sábado, 6 de fevereiro de 2021

Abel sonha com mais títulos pelo Palmeiras e elogia rival: "Vai nos obrigar a estar no nosso melhor"

 

Por Fabricio Crepaldi — Doha, Catar

 


O discurso do Palmeiras antes da estreia no Mundial de Clubes da Fifa envolve sonho e muito respeito ao Tigres-MEX, adversário na semifinal da competição, em duelo marcado para domingo, a partir das 15h (de Brasília), no estádio da Cidade da Educação, em Doha, no Catar. A TV Globo, o SporTV e o ge transmitem a partida ao vivo.

Em entrevista coletiva concedida no palco da partida, o técnico Abel Ferreira elogiou o adversário deste domingo e não escondeu o sonho de levar o Palmeiras ao título do Mundial de Clubes da Fifa. Antes da taça, porém, o foco está totalmente no forte clube mexicano.

— Se queremos ser os melhores, temos de enfrentar as melhores equipes. (Tigres) Vai nos obrigar a estar no nosso melhor. Estas competições nos desafiam, eles nos deixam alerta, isto que eu e meus atletas queremos. Temos de enfrentar as melhores equipes — afirmou o treinador português, que destrinchou bem o rival deste domingo.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em entrevista coletiva no Catar — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em entrevista coletiva no Catar — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

— Tigres foi três vezes para final de Concacaf e é patrocinado pela segunda maior produtora de produtos de construção civil no mundo, que tem investido fortemente. É um time com grandes jogadores, tem uma forma propositiva de jogo, que valoriza o ataque. Estamos preparados para escalar esta montanha. Um adversário com qualidade individual e coletiva, mas nada altera nossa ambição e o que temos de fazer — acrescentou.

O treinador comentou também sobre o fato de estar na disputa por um título mundial, algo obtido pelos sul-americanos somente após a conquista da Copa Libertadores. Uma das maiores motivações do Palmeiras no Catar é o sonho de alcançar o “topo da montanha”.

— É algo que ainda não foi feito no nosso clube e nos motiva e nos desafia por saber que ainda ninguém conseguiu. E tudo faremos. Somos capazes de fazer e muito melhor que cada um de nós pensa, é nisso que temos de acreditar. Foi o que nos levou a vencer a Libertadores — assegurou.

— Isto que temos de fazer, viver com intensidade, competir, mas para ganhar. É nossa forma de estar, temos de fazer aquilo que sabemos, jogar futebol de alto nível, que nos sentimos seguros, que desfrutamos, é o que vamos tentar fazer amanhã. Respeitando nosso adversário e competir. Temos de competir — completou Abel Ferreira.

Fabrício Crepaldi fala sobre a preparação do Palmeiras para a semifinal do Mundial
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Fabrício Crepaldi fala sobre a preparação do Palmeiras para a semifinal do Mundial

Confira mais respostas de Abel Ferreira antes da estreia:

Palmeiras no Mundial
— Fruto de um percurso, de um trabalho realizado, começado há vários meses. É um prêmio por isso, mas o grupo é ambicioso, muitas vezes somos capazes de fazermos muito mais do que pensamos. É um desafio, mas também uma grande satisfação.

Análise sobre o Tigres
— Três vezes final de Concacaf, é patrocinada pela segunda maior produtora de produtos de construção civil no mundo e tem investido fortemente na equipe. É um time com grandes jogadores, tem uma forma propositiva de jogo, que valoriza o ataque. Estamos preparados para escalar esta montanha. Um adversário com qualidade individual e coletiva, mas nada altera nossa ambição e o que temos de fazer. Se queremos ser os melhores, temos de enfrentar as melhores equipes. Vai nos obrigar a estar no nosso melhor. Estas competições nos desafiam, eles nos deixam alerta, isto que eu e meus atletas queremos. Temos de enfrentar as melhores equipes.

