sábado, 13 de fevereiro de 2021

População opina sobre projeto de puxadinhos

 


Durante audiência pública, interessados puderam discutir ideias de forma presencial e on-line

Audiência reuniu moradores e comerciantes do Plano Piloto | Foto: Divulgação/Seduh

Em mais de três horas de audiência pública realizada na noite de quinta-feira (11) pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), comerciantes e moradores do Plano Piloto fizeram sugestões e contribuições à minuta do projeto de lei do Comércio Local Sul. O texto revisa a Lei Complementar nº 766/2008 e disciplina a ocupação de área pública no comércio local na Asa Sul, os chamados “puxadinhos”.

O encontro foi promovido na sede da Seduh, de forma presencial e virtual. Em respeito às medidas de segurança por conta da pandemia, foi autorizada a participação presencial de até 30 pessoas no auditório, enquanto os demais interessados se inscreverem e fizeram perguntas de forma on-line por meio da plataforma Google Meet.

Na avaliação do secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, a audiência pública contou com uma participação expressiva, não só no número de pessoas, mas na qualidade das participações. “A audiência fez com que fosse possível a Seduh esclarecer aspectos importantes da proposta”, resume o titular da pasta. “A nossa equipe técnica fará a devida análise das contribuições apresentadas. Esse é um processo que enriquece ainda mais o projeto de lei, para que seja enviado à Câmara Legislativa o resultado de uma proposta bastante debatida com a sociedade”.

Melhorias

Um dos pontos abordados na reunião foi a cobrança pelo uso da área pública, uma das melhorias mais importantes trazidas pelo novo projeto. Atualmente, a Lei n° 766 exige que a taxa seja paga pela metragem da área construída. O projeto propõe o cálculo de uma nova forma, substituindo pela cobrança da área ocupada. Assim, o comerciante só vai pagar pela área de superfície. O valor poderá ser parcelado, conforme regulamentação.

Atualmente, há casos em que o empresário paga um preço público pela ocupação da área pública mais alto que o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) de toda a loja. A nova fórmula de cálculo deverá ajustar para menos o valor devido.

“É preciso deixar claro essa cobrança do espaço e o período dela; seria por ano?”, ponderou, durante a audiência, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-DF), Beto Pinheiro. “Se for vinculado ao IPTU, creio que poderia eliminar o INPC do cálculo para ser atualizado somente quando o IPTU for atualizado, para não ter confusão.”

Experiências

O engenheiro Benedito Luizari Filho contou sua experiência como proprietário de cinco unidades imobiliárias na 113 Sul nas quais precisou fazer uma reforma. “Faço uma observação de segurança: ninguém consegue hoje com tranquilidade mexer em uma platibanda sem mexer na laje”, pontuou. “Quando se pensa em fazer uma intervenção em um prédio tão antigo, ela pode não ser tão factível”.

Presente à audiência, o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Antônio Silva, representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio), elogiou a iniciativa. “O trabalho de vocês [Seduh] ao longo desse tempo é quatro vezes mais rápido do que até então já tinha acontecido”, comentou.

“A audiência pública cumpriu seu objetivo, não só de apreciação de projeto de lei, mas, principalmente, de ouvir todos os lados dessa matéria” avaliou a secretária executiva da Seduh, Giselle Moll. “Não é uma questão fácil, tanto que ela é discutida há 60 anos e há pelo menos 45 anos tem sido estudada. Cabe a nós do governo ser o mediador dessa diversidade de opiniões e ouvir as propostas.”

Objetivos e alterações

Na primeira parte da audiência ,a minuta do projeto de lei foi apresentada aos participantes. Foram mostrados os objetivos da iniciativa, como melhorar o planejamento urbano para o uso da área pública e simplificar procedimentos burocráticos. Depois, foram apresentadas as principais alterações propostas pelo projeto. Ao todo, dez aspectos que mudam a Lei n° 766 foram pontuados e esclarecidos à população.

Entre esses aspectos, destacam-se a possibilidade de ocupação da área pública entre blocos por concessão onerosa; o remanejamento das redes de infraestrutura, como de energia elétrica, que será feito com base em critérios estabelecidos pelo poder público, e a ocupação posterior voltada à superquadra e entre blocos, que poderá ser concedida a outras unidades imobiliárias mediante anuência entre os proprietários.

