segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Ano letivo nas escolas privadas deve começar até março

 


Modelo de aula dependerá do risco de contaminação pela covid-19

Publicado em 01/02/2021 - 18:19 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  - Rio de Janeiro

Aos poucos, as escolas de todo o país vão retomando as atividades e dando início ao ano letivo de 2021. As aulas nas escolas particulares, na maior parte dos estados, estão agendadas para começar até março. Com a pandemia do novo coronavírus, os desafios são muitos, assim como as formas de atender os alunos, que poderão ser em aulas presenciais, aulas remotas ou mesmo em um modelo híbrido, mesclando as duas modalidades. As orientações variam de local para local. 

De acordo com levantamento feito pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), ainda não há previsão do retorno às atividades ou do modelo a ser adotado nas aulas na Bahia e em Rondônia. O Amazonas, que chegou a retomar as atividades presenciais em 2020, também não tem definição, por conta do agravamento da pandemia no estado. 

Mato Grosso e Acre decidiram retomar as aulas este mês de forma remota, seja pela internet seja por meio de apostilas. Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão e Ceará, ainda não definiram o modelo a ser adotado, mas começam as aulas entre fevereiro e março. Os demais estados deverão adotar um modelo híbrido de ensino. 

Segundo o presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira, entre as escolas particulares há uma grande diversidade e cada uma, levando em consideração o local onde está inserida, o nível de contaminação de cada cidade, os professores, os estudantes e as famílias, devem decidir a melhor forma de retomar as atividades. "Depende da escola, do espaço físico da escola. Cada uma tem o seu plano de retorno. A escola privada é muito diversa, tem escola grande, escola pequena. Então, a escola pode ter um espaço maior e pode vir com todos os alunos, se conseguir fazer o distanciamento. Depende muito do projeto de retorno que a escola fará", diz. A entidade preparou um plano estratégico de retomada das atividades, com uma série de orientações de segurança. 

“A gente aprendeu que a doença não vai embora tão cedo e que a gente precisa aprender a conviver com ela, a ter um projeto de vida apesar da pandemia, apesar do coronavírus”, defende Pereira. "A gente aprendeu muita coisa, aprendeu que pode ser feita muita coisa a distância, mas também aprendeu que o ensino presencial para crianças e jovens é determinante para o aprendizado", acrescenta. 

Planejamento curricular 

Em resolução o Conselho Nacional de Educação (CNE), garante a autonomia de cada localidade. As escolas devem, no entanto, pelo menos no ensino fundamental e médio, cumprir a carga horária mínima de 800 horas anuais. Pode-se também aumentar os dias letivos e a carga horária do ano letivo de 2021 para cumprir, de modo contínuo, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos em 2020. 

“As escolas podem, então, desenvolver um replanejamento curricular, flexibilizando a proposta curricular, de modo que alunos tenham a possibilidade de fazer a  recuperação da aprendizagem e depois da recuperação da aprendizagem, as escolas iniciam o cumprimento do currículo previsto para 2021”, explica a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães. 

Segundo Maria Helena a recomendação é que as escolas e as redes de ensino não reprovem os estudantes no ano letivo de 2020, pois isso pode fazer com que mais alunos desistam de estudar e abandonem as escolas. Como será difícil cumprir a risca todo o conteúdo previsto para 2020 e para 2021, as escolas podem rever a proposta curricular e selecionar os conteúdos, competências habilidades que são mais essenciais para desenvolverem com os alunos.

“O mais importante de tudo é as escolas terem um bom planejamento curricular. Iniciar um ano com acolhimento aos alunos e boa avaliação diagnóstica para identificar quais são as defasagens. O que os alunos aprenderam e o que eles não aprenderam. A partir daí, iniciar uma recuperação das aprendizagens que pode ser paralela com a oferta das atividades presenciais ou remotas”, defende. 

Diálogo 

O retorno, principalmente para as atividades presenciais tem gerado manifestações. No Rio de Janeiro, por exemplo, professores da rede pública estadual e da rede municipal da capital carioca aprovaram greve contra o retorno às atividades de forma presencial em meio a pandemia. 

