sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Enem digital deverá mudar preparo para provas, dizem professores

 


Exame será aplicado pela primeira vez para 93 mil estudantes

Publicado em 29/01/2021 - 06:20 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital, que começa a ser aplicado no próximo domingo (31) marcará o início de uma mudança no sistema. Neste ano, ele será aplicado pela primeira vez de forma piloto para 93 mil estudantes. A intenção é que o Enem se torne totalmente digital até 2026. Segundo professores entrevistados pela Agência Brasil, isso influenciará também o preparo para o exame. Os estudantes precisarão, por exemplo, ter mais familiaridade com o computador e com o sistema da prova

De acordo com o diretor de Ensino e Inovações Educacionais do SAS Plataforma de Educação, Ademar Celedônio, o uso de tecnologias nas salas de aula, que vem ocorrendo, poderá se intensificar ainda mais. “O Enem pode acelerar ainda mais, mas a gente tem dificuldades grandes, a gente sabe das desigualdades sociais que tem o Brasil”, diz. 

Fazer a prova no computador, para quem já está familiarizado com o equipamento, é mais fácil, explica o professor. No Brasil, 22% das escolas de ensino médio não têm laboratórios de informática, de acordo com os dados do Censo Escolar compilados pela plataforma QEdu. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC) 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o computador é usado por 50,7% dos brasileiros.

“Temos o desafio de, até 2026, mudar isso”, diz Caledônio, que elogia a iniciativa do Inep. A digitalização possibilitará mudanças no exame, que poderá, por exemplo, ser aplicado mais vezes por ano. Poderá também usar mais recursos como vídeos, GIFs, entre outros. “O Inep está trazendo uma vanguarda. Poucos países do mundo têm isso em um exame dessa escala”, afirma.

Para o professor de história do CEL Intercultural School, Rômulo Braga, o maior uso de tecnologias já é uma tendência, independentemente do Enem. “Depois de 2020, todo mundo está mais digital, ou pelo menos tentando estar. Ainda assim, temos um longo caminho até usarmos menos papel e livros físicos, se é que isso será interessante. De qualquer forma, a depender do formato das questões, não será o Enem digital que "puxará" a necessidade de novas experiências digitais”.

Preparo 

O preparo para o Enem digital também é um pouco diferente do que para o Enem impresso e deve incluir aprender a manejar a plataforma. As questões objetivas serão respondidas no próprio computador, então os participantes não precisarão reservar um tempo para preencher o cartão-resposta. “Agora é preciso ter outras habilidades, inclusive para mensurar o tempo”, diz Caledônio. 

Os professores estão ambos inscritos no Enem digital. A dica de Caledônio para o preparo é que os estudantes assistam ao vídeo que o Inep disponibilizou junto com o cartão de confirmação de inscrição, na Página do Participante. O cartão contém, entre outras informações, o local de prova. Para os inscritos no Enem digital há também um vídeo que explica como funciona o sistema. “Vai dar segurança para o candidato em relação a isso”. 

Já Rômulo Braga sugere “o mesmo preparo que foi feito para o Enem impresso: muita calma e concentração. Junto a isso, tentar não cansar muito os olhos no dia anterior e na manhã da prova, já que serão algumas horas olhando para uma tela. E, caso haja tempo hábil, resolver as questões do Enem impresso, como forma de treinamento”.

O Inep disponibilizou na quarta-feira (27) os cadernos de prova e os gabaritos oficiais do Enem impresso, aplicado nos últimos domingos, 17 e 24.

Enem Digital 

O Enem 2020 tem uma versão impressa, que foi aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma versão digital, que será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram as provas do Enem impresso, o que corresponde a menos da metade dos inscritos. Para o Enem digital, estão inscritos 93 mil participantes.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus são as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Candidatos com sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa foram orientados a não comparecer ao exame. Eles devem notificar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pela Página no Participante e terão direito a fazer o exame na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. 

O exame, tanto o impresso quanto o digital, foi suspenso no estado do Amazonas e o impresso foi suspenso em Rolim de Moura (RO) e em Espigão D'Oeste (RO) devido aos impactos da pandemia nessas localidades. Esses estudantes poderão fazer as provas também na reaplicação. Segundo o Ministério da Educação, foram cerca de 20 ações judiciais, em todo o país, contrárias à realização do exame.

