O objetivo é manter a segurança dos profissionais de saúde, que enfrentam mais uma grande onda de contaminação pelo novo coronavírus no Baixo Amazonas
09/02/2021 18h44 - Atualizada hoje 19h27 Por Mozart Lira (SESPA)
Um total de 287.751 equipamentos de proteção individual (EPIs) foi distribuído pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) aos municípios da região do Baixo Amazonas, no Oeste do Pará, que atualmente seguem em lockdown, com restrições mais severas em função da alteração de bandeiramento para zona de contaminação aguda de Covid-19.
O material seguiu do Centro de Distribuição de Medicamentos da Sespa, localizado em Marituba (Região Metropolitana de Belém), na segunda-feira (8), rumo à sede do 9º Centro Regional de Saúde, em Santarém, no oeste paraense, de onde haverá distribuição às secretarias de Saúde de 20 municípios da área de abrangência: Alenquer, Almeirim, Aveiro, Belterra, Curuá, Faro, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Novo Progresso, Óbidos, Oriximiná, Placas, Prainha, Rurópolis, Santarém, Terra Santa e Trairão.Os equipamentos saíram do Centro de Distribuição de Medicamentos da Sespa para o 9º Centro Regional de Saúde, em SantarémFoto: Divulgação
Ao todo, foram enviados 1.111 frascos de 450 gramas de álcool em gel; 243.250 caixas com 50 máscaras cirúrgicas descartáveis com elástico; 30.640 caixas com 10 máscaras N95; 1.350 caixas com 50 máscaras “face shield” e 11.400 caixas com 100 toucas cirúrgicas com elástico.
A imediata distribuição desse material atende à urgência em manter equipados os profissionais de saúde de unidades e hospitais dos municípios, para reduzir os riscos de contaminação pelo novo coronavírus, de acordo com o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho. “O envio desses EPIs faz parte de um conjunto de estratégias que vem sendo adotado pelo governo do Estado para a zona oeste, de forma a dar suporte contínuo aos municípios dessa região, até que os números do coronavírus estejam mais estabilizados”, explicou.
Posteriormente, a Sespa enviará remessas de EPIs aos demais Centros Regionais de Saúde, para abastecer todos os 144 municípios paraenses.
A adoção de protocolos atualizados de tratamento pela direção da unidade, mantida pelo Governo do Pará, vem obtendo bons resultados na recuperação de pacientes
09/02/2021 19h27 - Atualizada hoje 22h19 Por Bruna Brabo (SECOM)
Aos 76 anos, João Fernando de Souza recebeu alta médica, assim como Gabriele DarianaFoto: Ricardo Amanajás / Ag. ParáNa porta do hospital, o cenário é formado por cartazes com mensagens de esperança e agradecimento. Para familiares que aguardam um boletim ou a alta médica, é esse carinho que fortalece mais um elo da rede de proteção, auxílio e positividade. A emoção de cinco pacientes que venceram a Covid-19 tomou conta de profissionais e familiares no Hospital de Campanha de Belém, no Hangar, nesta terça-feira (09).
Gabriele Dariana Leandro também já voltou curada para sua cidade, no interior do AmazonasFoto: Ricardo Amanajás / Ag. ParáPara quem foi acolhido, tratado e curado na capital paraense, as lágrimas simbolizam agradecimento. “Minha cidade não tem condição nenhuma de saúde. Eu tive que sair da minha cidade, no interior do Amazonas, para conseguir saúde aqui no Pará. Eu agradeço muito ao Estado do Pará, porque talvez eu não tivesse viva agora. Muito obrigada!”, declarou Gabriele Dariana Leandro, após receber alta.
Assim como Gabriele, outros dois pacientes do Amazonas foram liberados pelos médicos da unidade. Em todos os procedimentos de transferência, os pacientes são transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB), a partir de ação do Ministério da Saúde com o Governo do Amazonas.
Até o momento, o Hospital de Campanha recebeu 41 pacientes vindos do Amazonas. Desse total, 17 receberam alta médica, seis estão na UTI, 11 na enfermaria e sete não resistiram à doença.João Fernando e Gabriele ao lado de profissionais do Hospital de Campanha de BelémFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
Dia inesquecível - Dois pacientes de Belém, ambos com mais de 60 anos, também venceram a Covid-19 e ressaltaram a eficiência do atendimento recebido. “Se eu pudesse, levava todo mundo para minha casa, pra gente comer e celebrar. Em matéria de hospital, aqui é muito bom. Eu já consegui chegar aos 76 anos, e agora quero ir até os 100 ou mais”, disse João Fernando de Souza.
