segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Com vacinômetros, população pode acompanhar imunização nos estados

 


Banco de dados registra número de pessoas que foram vacinadas

Publicado em 01/02/2021 - 16:42 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Com o início da vacinação contra a covid-19, governos estaduais e municipais passaram a divulgar um vacinômetro, uma espécie de banco de dados que registra, entre outras informações, a quantidade de pessoas que já tomaram algum tipo de imunizante contra a doença, locais de vacinação e quais grupos estão sendo vacinados. Na maior parte dos vacinômetros também é possível obter as informações por município.

O Ministério da Saúde também disponibiliza uma ferramenta com informações sobre o registro das doses aplicadas da vacina. Os dados sobre as coberturas vacinais podem ser acessados por meio de um painel online, no LocalizaSUS.

Os dados do ministério, abastecidos pelos municípios, mostram que, até o momento, foram aplicadas 679.893 doses, de um público-alvo, nessa etapa de vacinação, de 77.219.266 pessoas.

Agência Brasil também fez um levantamento com os dados sobre vacinação. Abaixo é possível acompanhar a situação do seu estado.

Acre

O portal da transparência da covid-19 no Acre informa, até o dia 25 de janeiro, que o estado recebeu 51.060 doses, das quais 31.275 foram distribuídas, com 5.249 pessoas vacinadas. A capital Rio Branco não dispõe de um vacinômetro sobre a covid-19.

Alagoas

página do governo do estado registra até o dia 29 de janeiro, 40.636 pessoas vacinadas. A capital do estado, Maceió, não conta com um serviço para acompanhar a quantidade de pessoas que foram vacinadas contra a covid-19.

Amapá

O estado não dispõe de uma página com os dados sobre o número de pessoas vacinadas. Mas a Secretaria de Saúde informa que, até o dia 30 de janeiro, foram imunizados mais de 800 profissionais de saúde. Dados do LocalizaSuS mostram que 3.065 pessoas foram vacinadas no estado. Macapá também não dispõe de um serviço específico para acompanhar a vacinação contra a covid-19.

Amazonas

O estado disponibiliza as informações sobre a vacinação nesta página . Segundo o portal, até o momento foram vacinadas 44.772 pessoas contra a covid-19. A prefeitura de Manaus criou um vacinômetro para divulgar o número de pessoas vacinadas, que somam 19.768.

Bahia

No estado, é possível acompanhar as informações sobre a vacinação pela página. Até o momento já tomaram o imunizante no estado 192.437. A capital baiana também tem um portal onde é possível acompanhar a quantidade de pessoas vacinadas, que já soma 55.638.

Ceará

vacinômetro informa que 81.921 pessoas foram vacinadas até o dia 29 de janeiro. Na capital Fortaleza não há um vacinômetro. A prefeitura disponibiliza uma página para o agendamento da vacinação.

Distrito Federal

página do DF que registra dados sobre a vacinação mostra que foram vacinadas, até o dia 29 de janeiro, 44.315 pessoas.

Espírito Santo

vacinômetro não traz informações sobre o número de pessoas vacinadas, mas registra que 93.962 doses da vacina foram distribuídas, cobrindo 73% do grupo prioritário composto por profissionais da saúde, indígenas, idosos de instituição de longa permanência e pessoas com deficiência abrigadas em instituições. Vitória, a capital do estado, não dispõe de um vacinômetro.

Goiás

Secretaria de Saúde informa que até o dia 29 de janeiro foram aplicadas 75.496 doses das vacinas contra a covid-19 em todo o estado. A página de informações da própria secretaria  registra 33.507 doses aplicadas. A capital Goiânia não dispõe de uma página com dados sobre vacinação.

Maranhão

vacinômetro do estado registra que o estado fez a aplicação do imunizante em 56.435 pessoas. A prefeitura de São Luís não tem um vacinômetro, mas disponibiliza uma página para que pessoas dos grupos prioritários possam se cadastrar para receber o imunizante.