Outra mudança é que a ocupação com edificações de alvenaria só será permitida nas fachadas posteriores das lojas, enquanto o restante pode ser ocupado apenas com mesas, cadeiras e outros mobiliários removíveis. Entre os blocos e nas lojas das extremidades das quadras, a ocupação com mesas e cadeiras só é possível no caso de as lojas exercerem atividades do tipo alimentação, como restaurantes, bares e lanchonetes, e durante o horário de funcionamento do estabelecimento.

Na audiência, a Seduh recebeu pedidos para que fosse estendida a possibilidade de ocupação da área pública para outras atividades além de bares e restaurantes, como academias, por exemplo. “A secretaria esclarece, porém, que neste momento está sendo cumprida a visão da legislação de 2008, que define como possibilidade de ocupação de área pública apenas para bares e restaurantes; então, neste momento, não é possível atender”, informou Mateus Oliveira.

Rumo à atualização

Segundo o titular da Seduh, o próximo passo é a análise de todas as contribuições feitas pela população, para atualizar a proposta do projeto de lei que será enviada à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

“O principal objetivo da audiência foi dar a oportunidade de esclarecer que esse projeto faz adequações, especialmente de procedimentos, na lei que já vigora desde 2008”, ressaltou. “Foi possível esclarecer que não há alteração nas áreas passíveis de ocupações já previstas na legislação em vigor. É uma revisão da legislação, de fluxos e procedimentos, e não uma alteração de parâmetros.”

Com informações da Seduh

AGÊNCIA BRASÍLIA

Mais R$ 5,8 milhões do Pdaf para as regionais de ensino

 


No segundo mês deste ano, os recursos do programa já somam R$ 57,4 milhões

Verba é destinada a cobrir despesas das escolas | Foto: Wladimir Luiz/SEE

Mais investimentos para a educação pública do Distrito Federal: foi liberada a complementação de R$ 5,8 milhões do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) para as 14 coordenações regionais de ensino do DF. Os recursos beneficiam as escolas e as próprias regionais. Com isso, estão garantidos R$ 57,4 milhões de Pdaf  no primeiro semestre de 2021, ou seja, as escolas públicas já ingressam no ano letivo com dinheiro em caixa.

Os R$ 5,8 milhões recém-liberados se destinam especificamente a cobrir despesas de capital – compra de materiais permanentes, que se incorporam ao patrimônio, como computadores, material de informática, impressoras, câmeras de vigilância, mobiliário, equipamentos de áudio e vídeo.

Inclusão geral

As escolas com especificidades na área de atuação podem comprar materiais permanentes apropriados. Isso inclui as escolas do campo, as que oferecem educação em tempo integral, educação profissional, especial e infantil.

As regionais com unidades recém-criadas ou em fase de criação vão receber R$ 30 mil para cada uma dessas escolas, verba a ser utilizada na compra de mobiliário e de equipamentos. Aí se incluem o Centro Educacional Águas do Cerrado e o Centro de Educação Infantil Pipiripau, ambos de Planaltina; a Escola Parque da Natureza e Esporte do Núcleo Bandeirante; o Centro de Educação Infantil Parque dos Ipês e a escola que está sendo adaptada no abrigo público de São Sebastião.

A Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Plano Piloto terá também o valor de R$ 30 mil, para apoio ao Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (Eape). Já a Regional de Brazlândia receberá R$ 150 mil para a Escola Classe Chapadinha.

Confira, abaixo, os valores por regional.

  • Brazlândia: R$ 406 mil
  • Ceilândia: R$ 776 mil
  • Gama: R$ 400 mil
  • Guará: R$ 232 mil
  • Núcleo Bandeirante: R$ 310 mil
  • Paranoá: R$ 280 mil
  • Planaltina: R$ 580 mil
  • Plano Piloto: R$ 878 mil
  • Recanto das Emas: R$ 232 mil
  • Samambaia: R$ 336 mil
  • Santa Maria: R$ 232 mil
  • São Sebastião: R$ 252 mil
  • Sobradinho: R$ 376 mil
  • Taguatinga: R$ 512 mil
    Total : R$ 5.802.000* Os recursos foram liberados por meio da Portaria nº 62, publicada nesta sexta-feira (12) no Diário Oficial do Distrito Federal.

