segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Criatividade leva mais conforto para pacientes no Hospital de Clínicas

 


Trabalho artesanal em peças sob medida minimizam possíveis riscos associados à longas internações

25/01/2021 11h19 - Atualizada hoje 12h21
Por Marcelo Leite (HC)

Produtos são desenvolvidos por profissionais de saúde do próprio HCFoto: Ascom / HCGVA criatividade dos profissionais da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) tem sido um dos diferenciais quando o objetivo é ampliar o bem-estar de pacientes que necessitam de internação nas unidades de terapia intensiva, onde o tempo de permanência é mais prolongado e requer cuidados específicos.

Fisioterapeuta diarista na Unidade de Terapia Intensiva e na Unidade Coronariana do Hospital de Clínicas, Rafael Araújo explica que, dependendo do tempo de internação, há uma tendência de perda da força muscular do paciente. “Se os pés ou os braços ficam posicionados de forma inadequada e se não há uma movimentação dessa pessoa, as lesões por pressão podem acontecer assim como outras, o que aumenta a demanda assistencial para aquele paciente”, alerta o profissional.

Além da perda de força, a pouca mobilidade do paciente pode influenciar ainda no desenvolvimento das chamadas lesões por pressão, feridas que aparecem na região da cabeça, calcanhar, cotovelo, quadris e outras com proeminências onde o contato da pele é contínuo com a cama.

Para evitar que isto aconteça, uma das formas de tratamento é a utilização de órteses ou dispositivos auxiliares de mobilidade - aparelhos de uso provisório que permitem alinhar, corrigir ou regular uma parte do corpo do paciente, promovendo assistência mecânica ou ortopédica, além de auxílio na reabilitação de membros, órgãos ou tecidos e proteção da pele.

No Hospital de Clínicas, quando há indicação para uso de algum tipo de dispositivo como esses, a opção é por uma forma diferenciada de aplicação, buscando proporcionar conforto e segurança aos pacientes. Para isso, os profissionais de terapia ocupacional, fisioterapia e equipes de manutenção passaram a produzir artesanalmente algumas peças, a partir do reaproveitamento de insumos descartáveis e de baixo custo, já que no mercado especializado, alguns tipos de órteses podem custar até R$ 800.

Márcia Nunes, terapeuta ocupacional e integrante da equipe de produção de órteses do hospital, explica os motivos para a escolha de um trabalho personalizado. “Além de um alto preço, dispositivos como esses, quando produzidos de forma industrial, geralmente têm tamanho único e podem não servir integralmente às nossas necessidades e às do paciente. Por isso, sempre que se torna viável, optamos por desenvolver nossas próprias peças”, pontua a especialista. 

Produção de órteses do hospital é feita de forma personalizada, adaptada para cada pacienteFoto: Ascom / HCGVAdaptação para Covid-19

Uma das peças criadas pela equipe do Hospital tem sido importante na linha de cuidado contra a covid-19. Os coxins são como almofadas moldadas em formato oval e, quando utilizadas, também protegem a pele do paciente de lesões em regiões frontais, como rosto, busto, quadril e joelhos. Isso porque no tratamento da covid-19, uma das técnicas para estimular a respiração e a expansão dos pulmões durante a internação é o posicionamento do paciente com o peito para baixo.

“Diante da avaliação dos casos e de estudos ao longo desses meses, chegou-se a um consenso sobre a adoção dessa posição por algumas horas durante o dia, visando o bem-estar e a melhora do sistema respiratório. No entanto, como o paciente está sedado, a estabilização do corpo é feita pela equipe e a utilização do coxim e de outros dispositivos aumenta a segurança, auxilia em uma recuperação mais rápida e diminui as chances de uma reinternação para tratar da lesão por pressão”, complementa Rafael Araújo.

AGÊNCIA PARÁ 

PCT Guamá fomenta startup que produz materiais de construção reciclando o plástico

 


A fábrica piloto do projeto inovador está no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, mantido pelo Governo do Pará, em Belém

25/01/2021 11h45 - Atualizada hoje 13h28
Por Juliane Frazão (PCTGuamá)

A partir da reciclagem do plástico, startup instalada no PCT Guamá produz insumos para serem utilizados na construção civilFoto: Ascom / PCT GuamáO plástico trouxe inovações para diferentes áreas da sociedade, em especial, ao setor de saúde, por conta da redução de contaminação e transmissão de doenças com o uso de descartáveis. A grande escala de fabricação de materiais plásticos, no entanto, e, principalmente, o descarte irregular no meio ambiente transformam esse material em um grande desafio para a causa ambiental.

