terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Triagem Pós-Covid atende quase quatro mil em dois meses

 


26/01/2021 18h33 - Atualizada hoje 18h42
Por Carol Menezes (SECOM)

Foto: Ricardo Amanajás / Ag. ParáInfectada com o novo xoronavírus em abril do ano passado, a dona de casa Matilde de Assis chegou a ser atendida no Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), mas não foi internada. Até hoje, ela sente o que as sequelas da infecção: falta de ar aos menores esforços, dor nas articulações e outros sintomas. A partir de hoje, ela faz parte do Programa Triagem Pós-Covid, criado pelo Governo do Estado em novembro e ofertado na Policlínica Metropolitana, com capacidade de assistir até dois mil pacientes por mês em busca de plena recuperação da doença. Até o dia 22 de janeiro, foram quase quatro mil atendidos.

Matilde Alexandra Furtado de AssisFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará"Fiquei sabendo pelas mídias e vim aqui [na Poli Metropolitana]. Tarefas simples, como varrer a casa, me deixam bastante cansada, minha memória falha bastante desde que adoeci e tenho uma dor de cabeça que não passa. Hoje fiz exames de sangue, eletrocardiograma e logo mais vou para a avaliação médica. A expectativa é de melhorar, de conseguir um tratamento para isso", contou Matilde, entre um atendimento e outro.

A administradora Dammaris Costa tem sintomas parecidos, e conta ter conhecido o Programa na própria Policlínica, onde ela e a família foram atendidas também em abril, quando contraíram a Covid-19. "Eu precisei de 40 dias para me recuperar, e acho que só não fui internada porque a demanda era muito grande e por eu ser mais nova, priorizaram minhas tias, que têm mais idade", lembra. "Eu canto e pratico atividades físicas, e preciso muito amenizar essa falta de fôlego, ter mais força nos pulmões", justifica a paciente, que também entrou na Triagem hoje.

Damares CostaFoto: Ricardo Amanajás / Ag. ParáSegundo o diretor técnico da Policlínica Metropolitana, Luiz Fausto Silva, foram realizados exatos 3.914 atendimentos desde a criação do serviço, em 24 de novembro. A alta procura em tão pouco tempo surpreendeu o corpo médico. "Esperávamos que a adesão viria com o tempo, mas foi quase que automático. São 100 vagas por dia, considerando que o mês tem cerca de 20 dias úteis. O paciente pode realizar até 16 tipos de exames laboratoriais, além de radiografia do tórax e eletrocardiograma, para então ser avaliado clinicamente", detalha.

As queixas mais comuns são relacionadas a falta de ar, dores nas costas e perda do olfato, mas há casos mais específicos, envolvendo até sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre jovens. "Dependendo dos resultados dos exames, são feitas as consultas com os especialistas, e são mais de 20 especialidades - cardio, otorrino, dentre outras", confirma. 

Fausto Silva, diretor técnicoFoto: Ricardo Amanajás / Ag. ParáCom um novo aumento na contaminação em curso no Estado, Fausto reafirma a necessidade de cuidados como uso de máscaras, higienização e distanciamento social. "Entendemos que as pessoas relaxaram, afinal, já faz quase um ano que enfrentamos essa pandemia. Porém, a mutação do vírus criou uma cepa que se desenvolve mais rápido que a primeira - se antes demoravam oito dias para os sintomas aparecerem, agora demoram só três. A tendência é de uma curva muito alta de pacientes com sintomas respiratórios. Se a gente conseguir controlar isso agora, passaremos por esse momento com menos sofrimento", alerta o gestor.

Serviço - Não é necessário encaminhamento e o interessado não precisa comparecer na Policlínica presencialmente para fazer o agendamento. Basta entrar em contato com a Central de Atendimento, por meio do telefone 4005-0510 e pelos números de WhatsApp: (91) 98521-5110 / 98564-7638 e 98526-9319. 

No dia marcado, o paciente precisa comparecer à Policlínica com 40 minutos de antecedência, com seus documentos pessoais em mãos: RG, CPF, comprovante de residência com CEP e cartão do SUS. 

Foto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará

As consultas serão oferecidas de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, na Policlínica Metropolitana, localizada na Av. Almirante Barroso, entre a Av. Dr. Freitas e a Travessa Perebebuí, no bairro do Marco. 