O programa

O Pdaf foi criado para dar autonomia financeira às unidades escolares e coordenações regionais de ensino (CREs), de acordo com o plano de trabalho de cada uma. Além das despesas de capital, os recursos podem ser utilizados também para custeio, o que inclui reparos como pintura, consertos em telhados e pisos, e ainda aquisição de materiais de consumo. Os valores servem ainda para a contratação de serviços de pessoa física ou pessoa jurídica, pagamento de despesas com água e esgoto, entre outros.

Para o primeiro semestre, já haviam sido liberados R$ 50 milhões a 704 unidades escolares.

Com informações da Secretaria de Educação

Recuperadas as alças de acesso da Epia à via DF-010

 


Serviço de manutenção vai beneficiar cerca de 10 mil condutores que trafegam diariamente pelo trecho

Pista oferece mais segurança após a conclusão dos serviços | Foto: Divulgação/DER-DF

Os motoristas que circulam diariamente pelos acessos da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia/DF-003) à Estrada Parque Armazenamento e Abastecimento (DF-010) contam com mais comodidade e segurança desde a última sexta-feira (12). Por ali passam, por dia, aproximadamente 10 mil veículos.

Iniciado na segunda quinzena de janeiro, o serviço foi realizado por administração direta, com recursos próprios da autarquia e força de trabalho de 20 servidores do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER), em uma extensão total aproximada de 1 km.

10 milveículos aproximadamente passam pelo local todos os dias

Etapas da obra

Os operários responsáveis pela execução do serviço executaram as etapas de fresagem – o recorte das camadas desgastadas de asfalto –, implantação da nova capa asfáltica nos dois trechos e sinalização. Foram utilizadas aproximadamente 900 toneladas de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (Cbuq).

“Apesar de não ser uma obra grandiosa, essa melhoria viária proporciona mais comodidade e segurança para os milhares de motoristas que trafegam da Epia em direção à DF-010, sentido Palácio do Buriti”, explicou o superintendente de obras do DER, Cristiano Cavalcante.

A cozinheira Cristina Santana, de 31 anos, moradora da Asa Norte, ficou satisfeita com a conclusão da obra. “Esse asfalto novo veio em boa hora”, destacou. “Sem dúvida, a partir de hoje, vou e volto do trabalho mais tranquila, sabendo que a pista está bem-cuidada”.

Com informações do DER-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Prioridade para mulheres vítimas de violência doméstica

 


Com o boletim de ocorrência ou cópia da ação, mulheres contam com agilidade em programas de habitação ou para transferir os filhos de escola

Vítimas de violência doméstica ou familiar têm agora prioridade na tramitação de processos administrativos do Governo do Distrito Federal (GDF). A medida garante às mulheres agredidas por seus companheiros o direito a atendimento emergencial em demandas feitas à administração pública, como em filas de programas de habitação ou na transferência de escola dos filhos.

“Com certeza, isso reflete o olhar atento do poder público em agilizar os processos administrativos que possam, por exemplo, conceder oportunidades e a inserção à mulher em seus programas”Érika Filippelli, secretária da Mulher

Aprovada pela Câmara Legislativa do DF, a proposta, de autoria da deputada Arlete Sampaio, foi sancionada pelo governador Ibaneis Rocha. Trata-se de um parágrafo único inserido na Lei nº 13.894, de 2019, que garante à vítima de violência doméstica e familiar assistência judiciária para o pedido de divórcio e prioridade de tramitação de processos judiciais enquadrados na Lei Maria da Penha. O objetivo é agilizar o atendimento de casos em que a mulher precise mudar de residência, por exemplo.

A secretária da Mulher, Érika Filippelli, ressalta que caberá à pasta articular com as demais secretarias e órgãos do governo, além de orientar os gestores, para garantir o cumprimento da lei. Para ela, quando uma mulher sofre violência, toda a família precisa reconstruir sua história de vida. “Com certeza, isso reflete o olhar atento do poder público em agilizar os processos administrativos que possam, por exemplo, conceder oportunidades e a inserção à mulher em seus programas”, resume.

Programas assistenciais abrem caminho para um futuro melhor

 


Cerca de 20 mil vítimas de violência doméstica conseguiram apoio do GDF para mudar de vida. Saiba como denunciar

Denunciar é preciso: violência é crime passível de punição | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Maria (nome fictício), 33 anos, só descobriu que sofria violência psicológica depois de denunciar o ex-marido na Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam). Logo após registrar a ocorrência, a professora foi encaminhada ao Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam). Durante os meses de atendimento, ela entendeu que não era responsável pelo fim do casamento de oito anos, como o ex-companheiro a havia induzido a acreditar.