Para a socióloga Helena Singer, articuladora do Movimento de Inovação na Educação, deve haver diálogo entre todos os setores envolvidos. “Escutando, criando processos participativos democráticos, de tomada de decisão. Escutando, em primeiro lugar, professores, funcionários e as famílias. Os próprios estudantes e as famílias. Têm muitas famílias que não voltam mesmo que as escolas voltem presencialmente, que não se sentem seguras de mandar as crianças, então, tem que conversar tem que reconhecer as diferenças. Reconhecer as diferenças sem aumentar as desigualdades”, defende. 

A pesquisadora acrescenta que é importante também buscar os estudantes com os quais não foi possível manter contato em 2020. “Como a gente sabe, tem uma percentagem bem significativa que não apareceu, que desapareceu da relação com a escola. Ir atrás dessas famílias e desses estudantes é muito importante agora para restabelecer uma dinâmica de trabalho na qual eles podem participar. E aí, vai organizar o funcionamento presencial da escola a partir desse diagnóstico e levando em consideração a situação das famílias que a escola atende e em uma parceria muito íntima com a assistência social e com a saúde”.

Edição: Aline Leal



 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  - Rio de Janeiro

TSE abre ano judiciário e retoma sessões após recesso

 


Presidente do tribunal fez um balanço das eleições municipais de 2020

Publicado em 01/02/2021 - 20:55 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu hoje (1º) o ano judiciário após período de recesso e férias dos ministros. Na abertura da sessão, o presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a implantação do voto impresso nas urnas eletrônicas poderia provocar a judicialização do resultado das eleições. 

No discurso, além de fazer um balanço das eleições municipais do ano passado, o presidente defendeu o processo eleitoral brasileiro e disse que o país era marcado no passado por uma "história de fraudes eleitorais”. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a implantação do voto impresso concomitante com a urna eletrônica inconstitucional, mas o tema sempre volta à tona.   

"É impossível defender a volta ao voto em cédula, que é precisamente o voto que precisa ser contado manualmente, gerando todas as potencialidades de fraudes que marcaram negativamente a história brasileira e que foram superadas com a implantação, em 1996, do modelo de urnas eletrônicas que nós temos até hoje sem que, em nenhum momento, se tenha documentado qualquer tipo de fraude”, afirmou.

Além disso, segundo o ministro, a adoção do voto impresso pode criar a judicialização dos resultados das eleições. “Tudo o que nós não precisamos é a judicialização também dos resultados eleitorais”, disse. 

Após o balanço das eleições, Barroso informou que o TSE deve ampliar neste ano as campanhas por mais mulheres no parlamento e atração de jovens e novas lideranças para a política.

Edição: Aline Leal


Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Dólar fecha em queda de olho em eleições na Câmara e no Senado

 


Bolsa encerra sessão em forte alta, impulsionada por ambiente externo

Publicado em 01/02/2021 - 19:16 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

De olho nas eleições para o comando da Câmara dos Deputados e do Senado, o dólar fechou em queda depois de três altas seguidas. A bolsa de valores recuperou-se parcialmente das perdas de sexta-feira (29), impulsionada pelo ambiente externo internacional.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (1º) vendido a R$ 5,45, com recuo de R$ 0,025 (-0,45%). A divisa operou em queda durante quase toda a sessão, mas chegou a registrar breves momentos de alta. Na máxima do dia, por volta das 12h, chegou a subir para R$ 5,48, mas a cotação inverteu o movimento e voltou a cair durante a tarde.

No ano, o dólar acumula valorização de 5,03%. Além das eleições no Congresso, que podem definir o rumo das reformas econômicas, o câmbio beneficiou-se da melhoria no mercado internacional, com o dólar caindo perante as principais moedas do mundo.

O otimismo externo também se refletiu no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia aos 117.518 pontos, com alta de 2,13%. O indicador repôs parcialmente o recuo de 3,21% registrado na sexta-feira.