Ao chegar à Policlínica, o paciente é acolhido, identificado e encaminhado para exames laboratoriais, radiografia e eletrocardiograma. Com os resultados dos exames, o paciente passa por uma avaliação médica, que faz os encaminhamentos específicos necessários. O atendimento pediátrico conta ainda com consultas com psicólogos, nutricionistas e fonoaudiólogos.

agência pará 

Dólar recua para R$ 5,32 após divulgação de ata do Copom

 


Bolsa fechou em baixa pela quinta sessão consecutiva

Publicado em 26/01/2021 - 20:02 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Beneficiado pela divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que apontou a possibilidade de os juros aumentarem antes do tempo previsto, o dólar teve forte queda nesta terça-feira (26). Em direção oposta, a bolsa de valores começou o dia em alta, mas terminou em baixa pela quinta sessão consecutiva.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,327, com recuo de R$ 0,182 (-3,3%). Com o desempenho de hoje, o real corrigiu o atraso em relação a moedas de outros países emergentes, que haviam caído perante o dólar nos últimos dias.

No mercado de ações, o Ibovespa fechou esta terça aos 116.464 pontos, com recuo de 0,78%. O índice foi afetado principalmente pela desvalorização de ações de bancos.

Caso o Banco Central (BC) comece a elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) ainda no primeiro semestre, o Brasil torna-se mais atrativo para o capital financeiro. Isso estimula a entrada de fluxos estrangeiros que pressionam para baixo a cotação do dólar.

A cotação, no entanto, não caiu apenas por causa das perspectivas em torno da política monetária. O clima mais otimista nos mercados internacionais e declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que uma eventual retomada do auxílio emergencial terá de ser coberta com recursos de outras áreas do orçamento, também foi bem recebida pelos investidores.

A queda na bolsa de valores foi parcialmente influenciada pela ata do Copom. Isso porque uma possível antecipação do aumento de juros diminui a atratividade da bolsa de valores e estimula aplicações em renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional e Certificados de Depósitos Bancários (CDB).

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Pandemia e fim dos auxílios podem reverter retomada econômica

 


A avaliação é do Comitê de Política Monetária do BC

Publicado em 26/01/2021 - 15:56 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Os riscos associados à evolução da pandemia de covid-19, como os recentes aumentos no número de casos, e a esperada queda dos efeitos dos auxílios emergenciais podem levar “a mais gradualismo ou até uma reversão temporária da retomada econômica”. A avaliação é do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e consta da ata da última reunião, divulgada hoje (26).

“Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores referentes ao final do ano passado têm surpreendido positivamente, mas não contemplam os possíveis efeitos do recente aumento no número de casos de covid-19. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro trimestre deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, diz o Copom, reforçando ainda que a pouca previsibilidade em relação à evolução da pandemia e ao necessário ajuste dos gastos públicos a partir de 2021 aumenta a incerteza sobre a continuidade da retomada da atividade econômica.

De acordo com o comitê, no cenário internacional, o aumento do número de casos e o aparecimento de novas cepas do vírus têm revertido os ganhos na mobilidade e deverão afetar a atividade econômica no curto prazo. “No entanto, novos estímulos fiscais em alguns países desenvolvidos, unidos à implementação dos programas de imunização contra a Covid-19, devem promover uma recuperação sólida da atividade no médio prazo. A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes”, avaliou o comitê.

Assim, diante desses cenários, o Copom julgou apropriado manter, neste momento, “o grau extraordinariamente elevado de estímulo monetário” e decidiu, na última semana, pela manutenção da taxa básica de juros da economia (Selic) em 2% ao ano, o menor nível desde o início da série histórica do BC, em 1986.

A manutenção da Selic em baixa estimula a economia porque juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica.

Os membros do Copom avaliaram também que “perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia”. “O comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, diz a ata.

Inflação

A Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,75% para 2021 e 3,5% para 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Considerando um cenário de câmbio de R$ 5,35 e elevação da Selic até 3,25% em 2021 e 4,75% em 2022, as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 3,6% para 2021 e 3,4% para 2022, ou seja, dentro das metas do CMN. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 5,1% para 2021 e 3% para 2022.