Mato Grosso

O estado não possui um vacinômetro com informações sobre as doses já aplicadas. Dados do LocalizaSUS mostram que até o momento, 25.404 pessoas foram imunizadas. Na capital do estado, Cuiabá, o vacinômetro do município registrou, até o dia 31 de janeiro, 8.823 pessoas vacinadas.

Mato Grosso do Sul

O vacinômetro do estado, lançado nesta segunda-feira (1°), mostra que, até o dia 29 de janeiro, foram aplicadas 46.152 doses. Em Campo Grande, a prefeitura não dispõe de uma página com informações sobre a vacinação.

Minas Gerais

vacinômetro registra 167.827 pessoas que receberam o imunizante em todo o estado. A prefeitura de Belo Horizonte disponibiliza uma página na qual informa que 53.698 pessoas receberam a primeira dose da vacina.

Pará

vacinômetro registra que 43.773 pessoas receberam a vacina. Em Belém, a prefeitura não dispõe de uma página com informações sobre a vacinação.

Paraíba

vacinômetro do estado registra que 35.044 pessoas foram vacinadas até o dia 31 de janeiro. Em João Pessoa, o vacinômetro registra que até o dia 28 de janeiro foram vacinadas 14.242 pessoas.

Paraná

O estado não disponibiliza um vacinômetro para acompanhar a evolução da vacinação. Mas, de acordo com o LocalizaSUS, até o momento, foram vacinadas 66.250 pessoas no estado. A Secretaria de Saúde informa que 136.226 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 até esta sexta-feira (29). A prefeitura de Curitiba não possui uma página com dados sobre a vacinação contra a covid-19.

Pernambuco

O governo do estado não disponibiliza um vacinômetro para acompanhar a evolução da vacinação. De acordo com o LocalizaSUS até o momento foram vacinadas 33.376 pessoas no estado. No Recife, o vacinômento do município registra 23.808 pessoas vacinadas.

Piauí

De acordo com o vacinômetro do estado, 33.491 pessoas receberam a primeira dose da vacina no  estado. A prefeitura de Teresina não dispõe de uma página com um vacinômetro. A Fundação Municipal de Saúde informam em boletim que no município 14.676 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 do dia 19 ao dia 29 de janeiro.

Rio de Janeiro

O estado não possui um vacinômetro com dados sobre quantas pessoas receberam a vacina. O LocalizaSUS registra que foram vacinadas 45.882 pessoas. A capital do estado registrou até o dia 29 de janeiro, 131.241 pessoas vacinadas.

Rio Grande do Norte

O estado possui uma página, a RN + Vacina, que registra 46.739 pessoas vacinadas. A página é uma espécie de cartão de vacinas virtual, onde é possível monitorar as doses aplicadas. Em Natal, não há um vacinômetro com informações sobre a aplicação do imunizante.

Rio Grande do Sul

vacinômetro do estado informa que 168.921 pessoas foram vacinadas no estado. O vacinômetro da capital Porto Alegre informa que 42.566 receberam a primeira dose da vacina.

Rondônia 

vacinômetro do estado registra que, até o dia 30 de janeiro, foram vacinadas 13.888 pessoas. Na capital Porto Velho, o vacinômetro registra apenas as vacinas aplicadas nos profissionais de saúde. De acordo com a página, até o momento foram vacinados 2019 profissionais com a primeira dose do imunizante.

Roraima

O estado não possui um vacinômetro com informações sobre a aplicação das doses do imunizante. O Localiza SUS informa que 3.876 pessoas foram vacinadas no estado. A capital Boa Vista não possui um vacinômetro.

Santa Catarina

portal traz informações sobre a vacinação no estado. De acordo com o boletim, até o dia 29 de janeiro foram 56.136 pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina. Em Florianópolis, o vacinômetro informa que 5681 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 no município.

São Paulo

governo do estado tem um vacinômetro que registra 413.611 pessoas imunizadas. A capital paulista não dispõe de um vacinômetro.

Sergipe

Os dados sobre vacinação no estado podem ser obtidos nesta página. De acordo com o boletim, a cobertura vacinal mostra que 18.957 pessoas foram imunizadas até o dia 29 de janeiro. O capital Aracaju não possui um vacinômetro.