Segundo Jane Souza, nora de João, o dia da alta foi marcado no calendário da família. “Todo dia eu vinha pegar o boletim com os médicos, e graças a Deus ele teve uma recuperação boa e rápida. Hoje, nós estamos tendo essa vitória de sair daqui com ele”, acrescentou.
A direção do Hospital de Campanha explicou que foram instituídos protocolos atualizados de tratamento, que permitem dar uma resolutividade melhor ao atendimento oferecido aos pacientes, para que eles tenham resultados clínicos positivos. “Essas atividades nos permitem atender mais pessoas com mais qualidade, com a mesma quantidade de leitos e permitindo que tenhamos muito mais saídas do Hospital do que pacientes perdidos”, ressaltou a diretora da unidade, Alba Muniz.
Foto: Ricardo Amanajás / Ag. ParáA diretora do Hospital, Alba Muniz, destacou as ações de humanização adotadas na unidadeHumanização - De acordo com a equipe do Hospital de Campanha de Belém, há registro de progresso nas altas. Só nesta terça-feira foram sete pacientes liberados. O atendimento humanizado e as ações para reduzir o tempo de internação são considerados essenciais para a recuperação dos pacientes.
Outro cuidado tomado pela diretoria do Hospital foi a redução de ruídos, com música ambiente e diminuição da luminosidade do espaço, para que os pacientes tenham mais conforto durante a noite. “Começamos a inserir dentro de uma margem segura para o paciente e o profissional ações que tiram os pacientes do isolamento, como a música ambiente, que faz diferença para a evolução no quadro clínico. Nossos funcionários perceberam que há essa necessidade, que vai além da videochamada”, reforçou Alba Muniz.O Hospital de Campanha também acolhe e trata pacientes do Estado do AmazonasFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
Transferências - O Governo do Pará executa uma série de medidas integradas para dar suporte aos municípios no enfrentamento da pandemia. Para as transferências, o governo estadual disponibiliza o serviço de transporte aeromédico, mobilizando aviões e helicópteros.
Na tarde desta terça-feira, uma paciente procedente do município de Cametá, na região do Baixo Tocantins, chegou ao Hospital de Campanha de Belém pelo serviço ofertado pela Sespa. Na unidade, já recebe tratamento na Unidade de Terapia Intensiva.
Do início de dezembro até 09 de fevereiro, o governo abriu 249 leitos para atender doentes de toda a região
09/02/2021 19h41 - Atualizada hoje 22h03 Por Laís Menezes (SESPA)
O Estado investe na ampliação de leitos e reforça o trabalho com os municípios do oeste paraenseFoto: Pedro Guerreiro / Ag. ParáNo enfrentamento à segunda onda de Covid-19 na região Oeste, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), mantém as estratégias de assistência à população, ampliando o número de leitos e reforçando o trabalho em conjunto com os municípios. Já foram abertos, de dezembro até esta terça-feira (09), 249 leitos para atender pacientes de Covid de toda a região.
Em 4 de dezembro de 2020, a Secretaria reativou os atendimentos para pacientes da doença no Hospital Regional do Tapajós, em Itaituba, após a evolução da Covid-19 na região do Baixo Amazonas, já que o HRT funciona como retaguarda. Em dezembro foram instalados 60 leitos de UTI e 54 leitos clínicos, e no dia 27 de janeiro mais 15 de UTI, totalizando 75 leitos de terapia intensiva na unidade, que integra a rede pública estadual de saúde.Sespa reativou atendimentos para pacientes de Covid-19 no Hospital Regional do TapajósFoto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará
Já no município de Santarém, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) já havia retornado ao perfil de atendimento das suas especialidades, mas reativou, no último 18 de janeiro, 17 leitos de UTI, sendo 10 adultos, quatro pediátricos e três neonatais, além de cinco leitos clínicos. Ao longo de janeiro, novas ampliações foram feitas de acordo com a necessidade, atingindo, em 7 de fevereiro, 51 leitos de UTI e 44 clínicos, somando 95 leitos para pacientes de Covid-19 no HRBA.