Edição: Graça Adjuto


Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Após 20 anos, piscina nova para os alunos de Ceilândia

 


GDF investe R$ 1,2 milhão para incentivar o esporte escolar. Além da natação, alunos da rede ganham três quadras poliesportivas cobertas

Passaram-se quase 20 anos desde a última vez em que a piscina do Centro Especial nº 2 de Ceilândia esteve cheia – de água e de alunos. Por quase uma década, a semiolímpica e a infantil da Escola Parque Anísio Teixeira também ficaram fechadas. Em outros três colégios, praticar esportes significava enfrentar chuva e sol. Com R$ 1,188 milhão de investimentos, o Governo do Distrito Federal resolveu os problemas que se arrastavam há tempos nas cinco unidades, o que vai beneficiar mais de três mil estudantes.

A verba é do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) , tanto de repasses regulares quanto de emendas parlamentares destinadas por distritais, e gerida pela Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Ceilândia. Os valores foram executados no fim de 2020, quando as obras começaram, gerando centenas de postos de trabalho, e estão a todo vapor. Todas devem estar prontas quando as aulas presenciais puderem ser retomadas com segurança apesar da pandemia de Covid-19.

Depois de 19 anos será possível a prática de hidroestimulação nos alunos do Centro de Ensino Especial 2 de Ceilândia | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“Ceilândia sempre foi celeiro de atletas. Com uma Brasília de muita chuva ou muito sol, sem meio-termo, é preciso oferecer ambientes com boa estrutura para a prática de esportes. Qualquer trabalho depende de infraestrutura, tanto para criança quanto para professores. Investir em esporte é investir no futuro das crianças com qualidade de vida”, entende o coordenador regional de ensino, Marcos Antônio de Souza, que também é professor de Educação Física.

“Como já fui ministro do Esporte e secretário de Esporte, eu sei muito bem da importância da prática esportiva na formação integral do ser humano”, lembra o secretário de Educação, Leandro Cruz. “As iniciativas de esporte e lazer na rede pública do DF precisam e vão se tornar cada vez mais rotineiras para que nossos jovens consigam virar o jogo de suas vidas por meio da Educação”, valoriza.

Conquistas históricas

Para a comunidade escolar de Ceilândia, as piscinas serão conquistas históricas. No Centro de Ensino Especial 2 (QNO 12), são exatos 19 anos sem poder fazer atividades aquáticas importantes para o desenvolvimento dos alunos com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Hoje vice-diretor da unidade, Itamar Assenço chegou à unidade dois anos antes da interdição e ressalta a importância do recurso para os estudantes.

“A piscina colabora no desenvolvimento motor dos alunos, diminui o estresse. O ganho vai ser muito grande. Hoje temos alunos com mais de 20 anos que saíram da Educação Precoce com quatro anos de idade e, desde então, pararam de ter hidroestimulação. Se tivessem dado continuidade, poderiam conseguir andar sem ajuda de equipamentos como andador, mas o trabalho foi interrompido”, conta.

Aluno do CEF 26, Thacio Ramos comemora a quadra coberta para jogar bola | Foto: Paulo H. Carvalho /Agência Brasília

Foram investidos cerca de R$ 200 mil na reforma, em que se aproveitou apenas o buraco na terra. Uma nova estrutura foi construída, com rampa de acesso, nova tubulação e casa de bombas. O espaço será utilizado por 486 alunos, de 0 a 59 anos. “É um sonho e uma luta de muito tempo. Faltava boa vontade para tornar realidade”, revela o vice-diretor, Itamar Assenço.

A sete quilômetros dali, o GDF trabalha em outra realização. As piscinas infantil e semiolímpica finalmente poderão ser utilizadas na Escola Parque Anísio Teixeira (QNM 27). “Quando passou para a Secretaria de Educação, há seis anos, as estruturas já estavam sem uso há pelo menos três. Investimos R$ 280 mil para reforma, com reforço estrutural, impermeabilização com fibra, revisão da parte hidráulica e troca de cerâmicas”, conta o coordenador regional de ensino de Ceilândia, Marcos Antônio de Souza.

