoria, para avaliar e liberar a entrega do Hospital pronto para ser utilizado”, explicou o comandante do 4º GBM, tenente coronel Francisco Júnior.

Tenente coronel Francisco júnior, comandante do 4º GBMFoto: Pedro Guerreiro / Ag.ParaEstrutura – O Hospital de Campanha, com 60 leitos, está sendo montado na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas. A abertura da nova unidade temporária é mais uma estratégia para desafogar a ocupação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que já virou um hospital exclusivo para atendimento de casos de Covid no município e está com fluxo intenso de pacientes.

A unidade temporária irá contar com seis enfermarias, com sete leitos cada; uma enfermaria com 16 leitos; uma sala de estabilização, com 4 leitos; posto de enfermagem; farmácia; almoxarifado; estar médico e de enfermagem; coordenação de enfermagem; uma sala do Núcleo de Interno de Regulação; necrotério; sala de paramentação; área de alimentação e administrativo. 

Foto: Pedro Guerreiro / Ag.ParaAlguns equipamentos como cama, armários, suporte de soro, escadinhas de degraus, colchões, carrinhos de parada, mesas de cabeceira, mesas de exames, cadeiras de rodas e oxímetros de dedo já começaram a chegar e a previsão é de que a partir de segunda os medicamentos também sejam enviados. Além disso, a empresa responsável pelo tanque de oxigênio informou que a estrutura já está a caminho de Santarém.

“A expectativa é de que até o final da próxima semana esse hospital entre em funcionamento, com a abertura de 60 leitos. Nós estamos hoje ofertando 250 leitos, tanto UTI quanto clínicos aqui na nossa região, e com esse suporte nós iremos passar de 300 leitos à disposição da população. Mas, reforçamos que é necessário que a população continue tendo todos os cuidados possíveis usando máscara, higienização as mãos, mantendo o distanciamento social para que a gente possa vencer juntos à pandemia da Covid-19”, ponderou Henderson Pinto.

AGÊNCIA PARÁ 

Famílias celebram alta médica de pacientes no Hospital de Campanha do Hangar

 


Instalada pelo Governo do Pará, unidade se aproxima dos 4 mil atendimentos realizados

13/02/2021 16h08 - Atualizada em 13/02/2021 17h56
Por Carol Menezes (SECOM)

Edilson Almeida Lobato teve alta após 10 dias internado no Hospital de Campanha, em BelémFoto: DivulgaçãoUma família fez festa em frente ao Hospital de Campanha do Hangar, em Belém, na sexta-feira (12). O motivo da comemoração foi a recuperação e alta de Edilson Almeida Lobato, paciente de 53 anos, que veio de Cametá, no interior do Pará, para a capital, em busca de tratamento contra a Covid-19.

Depois de dez dias internado, já entre os familiares, ele comemorou e diz que será grato por toda a ajuda que recebeu dentro do Hospital. “Eu sou muito grato primeiramente a Deus. Hoje, eu saio daqui bem e andando, mas nunca esquecerei de todas as pessoas que me ajudaram. Eu cheguei muito mal e o tratamento foi ótimo, me trataram muito bem”, relatou.

Para os familiares que aguardavam ansiosamente por este momento, a alegria foi demonstrada em músicas religiosas, cartazes com frases motivacionais e muito afeto. O objetivo foi celebrar, mas, também, acalentar outras famílias e criar um laço de positividade.

“Desde quando soubemos que ele estava doente, entramos em campanha de oração, motivamos todos para que, juntos, intercedêssemos pela vida dele e de outras pessoas. Agora, estamos aqui comemorando e esperamos que as outras pessoas partilharem da mesma felicidade”, afirma Lívia Garcia, 27, sobrinha de Edilson.

Márcio André Ferreira veio de Tefé, no Amazonas, e saiu curado da Covid-19 após ser tratado na unidadeFoto: DivulgaçãoOutro paciente que foi acolhido no Hospital de Campanha e recebeu alta médica na sexta foi Márcio André de Souza Ferreira, que veio do município de Tefé, no Amazonas, em busca de cura aqui no Pará. “O atendimento aqui dentro foi diferenciado e humano. Eu sou de outro estado, a minha cidade está passando por um momento difícil, e vocês me acolheram. Eu só tenho a agradecer”, declarou.