Também foi ampliado o número de leitos no Hospital 9 de Abril, em Juruti, que desde 19 de janeiro dispõe de cinco leitos clínicos e 10 de UTI, e no dia 20 de janeiro abriu mais 10 leitos, alcançando o número de 15 leitos clínicos e de 10 UTI para atendimento de doentes de Covid.Em Santarém, as transferências de pacientes diminuem a pressão sobre a UPAFoto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará
Transferências - A Sespa, em parceria com a Secretaria de Saúde de Santarém, vem reduzindo o número de ocupações na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), com transferências mais céleres de pacientes para hospitais de referência em Covid-19 na região Oeste, onde o contágio pelo novo coronavírus é agudo no momento. Do dia 2 de fevereiro, quando iniciou a ação, às 10h desta terça-feira, já foram realizadas 50 transferências.
O trabalho iniciou na última semana, quando diretores da Sespa e gestores municipais identificaram um fluxo acima do esperado na UPA, mesmo ainda dispondo de leitos. Com o aval da Prefeitura, uma equipe técnica da 9ª Regional de Saúde da Sespa foi à unidade verificar os problemas e saber o motivo de os pacientes não estarem passando pela regulação.
“Desde o dia 2 (de fevereiro) estamos atuando dentro do núcleo interno de regulação da UPA, com o aval da Prefeitura de Santarém, para dinamizar o procedimento de internação dos pacientes, e assim diminuir a taxa de ocupação da UPA. Decidimos como estratégia abrir esses novos leitos, para dar suporte à região, desafogando os atendimentos na UPA, até que o Hospital de Campanha seja aberto e funcione em sua totalidade”, explicou Guilherme Mesquita, titular da Diretoria de Desenvolvimento e Auditoria em Serviços de Saúde da Sespa (DDASS).Cilindros de oxigênio chegam à região para abastecer as unidades de saúde de vários municípiosFoto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará
Suporte – A cooperação técnica entre a Sespa e as Forças Armadas resultou no êxito das operações de entrega de cilindros de oxigênio para o Oeste do Pará. A coordenação da atividade, pelas Forças Armadas, foi do Comando Conjunto do Norte (CCN) - formado pelo Comando Militar do Norte, 4º Distrito Naval e Ala 9 -, em parceria com o Ministério da Defesa.
O Estado já forneceu aos municípios 645 cilindros de oxigênio para dar suporte ao combate à Covid-19. Desses, a região oeste recebeu 505 cilindros. Entre os municípios alcançados estão Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Itaituba, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Prainha, Rurópolis, Santarém e Terra Santa.
Já a região do Marajó, com o apoio do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu), vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), recebeu 140 cilindros, beneficiando os 16 municípios marajoaras: Afuá, Cachoeira do Arari, Chaves, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, Breves, Curralinho, Gurupá, Muaná, Soure, São Sebastião da Boa Vista, Melgaço, Portel, Anajás e Bagre.
Mais leitos - De acordo com o secretário Rômulo Rodovalho, a Sespa monitora diariamente o panorama da doença em todas as regiões do Estado, adotando medidas preventivas e pontuais, conforme a necessidade de cada município.
“A Sespa atua para garantir assistência a toda a população, independentemente da região. Por isso, diuturnamente monitoramos todos os índices da Covid-19 no Estado, o que permite que a nossa atuação seja de forma preventiva, antes que a situação fique crítica em qualquer local. Medidas como mudança das restrições, visitas em loco, aumento do número de leitos são constantemente realizadas, para combater o aumento do número de casos no Pará. Na próxima quinta-feira (11) iremos ofertar mais 10 leitos de UTI no HRBA, ampliando a assistência à população do Baixo Amazonas”, anunciou o secretário.
Ação do Governo do Pará tem como objetivo proteger os profissionais que receberam ameaças ou estão em vulnerabilidade social
09/02/2021 15h56 - Atualizada hoje 17h02 Por Leonardo Nunes (SECOM)
Foto: Marco Santos / Ag. ParáEm uma ação articulada do Governo do Pará, nesta terça-feira (09), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) e a Companhia de Habitação do Estado do Pará (COHAB) assinaram o Termo de Cooperação do Aluguel Social. A medida vai beneficiar 100 agentes penitenciários ameaçados ou que estão em condição de vulnerabilidade. A parceria foi oficializada pelo governador Helder Barbalho, em ato solene realizado no Salão de Atos, no Palácio dos Despachos, em Belém.