Com isso, Ceilândia ganha a primeira piscina semiolímpica para prática esportiva na rede pública da cidade. A previsão é que, quando as aulas presenciais puderem ser retomadas, as atividades de natação sejam incluídas no leque de opções oferecidas pela unidade, que desenvolve trabalho complementar no horário contrário do ensino regular e recebe dois mil alunos.

“A comunidade merece. Desde que a escola inaugurou, a reforma e o uso das piscinas é um sonho, de encher os olhos. Vai ser um chamativo a mais para o aluno, que vem para cá porque quer e gosta”, afirma o vice-diretor da escola, Erivaldo de Albuquerque. Serão 500 crianças atendidas nas modalidades aquáticas, divididas em dois turnos. Arquibancada e grades também foram recuperadas.

Conforto e versatilidade

São investidos R$ 708 mil só na melhoria de quadras poliesportivas em três unidades escolares. No Centro de Ensino Fundamental (CEF) Maria do Rosário, foram 45 anos de espera até a área esportiva ganhar cobertura. O que antes era pintura no chão agora tem bases e acessibilidade. “Esse espaço era até subutilizado por causa da situação. Agora poderemos desenvolver mais projetos junto à comunidade”, conta o diretor, James Mayner.

No CEF 26, a improvisação vai sair de cena. No passado, um estacionamento foi transformado em espaço para prática de esportes e, mesmo com declive, era onde os mil alunos faziam educação física. Agora ela ganha estrutura, é nivelada e ainda terá um palco de seis metros para usar em projetos escolares.

Piscinas da Escola Parque Anísio foram totalmente reformadas | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“É muito ruim jogar bola aqui, porque tem que ficar no sol ou na chuva, e se cair machuca bastante. Agora vai ser bom, com a cobertura”, comemora o estudante Thacio Ramos, de 13 anos. Diretor da unidade, Roberto de Araújo conta que o espaço poderá receber diversos projetos, como multiuso, independente do clima. “É um ganho muito importante para as 30 turmas da escola”, valoriza.

Para os menores, a nova cobertura vai dar mais qualidade de vida às atividades esportivas e lúdicas na Escola Classe 34 (EC 34). Ali, segundo a diretora Margarete da Silva, são 820 crianças que poderão desenvolver diversas atividades ao ar livre, com garantia de proteção. Além do novo telhado, o muro de arrimo foi reforçado.

Para a secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira de Oliveira, essas ações ajudam a democratizar o esporte. “Todas as crianças merecem e devem ter o acesso desde o começo. O esporte ajuda na educação e os tornam cidadãos pronto para as dificuldades da vida”, diz. De acordo com ela, dar melhores condições para a prática esportiva é importante para que as ações sejam desenvolvidas com qualidade.

 

 AGÊNCIA BRASÍLIA 

UPA de São Sebastião: equipe propõe melhorias para a unidade

 


Vice-presidente do Iges-DF conclui visitas às UPAs. Próximos encontros serão nos hospitais e nas unidades administrativas do instituto

A vice-presidente do Iges, Mariela Souza de Jesus, encerrou as visitas às UPAs ressaltando as particularidades de cada uma  Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF

A Vice-Presidência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) encerrou, nesta quinta-feira (28), o ciclo de visitas nas unidades de pronto atendimento (UPAs), proposto pelo Em Pauta. No sexto encontro da atividade, foi a vez dos colaboradores da UPA de São Sebastião apresentarem melhorias e relatarem a realidade do dia a dia na unidade.

Em um ambiente descontraído, os colaboradores se sentiram à vontade para contar o cotidiano na UPA. Entre os pontos abordados, sugeriram um sistema único e padronizado dos dados dos pacientes, além da adoção de um único fluxo a ser seguido por todas as UPAs.

No encontro, a nutricionista Jéssika Oliveira propôs melhorias relacionadas ao relatório das dietas prescritas para que a informação fique mais acessível. “Seria bom se houvesse uma ferramenta que viabilizasse a liberação direta de todas as dietas dos pacientes em observação, sem precisar clicar um a um”, comentou.

Além disso, os colaboradores sugeriram novos projetos para serem aplicados na unidade. Estudante de gestão ambiental na Universidade de Brasília (UnB), o assistente administrativo Diogo Costa, por exemplo, pensou em uma alternativa para gerar mais economia nos gastos de energia. “A solução seria implementarmos um projeto de energia solar aqui na UPA e, por meio de uma parceria com a CEB [Companhia Energética de Brasília], reduzirmos os custos ao longo do tempo”, disse. “Com a economia, poderemos investir mais na UPA e garantir mais qualidade de vida para os pacientes e funcionários.”

Ao final da reunião, a vice-presidente do Iges, Mariela Souza de Jesus, agradeceu a participação de todos. “Foi um encontro bastante proveitoso, com colaboradores interessados e focados no bem comum. Agradeço a oportunidade de conhecer a realidade daqui.”

Ciclo nas UPAS

Cada UPA do DF possui uma realidade específica, sendo necessário um acompanhamento mais próximo. Esta foi a constatação da vice-presidente ao longo dos encontros. Apesar de alguns temas se repetirem, a logística e as demandas se diferenciam. “Todas as unidades do Iges-DF têm a sua complexidade e particularidade, o que reforça a importância de cada uma”, ressaltou.

Falaremos com todos os setores citados e buscaremos solucionar as questões que estiverem ao nosso alcanceMariela Souza de Jesus, vice-presidente do Iges-DF

Principais temas discutidos nos encontros do projeto Em Pauta:

UPA de Ceilândia: os colaboradores sugeriram o aprimoramento na comunicação e a oferta de capacitações profissionais. Também a melhor utilização dos sistemas e das ferramentas oferecidas na unidade.

UPA de Sobradinho: entre os temas abordados estavam a infraestrutura e a manutenção da UPA, além de políticas de gestão e maior integração dos profissionais.

UPA do Recanto das Emas: os participantes comentaram sobre a organização e a logística de estoque de farmácia, infraestrutura e fluxos, além da gestão de leitos e do transporte.

UPA de Samambaia: foram solicitadas mais informações referentes aos processos seletivos, como também dadas sugestões de capacitações e melhorias na infraestrutura da unidade.

UPA do Núcleo Bandeirante: foram citados o espaço físico da copa, a necessidade de um fluxo por etapas dos pacientes e o desejo de maior aproximação do setor administrativo do Iges com a unidade.

Nas seis UPAs, os encontros já tiveram alguns encaminhamentos, entre eles, o levantamento dos materiais necessários para pequenos reparos e a discussão de melhorias para questões pontuais, relacionadas ao transporte e à oferta de capacitações. “Falaremos com todos os setores citados e buscaremos solucionar as questões que estiverem ao nosso alcance”, ressaltou Mariela.

Projeto Em Pauta

Há mais de dois meses, a diretoria do Iges retomou um canal para diálogo direto com todas as unidades. A previsão é de que, até meados de março, as demais unidades do Iges — Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria e unidades administrativas — sejam contempladas.

*Com informações do Iges-DF

AGÊNCIA BRASÍLIA


Saúde mantém vacinação volante para profissionais da rede privada

 


Secretaria segue o plano de imunização que incluiu todos os funcionários dos hospitais particulares

A Secretaria de Saúde esclareceu, nesta quinta-feira (28), que não houve novas mudanças no Plano Estratégico Operacional da Vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal. Diferentemente do que foi informado por alguns veículos de comunicação, os profissionais dos hospitais privados estão sendo vacinados por equipes volantes, conforme estabelecido no plano. Portanto, não haverá vacinação nas unidades básicas de saúde para este público.

Por questões de segurança técnica, desde quarta-feira (20), as equipes da Atenção Primária estão se deslocando até os hospitais da rede privada para imunizar todos os funcionários, pela lista previamente enviada à Secretaria de Saúde. Eles são responsáveis por verificar a lista com nomes e CPFs dos profissionais que serão imunizados, cuidar da caixa térmica com as vacinas para manter a temperatura ideal das doses e supervisionar a aplicação que é feita por trabalhadores da própria unidade.

Profissionais do Hospital Home foram vacinados nesta quinta-feira (28) pela equipe volante da Secretaria de Saúde | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A vacinação começou pelos hospitais Águas Claras, Santa Lúcia (Taguatinga), Ana Nery, Santa Marta, Maria Auxiliadora e Anchieta. Profissionais dos hospitais Home, DF Star e Alvorada receberam a dose do imunizante nesta quinta-feira (28).

A Secretaria ressaltou que serão vacinados, neste momento, apenas profissionais que atuam nos hospitais privados, não estando incluídas as clínicas privadas que funcionam dentro e fora de unidades hospitalares e os laboratórios de medicina diagnóstica e por imagem.

Doses recebidas

O Distrito Federal já recebeu duas remessas da vacina CoronaVac – produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac -, totalizando 125.160 doses. Também foram recebidas 41,5 mil doses da vacina Covishield – desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford, com a farmacêutica sueco-britânica AztraZeneca. Cerca de 5% das doses das vacinas são reservadas tecnicamente para repor eventuais perdas.

No caso da vacina CoronaVac, o intervalo entre a primeira e segunda doses é curto, de 14 a 28 dias, e metade das doses recebidas são reservadas para a segunda aplicação. Já com a vacina Covishield, esse intervalo é de até 90 dias. Até a última quarta-feira (27), o DF já tinha vacinado 33.317 pessoas do grupo prioritário.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA

DF terá repúblicas para público LGBT+ em situação de vulnerabilidade social

 


Serão três unidades para o atendimento de, em princípio, até 20 pessoas

Foto: Renato Raphael/Sedes
Assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e profissionais de abordagem social de rua e acolhimento institucional da secretaria fizeram uma reunião nesta quinta (28) para definir locais, formas de acesso e perfil dos moradores | Foto: Renato Raphael/Sedes

O Governo do Distrito Federal (GDF) está em fase final de articulação para a implantação de três repúblicas voltadas para o público LGBT+. A previsão é que as unidades comecem a funcionar ainda neste primeiro trimestre. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com o Instituto Ipês, vai cuidar da gestão dos locais que devem abrigar até 20 pessoas.

Assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e profissionais de abordagem social de rua e acolhimento institucional da secretaria estiveram reunidos nesta quinta-feira (28) para definir os locais, as formas de acesso e o perfil dos moradores. Os endereços não podem ser divulgados por questão de segurança e para não estigmatizar a estrutura no território. Porém, a ideia é que fiquem nas proximidades de Restaurantes Comunitários.

As repúblicas vão diferir das unidades de acolhimento pelo fato de darem mais autonomia a seus moradores. “Nosso objetivo é desinstitucionalizar essas pessoas”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Pode vir a ser um protótipo para ser empregado junto a outros públicos atendidos pela assistência social do DF”, completa.

Com investimento de aproximadamente R$ 500 mil, fruto de emendas parlamentares, os locais serão referenciados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade, na 914 Sul. Isso quer dizer que as pessoas seguem acompanhadas pela equipe dessa unidade, com suporte do Serviço Especializado de Abordagem de Rua, também da Sedes, em parceria com o Instituto Ipês

Com investimento de aproximadamente R$ 500 mil, fruto de emendas parlamentares, os locais serão referenciados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade, na 914 Sul. Isso quer dizer que as pessoas seguem acompanhadas pela equipe dessa unidade, com suporte do Serviço Especializado de Abordagem de Rua, também da Sedes, em parceria com o Instituto Ipês.

Quem quiser colaborar com itens para compor as casas, uma página na internet, a partir da próxima semana, vai descrever utensílios mínimos de mobiliário e de uso cotidiano a serem doados. O Instituto Ipês ficará responsável pelo recebimento dos donativos.

A Sedes está ainda em processo final para a ampliação de 600 vagas de acolhimento, a serem divididas em casas com até, no máximo, 50 pessoas. Há a possibilidade de alguma dessas instituições priorizarem o público LGBT+.

Dia da Visibilidade Trans

Nesta sexta-feira (29), celebra-se o Dia da Visibilidade Trans. De acordo com Rubi Martins, coordenadora de equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua, uma das causas mais recorrentes em 2020 constatadas pela equipe foi a transfobia familiar. “Muitas pessoas deixaram suas famílias, pois não tinham mais como contribuir financeiramente em casa devido aos problemas econômicos acarretados pela pandemia”, explica.

A abordagem tem uma listagem de 101 pessoas LGBT+ ativa atualmente, ou seja, que teve algum tipo de atendimento nos últimos três meses. Desses, 84 pessoas são transexuais.

Muitas recorreram ao Creas Diversidade, que computou cerca de mil atendimentos de março a dezembro. Por conta da pandemia, o serviço oferecido tradicionalmente no modelo presencial passou a ser feito via telefone, com espaço de escuta, identificação de demandas e solicitação de benefícios, provimentos de segurança alimentar, inserção em políticas de transferência de renda e encaminhamentos para demais políticas públicas.

“Cidadãos que não nos procuravam, passaram a nos acionar, pois a pandemia atingiu diretamente as finanças de cada um”, conta a gerente do Creas Diversidade, Arina Cynthia dos Santos Costa. “Boa parte vivia de alguma renda vinda da rua e a necessidade do isolamento social afetou isso”, complementa.

Após ato contra a transfobia no Congresso Nacional em 2004, a data passou a representar a luta cotidiana das pessoas trans pela garantia de direitos e pelo reconhecimento da sua identidade, principalmente as que se encontram em situação de vulnerabilidade.

 

*Com informações da Sedes


AGÊNCIA BRASÍLIA

Parque Recreativo do Setor O terá área ampliada

 

Vinte lotes serão incorporados ao parque. Área receberá benfeitorias como iluminação, ciclovia, pista de corrida e campo de areia

O Parque Recreativo do Setor O terá sua área ampliada. A iniciativa da Administração de Ceilândia com o apoio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), permitirá que a área ganhe a destinação de 20 lotes, que antes eram voltados para a construção de casas e agora serão inseridos definitivamente à poligonal do parque urbano.

A demanda foi discutida durante reunião realizada na Codhab, nesta quinta-feira (28), com a presença do chefe de gabinete da Administração de Ceilândia, Cleber Monteiro, e do presidente da Codhab Wellington Luiz. Com a iniciativa, o parque terá sua área ampliada e receberá melhorias como a recuperação de cercamento, iluminação, segurança, calçadas, ciclovia, pista de corrida, campo de areia, além de equipamentos de lazer.

O chefe de gabinete da R.A., Cleber Monteiro, explica que a iniciativa foi discutida com a comunidade local e vai preservar uma área muito importante para os ceilandenses. “Esse foi o primeiro parque urbano regulamentado em Ceilândia. O espaço, além de representar mais qualidade de vida para o cidadão, também contribui para que a cidade tenha locais mais verdes para a prática esportiva ao ar livre, além de despertar na comunidade a importância da preservação do meio ambiente”, ressalta Cleber Monteiro.

O administrador de Ceilândia, Marcelo Piauí, explica que o parque urbano já passou por uma vistoria técnica para levantar as necessidades do local e realizar as benfeitorias. “Ouvimos a comunidade, levamos as demandas para os órgãos competentes e fomos atendidos. Agora, estamos viabilizando um projeto para revitalização de toda a área para melhor atender nossa comunidade”, acrescenta.

*Com informações da A.R.Ceilândia


AGÊNCIA BRASÍLIA

Iges nega que tenha assinado convênio de R$ 5 milhões com Unesco

 


Instituto vai comunicar ao Ministério Público que existe apenas um protocolo de intenções para desenvolver, no futuro, pesquisas científicas

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) vai comunicar ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) que não celebrou qualquer convênio com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) visando desenvolver projetos em parceria com o Centro de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep) da instituição.

O que existe é apenas um protocolo de intenções voltado ao desenvolvimento técnico-científico e à formação de profissionais, conforme esclareceu nesta terça-feira (28) o presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva. Esse protocolo é o primeiro passo para que, no futuro e quando houver disponibilidade de recursos, sejam firmadas parcerias com a Unesco, uma das mais conceituadas instituições do mundo. “Não foi gasto nenhum recurso com esse protocolo”, afirmou. “Nossa prioridade, no momento, é pagar as contas e equilibrar o orçamento do Iges.”

O comunicado da instituição será feito ao promotor Clayton Germano, titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT, que encaminhou ofício recomendando ao Iges-DF não assinar o convênio, que seria no valor de R$ 5 milhões. No documento, o promotor defende que os recursos do suposto convênio sejam aplicados em setores das unidades administradas pela instituição que estariam enfrentando problemas para atender os pacientes. Seria o caso, segundo o promotor, da radioterapia e da quimioterapia do Hospital de Base.

Não foi gasto nenhum recurso com esse protocolo. Nossa prioridade, no momento, é pagar as contas e equilibrar o orçamento do IgesPaulo Ricardo Silva, presidente do Iges-DF

Saneamento das contas do Iges
Paulo Ricardo Silva esclareceu que não há qualquer relação entre o protocolo de intenções firmado com a Unesco e problemas pontuais ocorridos em unidades do Iges-DF. Ele lembrou que a atual direção do instituto herdou diversos problemas, inclusive atraso nos pagamentos aos fornecedores de insumos e prestadores de serviços. “Em breve, vamos apresentar nosso plano de recuperação financeira e administrativa para solucionar problemas gerais e pontuais do Iges”, assinalou Paulo Ricardo.

O presidente acrescentou que, quando assumiu o instituto, encontrou um passivo muito grande, com dívidas milionárias de seus predecessores. “Mas já quitamos débitos com mais de 190 fornecedores e estamos pagando os outros.”

Nos próximos dias, será lançado um Plano de Recuperação que, entre outras ações, prevê o enxugamento de gastos, a negociação de impostos e encargos trabalhistas e concessionários

Já estão sendo pagos R$ 2,9 milhões a credores que fornecem medicamentos, equipamentos hospitalares, material administrativo e outros produtos. Inclusive, o pagamento a fornecedores de insumos quimioterápicos já foi feito. “Nos próximos dias, esses serviços serão normalizados”, garante Paulo Ricardo. Com a quitação das dívidas, problemas pontuais vão sendo sanados, o abastecimento de produtos e a prestação de serviços voltam à normalidade, o que garante que seja mantida a qualidade do atendimento aos pacientes, conforme Paulo Ricardo.

A negociação dos débitos é a primeira parte de um plano maior para equilibrar as contas do Iges-DF e continuar proporcionando o atendimento de qualidade em saúde pública à população do DF. Nos próximos dias, será lançado um Plano de Recuperação que, entre outras ações, prevê o enxugamento de gastos, a negociação de impostos e encargos trabalhistas e concessionários.

Conhecimento aplicado
Além dos serviços assistenciais nas oito unidades sob sua administração — Hospital de Base, Hospital de Santa Maria e seis unidades de pronto atendimento (UPAs) —, o Iges-DF conta com um Centro de Inovação, Ensino Pesquisa (Ciep), cujo objetivo é gerar conhecimento aplicado para qualificar o cuidado em saúde de média e alta complexidade.

Dessa forma, colaborações de instituições da importância da Unesco podem abrir portas para outras parcerias que fomentem o desenvolvimento científico no instituto, explica o presidente Paulo Ricardo. Além disso, esse tipo de trabalho em conjunto pode significar captação de novos recursos.

*Com informações do Iges-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Saúde realiza pagamento de Licença Prêmio a mais de 2,8 mil servidores


Transação foi concluída na noite desta quinta-feira (28) no valor de R$ 8,3 milhões

A Secretaria de Saúde efetuou o pagamento da Licença Prêmio em Pecúnia a 2.680 servidores ativos, aposentados e pensionistas da pasta. A transação bancária foi realizada na noite desta quinta-feira (28) no valor total de R$ 8.316.274,62.

“Neste ano, continuamos dando seguimento ao que foi determinado pelo governador Ibaneis Rocha e pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto, de cumprir com as devidas pecúnias e, com isso, valorizar o trabalho dos servidores que se dedicaram por tanto tempo à Secretaria de Saúde”, afirma a subsecretária de Gestão de Pessoas (SUGEP/SES), Silene Almeida.

O Decreto nº 40.208/2019 estabeleceu que a indenização de licença-prêmio devida a esses servidores será paga todo mês pelo órgão ou entidade responsável. De acordo com o artigo n° 17 do Decreto, a partir da segunda cota recebida pelo servidor haverá atualização dos valores, incidindo a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O valor mínimo de cada parcela é de R$ 2 mil.

Na época, o decreto não estabeleceu qual seria o índice a ser aplicado na atualização das parcelas. A Secretaria de Economia informou que o INPC seria escolhido por ser rotineiramente utilizado pelo governo como parâmetro para reajuste de salários em negociações trabalhistas.

*Com informações da Secretaria de Saúde


AGÊNCIA BRASÍLIA