As bolsas norte-americanas tiveram uma segunda-feira de alta, influenciadas pela expectativa em torno das negociações de um pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão do governo do presidente Joe Biden contra a covid-19. A valorização das ações de empresas de tecnologia também impulsionou os índices de Wall Street.

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Balança comercial registra déficit de US$ 1,12 bi em janeiro

 


Isso significa que o país importou mais do que exportou durante o mês

Publicado em 01/02/2021 - 16:14 Por Wellton Máximo - Brasília

Pelo segundo ano seguido, a balança comercial (diferença entre exportações e importações) registrou resultado negativo em janeiro. No mês passado, o país importou US$ 1,125 bilhão a mais do que exportou.

As exportações somaram US$ 14,808 bilhões em janeiro, contra importações de US$ 15,933 bilhões. Apesar de ter ficado no vermelho, o saldo representou melhora em relação a janeiro do ano passado, quando o déficit comercial tinha somado US$ 1,684 bilhão.

Tanto as vendas como as compras externas cresceram na comparação com janeiro do ano passado. O Brasil exportou 12,4% a mais pelo critério da média diária. As importações cresceram em ritmo menor: 8,3%.

O aumento das exportações, no entanto, foi insuficiente para reverter o déficit na balança comercial. Com o fim das exportações da safra anterior e o plantio da nova safra, janeiro registrou menos embarques de grãos e outros alimentos. As exportações agropecuárias caíram 2,6% em janeiro na comparação com janeiro do ano passado, puxada pelo arroz (-99,9%), pela soja (-94,9%) e pelo algodão bruto (-3,6%).

Outros produtos da agropecuária registraram crescimento em janeiro, como trigo e centeio, não moídos (332,8%); milho não moído, exceto milho doce (54,3%) e café não torrado (43,2%). O aumento nas vendas, no entanto, foi insuficiente para reverter a queda nas exportações de alimentos.

As demais categorias de produtos tiveram desempenho positivo. As exportações da indústria extrativa subiram 35,3% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2020, impulsionada por minério de ferro e seus concentrados (73,6%) e Minérios de cobre e seus concentrados (70,3%). As vendas da indústria de transformação aumentaram 6%, com destaque para açúcares e melaços (46,1%) e farelos de soja (40,1%).

Importações

Do lado das importações, as compras da agropecuária cresceram 22,3%, as da indústria extrativa aumentaram 7,6% e as da indústria de transformação subiram 6,5%. Os destaques foram a soja, cujas compras externas aumentaram 487,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, trigo e centeio (35,14%), gás natural (60,1%) e adubos e fertilizantes químicos (42,7%).

No mês passado, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia divulgou que a balança comercial deverá encerrar o ano com superávit de US$ 53 bilhões. O valor representaria alta em relação ao superávit de US$ 50,99 bilhões registrado no ano passado, mas está abaixo das estimativas das instituições financeiras. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado projetam superávit comercial de US$ 55 bilhões para 2021.

Edição: Claudia Felczak


Por Wellton Máximo - Brasília

BNDES antecipa pagamento de R$ 38 bilhões ao Tesouro

 


Saldo remanescente das dívidas é de aproximadamente R$ 160 bilhões

Publicado em 01/02/2021 - 12:13 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai antecipar a liquidação de dívidas com o Tesouro Nacional com o pagamento de R$ 38 bilhões. De acordo com o banco, a liberação ocorrerá nas próximas semanas, assim que sejam realizados os trâmites legais necessários.

A aprovação, por parte da instituição para a antecipação, segue a sequência de amortizações antecipadas de dívidas com a União ocorridas desde 2016. Todas foram feitas conforme o planejamento financeiro e da governança do BNDES, a partir de análises de liquidez, fluxo de caixa, riscos e jurídica.

O BNDES informou que o saldo remanescente das dívidas, sem contar com esse pagamento, entre a instituição e o Tesouro é de aproximadamente R$ 160 bilhões, além do instrumento especial de capital próprio (IECP) no total de R$ 36 bilhões.