A parceria entre a Secretaria de Administração Penitenciária e a COHAB foi firmada, em caráter de urgência, para que os beneficiários possam ter acesso à esta medida, que compõe a rede de proteção ao servidor público do órgão. Os interessados devem entrar em contato com a Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) da Seap.
Foto: Marco Santos / Ag. ParáO governador Helder Barbalho reiterou que o Governo do Pará está empenhado no combate à violência e ao crime organizado. O chefe do Poder Executivo Estadual destacou o fortalecimento das instituições ligadas à segurança pública e necessidade de reorganizar o sistema prisional paraense. Helder Barbalho também afirmou que, pelo segundo ano consecutivo, o Pará apresenta queda nas ocorrências envolvendo ataques aos funcionários públicos da área da segurança.
“O sistema carcerário do Pará certamente representava um dos maiores indutores da criminalidade externa. Fizemos todas as intervenções necessárias. Externo minha satisfação com o papel que a SEAP tem feito dentro do sistema de segurança pública. Hoje, o policial penal tem o mesmo protagonismo do sistema coletivo de enfrentamento à bandidagem e este protagonismo tem o preço da exposição”, ponderou Helder Barbalho.
“Quando assumimos, o Estado estava em uma crescente vertiginosa da perda de profissionais de segurança. Conseguimos reduzir em 2019, quando comparamos com 2018, e em 2020 quando comparado com 2019. Tivemos uma redução de 47% no número de profissionais de segurança que perderam a vida para o crime. Foram 18 vidas salvas comparando 2019 com 2020, porém ao tempo em que a policia penal passa a protagonizar essa relação dentro do cárcere, também passa a ser alvo”, ponderou.
“Minha solidariedade integral e absoluta. Sei o quanto estão preparados para exercer a profissão. Também sei o quanto ficam expostos e o Estado olha isso com atenção. Não vamos recuar. E se não vamos recuar, vamos dar condições para vocês trabalharem. Aqui estamos fazendo uma política de Estado com os policiais penais que já fizemos com os policiais militares”, completou o governador.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), atualmente três servidores estão classificados em situação vulnerabilidade e outros 13 estão sendo analisados pela DGP. O secretário da pasta, Jarbas Vasconcelos, destaca que este é o primeiro ato da política habitacional voltada aos policiais penais. “O aluguel social é muito importante neste momento em que as organizações criminosas atacam e ameaçam os policiais penais. Não podemos e não vamos recuar. Jamais o sistema voltará ser território do crime”, afirmou.
Foto: Marco Santos / Ag. Pará
“O Sistema Prisional tem que ser como é hoje, território do Estado. Isto que nos da certeza da continuidade da queda de todos os índices de criminalidade. Este ato do governador hoje e a sinalização que outras politicas habitacionais serão feita feitas com os policiais penais, demonstram o reconhecimento do Estado para estes profissionais que integram a segurança pública.”, completou o secretário.
Jarbas Vasconcelos informou, ainda, que os critérios para o acesso ao benefício passam pela avaliação de ameaças recebidas e local de residência próximo à área de criminalidade. As informações serão analisadas pelo serviço de Inteligência da SEAP.
O presidente em exercício da Cohab, Luís André Guedes, ressaltou o avanço na política habitacional do Estado para os servidores da segurança pública. “Mais uma conquista para área. Conseguirmos esse auxílio moradia, conhecido popularmente como aluguel social, para que a gente possa garantir a segurança e qualidade de vida destes servidores que possam estar sofrendo algum risco e que eles possam também dar segurança para sua família”, disse o presidente.
Sindicato e associação aprovam medida
Os presidentes da Associação dos Policiais Penais do Pará e do Sindicato dos Policiais Penais do Pará, Joel Alves Batalha e Rosivan Santos, respectivamente, aprovam o ato realizado pelo Governo do Pará e também convergem que a medida vai proporcionar mais segurança aos profissionais e seus familiares.