“Quando constataram que, pelos meus relatos, quem tinha problemas era ele e não eu, não acreditei” conta. “Sozinha, eu não conseguia perceber que durante todos esses anos vivi um relacionamento abusivo. Ele dizia que eu era louca, colocava a culpa de tudo em mim e ainda me ameaçou de morte, além de tentar tirar a guarda do nosso filho dizendo que eu era negligente. As pessoas de fora percebem, mas a gente que está vivendo aquela violência, não.”

Graças ao atendimento oferecido pelo GDF, Maria garante que vem se sentindo acolhida e amparada. “Todos acreditaram em mim, validaram os meus sentimentos. Há muitas mulheres que, assim como eu, não sabem que estão sofrendo algum tipo de violência, mesmo com marcas físicas. Apesar de ser a vítima, a gente se culpa. Por isso é fundamental termos esse apoio”, comenta.

“Há muitas mulheres que, assim como eu, não sabem que estão sofrendo algum tipo de violência, mesmo com marcas físicas”Maria

Atualmente, ela e os dois filhos – um deles fruto de outro relacionamento – recebem tratamento psicológico no Pró-Vítima, programa de atendimento de psicologia e de assistência social voltado a vítimas de violência doméstica, intrafamiliar, psicológica, física, sexual e institucional e a seus familiares.

Apesar de sofrer violência física, sexual, moral, psicológica e patrimonial, Joana (nome fictício), 46 anos, também só percebeu os abusos quando as agressões ameaçaram atingir suas filhas. “Quando caiu a ficha, eu fiquei com medo e cogitei retirar a queixa na Deam”, relembra. “Depois que me encaminharam para o Nafavds [Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica], comecei a me encontrar. Empoderei-me com o suporte legal e o apoio psicológico. Eu percebi que não estava só e tinha com quem contar”.

Joana relata que mudou sua forma de agir após conhecer esses programas. “Não vou deixar que minhas filhas passem pelo o que eu passei, pelo que eu vi minha mãe passar”, garante. “Agradeço todos os dias por ter tido a oportunidade de ter esse suporte. Fui bem-acolhida desde o primeiro momento. O olhar carinhoso de todos os profissionais é algo que não consigo descrever”.

“Não vou deixar que minhas filhas passem pelo o que eu passei, pelo que eu vi minha mãe passar”Joana

Apoio exclusivo

Maria e Joana têm histórias de vida bem parecidas, que se juntam às de mais de 20 mil mulheres assistidas pelos programas do GDF que, entre 2019 e 2020, têm acolhido vítimas de violência. Na capital federal, o público feminino conta com uma instituição exclusiva – a Secretaria da Mulher –, responsável por articular, junto a outros órgãos, políticas públicas destinadas a essa faixa.

A pasta recebe mulheres em medida protetiva sob grave risco de vida na Casa Abrigo. Elas são encaminhadas pela Deam, por outras delegacias ou por meio de ordem judicial. O endereço é mantido em sigilo, por motivos de segurança. Também há as unidades do Ceam. Localizados na Estação de Metrô 102 Sul, em Ceilândia e Planaltina, esses órgãos oferecem acolhimento e atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher.

Além da Casa Abrigo e das unidades do Ceam, existem os núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds). O objetivo é provocar reflexões sobre as questões de gênero, comunicação e expressão de sentimentos e sobre a Lei Maria da Penha, entre outros temas. Para ter acesso ao serviço, basta comparecer à unidade mais próxima com RG, CPF e o número do processo judicial. Atualmente, são nove núcleos: Plano Piloto, Brazlândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga.

A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, reforça que a pasta também oferece programas que buscam a independência financeira da população feminina. “[É o caso do] Rede Sou Mais Mulher e do Empreende Mais Mulher”, explica. “Ambos têm o objetivo de fazer com que elas tenham autonomia e independência econômica. A maioria delas não consegue sair de um relacionamento, porque depende financeiramente deles [os maridos ou companheiros]”.

“A maioria delas não consegue sair de um relacionamento, porque depende financeiramente dos maridos ou companheiros”Ericka Filippelli, secretária da Mulher

Em janeiro, o governo local regulamentou o programa Código Sinal Vermelho. As mulheres poderão registrar na palma da mão que estão sofrendo violência doméstica e procurar estabelecimentos comerciais que estarão aptos a chamar a polícia para atendê-las. Os funcionários desses locais serão orientados a acolhê-las de forma sigilosa. A vítima deverá ser levada para um local seguro e discreto até que possa receber atendimento especializado.