O banco revelou que no dia 28 de janeiro deste ano recebeu um ofício do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o acórdão referente ao processo que declarou a irregularidade dos empréstimos concedidos a instituições financeiras controladas, inclusive o BNDES, firmados mediante a emissão direta de títulos públicos. 

De acordo com o ofício, o Ministério da Economia tem prazo de 60 dias para, em conjunto com as instituições financeiras federais, submeter àquele tribunal um cronograma detalhado de devolução dos valores à União.

Segundo a instituição, as análises adicionais sobre o cronograma solicitado pela recente decisão do TCU serão feitas ao longo das próximas semanas. “Eventuais informações relevantes serão divulgadas tão logo aprovadas nas alçadas competentes do banco”, informou.

* Matéria alterada às 12h31, a pedido do BNDES, que informou a data errada do início das antecipações de pagamento. Ao invés de 2017, o correto é 2016.

Edição: Fernando Fraga



Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Adesão de municípios a programa de regularização fundiária começa hoje

 


A regularização integra ações do programa Casa Verde e Amarela

Publicado em 01/02/2021 - 17:52 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Começou hoje (1º) o prazo para que municípios e o Distrito Federal façam adesão ao Programa de Regularização Fundiária e Melhoria Habitacional. O programa vai oferecer a execução de obras e serviços destinados à regularização fundiária de núcleos urbanos informais classificados como de interesse social.

As áreas deverão estar ocupadas ocupadas, majoritariamente, por famílias de baixa renda. Não poderão ser incluídas casas localizadas em áreas não passíveis de regularização ou de risco.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional a intenção é iniciar o processo de regularização fundiária de mais de 100 mil imóveis de famílias de baixa renda até o fim de 2021.

Pelo programa, após a adesão dos municípios e identificação das áreas de interesse social, empresas privadas poderão selecionar o núcleo urbano informal para propor uma estratégia de regularização fundiária.

Entre outros pontos, a proposta deve conter a implementação de medidas técnicas, administrativas e jurídicas que visem à regularização fundiária de núcleo urbano informal e à melhoria habitacional.

Ela também deve abranger no mínimo 100 e no máximo 700 lotes e prever a incorporação do núcleo urbano informal ao ordenamento territorial da cidade, com a constituição de direito real em favor de seus ocupantes.

A proposta deverá ser aceita pelo poder público local para que a empresa possa receber o financiamento com os agentes financeiros credenciados a operar o programa.

Além disso, o programa poderá cobrir despesas e custos necessários para implementação de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais destinadas a promover a regularização fundiária, inclusive despesas cartorárias não isentas de gratuidade, e taxas administrativas, bem como despesas com material de construção, mão de obra, assistência técnica para elaboração de projetos e acompanhamento ou execução de obras de melhoria habitacional.

Já os moradores que desejarem aderir ao programa, deverão efetuar o pagamento do financiamento em parcela única, sob a forma de caução, no momento da assinatura do contrato. O valor será proporcional à renda familiar mensal.

Além da regularização da área, o programa também vai oferecer melhorias habitacionais em algumas das unidades regularizadas.

A pasta disse ainda que cerca de 20 mil imóveis incluídos no programa também receberão adequações para melhorar a moradia, instalação de banheiro, cobertura ou piso, instalações elétricas ou hidráulicas inadequadas.

“Poderão ser beneficiadas famílias com renda mensal de até R$ 2 mil. É necessário estar no CadÚnico do governo federal, não possuir outros imóveis no território nacional e o proprietário ser maior de 18 anos ou emancipado”, informou a pasta.

A adesão ao programa pode ser feita aqui.

Edição: Maria Claudia


Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Governo incentiva doação de sangue antes de imunização contra covid-19

 


Depois de vacinados, doadores devem respeitar período sem doar

Publicado em 01/02/2021 - 15:59 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Ministério da Saúde está incentivando os brasileiros a doarem sangue antes de serem vacinados contra a covid-19, em função do impedimento temporário para doação após o recebimento de certos tipos de vacinas. 