Tocantins

No estado, os dados mais recentes do indicador, registrados em 29 de janeiro, mostram que o estado aplicou 6.994 doses da vacina contra a covid-19. A capital Palmas não possui um vacinômetro.

Edição: Valéria Aguiar


Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado

 


Senador do DEM obteve 57 votos e derrotou Simone Tebet, do MDB

Publicado em 01/02/2021 - 19:04 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Senado elegeu no final da tarde de hoje (1º) Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como seu 68º presidente. O senador foi eleito presidente da Casa com 57 votos, derrotando Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21 votos. Ele será o presidente do Senado, e do Congresso Nacional, pelos próximos dois anos.

Pacheco foi escolhido por Davi Alcolumbre (DEM-AP) para sucedê-lo na presidência. O apoio de Alcolumbre foi fundamental para a eleição, dada a simpatia de líderes de diversos partidos pelo então líder da Casa. A proximidade de Alcolumbre com o presidente Jair Bolsonaro, com lideranças governistas, como PP, PSD e Republicanos, e de oposição, como PT e PDT, assegurou um apoio abrangente a Pacheco.

Ao longo dos dias que antecederam a eleição, Simone Tebet perdeu o apoio formal do seu partido. Inicialmente, ela saiu como candidata de um bloco, com apoio também de PSDB, Cidadania e Podemos. Hoje, ao registrar sua candidatura na Mesa Diretora, ela se colocou como candidata independente. Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olímpio (PSL-SP), outros candidatos à presidência, desistiram de suas candidaturas na última hora para apoiar Tebet, mas isso não foi o suficiente para ela superar Pacheco.

Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho, em 3 de novembro de 1976. Ele é advogado e está em seu primeiro mandato como senador. Antes, foi deputado federal entre 2015 e 2018, quando presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. No Senado, atuou como vice-presidente da Comissão de Transparência e Governança (CTFC).

A votação levou cerca de uma hora e 15 minutos para ser concluída. Isso porque apesar de haver urnas espalhadas pelo plenário, pelo Salão Azul e pela Chapelaria, um dos acessos ao Congresso, os votos foram feitos um a um, com senadores sendo chamados a votar. Os que não votaram no plenário recebiam a cédula de outro senador no momento em que eram chamados. 

Não votaram os senadores Jaques Wagner (PT-BA), que está de atestado médico em seu estado, Chico Rodrigues (DEM-RR), que está licenciado do cargo, e Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), afastado por motivos de saúde.

A primeira tarefa de Pacheco como presidente da Casa é conduzir a eleição do restante da Mesa Diretora amanhã (2). A mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes.

Ouça na Radioagência Nacional:

Edição: Fábio Massalli



Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Em seu primeiro discurso, Pacheco defende pautas diversas

 


Os temas vão desde auxílio aos pobres até estímulo ao agronegócio

Publicado em 01/02/2021 - 21:16 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O primeiro discurso de Rodrigo Pacheco como presidente do Senado foi abrangente. Citou vários temas como importantes e, com isso, atendeu a diferentes correntes do Senado, cujas pautas prioritárias são diversas. Defendeu a independência da Casa, o combate à corrupção, a geração de empregos, o combate à pandemia, a estabilidade econômica e a preservação do meio ambiente.

“[O Senado deve] Atuar com vistas no trinômio saúde pública, desenvolvimento social e crescimento econômico, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis, gerar emprego e renda”, disse o novo presidente do Senado. Pacheco também citou as reformas, sobretudo a tributária, que o governo federal tenta emplacar há vários meses, mas que empacou no Congresso. Para ele, as reformas devem ser debatidas, mas “sem atropelos”.

“As votações de reformas que dividem opiniões, como a reforma tributária e a reforma administrativa, deverão ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo. O ritmo dessas e de outras reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o plenário desta Casa”. Pouco depois, em declaração à imprensa, citou a reforma administrativa, criticando o que chamou de “demonização do servidor público”. Para ele, servidor público “não é problema, é solução”.