Maior unidade hospitalar do Estado dedicada ao tratamento da Covid-19, o Hospital de Campanha do Hangar tem, neste sábado (13), 142 pacientes, sendo 56 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ao todo, 3.920 pacientes já foram atendidos na unidade de saúde instalada pelo Governo do Pará, dos quais 252 foram transferidos, 2.661 receberam alta e 864 foram a óbito.

Dos 41 pacientes transferidos do Amazonas, dois seguem na UTI, sete na enfermaria e 24 se recuperaram e receberam alta. Foram oito óbitos, sendo dois ocorridos neste sábado (13).

"Nós estamos muito felizes de poder ajudar neste momento nossos vizinhos amazonenses. O governo do Estado, por meio da [Secretaria de Estado de Saúde Pública] Sespa, não mede esforços para proporcionar saúde de qualidade aos paraenses e ajudar o Amazonas em um momento tão difícil. Estamos otimistas com mais essas altas e vamos seguir fazendo todo o possível para salvar mais vidas", reforça o titular da pasta, Rômulo Rodovalho.

Cuidados – Dentro do Hospital, os cuidados básicos para evitar a proliferação da doença são fundamentais e necessários. Por isso, diversas ações são realizadas, entre elas, as sinalizações. Por todos os lados do espaço, colaboradores veem cartazes com dicas de práticas que devem ser seguidas para minimizar o risco de contaminação.

Estrutura – Por conta da contaminação na região do Baixo Amazonas, o governo do Estado iniciou a montagem de um novo Hospital de Campanha em Santarém, em parceria com a prefeitura municipal. A unidade de saúde deve começar a funcionar na próxima semana com 60 leitos na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA).

A abertura da nova unidade temporária é mais uma estratégia para desafogar a ocupação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que já virou um hospital exclusivo para atendimento de casos de Covid no município, e registra um fluxo intenso de atendimento.

AGÊNCIA PARÁ 

Segurança Pública orienta e fiscaliza frequentadores na praia do Caripi

 


Operação integrada com mais de 600 agentes ocorre no local, para cumprimento do decreto estadual

13/02/2021 16h57 - Atualizada em 13/02/2021 17h56
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Praias estão fechadas para o público nos feriados, sextas-feiras, sábados, domingos e nas segundas-feirasFoto: Ascom / Segup"Queríamos poder tomar banho, mas se existe a proibição, a gente entende. É necessário", afirma o morador Ereson Dias, que reuniu a família para um almoço na praia do Caripi, em Barcarena. O local está proibido de ser frequentado após a publicação do decreto estadual n°800, que determina o fechamento ao público de praias, igarapés, balneários e similares nos feriados, sextas-feiras, sábados, domingos e nas segundas-feiras, além de outras medidas, para conter o avanço dos casos de Covid-19 em todo o Pará.

A operação integrada, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), é realizada em todo o Estado. Aqueles que se dirigiram neste sábado (13) à praia do Caripi encontraram a barreira montada por policiais militares, agentes do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) e da Vigilância de Saúde Municipal. O horário permitido para acessar os restaurantes da orla se concentrou entre 11h e 15h.

O horário permitido para acessar os restaurantes da orla se concentrou entre 11h e 15h.Foto: Ascom / SegupAlgumas pessoas tentaram desobedecer a medida preventiva e foram abordadas por bombeiros e policiais militares, que faziam a fiscalização no local, e tiveram que sair da água. Os donos de restaurantes foram orientados a manter a distância mínima entre as acomodações e disponibilizar álcool 70% aos frequentadores.

"Nós estamos trabalhando de forma preventiva e fiscalizando os locais de 8h às 18h, justamente para informar as pessoas leigas, que desconhecem o decreto, do que é e não é permitido. Hoje, são 11 bombeiros trabalhando nesse sentido e, no período da noite, nos juntamos aos demais órgãos de segurança e fiscalização, voltando a atuação para o centro da cidade, para somar na operação State Care", informou o tenente coronel Heden de Souza, comandante do 6° Grupamento Bombeiro Militar.

Tenente coronel Heden de Souza, comandante do 6° Grupamento Bombeiro MilitarFoto: Ascom / SegupA operação foi reforçada com um efetivo de mais de 600 agentes de segurança pública, em 66 municípios paraenses, para dar cumprimento ao decreto, em especial, nas cidades onde neste período de feriado prolongado, em anos anteriores, costumava receber um grande número de frequentadores. Estão envolvidas as Polícias Militar e Civil, Departamento de Trânsito, Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Corpo de Bombeiros e agências municipais.

AGÊNCIA PARÁ