Pró-Vítima e Provid

Na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), as mulheres também podem ter atendimento psicológico e assistência. Lá, serão acolhidas e orientadas sobre os direitos delas socioassistenciais, além de participarem de sessões de terapia de apoio individual. “Com o Pró-Vítima, conseguimos oferecer às vítimas o apoio necessário para que possam superar esse momento tão difícil em suas vidas”, resume a titular da Sejus, Marcela Passamani. “A nossa equipe de profissionais está preparada para acolher, orientar e ajudá-las a restabelecer seu equilíbrio mental e emocional”.

“A nossa equipe de profissionais está preparada para acolher, orientar e ajudá-las a restabelecer seu equilíbrio mental e emocional”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania

Já a Polícia Militar do DF atua no programa Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), que tem o objetivo de prevenir, inibir e interromper o ciclo de violência doméstica e familiar por meio do policiamento ostensivo e de visitas comunitárias. “Articulamos com outros órgãos que compõem a rede de enfrentamento para combater as agressões ou para que ela [a mulher] saia daquela situação”, explica a responsável pelo programa, a capitão Adriana Vilela.

“Articulamos com outros órgãos que compõem a rede de enfrentamento para combater as agressões ou para que a mulher saia daquela situação”Adriana Vilela, coordenadora do Provid

A maior parte dos atendimentos é feita por encaminhamentos do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) e pelas varas de Violência, mas as demandas também chegam por meio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), conselhos tutelares, delegacias especializadas, unidades do Nafavd e defensoria pública. O policiamento também atende demais pessoas em contexto de violência, como crianças, adolescentes e idosos. A vítima pode solicitar atendimento pelo número 190 ou na delegacia de polícia mais próxima.

Mulheres em situação de rua

Além de atender mulheres vítimas de violência, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) também tem equipamentos de prevenção para aquelas em situação de rua. As unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) são a porta de entrada para o cidadão acessar a proteção social básica, assim como outras políticas públicas. Ao todo, são 27 unidades distribuídas em várias regiões administrativas da capital.

O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) é outro espaço público de assistência social destinado a pessoas que estão vivendo situações de violência ou violação de direitos. Lá, a vítima será recepcionada e acolhida, fortalecendo vínculos familiares e comunitários. Ela receberá informações sobre seus direitos e terá acesso a outros serviços, benefícios e programas.

“O serviço de equipes que estão na rua aborda as pessoas para identificar e verificar as necessidades imediatas, se têm documentação”, explica a subsecretária de Assistência Social da Sedes, Kariny Veiga. “Será feita a orientação, o trabalho de escuta e sugestões de alternativas para que ela saia da condição de violência”.

Deam

Além da Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (Deam) da Asa Sul, as mulheres ganharam outra unidade em Ceilândia – cidade mais populosa da capital. A delegada-chefe Carolina Litran lembra que as delegacias funcionam 24 horas por dia. “No momento do registro, são tomadas as medidas necessárias para proteger a vítima, como a medida protetiva, o encaminhamento para os programas oferecidos pelo governo local”, informa.

A gestora reforça a importância da denúncia para romper o ciclo de violência doméstica: “É uma responsabilidade da sociedade também. Não precisa ser a vítima para denunciar. Se conhecem pessoas nessa situação, também devem fazer sua parte. Estamos sempre disponíveis, inclusive para tirar dúvidas”.

Neste mês, o Distrito Federal passou a contar com um canal inovador para denúncias de violência doméstica – Maria da Penha On-Line. A nova modalidade é oferecida pela Delegacia Eletrônica da Polícia Civil. De forma pioneira, a ferramenta possibilitará a solicitação virtual de medidas protetivas, preenchimento do Questionário de Avaliação de Risco, representação contra o autor da violência, solicitação de acolhimento da vítima em Casa Abrigo, autorização para intimação durante o processo (via telefone, e-mail, WhatsApp ou outro meio tecnológico sério e idôneo) e, ainda, a possibilidade de anexar arquivos, como vídeos, documentos e imagens.