Independência institucional

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e por Davi Alcolumbre, seu antecessor no comando do Senado, Pacheco procurou afastar essa ideia ao pregar a independência da Casa. Ele considerou essa uma “premissa fundamental” para a tomada de decisões e afirmou que os senadores são “legítimos representantes eleitos dos seus estados e do Distrito Federal, para o livre e eficiente exercício dos seus mandatos”.

Em seu primeiro discurso como presidente do Senado, Pacheco indicou que pautará projetos de estímulo à atividade industrial, ao agronegócio e ao setor de serviços. “Procuremos viabilizar aquilo de que mais nos ressentimos já há algum tempo, uma infraestrutura nacional abrangente e adequada. Temos que pensar nos mais diferentes nichos de atividades, de forma inclusiva para todos os trabalhadores”.

Placar

Pacheco foi eleito presidente do Senado pelos próximos dois anos. Ele obteve 57 votos contra 21 de sua adversária, Simone Tebet (MDB-MS). O apoio de Alcolumbre foi fundamental para a eleição do novo presidente, dada a simpatia de líderes de diversos partidos pelo então líder da Casa. A proximidade de Alcolumbre com o presidente Jair Bolsonaro, com lideranças governistas, como PP, PSD e Republicanos, e de oposição, PT e PDT, assegurou um apoio abrangente a Pacheco.

Está marcada para amanhã (2) a eleição do restante da Mesa Diretora do Senado, na primeira sessão comandada por Pacheco. A Mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes. Graças ao apoio ao senador do DEM, o PT deverá ganhar a 3ª Secretaria da Mesa e a presidência de duas comissões: de Direitos Humanos e a do Meio Ambiente, conforme adiantou o líder do partido, Rogério Carvalho (PT-SE), à TV Senado.

 

 

Edição: Claudia Felczak



Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Câmara inicia sessão para escolher novo presidente da Casa

 


Deputados também escolherão demais membros da Mesa Diretora

Publicado em 01/02/2021 - 19:44 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil  - Brasília

Começou há pouco a sessão que vai definir o presidente da Câmara e os demais integrantes da nova Mesa Diretora – dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes. Os trabalhos serão conduzidos pelo atual presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Nove candidatos disputam o cargo de presidente da Casa. Cada candidato terá dez minutos para defender suas propostas. O processo de votação será presencial e secreto, com 21 urnas eletrônicas distribuídas pelo plenário e pelos salões Verde e Nobre, espaços que ficarão restritos aos parlamentares. Rodrigo Maia chegou a propor a realização de maneira remota, mas a Mesa decidiu, por maioria, pela votação presencial. 

A disputa está polarizada entre as candidaturas dos deputados Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP). Lira foi o primeiro parlamentar a se lançar na disputa e tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Rossi conta com o apoio do atual presidente da Casa.

Cargos em disputa

A Mesa Diretora é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes. O mandato de cada um dos membros é de dois anos. Os votos para os cargos da Mesa Diretora começam a ser apurados após a escolha do presidente.

Conforme o Regimento Interno, a eleição dos membros da Mesa ocorre em votação secreta e pelo sistema eletrônico, exigindo-se maioria absoluta de votos no primeiro turno e maioria simples no segundo turno.

Pelo Regimento da Câmara, para que um candidato seja eleito, ele precisa da maioria absoluta dos votos, ou seja, 257 dos 513 votos disponíveis. Caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta, será realizado um segundo turno, em que sairá vencedor o que obtiver maioria simples.

Cada parlamentar registrará os votos para os 11 cargos da Mesa Diretora de uma só vez na urna eletrônica. A apuração é realizada por cargo, iniciando-se pelo presidente da Câmara.

Candidatos

A eleição para presidente da Câmara tem oito candidatos: Arthur Lira (PP-AL), lançado por bloco de 11 partidos com 236 deputados ao todo; Baleia Rossi (MDB-SP), lançado por bloco de dez partidos com 210 deputados; e os seguintes candidatos:  André Janones (Avante-MG); Alexandre Frota (PSDB-SP); Fábio Ramalho (MDB-MG); General Peternelli (PSL-SP); Kim Kataguiri (DEM-SP); Luiza Erundina (Psol-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS). 