“Esse ato é muito importante para nossa categoria. A Secretaria de Segurança junto com a Seap também estão dando o apoio necessário. Vejo a questão da moradia como um ponto principal para nossos servidores que moram em bairros periféricos onde muitos meliantes moram próximos. É um ato maravilhoso para categoria”, disse Joel Alves Batalha.
“A importância é que valoriza o servidor. Ultimamente tem acontecido alguns atentados conta os policiais penais e era necessário que o Estado tomasse alguma medida para retirar estes servidores de locais onde o crime está. É um ato de muita relevância para categoria. Quando tiramos o servidor destes locais, onde a criminalidade está alocada, a probabilidade é que o servidor venha se livrar disto, analisou Rosivan Santos.
GDF Presente ajusta 5 km de estradas vicinais na região, grande produtora de frutas e hortaliças
GIZELLA RODRIGUES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON
Em Brazlândia, grande produtora de morango, goiaba e hortaliças, máquinas do Polo Oeste, em parceria com a administração regional, recuperaram 5 km de estradas de três núcleos rurais | Foto: Divulgação/GDF Presente
O fomento que o GDF dá para a produção rural do Distrito Federal passa pela recuperação das estradas vicinais, de suma importância para o escoamento dos produtos cultivados em solo brasiliense. Além de atuar na manutenção das regiões administrativas, o GDF Presente tem ajudado a melhorar a rotina dos agricultores ajustando as vias não pavimentadas próximas às chácaras. Em Brazlândia, grande produtora de morango, goiaba e hortaliças, máquinas do Polo Oeste, em parceria com a administração regional, recuperaram 5 km de estradas de três núcleos rurais.
As vias danificadas pelas chuvas nos Núcleos Rurais Capãozinho III, Chapadinha e Curralinho foram patroladas pelo GDF Presente. “O trânsito estava muito ruim, as estradas estavam com irregularidades que causam a trepidação dos carros e cheias de buracos”, explica o coordenador do Polo Oeste, Devanir Martins. Segundo ele, foram usados no patrolamento materiais como cascalho, resto de asfalto e de obras. “A gente compacta esse material com o rolinho e ele adere ao solo evitando o surgimento de erosões.”
Brazlândia tem uma das maiores e mais produtivas áreas rurais do DF. São mais de 900 quilômetros de estradas não asfaltadas por onde passam caminhões cheios com a produção a ser comercializada em diferentes pontos do DF, entre eles a Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa). “É um trabalho de manutenção constante”, afirma o coordenador de Licenciamento, Obras e Manutenção da administração regional, João Paulo Gomes Bonifacio.
O GDF Presente também fez o transporte de 1.100 toneladas de insumos para ser usado na recuperação das vias de terra da cidade. “Aproveitamos o polo que tem muitos caminhões, mas todo dia estamos patrolando as vias com nosso maquinário, dando maior atenção para trechos por onde passam ônibus do transporte escolar e caminhões para o escoamento da produção”, diz João Paulo.
A via principal do Núcleo Rural Radiobras e a via de ligação entre Brazlândia e o município de Águas Lindas (GO) pelo Setor Maranata também foram recuperadas. O caminho para o município goiano pode ser feito por duas rodovias distritais: uma delas pavimentada e a outra, não. Pela estrada asfaltada são 22 km, caminho encurtado em 17 km pela terra. “A estrada rural é mais curta e, por isso, muito usada”, afirma o coordenador de Licenciamento, Obras e Manutenção da Administração Regional de Brazlândia.
Salários chegam a R$ 3,5 mil, com oportunidades para todos os níveis de escolaridade
ALLINE MARTINS, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: RENATA LU
Duas vagas para crecheira, duas para monitor infantil e uma para técnico em secretariado são as novidades na tabela de vagas das agências do trabalhador, nesta quarta-feira (10). Elas se somam a outras 369 abertas, com salários de até R$ 3,5 mil, mais benefícios. Há oportunidades para todos os níveis de escolaridade.
Ajudantes, auxiliares e técnicos são procurados em 23 vagas para aturem com estruturas metálicas, linhas de produção, em suporte de TI, instalação de sistemas ópticos, nutrição e ajudando motoristas. Nestas áreas, as remunerações variam entre R$ 1,1 mil e R$ 1,3 mil, mais benefícios.