Arte: Núcleo Digital/Agência Brasília

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Aproveitando os dias de Carnaval no DF

 


Para quem está na cidade, a Agência Brasília apresenta programação variada para o final de semana prolongado

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
No Parque Ecológico Dom Bosco, na QI 29 do Lago Sul, um dos locais mais indicados para apreciar o pôr-do-sol, está a pequena capela dedicada ao padroeiro de Brasília | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

A pandemia de Covid-19 tornou o ano atípico e no qual a tradicional folia de carnaval não terá vez. Está aí, portanto, uma boa oportunidade para diversificar a programação no período. São quatro dias de recesso e, para o brasiliense que não vai deixar o quadradinho, há várias opções de lazer e passeios.

Lugares como o Zoológico, Jardim Botânico e Mirante da Torre de TV são sempre lembrados. Mas as opções vão além e podem envolver, por exemplo, o turismo rural no Circuito Rajadinha, em Planaltina. Ou a escolha de uma das sete rotas de Brasília sugeridas pela Secretaria de Turismo (Setur).

Há a chance, ainda, de conhecer monumentos menos famosos como o Memorial dos Povos Indígenas, no Eixo Monumental. E o Museu Vivo da Memória Candanga, no Núcleo Bandeirante. “Brasília oferece inúmeras opções para todos os gostos, idades e experiências. O morador pode escolher, por exemplo, um roteiro cultural ou arquitetônico e ‘redescobrir’ a cidade onde mora. Eles estão disponíveis no site da Setur”, sugere a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.

 

Rota arquitetônica

A rota arquitetônica é um trajeto com paradas em 12 espaços modernos da capital. Um caminho que passa além dos tradicionais pontos turísticos e sugere uma foto, por exemplo, no edifício-sede do Sebrae Nacional, de beleza e arquiteturas inovadoras. Ou uma espiada no Espaço Lúcio Costa, na Praça dos Três Poderes.

É sair da rotina, mesmo estando em casa. “Não tem folia, afinal enfrentamos uma pandemia. Mas opção não falta. O Lago Paranoá também traz experiências únicas como o Parque Asa Delta, a Ermida Dom Bosco e vários mirantes pelo DF”, aponta Vanessa.

 

Confira abaixo as dicas:

 

  • Rotas de Brasília – Disponíveis no portal da Secretaria de Turismo. São sete e-books com roteiros sugeridos para conhecer a capital: Rotas arquitetônica, cultural, do cerrado, naútica, cívica, da paz (religiosa) e fora dos eixos.

 

  • Museus – Entre os museus administrados pela Secretaria de Cultura, estão abertos o Museu Nacional da República e o Museu Vivo da Memória Candanga. A Substância da Terra: O Sertão e Brasília em acervo são as exposições em cartaz no Museu Nacional. Já a mostra Poeira, Lona e Concreto – com documentos e objetos das primeiras décadas da capital e de candangos que construíram a cidade -, pode ser conferida no Museu Vivo da Memória Candanga. Visitação: ambos os museus estão abertos sábado e domingo, das 10h às 16h. Entrada gratuita.

 

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
A mostra Poeira, Lona e Concreto – com documentos e objetos das primeiras décadas da capital e de candangos que construíram a cidade -, pode ser conferida no Museu Vivo da Memória Candanga | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

 

  • Memorial dos Povos Indígenas – Apresenta uma grande diversidade de utensílios indígenas usados por diversas etnias brasileiras, como cocares, cestos e enfeites faciais. Atualmente, o espaço está com três exposições em andamento, com destaque para Bosque das Línguas Indígenas no Brasil. Visitação Memorial dos Povos Indígenas – Aberto sábado e domingo, das 9h às 15h. Entrada gratuita.

 

  • Centro Cultural Três Poderes – Aberto somente no sábado e domingo de carnaval, o conjunto cultural reúne três atrações na Praça dos Três Poderes: o Espaço Lúcio Costa, o Panteão da Pátria e o Museu da Cidade. Além da bela maquete de Brasília, o local dedicado ao urbanista Lúcio Costa conta com uma galeria com cópias de croquis da construção da cidade. A exposição fica no subsolo e o acesso é feito pela própria praça, em frente ao Palácio do Planalto. Visitação Centro Cultural Três Poderes – Aberto sábado e domingo, das 9h às 15h. Entrada gratuita.

 

  • Mirante da Torre de TV – Considerada uma das mais belas vistas de Brasília ao oferecer uma visão panorâmica de 360 graus, o Mirante da Torre de TV vai abrir apenas em parte do feriado. Na segunda e terça-feira, estará fechado para visitação. Aberto sábado e domingo, das 12h às 18h. Na quarta-feira de cinzas, funciona das 14h às 18h. Entrada gratuita.

 

  • Ermida Dom Bosco – O Parque Ecológico Dom Bosco, na QI 29 do Lago Sul, é um dos locais mais indicados para apreciar o pôr-do-sol em Brasília. Um deck recém-construído é o novo point por lá. Localizada na beira do Lago Paranoá, a Ermida conta com ciclovia, trilhas para caminhada e pista de skate. A pequena capela dedicada a Dom Bosco, padroeiro de Brasília, também é uma atração à parte no passeio. Visitação Ermida Dom Bosco: O parque abre todos os dias, das 6h às 18h. A capela está aberta das 8h às 18h.

 

  • Circuito Rajadinha – São onze chácaras localizadas na Colônia Agrícola Rajadinha 1, na região de Planaltina, que integram o circuito de turismo rural. O projeto foi criado pela Emater-DF. No roteiro, o visitante pode conhecer um pouco da diversidade agrícola da capital. Conhecer e comprar flores e plantas ornamentais, informações sobre decoração, paisagismo e alimentos orgânicos, experimentar produtos da gastronomia rural, como pães, bolos, biscoitos e doces. Por conta da pandemia, é recomendável ligar antes e agendar a visita. Visitação: as propriedades rurais estarão abertas no feriado de Carnaval. Contatos: Freiman Jardins (99272-2292)/Art Flora (99205-6639)/ Chácara Flora Brasília (99251-6714) / Cactos Renato e Hercília (99290-8485)/ Sol Orquidário (99690-9993)/ Cactos e Suculentas Lucimar Freiman (99174-6935)/ Viveiro Ouro Verde (99319-6710)/Delícias da Roça (99605-5174).

 

O Jardim Botânico é uma boa pedida pra quem gosta de estender a toalha xadrez e fazer um piquenique. O visitante também pode apreciar os jardins temáticos e ter contato com as mais diversas espécies do cerrado, espalhadas pelo parque | Foto: Agência Brasília

 

  • Jardim Botânico – Neste fim de semana prolongado, o Jardim Botânico (JBB) continua com sua programação normal, no Lago Sul. Ou seja: funciona todos os dias, menos na segunda-feira. O horário é de 9h às 17h. Apenas na quarta-feira, o parque abrirá a partir das 14h. Uma boa pedida pra quem gosta de estender a toalha xadrez e fazer um piquenique. Além de apreciar os jardins temáticos e ter contato com as mais diversas espécies do cerrado, espalhadas pelo parque. Para quem vai passar o dia, o JBB conta atualmente com dois pontos gastronômicos. No Centro de Visitantes, o Bistrô Jardim Bom Demais oferece café da manhã, brunch, almoço e lanches à sombra de belos eucaliptos. Outra opção é o Caliandra Café, que serve café da manhã e almoço. Visitação: aberto sábado, domingo e terça-feira, de 9h às 17h. Quarta-feira, de 14h às 18h. Ingressos a R$ 5. Pedestres e ciclistas podem entrar gratuitamente entre 7h30 e 9h.

 

  • Zoológico – O feriado de carnaval também é um bom momento para conhecer os novos moradores do Jardim Zoológico. O primeiro é um filhote de anta, macho, nascido há pouco mais de um mês. Espécie em extinção, o caçula do Zoo ainda não possui nome, algo que será definido em uma enquete que será promovida nas redes sociais. O outro é Tupã, um pequeno macaco bugio-de-mãos-ruivas, filhote do casal Bela e Lipe. Outro animal em risco na natureza, o primata nasceu em setembro do ano passado e é pura desenvoltura. O Jardim Zoológico não funcionará na segunda-feira de carnaval (15). Nos outros dias, estará aberto das 9h às 17h. A entrada no parque é permitida somente até as 16h, mas a bilheteria funciona até as 17h. Só estão sendo vendidos somente 1.500 ingressos por dia, em virtude da pandemia. Visitação: aberto sábado, domingo, terça e quarta-feira de cinzas, das 9h às 17h (entrada somente até às 16h). Fechado na segunda-feira. Ingressos a R$ 5 e R$ 10. Crianças até cinco anos de idade não pagam.