Integram o bloco de Lira os seguintes partidos: PP, PSL, PSD, PL, Republicanos, Podemos, PTB, Patriota, PSC, Pros e Avante. 

Já o bloco de Rossi é formado pelos seguintes partidos:  MDB, PT, PSB, PSDB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. 

Para os demais cargos, registraram candidatura os seguintes parlamentares: 1ª vice-presidência: Marcelo Ramos (PL-AM); 2ª vice-presidência: André de Paula (PSD-PE); 1ª secretaria: Marilia Arraes (PT-PE); 2ª secretaria: Rose Modesto (PSDB-MS); 3ª secretaria: Luciano Bivar (PSL-PE) e Vitor Hugo (PSL-GO); 4ª secretaria: Joenia Wapichana (Rede-RR), Rafael Motta (PSB-RN) e Júlio Delgado (PSB-MG). A primeira é candidata do bloco, e os dois últimos são avulsos.

Os candidatos à suplência são os seguintes parlamentares: Eduardo Bismarck (PDT-CE), Rosângela Gomes (Republicanos-RJ), Gilberto Nascimento (PSC-SP), Flavio Nogueira (PDT-PI) e Luís Miranda (DEM-DF, candidatura avulsa).

Presidência

O cargo de presidente da Câmara dos Deputados é reservado a brasileiros natos. Cabe ao presidente falar em nome da Casa legislativa. Quem ocupa o cargo também é responsável por ficar no segundo lugar na linha sucessória da Presidência da República, depois do vice-presidente. Integra ainda o Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República.

Cabe ao presidente da Casa organizar a pauta de votações, a chamada ordem do dia, em conjunto com o Colégio de Líderes, integrado pelas lideranças dos partidos políticos e bancadas da Casa.

Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados tem a palavra final sobre pedidos de abertura de processo de impeachment e de instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs).

Assista ao vivo a eleição da Mesa Diretora da Câmara:

Edição: Fábio Massalli



Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil  - Brasília

Major Olímpio desiste de candidatura e declara apoio a Simone Tebet

 


Da Redação | 01/02/2021, 17h33

Em discurso no Plenário, o senador Major Olímpio (PSL-SP) renunciou nesta segunda-feira (1º) à sua candidatura para a Presidência do Senado e declarou apoio à candidata Simone Tebet (MDB-MS). O senador disse que a renúncia seria positiva para o debate em segundo turno e pelo bem da democracia. 

— Para que possamos ter na primeira vez na história do Senado, uma mulher corajosa e firme, para conduzir esse processo e que possa gerar uma reflexão em cada um dos senhores neste momento. Para dizer às mulheres desta Casa, que vivem falando em empoderamento, e merecem ter esse empoderamento — anunciou.  

Segurança pública

O senador defendeu também o prosseguimento de pautas como a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga e a criação de uma comissão que debata sobre segurança pública.  

—  Se eu sentasse nessa cadeira, em havendo caso concreto, sem personalizar, tomaria todas as providências do ofício de presidente, que não é resolver o impeachment, mas levá-lo ao Plenário e deixar, de forma absoluta, que o Plenário seja soberano, da mesma forma a CPI Lava Toga — afirmou Major Olímpio. 

Pandemia

O parlamentar também criticou a postura da Casa, de não suspender o recesso dos senadores para ajudar no combate aos agravantes gerados no cenário da pandemia. 

— Mais de 220 mil mortos e nós estávamos em recesso, nós estávamos descansando, porque não era oportuno trazer os parlamentares? Para não acirrar a disputa [à presidência do Senado]. Pessoas morrendo asfixiadas em Manaus, negacionismo criminoso de presidente da República e de ministro da Saúde inescrupuloso — declarou. 

Candidatos e votação 

Após a renúncia de Major Olímpio, Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Podemos-RS) restaram dois candidatos: a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). 

De acordo com a Secretaria-Geral da Mesa, para que o candidato seja eleito é necessário que o parlamentar obtenha a maioria absoluta dos votos, ou seja, 41 votos. 