Mecânicos, motoristas e motofretistas também têm espaço no mercado de trabalho. Juntas, as profissões oferecem 41 vagas, com salários entre R$ 30 a hora, oferecidos a mecânicos de manutenção de automóveis e de refrigeração, e R$ 1,6 mil, pagos a motorista de caminhão.
Profissionais nas áreas de serviços, como caseiros, jardineiros, manicures e Office-boy contam com seis vagas abertas e podem receber, mensalmente, entre R$ 1,1 mil e R$ 1.191, mais benefícios.
Empreendedores que desejam buscar profissionais também podem utilizar os serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível usar os espaços físicos para seleção dos candidatos encaminhados. Para isso, basta acessar o site da Secretaria do Trabalho e preencher o formulário na aba empregador.
Índice da capital federal no período foi de 0,05%, o terceiro menor entre as regiões pesquisadas pelo IBGE
AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON
O comportamento do IPCA em janeiro refletiu a alta nos preços de itens do grupo de Alimentação e bebidas (1,22%), como no da batata inglesa. E, também, em relação a carnes, banana prata e cebola, por exemplo | Foto: Arquivo/Agência Brasil
A inflação no Distrito Federal ficou em 0,05% no mês de janeiro, o menor resultado mensal desde junho de 2020, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apresenta mensalmente a variação dos preços de produtos e serviços. O índice está abaixo do percentual apontado para o Brasil, de 0,25%. Entre as 16 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital federal registrou a terceira menor inflação do país no período, ficando atrás apenas de Goiânia (-0,17%) e Belém (-0,03%).
O comportamento do IPCA em janeiro refletiu, principalmente, a alta nos preços de itens do grupo de Alimentação e bebidas (1,22%), como carnes, banana prata, batata inglesa e cebola, e a queda observada nos preços de itens dos grupos de Habitação (-1,02%) e Vestuário (-1,45%), como energia elétrica residencial e roupa feminina. Outros grupos que também registraram variação positiva foram os de Despesas pessoais (0,32%), Artigos para residência (0,78%), Saúde e cuidados pessoais (0,16%) e Educação (0,22%). Em contrapartida, os grupos de Transportes (-0,22%) e Comunicação (-0,24%) registraram variações negativas.
A inflação do Distrito Federal pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede apenas a inflação das famílias com renda mais baixa (entre um e cinco salários mínimos), ficou em 0,09% no mês de janeiro
A inflação do Distrito Federal pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede apenas a inflação das famílias com renda mais baixa (entre um e cinco salários mínimos), ficou em 0,09% no mês de janeiro, novamente superior ao resultado calculado pelo IPCA. A diferença entre os dois índices se deve ao fato dos grupos de Alimentação e bebidas e Transportes – que registraram alta nos preços dos itens que os compõem – possuírem maior peso na cesta de consumo das famílias com menor renda. Entre as 16 regiões pesquisadas, a capital federal apresentou a segunda menor inflação pelo INPC do país, atrás apenas de Goiânia (-0,25%), e abaixo do índice nacional, de 0,27%.
Entre os fatores que contribuíram para o comportamento do INPC em janeiro, destacam-se as variações positivas nos grupos de Alimentação e bebidas (1,30%) e Transportes (0,22%), já que a queda no preço das passagens aéreas não influencia muito na cesta de consumo das famílias com renda mais baixa, e as variações negativas nos grupos de Habitação (-1,06%) e Vestuário (-1,59%), em razão da energia elétrica e da roupa feminina ter maior influência no consumo dessas famílias.
Os grupos de Despesas pessoais (0,37%), Artigos de residência (0,78%) e Educação (0,22%) registraram alta, enquanto os grupos de Comunicação (-0,25%) e Saúde e cuidados pessoais (-0,08%) apresentaram quedas.
A gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Jéssica Milker, analisa o resultado do IPCA e do INPC no mês de janeiro no DF: “Em janeiro, os alimentos voltaram a pressionar a alta dos preços na capital federal, após terem acumulado uma variação positiva de 10,78% entre janeiro e dezembro de 2020. Esse comportamento exige certa atenção, pois impacta diretamente sobre as camadas de renda mais baixa e a sua persistência compromete o poder de compra da população, que acaba não tendo recursos para consumo de outros produtos”, explica.