De acordo com informação divulgada hoje (1º) pela pasta, o período de inaptidão é necessário porque o micro-organismo da imunização, ainda que na forma atenuada, circula por um tempo determinado no sangue do doador. Em caso de pacientes imunossuprimidos, há risco de o receptor desenvolver a doença para a qual o doador foi vacinado.

O coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Roberto Firmino, disse que o intervalo se justifica porque “o modo de fabricação das vacinas pode levar riscos a um paciente que receba o sangue, tendo em vista que seu sistema imunológico já se encontra debilitado pela própria condição de saúde. Ao receber uma vacina, o organismo imediatamente desenvolve reações necessárias para que o imunizante tenha efeito, e estas reações podem levar a resultados imprecisos dos exames sorológicos ou tornar irreconhecível efeitos adversos da vacina ou alterações pós doação”, explicou.

De acordo com o tipo de vacina aplicada, a norma no Brasil determina períodos diferentes de intervalo para uma doação de sangue. Após vacinas de vírus ou bactérias inativados, toxoides ou recombinantes, o tempo previsto de inaptidão é de 48 horas. Já após vacinas de vírus ou bactérias vivos e atenuados, deve-se esperar quatro semanas para doar sangue.

O imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac funciona com vírus inativado, de modo que se encaixa no período de 48 horas. Já o tempo de inaptidão para as pessoas que receberem o imunizante da AstraZeneca/Oxford, produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é de quatro semanas, por se tratar de uma vacina de vetores virais.

Rodolfo Firmino destacou que a população precisa estar ciente sobre os períodos de restrição para doação de sangue após receber a vacina. “Por isso, enfatizamos a importância de os doadores fazerem suas doações antes de receberem a vacina. A doação de sangue é segura e não contraindica a vacinação, podendo, inclusive, receber a vacina logo em seguida à doação", afirmou Firmino.

Queda de doadores

Em decorrência da pandemia do novo coronavírus e devido à menor circulação de pessoas nas ruas, o Ministério da Saúde registrou diminuição de doadores nos hemocentros. No ano passado, a doação caiu entre 15% e 20% com relação a 2019. Soma-se a isso o fato de o primeiro mês do ano ser considerado período de férias, o que pressupõe redução nos estoques de sangue.

Segundo o Ministério da Saúde, ainda não houve registro de desabastecimento no Brasil, mas alguns hemocentros já estão necessitando de apoio da população com certos tipos sanguíneos. 

Devido à pandemia, os hemocentros em todo o país adotaram medidas de segurança para evitar aglomerações e outros fatores de propagação do novo coronavírus. Os doadores precisam agendar um horário de atendimento, via internet ou telefone, e cada unidade passa por procedimento de higienização, tanto dos locais de circulação quanto para lavagem de mãos das pessoas.

Rodolfo Firmino salientou que o Ministério da Saúde, em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicou nota técnica para inaptidão de pacientes com covid-19 ou em recuperação, “de modo a afastá-los dos centros de coleta por um período de segurança para manter o sangue, os doadores e os pacientes receptores ainda mais seguros”.

Acompanhamento

O Ministério da Saúde faz o acompanhamento diário do quantitativo de bolsas de sangue em estoque nos maiores hemocentros estaduais. Além disso, ativou, no início da pandemia, o Plano Nacional de Contingência, que permite uma possível antecipação na tomada de decisão para reduzir o impacto de eventuais desabastecimentos.

Atualmente, a taxa de doação de sangue voluntária da população brasileira é de 1,6%, informou o ministério. Esse número está dentro dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados do ministério mostram que foram investidos pela pasta R$ 1,5 bilhão na rede de sangue e hemoderivados no Brasil, em 2019, e R$ 1,6 bilhão, em 2020. O valor envolve aquisição de medicamentos e equipamentos, reformas, ampliação e qualificação da rede.