Em Belém, no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, mantido pelo Governo do Pará, há uma iniciativa com potencial para absorver parte do problema. Trata-se da Seixo de Plástico, startup (termo que designa empresa nova oferecendo produto novo) que desenvolveu uma metodologia própria para produzir tijolos, broquetes, tubos, blocos com e sem função estrutural, telhas, entre outros produtos comumente derivados do concreto, a partir do reaproveitamento de diferentes resíduos sólidos, em especial plásticos e vidros. 

Empresa aproveita até plástico rejeitado pelas recicladorasFoto: Ascom / PCT GuamáA associada ao Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, a startup Seixo de Plástico oferece a possibilidade de aproveitar qualquer tipo de plástico, inclusive os que não têm valor econômico às cooperativas por conterem diferentes camadas de materiais ou impurezas.

“Se levar um volume de plástico grande para uma recicladora, se ele tiver sujo, pode ser que volte para o lixão, porque vai se gastar energia e materiais para limpar esse plástico e isso encarece o processo”, afirma o engenheiro Marcos Sousa, um dos inventores da tecnologia e sócio da Seixo de Plástico.  

O engenheiro civil Marcos Sousa frisa que "Belém gera em torno de 200 toneladas de plástico por dia, desse volume, apenas 2,8% é aproveitado. Do plástico que chega dentro de uma cooperativa, observamos, a partir de uma pesquisa própria, que cerca de 20% acaba voltando para o lixão".

"Na nossa região embalagens plásticas com uma fina camada de alumínio, como as de café e de biscoito, são 100% descartadas porque é necessária uma reciclagem química ou energética. Dentro do nosso processo a gente pode reutilizar isso e aproveitar todos os tipos de plásticos”, complementa o engenheiro.

Considerada um negócio de impacto socioambiental, a startup consegue ainda aproveitar outros tipos de materiais em seu processo produtivo. “O nosso foco é o plástico, mas paralelo a isso a gente consegue reutilizar o vidro, porque ele tem propriedades semelhantes às da areia, utilizada adicionalmente para se fazer qualquer coisa na construção civil. Não interessa se é de lâmpada, de copo ou de garrafa, podemos inserir qualquer tipo de vidro nesse processo”, garante Marcos Sousa.A reutilização de vidro também é feita pela startup Seixo e PlásticoFoto: Ascom / PCT Guamá

“Outra possibilidade é a utilização de resíduos da mineração, capazes de oferecer maior resistência ao grão. Os resíduos das mineradoras aqui no estado, apesar de diferentes, têm propriedades muito semelhantes. Nós não fazemos a fusão dos metais presentes ali, mas podemos fazer a união deles para gerar um material bem resistente”, sustenta o engenheiro.

startup está saindo da fase de prototipagem, feita em uma fábrica piloto, infraestrutura instalada no PCT Guamá, com o apoio gerencial da Fundação Guamá, organização gestora do parque, e apoio financeiro da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), com o objetivo de aperfeiçoar o processo de fabricação.

“Nós estamos no processo de produção de quatro mil tijolos, necessários para construir uma casa popular modelo na área do parque tecnológico. A previsão é que o processo da produção dos materiais e da construção da casa dure três meses”, informa o engenheiro.

Diretor administrativo financeiro da Fundação Guamá, Arnaldo José de Miranda afirma a importância do investimento em inovação para o fomento da cena empreendedora local. “Sempre vimos com bons olhos o projeto desenvolvido pela startup e sabíamos do grande potencial de inovação".

"Acolhemos o projeto e o submetemos à Fapespa para captar os recursos necessários à implantação da unidade piloto. A startup ainda tem muito potencial de crescimento, certamente este investimento trará retornos importantes à sociedade, com a geração de postos de trabalho e a contribuição para sanar problemas ambientais”, pondera o diretor.