O principal fator que estimulou a alta em janeiro foi o aumento no preço dos alimentos, o mesmo que impulsionou a inflação ao longo de 2020Renato Coitinho, pesquisador da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan
Para o pesquisador da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Renato Coitinho, “o principal fator que estimulou a alta em janeiro foi o aumento no preço dos alimentos, o mesmo que impulsionou a inflação ao longo de 2020. Por isso, continuamos observando uma pressão de preços mais forte sobre a parcela da população de menor renda no DF.
No entanto, a redução do preço da energia elétrica deu um alívio para essa parcela da população, de forma que os 25% mais pobres da capital federal observaram uma deflação de 0,08%, enquanto os 25% mais ricos verificaram estabilidade”.
Inflação por faixa de renda
No primeiro boletim da inflação no DF em 2021, a Codeplan divulga dados inéditos sobre a variação dos preços de produtos e serviços para diferentes estratos sociais, com o objetivo de observar como o comportamento inflacionário afeta as diferentes faixas de renda da capital federal. É considerado o resultado calculado pelo IPCA, que é o indicador oficial da inflação no país.
O IPCA por faixa de renda é dividido em quatro grupos de renda domiciliar, enquadrando-os entre os 25% mais pobres, cuja renda média é menor que R$ 2.344,99 (baixa renda); aqueles entre 25% e 50% de menor renda, com rendimentos variando entre R$ 2.344,99 e R$ 5.373,38 (média-baixa renda); os entre 50% e 25% de maior renda, cuja renda média encontra-se no intervalo de R$ 5.373,38 e R$ 12.404,88 (média-alta renda); e os 25% mais ricos, que ganham acima de R$ 12.404,88.2 (alta renda).
No mês de janeiro, o IPCA incidente para os 25% mais ricos permaneceu estável, com variação de 0,00%, enquanto os 25% mais pobres perceberam uma contração de 0,08% no preço da sua cesta de consumo, parcialmente em razão da queda no preço da energia elétrica, cujo peso é maior para as famílias de menor poder aquisitivo em comparação às demais. Para as categorias intermediárias, observou-se uma variação positiva de 0,25% para as famílias entre 50% e 25% de maior renda, e de 0,19% para as famílias entre 25% e 50% de menor renda.
Ao longo do ano passado, as famílias com menor renda enfrentaram uma inflação maior que as famílias de renda mais elevada. Isso se deve ao fato da inflação ter sido impulsionada em 2020, principalmente, pelos grupos de produtos e serviços que possuem maior participação na cesta de consumo das famílias com menor poder aquisitivo.
Programa Multiprofissional da ESCS/Fepecs constará em documento que pretende valorizar cursos de pós-graduação
AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO
Residentes do Hospital de Base (HB) vão representar a unidade em uma cartilha do Ministério da Saúde (MS). O documento, intitulado Plano de Valorização de Residências Médicas em Saúde, será lançado em março pela pasta federal e conterá informações da prática educativa dos residentes brasileiros em seus locais de trabalho. Os profissionais do HB foram fotografados nesta terça (9) pela equipe do MS.
As imagens são de estudantes do Programa de Residência Multiprofissional em Rede: Terapia Intensiva da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS/Fepecs), da Secretaria de Saúde, no âmbito do HB.
“É uma residência importante, principalmente neste atual cenário de pandemia, em que as UTIs estão sendo protagonistas dentro da saúde pública.”Giselle Antunes, gestora do Programa de Residência da ESCS/Fepecs
Para a gestora do programa, Cibelle Antunes Fernandes, a escolha da residência no cenário do Hospital de Base representa a valorização da pós-graduação dentro do cenário nacional. “Estamos orgulhosos e honrados de poder representar o nosso país enquanto uma residência em saúde em área multiprofissional em terapia intensiva”, afirmou.
O programa de residência multiprofissional conta com residentes do segundo ano de terapia intensiva. “Temos as profissões de enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, odontologia e psicologia”, listou Cibelle. “É uma residência importante, principalmente neste atual cenário de pandemia, em que as UTIs estão sendo protagonistas dentro da saúde pública.”
Formada pela Universidade de Brasília (UnB), a fisioterapeuta Vitória Soares, 25 anos, integra o programa de residência que constará na cartilha do Ministério da Saúde. Ela conta que o cenário de prática do Hospital de Base para fazer residência é de grande importância, por ser um local de destaque no tratamento do trauma. “É referência no Brasil inteiro.”