Abel Ferreira e Gustavo Gómez, do Palmeiras — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira e Gustavo Gómez, do Palmeiras — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Sonho do título Mundial
— É algo que ainda não foi feito no nosso clube e nos motiva e nos desafia por saber que ainda ninguém conseguiu. E tudo faremos. Somos capazes de fazer e muito melhor que cada um de nós pensa, é nisso que temos de acreditar. Foi o que nos levou a vencer a Libertadores. Isto que temos de fazer, viver com intensidade, competir, mas para ganhar. É nossa forma de estar, temos de fazer aquilo que sabemos, jogar futebol de alto nível, que nos sentimos seguros, que desfrutamos, é o que vamos tentar fazer amanhã. Respeitando nosso adversário e competir. Temos de competir.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, no estádio Cidade da Educação — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, no estádio Cidade da Educação — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Mais sobre o Tigres e a forma do Palmeiras jogar
— O Tigres vai pela forma coletiva, temos de estar pensando antes da bola chegar e fazer nosso trabalho. Anteciparmos antes de chegar ao nosso adversário. É dentro de campo impor a nossa forma de defender e nossa forma de atacar. O adversário tem muita qualidade, tem um potencial tremendo e permitiu ter grandes jogadores e uma grande equipe. Temos de tapar os caminhos da baliza sem a bola e jogar com coragem quando tivermos a bola e para fazer gols. Só assim poderemos vencer este jogo.

Rival mais experiente
— Nosso adversário neste momento tem menos jogos realizados que o Palmeiras. É uma equipe com tempo necessário para recuperar, sem medo de ninguém, que vai pelo jogo coletivo. O futebol é físico, um jogador com 28, 30, 31 ainda é fresco. E com mais idade, ele compensa a capacidade física com sua inteligência. Corre menos e corre certo. Esta é a diferença, é isso que procuro como treinador. Que sejam inteligentes com corridas certas. O Tigres, mesmo no Bayern de Munique, vamos juntar, temos jogadores experientes e irreverentes. A mescla que faz a equipe que somos.

Brasileiros x mexicanos
— Quando falamos do futebol brasileiro, falamos de talento. E quando falamos de futebol mexicano, uruguaio, falamos de raça, atitude e isso que queremos juntos. Queremos ver talento, raça e atitude misturados. Por isso às vezes equipes sul-americanas se dão bem. É preciso competir, dividir cada duelo como se fosse o último. Temos de juntar o talento, a garra e competir. Isto que temos de fazer.

Fato de mexicanos torcerem contra o Palmeiras
— Há uma expressão que se usa no Brasil e eu não conhecia: "os secadores". Há secadores para todo lado. O mais difícil no futebol às vezes é o fácil. Temos de nos lembrar o que nos trouxe até aqui e fazer o futebol coletivo, usar nossa forma de jogar, de defender e atacar. Depois, sabemos que todo mundo há torcedores e secadores e temos de encarar da mesma maneira. É ver alguém que nos apoia ou joga contra nós e nos seca.

Primeira visão sobre o Catar
— A primeira impressão que fiquei: é um país calmo, organizado, limpo e o Gustavo já falou: bonito. Construções novas e parabéns, tenho certeza que estarão preparados para o Mundial.

Abel fala mais sobre a postura do Palmeiras no jogo
— Nós não controlamos nosso adversário, respeitamos e estudamos todos, mas o importante é o que nós temos de fazer como equipe, é a capacidade de cada um entrar amanha e dar seu melhor, jogar no alto nível. Por muito que eu estude, nunca sei o que vai fazer o adversário, cada jogo tem uma historia. Mas no fim fica nossa identidade e nossa qualidade como equipe. Procuramos estudar, mas o mais importante é nossa capacidade de atacar e defender. Assim que vejo cada desafio, a capacidade de darmos nosso melhor para desafiar o adversário.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em treino no Catar — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, em treino no Catar — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Prevenção em relação à bola aérea defensiva
— Melhor maneira de prevenir é fazer gol no adversário, como fizemos no gol do Breno Lopes. Essa é a melhor forma de prevenção.

Mais sobre a partida e a chance de jogar o Mundial
— Nossa vontade, nossa ambição e garra são tão grandes que nada desvia o que temos de fazer: nossa forma de jogar. Isso que mais importa, o que nós temos de fazer em campo. É um rival de grande investimento, grande time, mas não controlo. O grande desafio que os jogadores tem é ser a melhor versão de cada um deles, aproveitar essa oportunidade. Não sei se vamos voltar aqui um dia. Mas eu vou aproveitar cada momento como técnico e vou passar isso pra eles também. Estamos aqui por direito próprio e queremos proteger o nosso sonho até a final.

Como a individualidade pode definir o jogo
— A individualidade vai estar sempre presente, ela emerge dentro do coletivo. Para tirar o máximo dos meus jogadores, as individualidades aparecem depois, como no gol da Libertadores. Isso que espero amanha de cada um. O que mais exijo é que deem o melhor deles. Eu não prometi títulos ao Palmeiras e nunca prometerei. Mas eu prometo que daremos o melhor em cada jogo e cada treino, com todos os nossos recursos para ganhar. Eu peço que deem o melhor, é só isso. Que se esforcem, joguem o que sabem. Só isso que eu peço. Que eles deixem o ego em casa e compitam para eu escolher os melhores e competir com os rivais. Dentro do jogo coletivo surgem as individualidades. Sempre os meus recursos aos serviço do time, assim vejo a questão individual. Seja quem entra no começo ou quem está no banco. Essa é nossa força. Quando digo que todos somos um, é por isso. Esse espírito nos tem trazido até aqui.

Cirurgias eletivas voltam em todas as especialidades

 


Procedimentos hospitalares em 2019 e 2020 são pelo menos 11% a mais que os registrados na primeira metade da gestão anterior

Cirurgias estão sendo realizadas para atendimento de pacientes em 22 especialidades | Foto: Arquivo Agência Brasília

Suspensas em 29 de junho de 2020 diante da pandemia do novo coronavírus, as cirurgias eletivas no Distrito Federal voltaram a ser realizadas, em sua totalidade, nesta segunda-feira, 1º de fevereiro. As marcações, que já estavam liberadas desde o início da semana passada, podem ser feitas em 22 especialidades.

A decisão de suspender a maioria dos procedimentos foi tomada diante do risco de expor pacientes cirúrgicos ao contágio da Covid-19 e da necessidade de preservação dos insumos de intubação no tratamento dos infectados por ela. Na época foram mantidas apenas as intervenções cardiovasculares, oncológicas, os transplantes e as judicializadas – que são aquelas em que o paciente recorre à justiça para garantir a prioridade do atendimento.

Ainda que em um ano de pandemia, os números de 2020 superam os de outros anos em que a Covid-19 não comprometia os recursos para novos investimentos do governo na área de saúdePetrus Sanchez, secretário-adjunto de Assistência à Saúde

A partir de 19 de outubro de 2020, o Governo do Distrito Federal (GDF) foi liberando, gradativamente, a realização de procedimentos por especialidades. As primeiras, foram as oftalmológicas. No final de novembro, as urológicas, ginecológicas e cardiovasculares também passaram a ser autorizadas. Outros procedimentos foram excluídos das proibições nos meses seguintes.

Dados da sala de situação da Secretaria de Saúde apontam que o GDF realizou, entre janeiro e novembro de 2020, ano de decreto da pandemia, 58.625 autorizações para internações cirúrgicas hospitalares. Em 2019, início da atual gestão e sem risco do novo coronavírus, foram 68.247 cirurgias, de janeiro a dezembro, o maior registro dos últimos seis anos.

Somados, os atendimentos cirúrgicos dos dois primeiros anos desta gestão são pelo menos (já que o mês de dezembro ainda não foi computado) 11,4% maior que a primeira metade da gestão anterior: em 2015 foram 55.482 cirurgias, em 2016, 58.398; em 2017, 56.258; e em 2018, 60.129. As cirurgias ambulatoriais, que são aquelas menores, de baixa complexidade, como a retirada de uma pinta, não estão incluídas nesses balanços.

“Ainda que em um ano de pandemia, os números de 2020 superam os de outros anos em que a Covid-19 não comprometia os recursos para novos investimentos do governo na área de saúde”, ressalta o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, da Secretaria de Saúde, Petrus Sanchez.

Mutirão

Em Ceilândia, região mais populosa do DF, a direção do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) decidiu otimizar os horários noturnos e os finais de semana, quando geralmente as salas cirúrgicas não são demandadas, para marcar novos procedimentos. “Com isso, conseguimos reduzir a fila de espera de pacientes da ortopedia, sem comprometer os atendimentos de rotina”, conta a superintendente da Região de Saúde Oeste, Lucilene Florêncio – responsável também pelas regiões administrativas de Brazlândia e do Sol Nascente/ Pôr do Sol.

O autônomo José Elano Coelho, de 52 anos, fraturou o tornozelo durante uma partida de futebol, em 25 de outubro. Encaminhado ao HRC, o morador do Setor O ficou alguns dias internado até chegar ao centro cirúrgico, em 1º de novembro, até entrar na força tarefa de cirurgias organizada pela superintendência. “Esses mutirões são bem úteis para a população e eu fui um desses beneficiados, sendo muito bem atendido”, afirma ele.


 AGÊNCIA BRASÍLIA

Servidora do TRE-SC ingressou na Justiça Eleitoral inspirada pela mãe

 


Ana Patrícia é servidora há 33 anos e atua na área de comunicação

Especial TRE-SC

Foram a dedicação e a garra da mãe, Maria de Lourdes, que inspiraram Ana Patrícia Tancredo Gonçalves a seguir carreira na Justiça Eleitoral. A matriarca integrou, entre 1962 e 1988, o quadro de servidores do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), do qual agora a filha Ana Patrícia faz parte e onde, durante dois anos, as duas chegaram a trabalhar juntas. Anos depois, naquelas reviravoltas que a vida dá, foi a vez do irmão, Paulo Ricardo, ingressar na Justiça Eleitoral.

Confira o depoimento de Ana Patrícia 

A história da família Tancredo Gonçalves se mistura com a da Justiça Eleitoral. A trajetória de Ana Patrícia na JE começou a ser traçada por acaso ou, para quem acredita, talvez por força do destino: ela era servidora do Banco do Estado de Santa Catarina quando, em 1986, foi requisitada pelo TRE estadual para ajudar no recadastramento de eleitores. “Naquele momento, todos os TREs estavam convocando servidores públicos da prefeitura e de bancos porque a demanda era muito grande”, conta.

No mesmo ano, ela prestou concurso público para atuar no Regional. Eram pouquíssimas vagas, e Ana Patrícia passou a preencher uma delas. “Eu fiz, meu irmão, Paulo, também. Eu fui para Justiça Eleitoral e ele acabou optando por outra carreira”, contou.

Ana Patrícia precisou esperar até 1988, ano de expiração do processo seletivo, para ser convocada. Tudo se encaminhou graças ao destino. Quando a mãe, Maria de Lourdes, se aposentou, surgiu a vaga para que a filha pudesse ser chamada pelo Tribunal.

Da mãe, uma servidora dedicada e cozinheira de mão cheia, ela guarda uma lembrança mais do que especial. “Um dia, na véspera de eleição, ela chegou em casa muito tarde e disse que queria fazer um carreteiro. Ela estava preparando o almoço dos mesários e disse que, no dia seguinte, passaria em todas as seções para deixar as marmitas”, lembra.

Criação

Pioneira, Ana Patrícia participou da fundação da antiga Coordenadoria de Comunicação, instaurada em 1994. Foi o início da estruturação da Assessoria de Comunicação do tribunal eleitoral catarinense, que, em 2005, começou a ganhar a forma que tem hoje. De lá para cá, muitas vitórias, conquistas e também muita luta. 

“Aos poucos, fui montando uma equipe. Não foi fácil. É desafiador criar uma assessoria. Hoje nós temos jornalistas contratados, designer gráfico, técnico de áudio e vídeo, e servidores muito capacitados”, orgulha-se. "Com essa equipe, conseguimos desenvolver uma boa comunicação com o público interno e externo", complementa.

À frente da Assessoria de Comunicação do TRE-SC desde a criação do setor, Ana Patrícia completa 33 anos de serviço à Justiça Eleitoral neste ano. A experiência é farta e o saldo totalmente positivo: ao longo da carreira, a servidora trabalhou com 35 desembargadores e assessorou diretamente 17 deles.

Estava no sangue

O início da caminhada de Paulo Tancredo Gonçalves se deu como celetista da Fundação Codesc de Seguridade Social (Fusesc). Em 1986, assim como a irmã, ele também foi requisitado pelo TRE-SC para auxiliar os trabalhos de recadastramento do eleitorado do estado. Trabalhou junto à irmã e à mãe durante algum tempo, mas acabou seguindo a carreira de comissário de bordo na extinta Transbrasil, mudando-se de Florianópolis para Brasília.

A companhia aérea faliu e, a partir disso, a vida de Paulo tomou um novo rumo, que, curiosamente, o levou para o mesmo lugar do restante da família: “Fiz faculdade de Direito, e o trabalho de conclusão do curso foi em Direito Eleitoral. Comecei então a fazer concursos, visando os tribunais eleitorais”, relata.

Era para ser: depois de passar por diversos órgãos públicos e processos seletivos, em 2015, ele também foi convocado para servir à Justiça Eleitoral e, juntamente com Ana Patrícia, dar continuidade ao legado familiar. Hoje, Paulo Ricardo é servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde ocupa o cargo de chefe substituto na Seção de Editoração e Programação Visual (Seprov).

Este texto faz parte da série “Nós somos a Justiça Eleitoral”, que vai mostrar a todos os brasileiros quem são as pessoas que trabalham diariamente para oferecer o melhor serviço ao eleitor. A série será publicada durante todos os dias de fevereiro, mês em que se comemora o aniversário de 89 anos de criação da Justiça Eleitoral.

BA/CM, DM