No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 1,35%, enquanto em novembro tinha sido de 0,89%. No ano de 2020, a inflação fechou em 4,52%. A expectativa do mercado financeiro é de inflação em torno de 3,4% e 3,5% em 2021 e 2022, respectivamente.

Na ata, o Copom ressalta que a recente elevação no preço de commodities internacionais e seus reflexos sobre os preços de alimentos e combustíveis implicam elevação das projeções de inflação para os próximos meses. “Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, ainda que tenham se revelado mais persistentes do que o esperado. Assim, o Copom segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente”, diz o comitê.

Edição: Valéria Aguiar


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Estoque do Tesouro Direto cresce 5,13% e vai para R$ 62,70 bilhões

 


Resultado do ano, entretanto, é de resgate líquido R$ 2,09 bilhões

Publicado em 26/01/2021 - 12:01 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Economia informou hoje (26) que o estoque de recursos no Tesouro Direto cresceu R$ 3,06 bilhões em 2020, encerrando o ano em R$ 62,70 bilhões. O montante é 5,13% maior que o registrado no fim de 2019.

Em 2020, entretanto, o total de operações foi de 4,57 milhões, uma média de 381.329 mil operações por mês, uma queda de 17,02% em comparação a 2019. As emissões somaram R$ 24,61 bilhões e demonstraram recuo de 20,30% em relação ao exercício anterior.

Por sua vez, as operações de resgates em 2020 somaram R$ 26,70 bilhões, sendo R$ 24,25 bilhões em recompras e R$ 2,44 bilhões em vencimentos. Em comparação com 2019, que registrou resgates de R$ 30,91 bilhões, houve queda de resgates de 13,62%. Dessa forma, houve resgate líquido no exercício de 2020 no total de R$ 2,09 bilhões.

De acordo com o ministério, o número de investidores ativos, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no programa, chegou ao fim de 2020 em 1.443.685 pessoas, um aumento de 20,19% em relação ao total do fim de 2019. Apenas em dezembro, o total de investidores ativos no Tesouro Direto cresceu 4,93% frente a novembro, ou 67.839 pessoas, o maior aumento mensal da série histórica.

Pequenos investidores

O balanço do Ministério da Economia informa, ainda, que 67,23% de todas as operações de investimento no programa envolveram valores até R$ 1 mil no ano passado. Segundo a pasta, esse resultado seguiu a tendência de aumento da participação de pequenos investidores, em especial quando comparados com os percentuais dessa faixa de investimento em 2017 (51,27%), 2018 (60,24%) e 2019 (65,01%).

Os títulos mais demandados pelos investidores em 2020 foram os indexados à taxa Selic, que somaram R$ 11,47 bilhões ou 46,62% das vendas. Os títulos indexados à inflação totalizaram R$ 8,10 bilhões e corresponderam a 32,92% do total, enquanto os títulos prefixados atingiram R$ 5,03 bilhões em vendas, ou 20,46% do total.

A maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento de um a cinco anos, com 46,01% do total. Em seguida, os títulos com vencimento entre cinco e dez anos corresponderam a 29,13%, enquanto os títulos com vencimento acima de dez anos representaram 24,86% do total no ano.

Balanço de dezembro

O resultado de dezembro de 2020 do programa mostra que, no mês, os resgates no Tesouro Direto superaram as vendas em R$ 70,3 milhões. Foram realizadas 478.709 operações de investimento em títulos do Tesouro Direto, no valor de R$ 1,89 bilhão, enquanto os resgates foram de R$ 1,95 bilhão.

As aplicações de até R$ 1 mil representaram 73,81% das operações de investimento no mês. O valor médio por operação foi de R$ 3.931,11.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros.

O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Taxa Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

Edição: Kleber Sampaio



 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Variante do coronavírus do Amazonas é identificada em São Paulo

 


Pacientes têm histórico de viagem ou residência em Manaus

Publicado em 26/01/2021 - 19:42 Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A Secretaria de Saúde do Estado e São Paulo confirmou hoje (26) que a variante do coronavírus encontrada no Amazonas foi identificada em três pacientes atendidos em São Paulo. Segundo a secretaria, os três têm histórico de viagem ou residência em Manaus.

A confirmação foi feita por meio de sequenciamento genético realizado no Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, que é referência nacional. O vírus foi sequenciado a partir de amostras com resultados positivos dos exames processados pelo Centro de Virologia. A variante do vírus é resultado de uma mutação no coronavírus original.

“Essas mutações poderiam estar associadas a um maior potencial de transmissão, apesar de ainda não haver comprovação científica de que esta variante seja mais virulenta ou transmissível em comparação a outras previamente identificadas”, destacou, em nota, a Secretaria de Saúde.

Reinfecção

O Ministério da Saúde confirmou, no último dia 15, que a nova variante amazônica do coronavírus causou a reinfecção de uma pessoa. A paciente é uma mulher de 29 anos, infectada inicialmente em março do ano passado.

O segundo diagnóstico ocorreu no fim de dezembro. O resultado do segundo exame revelou uma mutação do vírus, que teria origem no estado do Amazonas.

Edição: Nádia Franco


Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Polícia investiga desvio de vacinas e desrespeito a prioridades no Rio

 


Denúncias foram apresentadas pelo Conselho Regional de Enfermagem

Publicado em 26/01/2021 - 16:36 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai apurar denúncias documentadas apresentadas pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) de desrespeito a prioridades por profissionais da categoria na vacinação contra a covid-19 no estado.

Em reunião com o delegado Thales Nogueira, os inspetores Rafael Ferreira e Carlos Guerra; a presidente do Coren-RJ, Lilian Behring, a vice-presidente, Ellen Peres e a procuradora Fábia Souza informaram casos de desvio de vacinas, que acabam beneficiando os fura-filas. As denúncias, registradas em todo o estado do Rio, vão servir de base para as investigações da Polícia Civil. A reunião foi ontem (25) no Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD).

“No dia 20, fomos surpreendidos no Conselho Regional de Enfermagem por inúmeras denúncias, que começaram logo após a deflagração da campanha nacional de imunização, que, em sua maioria, eram de não priorização da equipe de enfermagem na vacinação”, disse Lilian Behring, em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com a presidente do Coren-RJ, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem estavam sendo preteridos por outros grupos na hora da vacinação. “Tínhamos pessoas que não estavam recebendo vacinação trabalhando em CTI [centro de terapia intensiva], emergências, Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], e isso continua”, afirmou Lílian.

Ela disse que, em 24 horas após o início da vacinação, o conselho recebeu denúncias em quase metade dos municípios do estado, o que o levou a montar uma força-tarefa para apurar as ocorrências. “A função do conselho é fiscalizar o exercício legal profissional, que estava sendo preterido, porque se nós, profissionais de enfermagem, que somos os que vacinam, não recebemos a vacina, colocamos em risco a população a ser vacinada e poderíamos colocar em risco o Programa Nacional de Imunização, porque não estávamos tendo prioridade.”

Para o Coren-RJ, o cruzamento de dados por meio do CPF e as informações passadas pelos relatórios das instituições de saúde serão fundamentais para verificar quem foi vacinado. O conselho quer também a colaboração dos responsáveis técnicos das instituições para ter dados sobre abusos e privilégios. Todas as denúncias devem ser anotadas para que sejam encaminhadas à autoridade policial, o que permitirá controle do fluxo de vacinação.

As denúncias vão desde desvio de vacinas às furadas de fila por autoridades que levam a família para se imunizar. Lilian destacou que os profissionais passam também por coação e recebem ameaças, sem condição de reagir. Por causa das investigações, não se pode revelar o número de denúncias já registradas, que aumenta a cada dia, nem as regiões, os nomes e onde trabalham os profissionais , ressaltou Lílian. “Tudo isso está em sigilo por motivo óbvio”, afirmou, lembrando que os profissionais da linha de frente no combate à covid-19 e na vacinação são extremamente vulneráveis às questões de violência.

A presidente do Coren-RJ informou que a categoria reúne cerca de 300 mil profissionais no estado, dos quais 42 mil são enfermeiros e os demais, técnicos e auxiliares de enfermagem. Destes, 129 mil trabalham na capital, onde foi feita a maioria de denúncias, o que levou à primeira reunião do conselho com autoridades para discutir o assunto. Segundo Lílian, no encontro o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, comprometeu-se a tomar medidas para coibir qualquer desvio com relação à vacina.

“Estamos com os conselheiros do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro em todas as regiões do estado do Rio de Janeiro e, além de receber as denúncias, indo in loco para ver a situação dessas pessoas”, afirmou Soranz.

Para reforçar as investigações do DGCOR-LD o conselho terá o apoio da própria enfermagem para relatar casos de abusos, de privilégios indevidos e outras irregularidades. O controle evitará o desabastecimento para a segunda dose, uma vez que cada CPF estará relacionado às duas doses da vacina. “Quem vacina tem que ser vacinado, prioritariamente”, defende o Coren-RJ.

No encontro com o delegado Thales Nogueira, ficou acertado que, em 48 horas, a polícia receberá dados sobre o número de vacinas em estoque e as pessoas imunizadas e cruzará essas informações para evitar possíveis desvios. “O desvio de doses da vacina implica crime de infração de medida sanitária e, dependendo do caso, pode resultar em peculato-desvio, corrupção ativa e passiva, que têm penas que chegam até 12 anos de reclusão”, explica a Polícia Civil.

Edição: Nádia Franco


Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Covid-19: Ministério da Saúde seleciona 108 médicos para Manaus

 


Capital do Amazonas enfrenta colapso no sistema de saúde

Publicado em 26/01/2021 - 18:54 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Saúde disponibilizou 108 médicos para apoiar o atendimento na cidade de Manaus. A capital e o estado do Amazonas passam por um colapso no sistema de saúde, com aumento do número de casos e de mortes em decorrência do novo coronavírus, além de filas de espera para leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs).

Segundo a pasta, foram escolhidos 108 entre 137 candidatos analisados. O custeio do reforço com esses profissionais é estimado em R$ 22 milhões. Do total, quase metade é de médicos do próprios estado do amazonas, na faixa etária entre 27 e 30 anos.

Foram também credenciadas 180 agentes comunitários, 40 equipes de saúde da família, 50 equipes de atenção primária e três de saúde bucal. O credenciamento consiste em um procedimento de autorização para a atuação com custeio desses profissionais.

Os candidatos têm até hoje para manifestar o interesse. Os que derem resposta positiva passarão à fase de análise pelos gestores, que também decidirão onde cada profissional vai trabalhar.

Diante da situação de crise, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está na cidade, onde foi instaurado um gabinete de crise. Um dos problemas é a falta de leitos. O governo estima que será necessário transferir 1,5 mil pacientes.

Outra dificuldade foi o desabastecimento de oxigênio no início do mês. Foram adotadas medidas de apoio, como envio de cilindros por aviões, comboios por terra e por barcos. Também foram implantadas usinas de geração de oxigênio na região.

O ministro Pazuello é alvo de processo aberto pela Procuradoria-Geral da República para apurar suas responsabilidades no colapso da saúde no Amazonas. Ontem (25) o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandovski autorizou o inquérito.

Edição: Nádia Franco


Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Ministério estima remoção de cerca de 1,5 mil pacientes de Manaus

 


Objetivo é equilibrar demanda e oferta por leitos, diz ministro

Publicado em 26/01/2021 - 15:06 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje (26) que o governo federal espera transferir do Amazonas para outros estados cerca de 1,5 mil pacientes infectados pelo novo coronavírus.

“Nosso objetivo é chegar a algo em torno de 1,5 mil pessoas removidas”, afirmou Pazuello ao participar, em Manaus, da cerimônia de reabertura do Hospital Nilton Lins para atendimento a pessoas em tratamento de covid-19. Isso é para que possamos equilibrar a demanda e a oferta por leitos em Manaus”, afirmou o ministro. Ele disse que perto de 300 pessoas já foram transportadas em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo o último balanço divulgado pelo governo do Amazonas, a lotação de hospitais públicos e privados de todo o estado em decorrência do aumento do número de casos, após as festas de fim de ano, motivou a transferência de 277 pacientes para 11 estados: Acre, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e para o Distrito Federal.

Ao discursar ao lado do governador do Amazonas, Wilson Lima, o ministro Pazuello disse que “o salto da contaminação” pelo novo coronavírus verificado neste início de ano é fruto de uma “situação completamente desconhecida” que fez com que o número de casos da doença quase triplicasse de forma “muito rápida”.

Segundo Pazuello, parte da situação se explica pela ação de uma nova variante do novo coronavírus. “Estamos observando que é uma cepa diferente. Mandamos todo o material coletado para a Inglaterra, para que seja estudado em Oxford, para termos uma posição exata sobre o grau de contaminação e de agressividade desta nova cepa”, destacou o ministro.

Medidas

Ao elencar medidas de enfrentamento à pandemia já implementadas no Amazonas, em conjunto com o governo estadual e prefeituras, Pazuello afirmou que a falta de oxigênio hospitalar já foi equacionada, permitindo inclusive o funcionamento de novos leitos hospitalares. Além do Hospital Nilton Lins, reaberto hoje, o governo do estado e o Ministério da Saúde vão inaugurar amanhã a enfermaria de campanha que o Exército montou na área externa do Hospital Delphina Aziz, em Manaus.

Segundo o ministro, a enfermaria com 50 leitos clínicos segue o modelo preconizado pelo SUS. “Fizemos um modelo que eu considero que é exatamente o modelo que o Ministério da Saúde preconiza. Que é desdobrar uma enfermaria de campanha em proveito de um hospital, usando a estrutura já contratada pelo hospital. Rapidamente você progride ao lado [do hospital] com uma enfermaria pronta.”

Pazuello ressaltou que as 452 mil doses de vacina contra o novo coronavírus já entregues ao governo do estado devem ser empregadas para iniciar a vacinação de indígenas aldeados; idosos que vivem em instituições de longa permanência (asilos, abrigos etc) e cerca de 87% dos profissionais de saúde do estado.

“Proporcionalmente, o Amazonas é o estado que mais recebeu doses. Além disso, em comum acordo com os demais governadores, fizemos um fundo com 5% de todas as vacinas que chegarem ao Brasil para atender a áreas mais impactadas. Com isso, a cidade de Manaus recebeu 100 mil doses de vacinas extras para atender os idosos acima de 70 anos.”

Edição: Maria Claudia


Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Saúde atualiza plano de vacinação com novas categorias na prioridade

 


O total do público prioritário sobe para 77,2 milhões de pessoas

Publicado em 26/01/2021 - 17:36 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Saúde publicou a segunda versão do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 incluindo trabalhadores industriais e portuários nos grupos prioritários para receber o imunizante. A primeira versão foi divulgada em dezembro do ano passado.

Com esses dois novos setores, que totalizam 5,4 milhões de pessoas, o total do público prioritário subiu para 77,2 milhões de pessoas.

Foram mantidos os demais segmentos, mas em ordem alterada. Os idosos e pessoas com deficiência com 18 anos de idade ou mais em instituições de longa permanência e indígenas aldeados são citados em primeiro lugar, seguidos dos trabalhadores de saúde, pessoas com mais de 75 anos e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas.

Fazem parte também, após esses primeiros grupos, idosos de 60 anos a 74 anos, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente grave, moradores de rua, população privada de liberdade e funcionários dessas instituições, trabalhadores da educação do ensino básico e superior, forças de segurança e armadas.

Já haviam sido incluídos trabalhadores do transporte, abarcando aí empregados do transporte público de coletivos, linhas aéreas e transporte metroviário, rodoviário e aquaviário.

As comorbidades consideradas para os públicos prioritários são diabetes, pneumopatias graves, hipertensão arterial resistente e de estágios 1, 2 ou 3, insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, arritmias cardíacas, cardiopatias congênitas, doenças cerebrovasculares, doenças renais crônicas, anemia falciforme, obesidade mórbida e síndrome de down.

Até o momento, foram distribuídas 8,9 milhões de vacinas, segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgado hoje. Esse montante é suficiente para vacinar 5,3 milhões de pessoas. Mas há previsão de novas vacinas com a chegada de insumos da China a partir da próxima semana.

Quadro 2. Estimativa populacional para a Campanha Nacional de Vacinação
contra a covid-19 - 2021.
Estimativa populacional para a Campanha Nacional de Vacinação contra a covid-19 - 2021 - Divulgação/Ministério da Saúde

Edição: Fernando Fraga


Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Vacinas já distribuídas atendem 7% dos públicos prioritários

 


Até o momento, foram encaminhadas aos estados 8,9 milhões de doses

Publicado em 26/01/2021 - 17:15 Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 26/01/2021 - 18:39

As vacinas contra a covid-19 distribuídas até o momento são suficientes para imunizar 7% dos públicos prioritários definidos no plano de imunização contra a doença. O balanço foi apresentado em debate virtual reunindo representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo o Conass, até o momento, foram encaminhadas aos estados 8,9 milhões de doses, sendo 2 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca e 6,9 milhões de doses da vacina CoronaVac, do consórcio entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, de São Paulo. Desses, seis milhões são relativas ao 1º lote, importado da China, e cerca de 900 mil são do 2º lote.

Esse conjunto de doses deve ser suficiente para vacinar 5,3 milhões de pessoas, conforme projeção do Conass. O cálculo considera que 3,28 milhões de pessoas deverão se vacinar com a CoronaVac, - que demanda duas doses - e 5% de perdas.

Outro 1,9 milhão deverá ser imunizado com a vacina de Oxford/AstraZeneca. Apesar da aplicação do imunizante demandar duas doses por pessoa, como a 2ª dose deve dada em até 12 semanas é possível utilizar os 1o lote de 2 milhões para começar a imunizar mais pessoas, empregando uma dose por paciente (descontados aí 5% de perdas).

Os públicos prioritários do plano de vacinação somam 77,2 milhões de pessoas. Neste universo estão profissionais de saúde, idosos e pessoas com deficiência com 18 anos ou mais em instituições de longa permanência, indígenas aldeados, idosos, comunidades quilombolas e trabalhadores em educação, segurança e transportes.

Para imunizar todo este contingente, são necessárias mais de 154 milhões de doses. “De acordo com os quantitativos [de vacinas], vamos precisar elencar novas prioridades até operacionalizar todo o plano nacional e vacinar este contingente”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato.

O assessor técnico do Conass, Nereu Mansano, reforçou que, como ainda não há imunizantes para todos, o esforço é definir as “prioridades dentro das prioridades” a partir dos públicos estabelecidos como prioritários. “Vamos ter que priorizar a manutenção de saúde e redução da maior mortalidade. Nosso grande objetivo é manter o serviço de saúde funcionando, principalmente aqueles mais utilizados no atendimento à pandemia sem esquecer os demais trabalhadores”, comentou. O assessor do Conass acrescentou que o intuito é imunizar todos os profissionais de saúde à medida que sejam adquiridos mais lotes de vacinas.

Monitoramento

A coordenadora do PNI destacou que é preciso fazer rastreamento da vacinação pelo fabricante, lote e paciente. Essa tarefa é ainda mais importante diante do fato de ser uma vacina nova. “Nós precisamos saber qual vacina o indivíduo tomou. Se a primeira [for]  da CoronaVac, vai ter que tomar a segunda dose da CoronaVac”.

Os gestores de prefeituras questionaram sobre o fato do sistema de informações não estar funcionando. A representante do Ministério da Saúde respondeu que mesmo sem o sistema estar no ar é preciso que as secretarias municipais façam o registro dos dados para o monitoramento.

2021

A previsão do governo brasileiro é que em 2021 sejam adquiridas ou fabricadas por instituições brasileiras 354 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. Entre elas estão cerca de 100 milhões de doses da CoronaVac e 212 milhões da Oxford/AstraZeneca em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 42,5 milhões de doses serão adquiridas por meio do mecanismo Covax Facility, consórcio internacional articulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além destas há negociações em curso para a contratação de lotes da vacina russa Sputnik V e as estadunidenses da Pfizer e Janssen. Os responsáveis pela Sputnik V vêm se reunindo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já no caso da Pfizer há divergências entre a farmacêutica e o governo sobre as condições da compra.

Vacina contra covid-19 no Brasil.
Vacina contra covid-19 no Brasil. - Arte/Agência Brasil

Matéria alterada às 18h39 para esclarecer informação

Edição: Claudia Felczak


Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 26/01/2021 - 18:39

Após 5 anos, Apple volta a ser marca mais valiosa do mundo

 TECNOLOGIA

Empresa teve um salto de 87% em um ano, atingindo US$ 263,4 bilhões e ultrapassando a Amazon



AE
Top 3 é completado pelo Google

Top 3 é completado pelo Google 

Depois de cinco anos, a Apple voltou a ser a marca mais valiosa do mundo, superando outras gigantes da tecnologia, a Amazon e o Google, de acordo com o relatório Brand Finance 2021, divulgado hoje. A estratégia de diversificação capitaneada pelo presidente da companhia, Tim Cook, fez o valor da marca dar um salto de 87% em um ano, atingindo US$ 263,4 bilhões.

O relatório cita a forte aposta da fabricante do iPhone em serviços, com o crescimento de ofertas como Apple Music e Apple TV+, que vieram para inserir a marca ainda mais no cotidiano das pessoas. "A Apple mostra habilidade de se reinventar continuamente e consegue se diferenciar de outras fabricantes de equipamentos, o que contribuiu para a marca ser a primeira empresa dos Estados Unidos a atingir valor de mercado de US$ 2 trilhões, em agosto de 2020", diz o relatório.

O retorno da Apple ao topo não significa que a Amazon, líder do ano anterior, tenha perdido terreno. Segundo o estudo, a empresa viu o valor de sua marca subir 15% ao longo do ano passado, para US$ 254,2 bilhões. O levantamento lembra que a empresa foi beneficiada pela pandemia de Covid-19, quando o uso do e-commerce cresceu em todo o mundo. A companhia, também presente em outros diversos segmentos, não tem medo de grandes investimentos: em 2020, comprou 11 aviões para agilizar suas entregas e melhorar a experiência do consumidor.

O "top 3" das marcas mais valiosas do mundo é completado pelo Google, que perdeu uma posição em relação ao ano passado. Apesar de dominar a internet em todo mundo, o buscador ficou quase no "zero a zero" no ano passado, com um avanço de 1% no valor de sua marca, para US$ 191,2 bilhões. Na visão da Brand Finance, a companhia está "marginalmente atrás" dos concorrentes em termos de diversificação e, por causa da pandemia, reportou a primeira queda de receita de sua história.

Além de Apple, Amazon e Google, há uma forte presença de empresas de tecnologia entre as dez maiores marcas do mundo. As outras sete integrantes do "top 10" são: Microsoft, Samsung, Walmart, Facebook, ICBC, Verizon e WeChat. De todas essas companhias, apenas duas - a varejista Walmart e o banco chinês ICBC - não têm origem no setor.

Em grande parte dos setores, a Brand Finance notou que as empresas que mais ganham valor de marca - e, por conseguinte, presença na cabeça do consumidor - são as novas entrantes, que ajudaram a criar disrupção no "estado das coisas" de seu ramo de atividade.

Um exemplo claro é a fabricante de carros elétricas Tesla: a empresa de Elon Musk foi a que mais se valorizou em todo o ranking, aponta a consultoria. Com alta de 158%, sua marca hoje vale US$ 32 bilhões, quase a metade do total de gigantes como Mercedes-Benz e Toyota.

O mesmo ocorre no mundo do entretenimento, em que Netflix e Spotify, pioneiras nos setores de streaming de filmes e música, respectivamente, aparecem bem à frente das rivais. A Netflix teve novo pico de utilização e viu sua marca ficar 9% mais valiosa, atingindo US$ 24,9 bilhões. Ainda é menos do que a Disney (que decaiu 9%, para US$ 51,2 bilhões), mas muito mais que a rede NBC (baixa de 44%, para US$ 8,4 bilhões). Já o Spotify entrou em 13 novos mercados e viu seu valor disparar 39%, para US$ 5,6 bilhões.

Outro segmento que apareceu com força foi o e-commerce - o que serviu para ampliar também o valor de algumas varejistas tradicionais. Isso ocorreu com o Walmart, que viu seu valor de marca subir 20%, graças a um grande salto em seu lucro no período da pandemia. Dentro dessa lógica, também houve valorização de varejistas como Target (+30%) e Cotsco (+28%).


FONTE: CORREIO DO POVO