Ana Luísa Santos sob a supervisão de Paola Lima

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Simone Tebet defende Senado independente e representação política da mulher

 


Da Redação | 01/02/2021, 18h44

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) declarou, durante discurso de campanha nesta segunda-feira (1º), que se eleita fará um "trabalho coletivo" a favor do Brasil, para que os parlamentares, juntos, ofereçam ao país um novo pacto político. A senadora reiterou seu compromisso com um Senado independente. Apesar de filiada ao MDB, a senadora disputa o cargo para o biênio de 2021/2022 de forma independente. Se vencer, Simone Tebet será a primeira mulher presidente do Senado na história.

— Não tenho nada a oferecer, a não ser o trabalho coletivo de todos nós igualmente a favor do Brasil. Ser presidida por esta Casa, para que possamos juntos oferecer ao Brasil um novo pacto político. Um pacto político sem as lentes embaçadas dos interesses individuais ou de grupos — afirmou.

Ao falar sobre a independência institucional, um de seus pilares para presidir o Senado, Simone Tebet destacou que isso é crucial para combater as tentativas de abuso de poder. 

— Independência não para fazer oposição, mas para que possamos exercer o nosso dever constitucional de legislar e fiscalizar os demais poderes. Legislar visando ao interesse público, ao interesse da população brasileira; fiscalizar os demais poderes para que sejamos, sim, o freio e contrapeso a qualquer tentativa de abuso de poder vindo de quem quer que seja, seja qual for o governo, seja qual for o Poder — disse.

Representação política da mulher

Simone Tebet declarou sentir um "misto de tristeza e indignação" ao perceber que, em mais de 190 anos de história, é a primeira candidata à Presidência da Casa. A senadora solicitou um processo legislativo firme para combater o feminicídio e intensificar a representação política da mulher brasileira.

— Tão importante quanto uma mulher naquela cadeira é vermos as mulheres tendo voz e tendo vez no colégio de líderes, com a bancada feminina, nas comissões, na ordem dos oradores e que nós não tenhamos apenas o mês de março para avançarmos com a pauta feminina, que não é nossa, é da família brasileira, portanto é de toda a população brasileira — afirmou.

Prioridades

Simone declarou que está entre as suas prioridades no Senado “remar” pela imunização urgente da população contra a covid-19; pela retomada imediata do auxílio emergencial; pelas "reformas estruturantes", principalmente a tributária; pelo fortalecimento da educação; pela representação política da mulher brasileira; e pela Federação. Além de garantir o direito de líderes e liderados, atualizar o Regimento Interno do Senado e o compromisso com a transparência.

A parlamentar observou que não teve apoios políticos oficiais durante a campanha, mas agradeceu os apoios “espontâneos e legítimos” vindos dos diversos segmentos da sociedade e dos parlamentares da Casa. Ela aproveitou ainda para homenagear o senador Arolde de Oliveira e todas as 225 mil vítimas do coronavírus.

Simone Tebet agradeceu e prestou homenagem ao seu pai e ex-presidente do Senado, Ramez Tebet (1936-2006), que a inspirou e a levou à política. "Tudo se ganha com debate, na força do argumento e construção do entendimento”, disse a senadora, citando seu pai.

Trajetória

Simone Tebet é advogada. Ela iniciou a carreira política em 2002, como deputada estadual, após trabalhar 12 anos como professora universitária. Em 2004, foi a primeira mulher eleita para o executivo municipal e em 2008 foi reeleita para a prefeitura de Três Lagoas (MS). Também foi a primeira mulher a assumir o cargo de vice-governadora de Mato Grosso do Sul, na gestão do então governador André Puccinelli, em 2011. Foi ainda secretária de governo entre abril de 2013 e janeiro de 2014.

Ela foi eleita pelo MDB para o Senado em 2014. Tebet também foi a primeira mulher a liderar o MDB no Senado, em 2018. A senadora é a atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e é a primeira mulher eleita para exercer tal função.