Também no ano passado, devido à pandemia do novo coronavírus, o ministério realizou a Campanha Nacional de Promoção da Doação Voluntária de Sangue, cujo foco foi a importância de as pessoas continuarem doando sangue, apesar das restrições de deslocamento. Isso se explica porque o consumo de sangue é diário, contínuo e essencial em casos de anemias crônicas, cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves que acontecem diariamente. A campanha foi lançada pelo ministério em junho e reforçada em novembro em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Sangue. Ainda não existe um substituto para o sangue, ressalta o Ministério da Saúde.

Edição: Aline Leal


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

SP vai receber mais 5,6 mil litros de insumos da China para CoronaVac

 


Segundo lote de IFA deve chegar ao Brasil até o dia 10

Publicado em 01/02/2021 - 17:33 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Além dos 5,4 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que devem chegar a São Paulo até a noite de quarta-feira (3), o governo paulista ainda vai receber, até o dia 10 de fevereiro, uma segunda carga do insumo, que soma mais 5,6 mil litros. Com esses 11 mil litros de IFA, o Instituto Butantan diz que será possível produzir 17,3 milhões de doses da vacina.

Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, essas 17,3 milhões de doses da vacina começarão a ser entregues ao Ministério da Saúde a partir do dia 25 de fevereiro.

Além desses 11 mil litros, Dimas Covas disse que o Instituto Butantan já encaminhou à China um novo pedido para receber mais 8 mil litros do IFA. Até este momento, o instituto já recebeu 10,8 milhões de doses, sendo que 6 milhões delas chegaram prontas. Desse total, o Butantan já encaminhou 8,7 milhões de doses para o Ministério da Saúde.

Ainda esta semana, o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde devem assinar um acordo de compra de 54 milhões de doses adicionais da vacina, além das 46 milhões já definidas em contrato.  “Isso vai nos permitir chegar a um total de 100 milhões de doses. Nossa programação é que possamos entregar essas doses até o começo de agosto. Estamos trabalhando a todo vapor para que, rapidamente, as doses sejam produzidas assim que a matéria-prima chegar a partir de quarta-feira”, disse o diretor do Instituto Butantan.

A CoronaVac é uma vacina contra o novo coronavírus, produzida pelo Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Edição: Claudia Felczak



Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Covid-19: mortes somam mais de 225 mil e casos, 9,2 milhões

 


Segundo Ministério da Saúde, 8.077.967 pessoas já se recuperaram

Publicado em 01/02/2021 - 20:15 Por Agência Brasil - Brasília

O número de pessoas que não resistiram à covid-19 no Brasil subiu para 225.099. Em 24 horas, foram registradas 595 mortes. Há ainda 2.866 óbitos em investigação no país.

Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 9.229.322. Em 24 horas, foram confirmados pelas autoridades sanitárias 24.591 novos casos.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta segunda-feira (1º). O balanço é produzido a partir de informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Há, ao todo, 926.256 pessoas com casos ativos da doença em acompanhamento por profissionais de saúde e 8.077.967 pacientes já se recuperaram.

Estados

Na lista de estados com mais mortes estão São Paulo (53.090), Rio de Janeiro (29.848), Minas Gerais (15.094), Rio Grande do Sul (10.715) e Ceará (10.477). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (856), Acre (873), Amapá (1.064), Tocantins (1.386) e Rondônia (2.259).

Em número de casos, São Paulo também lidera (1.779.722), seguido por Minas Gerais (736.265), Bahia (589.234), Santa Catarina (578.550) e Paraná (551.985).

 Boletim Epidemiológico - 01.02.2021
Boletim Epidemiológico - 01.02.2021 - Divulgação/Ministério da Saúde

Edição: Paula Laboissière



Por Agência Brasil - Brasília

Com vacinômetros, população pode acompanhar imunização nos estados

 


Banco de dados registra número de pessoas que foram vacinadas

Publicado em 01/02/2021 - 16:42 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Com o início da vacinação contra a covid-19, governos estaduais e municipais passaram a divulgar um vacinômetro, uma espécie de banco de dados que registra, entre outras informações, a quantidade de pessoas que já tomaram algum tipo de imunizante contra a doença, locais de vacinação e quais grupos estão sendo vacinados. Na maior parte dos vacinômetros também é possível obter as informações por município.

O Ministério da Saúde também disponibiliza uma ferramenta com informações sobre o registro das doses aplicadas da vacina. Os dados sobre as coberturas vacinais podem ser acessados por meio de um painel online, no LocalizaSUS.

Os dados do ministério, abastecidos pelos municípios, mostram que, até o momento, foram aplicadas 679.893 doses, de um público-alvo, nessa etapa de vacinação, de 77.219.266 pessoas.

Agência Brasil também fez um levantamento com os dados sobre vacinação. Abaixo é possível acompanhar a situação do seu estado.

Acre

O portal da transparência da covid-19 no Acre informa, até o dia 25 de janeiro, que o estado recebeu 51.060 doses, das quais 31.275 foram distribuídas, com 5.249 pessoas vacinadas. A capital Rio Branco não dispõe de um vacinômetro sobre a covid-19.

Alagoas

página do governo do estado registra até o dia 29 de janeiro, 40.636 pessoas vacinadas. A capital do estado, Maceió, não conta com um serviço para acompanhar a quantidade de pessoas que foram vacinadas contra a covid-19.

Amapá

O estado não dispõe de uma página com os dados sobre o número de pessoas vacinadas. Mas a Secretaria de Saúde informa que, até o dia 30 de janeiro, foram imunizados mais de 800 profissionais de saúde. Dados do LocalizaSuS mostram que 3.065 pessoas foram vacinadas no estado. Macapá também não dispõe de um serviço específico para acompanhar a vacinação contra a covid-19.

Amazonas

O estado disponibiliza as informações sobre a vacinação nesta página . Segundo o portal, até o momento foram vacinadas 44.772 pessoas contra a covid-19. A prefeitura de Manaus criou um vacinômetro para divulgar o número de pessoas vacinadas, que somam 19.768.

Bahia

No estado, é possível acompanhar as informações sobre a vacinação pela página. Até o momento já tomaram o imunizante no estado 192.437. A capital baiana também tem um portal onde é possível acompanhar a quantidade de pessoas vacinadas, que já soma 55.638.

Ceará

vacinômetro informa que 81.921 pessoas foram vacinadas até o dia 29 de janeiro. Na capital Fortaleza não há um vacinômetro. A prefeitura disponibiliza uma página para o agendamento da vacinação.

Distrito Federal

página do DF que registra dados sobre a vacinação mostra que foram vacinadas, até o dia 29 de janeiro, 44.315 pessoas.

Espírito Santo

vacinômetro não traz informações sobre o número de pessoas vacinadas, mas registra que 93.962 doses da vacina foram distribuídas, cobrindo 73% do grupo prioritário composto por profissionais da saúde, indígenas, idosos de instituição de longa permanência e pessoas com deficiência abrigadas em instituições. Vitória, a capital do estado, não dispõe de um vacinômetro.

Goiás

Secretaria de Saúde informa que até o dia 29 de janeiro foram aplicadas 75.496 doses das vacinas contra a covid-19 em todo o estado. A página de informações da própria secretaria  registra 33.507 doses aplicadas. A capital Goiânia não dispõe de uma página com dados sobre vacinação.

Maranhão

vacinômetro do estado registra que o estado fez a aplicação do imunizante em 56.435 pessoas. A prefeitura de São Luís não tem um vacinômetro, mas disponibiliza uma página para que pessoas dos grupos prioritários possam se cadastrar para receber o imunizante.

Mato Grosso

O estado não possui um vacinômetro com informações sobre as doses já aplicadas. Dados do LocalizaSUS mostram que até o momento, 25.404 pessoas foram imunizadas. Na capital do estado, Cuiabá, o vacinômetro do município registrou, até o dia 31 de janeiro, 8.823 pessoas vacinadas.

Mato Grosso do Sul

O vacinômetro do estado, lançado nesta segunda-feira (1°), mostra que, até o dia 29 de janeiro, foram aplicadas 46.152 doses. Em Campo Grande, a prefeitura não dispõe de uma página com informações sobre a vacinação.

Minas Gerais

vacinômetro registra 167.827 pessoas que receberam o imunizante em todo o estado. A prefeitura de Belo Horizonte disponibiliza uma página na qual informa que 53.698 pessoas receberam a primeira dose da vacina.

Pará

vacinômetro registra que 43.773 pessoas receberam a vacina. Em Belém, a prefeitura não dispõe de uma página com informações sobre a vacinação.

Paraíba

vacinômetro do estado registra que 35.044 pessoas foram vacinadas até o dia 31 de janeiro. Em João Pessoa, o vacinômetro registra que até o dia 28 de janeiro foram vacinadas 14.242 pessoas.

Paraná

O estado não disponibiliza um vacinômetro para acompanhar a evolução da vacinação. Mas, de acordo com o LocalizaSUS, até o momento, foram vacinadas 66.250 pessoas no estado. A Secretaria de Saúde informa que 136.226 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 até esta sexta-feira (29). A prefeitura de Curitiba não possui uma página com dados sobre a vacinação contra a covid-19.

Pernambuco

O governo do estado não disponibiliza um vacinômetro para acompanhar a evolução da vacinação. De acordo com o LocalizaSUS até o momento foram vacinadas 33.376 pessoas no estado. No Recife, o vacinômento do município registra 23.808 pessoas vacinadas.

Piauí

De acordo com o vacinômetro do estado, 33.491 pessoas receberam a primeira dose da vacina no  estado. A prefeitura de Teresina não dispõe de uma página com um vacinômetro. A Fundação Municipal de Saúde informam em boletim que no município 14.676 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 do dia 19 ao dia 29 de janeiro.

Rio de Janeiro

O estado não possui um vacinômetro com dados sobre quantas pessoas receberam a vacina. O LocalizaSUS registra que foram vacinadas 45.882 pessoas. A capital do estado registrou até o dia 29 de janeiro, 131.241 pessoas vacinadas.

Rio Grande do Norte

O estado possui uma página, a RN + Vacina, que registra 46.739 pessoas vacinadas. A página é uma espécie de cartão de vacinas virtual, onde é possível monitorar as doses aplicadas. Em Natal, não há um vacinômetro com informações sobre a aplicação do imunizante.

Rio Grande do Sul

vacinômetro do estado informa que 168.921 pessoas foram vacinadas no estado. O vacinômetro da capital Porto Alegre informa que 42.566 receberam a primeira dose da vacina.

Rondônia 

vacinômetro do estado registra que, até o dia 30 de janeiro, foram vacinadas 13.888 pessoas. Na capital Porto Velho, o vacinômetro registra apenas as vacinas aplicadas nos profissionais de saúde. De acordo com a página, até o momento foram vacinados 2019 profissionais com a primeira dose do imunizante.

Roraima

O estado não possui um vacinômetro com informações sobre a aplicação das doses do imunizante. O Localiza SUS informa que 3.876 pessoas foram vacinadas no estado. A capital Boa Vista não possui um vacinômetro.

Santa Catarina

portal traz informações sobre a vacinação no estado. De acordo com o boletim, até o dia 29 de janeiro foram 56.136 pessoas vacinadas com a primeira dose da vacina. Em Florianópolis, o vacinômetro informa que 5681 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 no município.

São Paulo

governo do estado tem um vacinômetro que registra 413.611 pessoas imunizadas. A capital paulista não dispõe de um vacinômetro.

Sergipe

Os dados sobre vacinação no estado podem ser obtidos nesta página. De acordo com o boletim, a cobertura vacinal mostra que 18.957 pessoas foram imunizadas até o dia 29 de janeiro. O capital Aracaju não possui um vacinômetro.

Tocantins

No estado, os dados mais recentes do indicador, registrados em 29 de janeiro, mostram que o estado aplicou 6.994 doses da vacina contra a covid-19. A capital Palmas não possui um vacinômetro.

Edição: Valéria Aguiar


Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília