Serviços fazem parte das obras de duplicação na rodovia federal
Publicado em29/01/2021 15h39
A conclusão desse viaduto representa a entrega do primeiro segmento duplicado no lote 4 - Foto: DNIT
OMinistério da Infraestrutura, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), entregou, nesta sexta-feira (29), o viaduto de acesso aos municípios de Indaial e de Timbó, na BR-470/SC, em Santa Catarina. A interseção fica localizada no km 68 da rodovia federal e faz parte do lote 4 das obras de duplicação, tendo sido executado até o momento 32% do contrato.
A conclusão desse viaduto representa a entrega do primeiro segmento duplicado no lote 4, sendo que a obra compõe, além da construção de Obras de Arte Especiais (OAEs) - quatro pontes e quatro viadutos -; a duplicação e a restauração da pista existente; a implantação de ruas laterais; e a recuperação, o reforço e a reabilitação da pista. Em dezembro do ano passado, a autarquia liberou ao tráfego o viaduto de acesso ao município de Ilhota, no km 25 do lote 2.
O investimento na obra foi de R$ 23 milhões e, por ser um gargalo da rodovia federal e um ponto de intenso trânsito, beneficiará, além dos municípios de Indaial e Timbó, todas as cidades vizinhas da região, entre elas, Gaspar e Blumenau.
Além do viaduto, o DNIT fez toda a parte de terraplenagem, de pavimentação (sub-base, base e revestimento), além de obras complementares, como barreira New Jersey (barreira de segurança, geralmente em concreto, utilizada como separador de fluxos de tráfego, como guarda em obras de arte ou para delimitar provisoriamente zonas em obras), drenagem e sinalização completa.
Estudo aponta que a agenda estrutural de reformas deve ser retomada para que o país registre um crescimento econômico sustentável de longo prazo
Publicado em29/01/2021 15h25
ASecretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, divulgou, nesta sexta-feira (29), nota informativa com projeções de crescimento econômico e medidas fiscais. A análise destaca que as medidas adotadas pelo Brasil para mitigar os efeitos da Covid-19 reverteram as expectativas de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 para níveis menos críticos.
De acordo com a secretaria, a rápida resposta conjunta do Governo Federal e do Congresso Nacional limitaram a deterioração da atividade. O país destinou cerca de 8,5% do PIB em medidas fiscais direcionadas ao combate à crise – percentual que supera a média dos valores destinados pelos países em desenvolvimento e da América Latina e ultrapassa a média dos países avançados.
“As ações tomadas pelo Brasil fizeram com que as projeções mais pessimistas, que foram divulgadas por organizações multilaterais e pela mediana de mercado no primeiro semestre de 2020, melhorassem significativamente nos últimos meses”, destacou o subsecretário de Política Macroeconômica, do Ministério da Economia, Fausto Vieira. Segundo ele, o país se destacou em relação às projeções para a média dos países emergentes.
O estudo destaca o fato de que os altos níveis de recursos públicos utilizados para o combate à crise – apesar de necessários para manter renda e emprego – devem ser entendidos como temporários. De acordo com o texto, as medidas emergenciais não podem ser confundidas com medidas estruturais e a agenda estrutural de reformas para consolidação fiscal e aumento da produtividade devem ser retomadas em breve para que o país registre um crescimento econômico sustentável de longo prazo.
Portal do “Programa Mais Capital” reúne um cardápio de estímulos para os empresários do DF
RAFAEL SECUNHO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO
Empresário de sucesso no ramo de panificação, Jurandir Pizane, 58 anos, quase desistiu de investir no Distrito Federal. Seus negócios na capital federal andavam no vermelho e com a pandemia do coronavírus os prejuízos aumentaram. Há uma década em Brasília, ele viu no programa Emprega-DF, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), uma alternativa para sair das dificuldades.
“Já estava me preparando para sair do DF. Mas consegui um ótimo incentivo fiscal aderindo ao programa”, conta. “Veio uma excelente redução do ICMS apurado. Daí, repensei a vida do meu negócio”, explica ele.
O empresário Jurandir Pizane encontrou no Emprega DF o incentivo que precisava para enfrentar a pandemia e manter seu negócio | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Com a adesão ao programa, o empreendedor segue fabricando seus pães no DF, e os comercializa até mesmo para outros estados. Com o objetivo de tornar o Emprega-DF e outros incentivos mais acessíveis, a SDE colocou na praça o Mais Capital. Um programa de atração de investimentos, que apresenta por meio de um site um leque de possibilidade e estímulos para o desenvolvimento da indústria e comércio.
“Na verdade, o que buscamos, é justamente atrair novas empresas e plantas para o DF, além de cuidar com bastante aprumo das que já existem”, pontua o Secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira. “O Mais Capital veio para ser um balcão de atendimento. Nele, vamos oferecer todas as possibilidades para os empreendedores”, complementa.
“Não queremos o empresário ‘quicando’ de área em área para saber o que ele precisa. No portal, ele vai poder ver muita coisa. Além do que, vamos acompanhar ele durante todo o processo”Bruno Watanbe, secretário-executivo da SDE
O site do programa é a porta de entrada para o investidor. Ele trabalha com três pilares de benefícios para escolha do usuário: os fiscais, os incentivos imobiliários e os créditos de fomento.
Entre os incentivos fiscais, está o Emprega-DF. Nos imobiliários, há a opção para aquisição de lotes diretamente com a Terracap, por exemplo. Há também a possibilidade de solicitar empréstimos como é o caso do crédito rural ofertado pelo Banco de Brasília (BRB).
“Não queremos o empresário ‘quicando’ de área em área para saber o que ele precisa. No portal, ele vai poder ver muita coisa. Além do que, vamos acompanhar ele durante todo o processo”, afirma o secretário-executivo da SDE, Bruno Watanabe.
Com muitas informações na “palma da mão”, Watanabe acredita que investidores poderão olhar com mais atenção para a capital. E os empresários daqui poderão fazer escolhas certeiras para seu negócio. “Agora, todas as possibilidades estão em um balcão único. Isso significa também a redução da burocracia”, finaliza.
A remuneração é a maior entre as 542 vagas oferecidas nas agências do trabalhador neste segunda-feira (1º)
ALLINE MARTINS, DA AGÊNCIA MARTINS | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO
O salário de R$ 8,5 mil, pago para médico do trabalho, é o maior entre os oferecidos nas vagas das agências do trabalhador, nesta segunda-feira (1). Outras duas profissões de nível superior vêm em segundo e terceiro lugar no ranking das remunerações: engenheiro civil, que receberá R$ 4 mil mensais, e enfermeiro, por R$ 2,9 mil mensais.
Comércio e vendas são as áreas que mais estão contratando. São 251 das 542 vagas. Tem espaço para vendedores, sushiman, pizzaiolo, consultor de vendas, atendentes de lojas, auxiliar de cozinha e balconistas. Os salários variam entre R$ 30 ao dia, oferecidos a vendedores internos, e R$ 2,5 mil, para vendedores de consórcio.
Vale ressaltar que a partir desta segunda-feira (1º), a unidade do Plano Piloto estará em novo endereço. Os atendimentos, antes realizados no Setor Comercial Sul, passarão a ser feitos na 511 Norte
A construção civil vem em seguida no número de vagas oferecidas: 100. Podem se candidatar pessoas que tenham interesse em trabalhar como serralheiro, marceneiro, armador de ferros, carpinteiro, engenheiro civil, pedreiro, servente de obras e soldador. A maioria dessas oportunidades exige, apenas, nível fundamental de escolaridade. As remunerações vão de R$ 1,1 mil a R$ 2,5 mil, mais benefícios.
Quatro profissões que praticamente não aparecem no quadro de vagas das agências do trabalhador estão, nesta segunda-feira (1), em busca de sete profissionais, sendo um administrador de redes, três auxiliares de topógrafo, um para encarregado de linha de transporte rodoviário e duas para sinaleiro (orientação de guindastes e equipamentos similares). Nestas áreas, é possível receber, mensalmente, entre R$ 1,1 mil e R$ 2,5 mil, mais benefícios.
Para se candidatar a qualquer uma das vagas, basta ir a uma das agências do trabalhador, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Vale ressaltar que a partir desta segunda-feira (1º), a unidade do Plano Piloto estará em novo endereço. Os atendimentos, antes realizados no Setor Comercial Sul, passarão a ser feitos na 511 Norte.
Empreendedores que desejam buscar profissionais também podem utilizar os serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível usar os espaços físicos para seleção dos candidatos encaminhados. Para isso, basta acessar o site da Secretaria do Trabalho e preencher o formulário na aba empregador.
O jogo foi tenso, arrastado e com muitas chances de bola para ambos os lados. Mas quem levou a melhor, no finalzinho da partida, foi o Palmeiras. No Maracanã, o time de Abel Ferreira venceu o Santos por 1 a 0, com gol de Breno, ex-atacante do Juventude, e sagrou-se bicampeão da Libertadores. O primeiro título continental do Verdão foi em 1999.
Antes deste sábado, o clube alviverde havia conquistado o torneio em 1999, com Luiz Felipe Scolari no comando e um time de lendas como o goleiro Marcos e os ídolos verdes Arce, Paulo Nunes e Evair —entre muitos outros.
A partir de agora, o Mundial de Clubes vira o grande compromisso do Palmeiras. O torneio da Fifa começa em 4 de fevereiro, mas o clube brasileiro estreia no dia 7. Antes disso, ao menos por enquanto, o Alviverde enfrenta o Botafogo na terça-feira (2). O vice-campeão Santos visita o Grêmio na quarta (3). Ambos os jogos são do Campeonato Brasileiro.
Após a conquista, Rony afirmou que nunca tinha sentido medo como na decisão de hoje. "Só tenho que agradecer a Deus, a esse grupo, a esse time, nunca senti medo na minha vida como senti hoje, mas falei com Deus. Título é nosso, mas a glória é de Deus. Sem ele, a gente não é nada. Agradecer a Deus e toda minha família", disse o atacante ao SBT.
Weverton também falou com a emissora, mas comemorou o título com cuidado. "Eu fico até com receio de comemorar [perto dos convidados no Maracanã], tem muita gente aqui, eu ainda não peguei Covid-19. Tem Mundial na semana que vem."
Breno Lopes: herói improvável
Breno Lopes chegou recentemente ao Palmeiras para compor elenco. E como o futebol é impressionante, ele foi acionado no segundo tempo mesmo com o técnico Abel Ferreira tendo opções mais conhecidas no banco (Willian, por exemplo, estava cotado para iniciar o jogo). Mas foi o garoto que veio do Juventude quem fez o gol que deu o bicampeonato para a equipe na Libertadores e colocou seu nome na história do clube. Foi apenas o segundo tento anotado com a camisa do time paulista — ele havia balançado as redes pela primeira vez no empate contra o Vasco, na última terça-feira (26).
Zé Rafael faz pouco e sai
Escalado ao lado de Danilo, Gabriel Menino e Raphael Veiga, Zé Rafael participou bem da marcação do Palmeiras, que teve menos a bola no primeiro tempo, mas cansou. Tanto é que aos 32 da etapa final deixou o gramado para a entrada de Patrick de Paula.
Amigos? Nem tanto, pelo menos hoje...
Marcos Rocha e Cuca venceram a Libertadores juntos, em 2013, pelo Atlético-MG. Presume-se que são amigos, então. E, na verdade, eles são. Só que o lateral do Palmeiras foi tentar cobrar um lateral rapidamente e, impedido pelo treinador rival, empurrou o ex-companheiro. O comandante do Peixe foi expulso e eles até conversaram amigavelmente depois. Cuca, então, deixou o gramado e foi para as arquibancadas até o fim do jogo.
Palmeiras mantém titulares e 4-4-2
Depois de descansar seus titulares nos últimos dois jogos, o Palmeiras entrou jogando na maior parte do tempo com um 4-4-2 sem a bola, mas com Gabriel Menino em alguns momentos fechando uma linha de cinco. Sem correr grandes riscos no primeiro tempo, o time aparentou apenas evitar sofrer o gol na etapa final e levar o jogo para a prorrogação. As jogadas com Luiz Adriano pouco funcionavam, mas a entrada de Breno Lopes acabou sendo providencial e mudando o rumo de um jogo com pouquíssimas chances. Ele entrou na vaga de Gabriel Menino, tornou o time mais ofensivo e entrou na área logo após a expulsão de Cuca para fazer o gol do título.
Santos segura meio com três volantes
O técnico Cuca optou por começar a partida com o volante Sandry formando o trio de meio-campo com Alison e Diego Pituca. Os três marcaram homem a homem o trio adversário e impediram o Palmeiras de criar jogadas, mas, por outro lado, também pouco criaram para o Peixe na primeira etapa. No segundo tempo, Lucas Braga entrou na vaga de Sandry e a equipe melhorou ofensivamente, se movimentando mais e criando mais opções de passe, mas não foi suficiente para abrir o placar.
Cronologia do jogo
Depois de um primeiro tempo nervoso e de muito estudo, as equipes começaram a se soltar na segunda etapa. Com 30 minutos, Diego Pituca teve liberdade e mandou uma bomba, Weverton espalmou. No rebote, Felipe Jonatan chutou com bastante perigo. Foi a primeira grande oportunidade pelo chão. Já nos minutos finais, quando a partida caminhava para a prorrogação, Breno Lopes completou cruzamento e, de cabeça, tirou totalmente John da jogada. Fez o gol histórico para o clube.
Público aglomera no Maracanã
A Conmebol foi autorizada a colocar 5 mil pessoas, entre convidados, imprensa, dirigentes e representantes dos clubes na final da Libertadores no Maracanã. Pela regra, todos deveriam manter as máscaras o tempo inteiro e evitar aglomerações.
Mas torcedores se aproximaram e tiraram as máscaras para fazer fotos, o que ocorreu também na tribuna de honra. As torcidas ocuparam somente o setor oeste do Maracanã. Os palmeirenses mais à direita das cabines de rádio e os santistas, mais à esquerda da cabine.
FICHA TÉCNICA PALMEIRAS 1 X 0 SANTOS
Final da Copa Libertadores da América 2020 Data: 30/01/2021 (sábado) Horário: 17h Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro Árbitro: Patricio Loustau (Argentina) Assistentes: Ezequiel Brailovsky e Diego Bonfa (ambos da Argentina) Quarto Árbitro: Dario Herrera (Argentina) VAR: Mauro Vigliano (Argentina) Cartões amarelos: Gustavo Gómez, Viña, Marcos Rocha e Breno Lopes (Palmeiras); Lucas Veríssimo, Diego Pituca, Soteldo e Alison (Santos) Cartão vermelho: Cuca (Santos)
Gol: Breno Lopes, aos 53 minutos do segundo tempo
PALMEIRAS Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez, Viña; Danilo, Zé Rafael (Patrick de Paula), Gabriel Menino (Breno Lopes), Raphael Veiga (Alan Empereur); Rony (Felipe Melo) e Luiz Adriano. Técnico: Abel Ferreira.
SANTOS
John; Pará (Bruno Marques), Lucas Veríssimo, Luan Peres, Felipe Jonatan (Wellington Tim); Alison, Sandry (Lucas Braga) e Diego Pituca; Soteldo, Marinho e Kaio Jorge (Madson). Técnico: Cuca.
Posto móvel do Lago Norte começou a funcionar pelo Núcleo Córrego do Palha. População pediu mais segurança e preservação ambiental
LÍVIO DI ARAÚJO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO
Posto móvel vai circular pelo Lago Norte aos sábados | Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília
O sábado (30) foi de oportunidade para os moradores do Núcleo Rural do Córrego do Palha, no Lago Norte, que puderam levar suas demandas e necessidades para as autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF). Nesta manhã, o trailer do programa Administração Mais Perto de Você, montado pela Administração Regional do Lago Norte, fez sua estreia e foi ouvir as mais de 800 famílias que vivem na região. Segurança, iluminação e preservação da área foram os principais pedidos.
“Temos uma juventude muito ociosa. Além da ronda ostensiva, os projetos sociais e esportivos são muito importantes para nós, pois jovens desempregados são alvos fáceis para a vida de crime”, explicou a moradora Lúcia Mendes. Discurso endossado pelo presidente da Associação de Moradores e Produtores do Núcleo Rural do Palha, Flávio Melo. “Nós vivemos em uma região bem mista, onde moram pessoas com melhores condições e outras em condições bem difíceis e uma juventude muito vulnerável”, explicou.
Além dos perigos com assaltos, Lúcia lembra que o acesso também é um facilitador para garantir a segurança do local. “Temos uma boa escola, por exemplo, mas a dificuldade em chegar até lá, em caminhos sem segurança e sem iluminação pública, dificultam os caminhos da educação”, ressalta.
O vice-governador Paco Britto e o administrador do Lago Norte, Marcelo Ferreira, ouviram as demandas dos moradores | Foto: Vinícius Melo/Agência Brasília
Dinâmica
Todas as reivindicações eram ouvidas e registradas pelo administrador do Lago Norte, Marcelo Ferreira. “A importância deste projeto, que batizamos de Administração Mais Perto de Você, é justamente isso: ouvir os pedidos das pessoas que vivem e conhecem a região. Muitas vezes, entre segunda e sexta-feira, as pessoas não têm tempo de ir a administração, por isso escolhemos o sábado como o dia de vir para ouvir a população”, explica. Marcelo adianta que o “gabinete itinerante” da administração passará, ainda, pela península do Lago Norte, Centro de Atividades (CA), Taquari e as demais regiões rurais que compõem a Região Administrativa.
“A importância deste projeto, que batizamos de AdministraçãoMais Perto de Você, é justamente essa: ouvir os pedidos das pessoas que vivem e conhecem a região”Marcelo Ferreira, administrador do Lago Norte
De acordo com o vice-governador Paco Britto, por determinação do governador Ibaneis Rocha, o governo está, cada vez mais, próximo da população. “Sabemos que a população precisa de muita coisa, mas nem sempre vamos conseguir atender tudo. Porém, estando mais próximo de todos, podemos conhecer melhor as demandas e definir as prioridades para atender aos anseios de todos”, explicou.
Paco contou, ainda, que a Vice-Governadoria tem feito visitas em todas as administrações regionais, num projeto chamado Café com o Vice-Governador, para listar, com os administradores, a demanda de cada região do DF. “É muito importante ouvir todos, e estar mais próximo da população é uma das principais metas do nosso governo”, frisou.
“É muito importante ouvir todos, e estar mais próximo da população é uma das principais metas do nosso governo”Paco Britto, vice-governador
Meio ambiente
Ex-diretora da escola da região por 16 anos e presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Ilumina, a professora Lara Cardoso apresentou outra demanda para o Núcleo Rural do Palha: a preservação ambiental. O local possui 114 nascentes. “Cuidar do meio ambiente e de toda essa água que a região produz é muito importante, não pode ser esquecido”, afirma.
“É uma região importante para todo o Distrito Federal”, frisou o vice-governador. “Fiz questão de estar aqui hoje, atendendo a uma determinação do governador Ibaneis, nossa grande maestro, para conhecer de perto a demanda desta população e levar todas as demandas para que possamos atendê-las, na medida do possível”, finalizou Paco Britto.
A presença do governo na região agradou, em cheio, os moradores. “Havia mais de 18 anos que não recebíamos a visita de nenhuma autoridade do primeiro escalão dos governos que passaram pelo DF”, disse a professora Lara. O núcleo Rural do Palha surgiu em 1956, antes mesmo da construção da capital.
Momentos de dor e resiliência vividos por profissionais da linha de frente durante a pandemia dão lugar à esperança por dias melhores
AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: MÔNICA PEDROSO
A enfermeira Josilane explica que o mais difícil foi cuidar do psicológico da equipe formada por 150 pessoas no Hospital de Base | Foto: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF
Os mesmos olhos que viram pacientes intubados, familiares aflitos e equipes inteiras correndo contra o tempo para enfrentar um vírus letal e salvar vidas, hoje veem uma luz no fim do túnel. Por trás das máscaras, uma nova feição surge nos rostos dos primeiros colaboradores vacinados do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). O sentimento pela vacina tão esperada é definido em uma palavra: esperança.
A visão no horizonte de um futuro melhor, porém, é uma realidade diferente da vivida desde 5 de março de 2020 no Distrito Federal (e no mundo inteiro). Durante os mais de 300 dias de atuação no combate à Covid-19, os profissionais do Iges tiveram uma caminhada marcada por incontáveis lutas e desafios.
“Hoje eu encaro a Covid-19 como uma doença transmissível como outras que precisam ser respeitadas e prevenidas, mas sem medo”Josilane Pereira, enfermeira
No início, o medo e as incertezas da enfermeira Josilene Cardoso Pereira, 41 anos, eram disfarçados pelas máscaras e vestimentas. Assumir a equipe de enfermagem da UTI Covid-19 no Hospital de Base foi um marco na vida da profissional. “Desde o primeiro dia, passei a gerir não só a equipe, como também conflitos, dúvidas e busca por capacitações. O mais difícil foi lidar com o psicológico de todos”, conta. Josilene ficou responsável por 150 funcionários, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem.
“Eu acho que me sobrecarreguei bastante, porque, como eu era uma referência, sempre tentava me manter firme para não deixar as pessoas desmotivadas”, relata. O suporte da enfermeira estava em casa, com o marido e a filha de 3 anos. A decisão de continuar perto deles fez com que os cuidados com a higienização, que já eram habituais, se intensificassem. “Foi a maneira que encontrei para lidar com a situação. Eles foram minha força para seguir.”
Nádia Bueno, enfermeira, foi realocada várias vezes durante a pandemia | Foto: Divulgação/Iges-DF
Com o passar do tempo e com novas informações sobre a doença, a turbulência de sentimentos foi abrandando, e Josilene ganhou mais confiança. “Hoje eu encaro a Covid-19 como uma doença transmissível como outras que precisam ser respeitadas e prevenidas, mas sem medo”, diz.
Grata por ter sido uma das primeiras contempladas com a vacina, Josilene dedicou o momento à memória dos colegas que partiram. “Muitos deles não conseguiram chegar até aqui, mas devem ser lembrados por terem dedicado suas vidas para salvar outras vidas”, ressalta a enfermeira, imunizada com a primeira dose da CoronaVac na última quarta-feira (20), segundo dia de vacinação no Distrito Federal.
“Apesar dos problemas, tudo foi muito bom porque cresci profissionalmente e aprendi muito como ser humano.”Nádia Bueno, enfermeira
Um dia antes, o técnico de enfermagem Aguinaldo Vaz de Oliveira, 53 anos, havia se tornado o primeiro colaborador do Iges a receber a CoronaVac. Ele é responsável por acompanhar o fluxo de pacientes infectados que precisam de assistência no Pronto-Socorro do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). “Ver um paciente infectado receber alta é sempre um momento de alegria”, afirma. “E saber que daqui para frente vamos conseguir, cada vez mais, reduzir o número de infectados é melhor ainda.”
Após um mês atuando no ambulatório do HRSM, Aguinaldo foi convidado pela gestão do hospital para trabalhar na linha de frente do pronto-socorro. “Em abril, aceitei o desafio”, relata. “Muitas pessoas opinaram dizendo que não era uma boa ideia, mas eu pensava assim: ‘se ninguém aceitar a proposta, como vamos ajudar quem precisa? Alguém tinha que aceitar’”.
Mesmo seguindo todos os protocolos e devidamente paramentado, o técnico acabou contraindo o vírus. “Foi bem difícil, pois tive muitas dores de cabeça e no corpo, além de sintomas gripais. Graças a Deus, não tive problema de oxigenação”, relembra. Atualmente, ele faz tratamento para dor na cervical, sequela da Covid-19. “Apesar de todos os sofrimentos e as dificuldades, valeu a pena. Agradeço a todos os profissionais de saúde que lutaram e continuam lutando contra essa pandemia. Vamos vencê-la.”
“Fomos descobrindo tudo aos poucos, com bastante resiliência e dedicação”, explica o médico Belchior Júnior da UTI do Base | Foto: Davidyson Damasceno/Ascom Iges-DF
Aprendizado na profissão e na vida
Assim como tantos colegas de profissão em todo o mundo, a enfermeira Nádia Bueno, 30 anos, não imaginava que atuaria diretamente para conter uma pandemia. Com sete anos de experiência, sendo mais de um ano dedicado à unidade de pronto atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante, ela foi realocada diversas vezes para áreas da linha de frente contra a Covid-19.
“Antes do coronavírus, eu atuava no Núcleo de Qualidade, com o pessoal de Ensino e Pesquisa”, lembra. “O atendimento era feito em uma tenda para pacientes com dengue. Quando a pandemia começou, o espaço passou a atender apenas aqueles com doenças respiratórias, e a UPA a oferecer UTI [unidade de terapia intensiva] para os necessitados.”
Nos mais de 10 meses de epidemia global, Nádia passou pelas áreas de assistência ao paciente, gestão de leitos, segurança ao paciente e vigilância epidemiológica. “Eu não tinha experiência em nenhum desses setores, mas fui aceitando as oportunidades”, conta. “Apesar dos problemas, tudo foi muito bom porque cresci profissionalmente e aprendi muito como ser humano.”
Durante a batalha, a enfermeira teve que se ausentar após ser contaminada pelo coronavírus em novembro do ano passado. Os sintomas foram leves, mas a preocupação era não transmitir para ninguém. “Eu não fiquei com medo por mim, mas pelas pessoas que estavam comigo”, relata. A pausa no trabalho também era motivo de aflição. “Fiquei preocupada com meus pacientes, queria poder ajudar.”
Para Nádia, que recebeu a primeira dose na semana passada, a chegada da vacina marca o início de novos tempos. “O que a gente passou aqui não foi fácil, mas ver isso agora é como uma luz no fim do túnel”, afirma, emocionada.
“Não podemos afrouxar, pois ralamos muito nos últimos tempos para conter o número de infectados no DF. Todas as medidas sanitárias devem continuar até que toda a população seja vacinada”Belchio Júnior, médico
Meses de isolamento rigoroso
Chefe da UTI Covid do Hospital de Base, Belchior Oliveira Júnior, 38 anos, assumiu o cargo em junho de 2020. A decisão o obrigou a se afastar da família e dos amigos. “O mais difícil foi o começo, porque tudo era muito incerto, e a gente estava aprendendo a lidar com a doença e a combatê-la. Não tinha resposta certa ou errada. Fomos descobrindo tudo aos poucos, com bastante resiliência e dedicação”, relembra.
Com a chegada do imunizante, o médico vê cada vez mais próxima a possibilidade de resgatar os mais de seis meses de afastamento das pessoas amadas. “Valeu a pena me isolar, porque pude protegê-las. Durante todo esse tempo, não teve uma vez que eu consegui me esquecer da pandemia ou relaxar. Eu sempre me lembro das pessoas internadas que precisam de ajuda e me solidarizo com elas”, ressalta o médico, vacinado na última quarta-feira (20).
“Ver um paciente infectado receber alta é sempre um momento de alegria”Aguinaldo de Oliveira, técnico de enfermagem
O momento ainda é de prevenção. “Não podemos afrouxar, pois ralamos muito nos últimos tempos para conter o número de infectados no DF. Todas as medidas sanitárias devem continuar até que toda a população seja vacinada”, alerta Belchior. “No futuro, acredito que vamos conseguir voltar a ter uma vida normal, como era antes da pandemia.”
De 19 de janeiro, primeiro dia de vacinação no Iges-DF, até essa sexta-feira (29), foram vacinados 6.041 colaboradores do instituto.