Na eleição para a Presidência do Senado em 2019, Simone chegou a ser cotada como pré-candidata. Concorreu dentro da bancada do MDB, mas, por 7 x 5, Renan Calheiros (MDB-AL) então foi escolhido pelo partido para concorrer com os demais candidatos em Plenário. No meio do processo de votação, Renan desistiu da disputa e Davi Alcolumbre foi eleito presidente da Casa.

Disputa pela Presidência

De acordo com a secretaria-geral da Mesa, será eleito o candidato que receber a maioria absoluta dos votos, ou seja, 41 votos. Com a ausência por licença dos senadores Chico Rodrigues licença e Jaques Wagner, além de Jarbas Vasconcelos que apresentou sintomas gripais, o quórum total para eleição desta segunda-feira é de 78 senadores.

Simone concorre à Presidência do Senado contra o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Os senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Major Olimpio (PSL-SP) e Lasier Martins (Podemos-RS) abriram mão da candidatura em apoio a Simone Tebet.

De Maria Moura, sob supervisão de Paola Lima

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Confira o perfil do novo presidente do Senado

 


01/02/2021, 19h35

Confira no áudio o perfil de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), novo presidente do Senado. Eleito com 57 votos, o parlamentar tem 44 anos, é advogado e já foi deputado federal. A reportagem é de Raquel Teixeira, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Simone Tebet é a primeira mulher a concorrer à Presidência do Senado

 


Da Redação | 01/02/2021, 19h43

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) é a primeira mulher a concorrer à Presidência do Senado brasileiro. O MDB deixou de apoiar oficialmente a senadora, que decidiu manter sua candidatura de forma independente. Simone recebeu 21 votos, perdendo para Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que recebeu 57 votos.

Ao fazer discurso de apresentação da candidatura, nesta segunda-feira (1º), a parlamentar destacou a importância de ser a primeira mulher candidata à Presidência do Senado Federal.

— Estou aqui com um misto de tristeza e indignação ao saber e olhar o registro dos 190 anos desta Casa e perceber que eu sou a primeira mulher candidata da história do Senado Federal à Presidência desta Casa. Não é mais importante uma mulher naquela cadeira... tão importante quanto uma mulher naquela cadeira é vermos as mulheres tendo voz e tendo vez no Colégio de Líderes, com a bancada feminina, nas comissões, na ordem dos oradores e que nós não tenhamos apenas o mês de março para avançarmos com a pauta feminina, que não é nossa, é da família brasileira, portanto é de toda a população brasileira — disse a senadora.

É a segunda vez que Simone tenta se eleger para o cargo. Na última eleição, em 2019, disputou a candidatura dentro do partido com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi escolhido. A senadora anunciou sua candidatura independente, mas retirou seu nome para apoiar o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Simone é a atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e foi líder do MDB em de 2018.

Mulheres na Vice-Presidência do Senado

Em 2010, Serys Slhessarenko, foi a primeira mulher a assumir o cargo de 2ª vice-presidente da mesa do Senado Federal, quando o então presidente da Casa, José Sarney, se licenciou para tratamento de saúde e o primeiro vice-presidente, Marconi Perilo, também estava licenciado para concorrer ao governo de Goiás. Serys iniciou a vida política como secretária estadual de Educação. Foi eleita deputada estadual por três mandatos consecutivos e tornou-se em 2002 a primeira mulher senadora por Mato Grosso (MT). Serys permaneceu como senadora de 2003 a 2011.

Outra mulher que assumiu como vice-presidente do Senado foi Marta Suplicy, em fevereiro de 2011, ficando no cargo até setembro de 2012. Segundo acordo firmado quando assumiu o cargo, Marta Suplicy havia se comprometido a dividir os dois anos de mandato com José Pimentel. Houve uma revisão do acordo e Marta permaneceu no cargo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Definição da Mesa do Senado ocorrerá nesta terça

 


01/02/2021, 20h43

Após a eleição do novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, realizada nesta segunda-feira (1º), a Casa irá eleger na terça-feira (2) os outros 10 membros da Mesa do Senado: dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes (dos secretários). A reportagem é de Regina Pinheiro, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado