terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Vacinas já distribuídas atendem 7% dos públicos prioritários

 


Até o momento, foram encaminhadas aos estados 8,9 milhões de doses

Publicado em 26/01/2021 - 17:15 Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 26/01/2021 - 18:39

As vacinas contra a covid-19 distribuídas até o momento são suficientes para imunizar 7% dos públicos prioritários definidos no plano de imunização contra a doença. O balanço foi apresentado em debate virtual reunindo representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Segundo o Conass, até o momento, foram encaminhadas aos estados 8,9 milhões de doses, sendo 2 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca e 6,9 milhões de doses da vacina CoronaVac, do consórcio entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, de São Paulo. Desses, seis milhões são relativas ao 1º lote, importado da China, e cerca de 900 mil são do 2º lote.

Esse conjunto de doses deve ser suficiente para vacinar 5,3 milhões de pessoas, conforme projeção do Conass. O cálculo considera que 3,28 milhões de pessoas deverão se vacinar com a CoronaVac, - que demanda duas doses - e 5% de perdas.

Outro 1,9 milhão deverá ser imunizado com a vacina de Oxford/AstraZeneca. Apesar da aplicação do imunizante demandar duas doses por pessoa, como a 2ª dose deve dada em até 12 semanas é possível utilizar os 1o lote de 2 milhões para começar a imunizar mais pessoas, empregando uma dose por paciente (descontados aí 5% de perdas).

Os públicos prioritários do plano de vacinação somam 77,2 milhões de pessoas. Neste universo estão profissionais de saúde, idosos e pessoas com deficiência com 18 anos ou mais em instituições de longa permanência, indígenas aldeados, idosos, comunidades quilombolas e trabalhadores em educação, segurança e transportes.

Para imunizar todo este contingente, são necessárias mais de 154 milhões de doses. “De acordo com os quantitativos [de vacinas], vamos precisar elencar novas prioridades até operacionalizar todo o plano nacional e vacinar este contingente”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato.

O assessor técnico do Conass, Nereu Mansano, reforçou que, como ainda não há imunizantes para todos, o esforço é definir as “prioridades dentro das prioridades” a partir dos públicos estabelecidos como prioritários. “Vamos ter que priorizar a manutenção de saúde e redução da maior mortalidade. Nosso grande objetivo é manter o serviço de saúde funcionando, principalmente aqueles mais utilizados no atendimento à pandemia sem esquecer os demais trabalhadores”, comentou. O assessor do Conass acrescentou que o intuito é imunizar todos os profissionais de saúde à medida que sejam adquiridos mais lotes de vacinas.

Monitoramento

A coordenadora do PNI destacou que é preciso fazer rastreamento da vacinação pelo fabricante, lote e paciente. Essa tarefa é ainda mais importante diante do fato de ser uma vacina nova. “Nós precisamos saber qual vacina o indivíduo tomou. Se a primeira [for]  da CoronaVac, vai ter que tomar a segunda dose da CoronaVac”.

Os gestores de prefeituras questionaram sobre o fato do sistema de informações não estar funcionando. A representante do Ministério da Saúde respondeu que mesmo sem o sistema estar no ar é preciso que as secretarias municipais façam o registro dos dados para o monitoramento.

2021

A previsão do governo brasileiro é que em 2021 sejam adquiridas ou fabricadas por instituições brasileiras 354 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus. Entre elas estão cerca de 100 milhões de doses da CoronaVac e 212 milhões da Oxford/AstraZeneca em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 42,5 milhões de doses serão adquiridas por meio do mecanismo Covax Facility, consórcio internacional articulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Além destas há negociações em curso para a contratação de lotes da vacina russa Sputnik V e as estadunidenses da Pfizer e Janssen. Os responsáveis pela Sputnik V vêm se reunindo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já no caso da Pfizer há divergências entre a farmacêutica e o governo sobre as condições da compra.

Vacina contra covid-19 no Brasil.
Vacina contra covid-19 no Brasil. - Arte/Agência Brasil

Matéria alterada às 18h39 para esclarecer informação

Edição: Claudia Felczak


Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 26/01/2021 - 18:39

Após 5 anos, Apple volta a ser marca mais valiosa do mundo

 TECNOLOGIA

Empresa teve um salto de 87% em um ano, atingindo US$ 263,4 bilhões e ultrapassando a Amazon



AE
Top 3 é completado pelo Google

Top 3 é completado pelo Google 

Depois de cinco anos, a Apple voltou a ser a marca mais valiosa do mundo, superando outras gigantes da tecnologia, a Amazon e o Google, de acordo com o relatório Brand Finance 2021, divulgado hoje. A estratégia de diversificação capitaneada pelo presidente da companhia, Tim Cook, fez o valor da marca dar um salto de 87% em um ano, atingindo US$ 263,4 bilhões.

O relatório cita a forte aposta da fabricante do iPhone em serviços, com o crescimento de ofertas como Apple Music e Apple TV+, que vieram para inserir a marca ainda mais no cotidiano das pessoas. "A Apple mostra habilidade de se reinventar continuamente e consegue se diferenciar de outras fabricantes de equipamentos, o que contribuiu para a marca ser a primeira empresa dos Estados Unidos a atingir valor de mercado de US$ 2 trilhões, em agosto de 2020", diz o relatório.

O retorno da Apple ao topo não significa que a Amazon, líder do ano anterior, tenha perdido terreno. Segundo o estudo, a empresa viu o valor de sua marca subir 15% ao longo do ano passado, para US$ 254,2 bilhões. O levantamento lembra que a empresa foi beneficiada pela pandemia de Covid-19, quando o uso do e-commerce cresceu em todo o mundo. A companhia, também presente em outros diversos segmentos, não tem medo de grandes investimentos: em 2020, comprou 11 aviões para agilizar suas entregas e melhorar a experiência do consumidor.

O "top 3" das marcas mais valiosas do mundo é completado pelo Google, que perdeu uma posição em relação ao ano passado. Apesar de dominar a internet em todo mundo, o buscador ficou quase no "zero a zero" no ano passado, com um avanço de 1% no valor de sua marca, para US$ 191,2 bilhões. Na visão da Brand Finance, a companhia está "marginalmente atrás" dos concorrentes em termos de diversificação e, por causa da pandemia, reportou a primeira queda de receita de sua história.

Além de Apple, Amazon e Google, há uma forte presença de empresas de tecnologia entre as dez maiores marcas do mundo. As outras sete integrantes do "top 10" são: Microsoft, Samsung, Walmart, Facebook, ICBC, Verizon e WeChat. De todas essas companhias, apenas duas - a varejista Walmart e o banco chinês ICBC - não têm origem no setor.

Em grande parte dos setores, a Brand Finance notou que as empresas que mais ganham valor de marca - e, por conseguinte, presença na cabeça do consumidor - são as novas entrantes, que ajudaram a criar disrupção no "estado das coisas" de seu ramo de atividade.

Um exemplo claro é a fabricante de carros elétricas Tesla: a empresa de Elon Musk foi a que mais se valorizou em todo o ranking, aponta a consultoria. Com alta de 158%, sua marca hoje vale US$ 32 bilhões, quase a metade do total de gigantes como Mercedes-Benz e Toyota.

O mesmo ocorre no mundo do entretenimento, em que Netflix e Spotify, pioneiras nos setores de streaming de filmes e música, respectivamente, aparecem bem à frente das rivais. A Netflix teve novo pico de utilização e viu sua marca ficar 9% mais valiosa, atingindo US$ 24,9 bilhões. Ainda é menos do que a Disney (que decaiu 9%, para US$ 51,2 bilhões), mas muito mais que a rede NBC (baixa de 44%, para US$ 8,4 bilhões). Já o Spotify entrou em 13 novos mercados e viu seu valor disparar 39%, para US$ 5,6 bilhões.

Outro segmento que apareceu com força foi o e-commerce - o que serviu para ampliar também o valor de algumas varejistas tradicionais. Isso ocorreu com o Walmart, que viu seu valor de marca subir 20%, graças a um grande salto em seu lucro no período da pandemia. Dentro dessa lógica, também houve valorização de varejistas como Target (+30%) e Cotsco (+28%).


FONTE: CORREIO DO POVO

Primeiro-ministro da Itália renuncia

 MUNDO

Giuseppe Conte perdeu a sua maioria no Senado semana passada, quando o partido de centro Itália Viva deixou a coalizão por uma disputa pela maneira como o governo lidou com a crise do coronavírus e a recessão econômica.


Giuseppe Conte gesticula durante sessão do Parlamento em Roma, em 19 de janeiro de 2021 — Foto: Yara Nardi/Reuters

Giuseppe Conte gesticula durante sessão do Parlamento em Roma, em 19 de janeiro de 2021 — Foto: Yara Nardi/Reuters

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, entregou renúncia ao presidente do país nesta terça-feira (26). Ele estava no poder desde 2018.

Conte já havia anunciado que iria apresentar sua renúncia.

Sergio Mattarella, o presidente, vai conversar com os líderes partidários na quarta-feira para decidir como resolver a crise política.

A expectativa é que Mattarella entregue a Conte um mandato para formar um novo governo, com mais apoio no parlamento, disseram fontes do governo.

Primeiro-ministro da Itália renuncia

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Primeiro-ministro da Itália renuncia

Conte perdeu a sua maioria no Senado semana passada, quando o partido de centro Itália Viva, liderado pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, deixou a coalizão por uma disputa pela maneira como o governo lidou com a crise do coronavírus e a recessão econômica.

Uma das principais reclamações de Renzi é que Conte tomou decisões sobre a pandemia sem passar pelo Parlamento, com base em relatórios de técnicos que não foram eleitos.

Conte soube que não tinha mais o apoio no Congresso ao tentar fazer nomeações de seu governo.

As tentativas de Conte para atrair senadores de centro e independentes aos quadros do governo não tiveram sucesso.

Anteriormente, parlamentares da própria coalizão do primeiro-ministro alertaram que ele seria derrotado no parlamento esta semana na votação de um relatório sobre o sistema judiciário, o que poderia ser evitado apenas com a sua renúncia.

Conte resistiu a renunciar até agora por medo de não ser novamente indicado. Em vez disso, tentou atrair senadores que se afastavam com promessas vagas de um novo pacto governamental e possíveis cargos nos ministérios.

Segunda renúncia

Essa não é a primeira vez que Conte renuncia. Em 2019, ele perdeu a maioria do Congresso depois que a Liga, um partido da extrema-direita que formava a coalizão de governo, apresentou uma moção de desconfiança.

Ele foi reconduzido ao poder nove dias depois, ao conseguir formar uma coalizão que incluía os partidos rivais Movimento 5 Estrelas (M5E) e Partido Democrata (PD), de centro-esquerda.

Assim, evitou-se a convocação de novas eleições naquele ano.



Por Reuters

Kamala Harris toma 2ª dose da vacina contra a Covid-19

MUNDO

Vice-presidente dos EUA recebeu o imunizante da farmacêutica Moderna.

Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, recebe 2ª dose da vacina contra a Covid-19 perto de Washington nesta terça (26) 
— Foto: Leah Millis/Reuters

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, recebeu nesta terça-feira (26) a segunda dose da vacina contra a Covid-19, nos Institutos Nacionais de Saúde em Bethesda, perto de Washington.

Harris foi vacinada com o imunizante fabricado pela farmacêutica Moderna, que usa a tecnologia de RNA mensageiro. A democrata recebeu a primeira dose em 29 de dezembro, quase um mês antes de tomar posse como vice-presidente dos EUA.

Ao receber a vacina, Harris disse que a aplicação foi "relativamente indolor". Ela chegou a brincar com a enfermeira Judy Lai Yee Chan, que chefia a vacinação na unidade: "Quando é que você vai aplicar [a injeção]?", questionou, após a profissional retirar a agulha.

"É algo que vai salvar sua vida, e as vidas de sua família e sua comunidade", disse Harris antes de receber a segunda dose.

O presidente dos EUA, Joe Biden, recebeu a segunda dose da vacina fabricada pela parceria entre as empresas Pfizer e BioNTech em 11 de janeiro. Ele tem 78 anos e está entre os grupos de maior risco para o novo coronavírus.

100 milhões de vacinas em 100 dias

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebe sua segunda dose de vacina contra o coronavírus no ChristianaCare Christiana Hospital, em Delaware, na segunda-feira (11) — Foto: AP Photo/Susan Walsh

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebe sua segunda dose de vacina contra o coronavírus no ChristianaCare Christiana Hospital, em Delaware, na segunda-feira (11) — Foto: AP Photo/Susan Walsh

Pouco menos de uma semana depois da posse, o novo governo dos EUA corre para cumprir uma das promessas: a de vacinar 100 milhões de pessoas no país nos 100 primeiros dias. A meta foi traçada por Biden dias antes de assumir a Casa Branca, em um momento em que as autoridades de saúde americanas temem que falte vacina.

De acordo com a agência Bloomberg, os EUA atingiram na segunda-feira (25) a marca de 23,5 milhões de vacinas aplicadas. Isso significa, segundo a agência, uma taxa de 1,25 milhão de doses aplicadas por dia na última semana.

Os EUA são o país mais atingidos pela pandemia em números absolutos: segundo a Universidade Johns Hopkins, mais de 25 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus no país — o que representa cerca de um quarto do total de 100 milhões de infectados em todo o mundo. O número de mortos por Covid-19 nos EUA passa de 420 mil.

FONTE: G1