Um trabalho de conclusão de curso e uma vela como ponto de partida

A ideia da startup surgiu em 2016, enquanto Marcos Sousa, então estudante de Engenharia Civil, buscava a pergunta base que guiaria o seu trabalho de conclusão de curso em uma universidade particular em Belém.

“Um professor tinha sugerido que eu investigasse a origem do seixo. Dependendo dessa origem, ele pode ser mais ou menos rígido, então a gente usa esse índice para calcular a taxa de ferragem, conseguindo aumentar esse índice, seria possível diminuir o custo de uma obra”, relembra Marcos.

No processo de investigação, ele procurou pesquisadores da UFPA, e após conversas com diferentes profissionais, "cheguei em casa, acendi uma vela, peguei um plástico e ele encolheu, depois de amassar o material na mão, vi que ele ficou bem rígido. A minha curiosidade aguçou e comecei esse processo de investigação para apurar se esse material poderia ser utilizado na construção civil”, contou. 

O amigo e colega de classe de Marcos Sousa, Carlos Lourenço Sanches entrou como parceiro e os dois criaram a sociedade, que depois, em 2019, também ganhou o endosso da arquiteta Leila Furtado, MBA em gestão empresarial.

“Ao longo desses anos muita coisa mudou, antes éramos focados apenas no polipropileno, um tipo específico de plástico. Mas pensamos que utilizar só um tipo não teria como viabilizar economicamente, até separar tudo é muito difícil, então começamos a investigar a união entre os plásticos”, explicou Marcos Sousa.

Passada a fase da união dos materiais, surgiram algumas preocupações como produzir um material inerte, como seria a dilatação dele no calor e no frio. “Fizemos uma investigação muito séria em relação a isso. Quando os resultados foram positivos, começamos a caminhar de fato com o projeto e fizemos testes de resistência e mecânica na UFPA. Também verificamos que a propriedade térmica do material fica muito próxima do tradicional, já que a parte externa é basicamente areia e cimento”, afirma o engenheiro.

Entre 2018 e 2019 a startup se tornou residente no PCT Guamá. “Foi um período bem interessante, em que as portas começaram a se abrir, por conta de estarmos instalados em um ambiente de inovação”, frisa Marcos.

startup também fez parceria com outros atores do ecossistema local de inovação, a exemplo do Instituto Senai de Mineração, para o acesso a laboratórios específicos para testar os produtos feitos com o rejeito de mineração, e da Agência de Inovação Tecnológica da UFPA, a Universitec.

A Seixo de Plástico está na fase de captar investimento para comprar o maquinário e implantar uma unidade fabril com capacidade de produção em escala comercial. A perspectiva é que a fábrica seja instalada em Icoaraci, distrito de Belém que abriga uma das maiores cooperativas recicladoras de plástico da região.

MEIO AMBIENTE

A sociedade contemporânea usufrui da diversificação de materiais plásticos no setor de saúde, e ainda no setor automotivo, com o ganho de eficiência energética nos carros, e ao setor alimentício, com o aumento da vida útil de prateleira dos alimentos. Contudo, cada vez, são necessárias produções sustentáveis.

O artigo da revista Science Advances "Production, use, and fate of all plastics ever made" (Produção, uso e destino de todo o plástico já feito), publicado em julho de 2017 e considerado um dos estudos mais relevantes sobre o tema,  aponta que cerca de 4,9 bilhões de toneladas de plástico estão acumuladas em aterros sanitários e na natureza.

É tanto plástico que pesquisadores já encontraram fragmentos com dimensões micrométricas, os chamados microplásticos, no ar, na água, em alimentos consumidos por humanos e até na placenta de grávidas. Por isso, iniciativas como a da Seixo de Plástico são, de fato, promissoras.

AGÊNCIA PARÁ 

Operação da Segup fiscaliza mais de 700 estabelecimentos no Pará

 


Secretaria vem atuando em diversos locais do Estado para garantir o cumprimento do Decreto Estadual 800/2020, atualizado e publicado no dia 21 de janeiro

25/01/2021 11h46 - Atualizada hoje 12h52
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáDesde a última quinta-feira (21), a operação State Care, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), vem atuando em diversos locais do Estado para garantir o cumprimento do Decreto Estadual 800/2020, atualizado e publicado no dia 21 de janeiro. Até a madrugada desta segunda-feira (25), quase 800 estabelecimentos foram fiscalizados. A ação não tem data prevista de encerramento.

Policiais militares e civis, agentes do Departamento de Trânsito (Detran), grupamentos Aéreo (Graesp) e Fluvial (Gflu) de segurança pública, guardas municipais e agências de trânsito dos municípios estão integrados para garantir que bares, boates, casas de shows e similares não funcionem, evitando assim a proliferação da covid-19.

Restaurantes podem exercer suas atividades respeitando o distanciamento social, disponibilizando itens de higiene e oferecendo entretenimento com até seis músicos e som ambiente até a meia noite.

O secretário adjunto de Operações da Segup, Alexandre Mascarenhas, explica que a intenção do Estado não é suspender as atividades, mas sim fazer com que os responsáveis pelos estabelecimentos respeitem o que diz o decreto 800, colaborando com o funcionamento dos locais, em paralelo com cuidados para que a covid-19 não se prolifere.

"Sabemos que existem vários profissionais envolvidos e que dependem dessa atividade. Nesses primeiros dias, percebemos a redução no número de estabelecimentos fechados, que estavam funcionando após o horário permitido, demonstrando a falta de conscientização. E é exatamente isso que buscamos, que todos cumpram o que está estabelecido em decreto, que funcionem, mas respeitando o distanciamento social, que disponibilize itens de higienização e, principalmente, que não permitam aglomeração, pessoas em pé, caracterizando outro tipo de atividade que no momento está proibido, como a abertura de bares, por exemplo”, explicou o secretário Alexandre Mascarenhas.

Ocorrências – No Pará, do dia 21 até a madrugada do dia 25, foram fiscalizados 788 estabelecimentos. Destes, mais de 150 foram fechados e 146 foram intimados. No primeiro dia, foram fechados 47 locais e 28 intimados e, no segundo dia, foram 41 fechados e 41 intimados. Já o terceiro dia de operação resultou em 34 fechados e 55 intimados e, no quarto dia, 26 fechados e 21 intimados. Na madrugada desta segunda (25), nove fechados e um intimado. Além da Região Metropolitana de Belém, outros municípios, como Altamira, Anapu, Capitão Poço, Santa Luzia do Pará, Mãe do Rio e Tailândia, por exemplo, também tiveram estabelecimentos fiscalizados e até mesmo fechados.

Qualquer local que violar a determinação com a promoção de shows e mantendo mesas e cadeiras totalmente ocupadas, com frequentadores em pé, desencadeará as sanções previstas. Estão sendo realizados, também, patrulhamento, fiscalização e combate à poluição sonora e perturbação do sossego, ao tráfico de entorpecentes, à exploração de menores e adolescentes, aos crimes e infrações de trânsito e às infrações contra a vigilância sanitária e o ordenamento do município.

Multas – Em caso de desobediência às normas restritivas, haverá, de forma progressiva, sanções com advertência; multa diária de até R$ 50 mil para pessoas jurídicas, a ser duplicada a cada reincidência, e R$ 150 para pessoas físicas – Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) –, a ser duplicada a cada reincidência, além de embargo e/ou interdição do estabelecimento.

Denúncias – Os principais meios para denunciar qualquer desobediência ao decreto são: atendente virtual Iara (Inteligência Artificial Rápida e Anônima) pelo whatsapp (91) 98115-9181, que possibilita o envio de fotos, vídeos, áudios e localização; chamadas convencionais, via 181, e o formulário e chatbot disponíveis no site da Segup. Todos os canais garantem sigilo e anonimato total ao denunciante.

AGÊNCIA PARÁ 

Portaria da Seplad determina trabalho remoto para servidores do Baixo Amazonas

 


Medida vale para os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, que possuem unidades nas cidades que compõem a região

25/01/2021 11h54 - Atualizada hoje 14h23
Por Luana Leite (SEPLAD)

A Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) publicou, nesta segunda-feira (25), no Diário Oficial (DOE), a portaria 010/2021, que estabelece o trabalho remoto nos órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, que possuem unidades na região do Baixo Amazonas.

A decisão faz parte do plano de combate à disseminação da covid-19, considerando as medidas de enfrentamento adotadas no Pará, e o Decreto Estadual nº 800, que dispõe sobre a retomada econômica e social segura, por meio da aplicação de distanciamento controlado e protocolos específicos.

Foto: DivulgaçãoDessa forma, os órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta, que possuem unidades na região do Baixo Amazonas, que engloba os municípios de Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Placas, Prainha, Santarém e Terra Santa, que se encontra com a bandeira vermelha, devem adotar as medidas a partir da publicação feita pela Seplad.

A portaria estabelece as seguintes medidas:

- Realizar trabalho remoto em todas as unidades em que a sua execução seja possível e sem que haja prejuízo ao interesse público e ao atendimento à população dos serviços e atividades essenciais;

- Reuniões presenciais devem ser feitas com no máximo 10 pessoas, seguindo todas as medidas de proteção sanitária e distanciamento;

- Sessões presenciais de contratações essenciais devem ser feitas com a participação de apenas um representante por empresa concorrente, com as medidas de proteção sanitária e distanciamento entre os participantes;

- Suspensão na utilização da biometria para registro eletrônico do ponto, devendo ser realizada a aferição da efetividade por outro meio eficaz, em acordo com as orientações definidas no âmbito de cada órgão ou entidade.

AGÊNCIA PARÁ 

Janeiro Verde: Ophir Loyola reforça a prevenção do câncer de colo de útero

 


Hospital adere à campanha nacional de prevenção contra a doença silenciosa que tem como principal causa à infecção persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV)

25/01/2021 14h17 - Atualizada hoje 16h04
Por Leila Cruz (HOL)

Oncoginecologista do Ophir Loyola, Celso Fukuda afirma que o exame preventivo Papanicolau ajuda na prevenção da doençaFoto: Ascom / Ophir LoyolaHá sete anos, a doméstica Jeneci Xavier, 45 anos, moradora do município de Brasil Novo, na Transamazônica, começou a sentir dores pélvicas e sangramento intenso. Durante o tratamento de hepatite, fez exames, como a ressonância magnética, e o médico que a acompanhava detectou algo diferente. Encaminhada para outro especialista, a biópsia diagnosticou o câncer de colo de útero.

Para ela, a negação do carcinoma foi de imediato, não foi fácil acreditar que era uma paciente oncológica. “Eu só vim aceitar que estava com câncer quando cheguei em Belém, aqui no Ophir Loyola, pois encontrei várias pessoas buscando a mesma cura, o mesmo tratamento que eu, assim caiu a ficha”, revela. 

A motivação para Jeneci Xavier continuar a ter esperanças de recuperar a saúde são seus familiares, amigos e, principalmente, a fé. “Quando se tem uma família que te ama, que caminha com você lado a lado durante todo o processo do tratamento, não tem explicação, é o que me ajuda a ter vontade de viver”, acrescentou. 

Ophir Loyola encampa o movimento nacional Janeiro Verde e defende a vacinação contra o HPV como a forma mais eficaz de prevençãoFoto: Ascom / Ophir LoyolaNo País, durante o mês de janeiro, é realizada a campanha de prevenção Janeiro Verde contra o câncer de colo de útero, doença silenciosa que não apresenta sintomas na fase inicial e tem como principal causa à infecção persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV).

Segundo o Ministério da Saúde, 75% das mulheres sexualmente ativas entrarão em contato com o vírus e 5% delas desenvolverão um tumor maligno no prazo de dois a dez anos. 

De acordo com o oncoginecologista do Hospital Ophir Loyola, Celso Fukuda, as manifestações mais comuns do câncer de colo de útero, quando ocorrem, são sangramentos, dores pélvicas, corrimentos e dores na relação sexual. Contudo, esses sintomas nem sempre estão relacionados à neoplasia maligna, podem ser sinais de enfermidades benignas como o mioma. 

“Esse tipo de câncer pode ser prevenido em praticamente todos os casos por meio do exame preventivo, o Papanicolau, que deve ser realizado em mulheres com vida sexualmente ativa pelo menos uma vez ao ano. A análise do resultado do exame é realizada pelo ginecologista que avalia se existem lesões que são causadas pelo HPV e que podem levar à doença. Quando há alteração, o médico solicita outro exame chamado de colposcopia com biópsia que trará a confirmação ou não do câncer”, alerta o especialista.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 780 casos da enfermidade no Pará até o final de 2021. Um total de 895 pacientes estão em tratamento contra a neoplasia maligna no colo do útero no Hospital Ophir Loyola, referência em oncologia no estado.

A maioria das mulheres que adquirem a doença, normalmente estão acima de 30 anos, possuem múltiplos filhos, têm baixos níveis de renda e escolaridade, e estão há anos sem realizar Papanicolau ou até mesmo nunca realizaram o exame, o que leva ao diagnóstico tardio. 

As principais opções de tratamento são a quimioterapia, a radioterapia, a cirurgia e a terapia-alvo, que é usada para combater as moléculas específicas, direcionando a ação de medicamentos às células tumorais. O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da tumor, tamanho e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.

“Com o diagnóstico tardio, nós não conseguimos realizar a cirurgia, o tratamento será através da radioterapia e da quimioterapia. A cirurgia é feita com tumores do colo do útero abaixo de quatro centímetros e lesões que não saíram do local de origem e estão restritas àquela região. À medida que o tumor vai para vagina ou para lateral do útero, o estágio já está avançando e o procedimento de retirada não traz mais o benefício”, esclarece Celso Fukuda.

A reabilitação na vida sexual, após a cirurgia ou quimioterapia e radioterapia, é realizada mediante a fisioterapia ginecológica, para a melhora da elasticidade vaginal e reposição hormonal, pois a vida sexual das mulheres fica desfavorecida após o tratamento do câncer. Já no ambiente de trabalho, as pacientes podem voltar às atividades normalmente depois de tratadas e curadas, pois não perdem nenhuma função motora. 

A vacinação contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenção contra o câncer de colo do útero em 98% dos casos. A vacina está disponível nas unidades públicas de saúde para meninas dos 9 aos 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Também podem receber a vacina pessoas com HIV ou imunodepressão, dos 9 aos 26 anos, de ambos os sexos. Outra forma de prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais.

Moradora do município de Acará, a dona de casa, Floripes Miranda, 40 anos, está sem o câncer no organismo e passa apenas pelo controle com exames e consultas a cada seis meses. A descoberta do câncer foi em 2017, quando começou a ter sangramentos fortes. De início, ela suspeitava que era mioma até ser transferida para o Ophir Loyola e passar por consulta com o especialista Celso Fukuda. O tratamento durou dois anos e a cirurgia de retirada do tumor foi realizada em março de 2020. 

Floripes alerta as mulheres a realizarem os exames de rotina, especialmente, o preventivo, pois é um exame simples e rápido para a prevenção do câncer de colo de útero. “Eu senti que algo de errado estava acontecendo comigo. O sangramento era tão intenso que precisei usar até fralda geriátrica. É uma questão de observação, de conhecer o seu corpo, as mudanças, dores e sensações diferentes”, afirma. 

*Com informações de Viviane Nogueira.

AGÊNCIA PARÁ 

Sejudh e Polícia Civil alinham atuação em crimes contra povos de terreiro

 


25/01/2021 14h34 - Atualizada hoje 14h50
Por Gerlando Klinger (SEJUDH)

Foto: Wagner Almeida / SEJUDHNa manhã desta segunda-feira (25), a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a Polícia Civil do Pará promoveram uma reunião com representantes de religiões de matrizes africanas, a fim de discutir as investigações sobre crimes contra povos de terreiro. O encontro, que ocorreu na sede da Delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos, contou com a presença de representantes de povos de comunidades tradicionais, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seção Pará e da Prefeitura Municipal de Belém.

A reunião foi motivada depois que o Ilê Abassá de Orixá Iansã, no distrito de Outeiro, foi depredado no último 6 de janeiro. Depois da morte da zeladora, Mãe Marly, imagens de santos e assentamentos foram quebrados e os moradores foram despejados, por um advogado que afirmou ser fiel depositário dos bens da zeladora.

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos acompanha, desde o início, os desdobramentos do caso de depredação à casa de Mina e Candomblé, no Outeiro. A Gerência de Promoção da Igualdade Racial segue de perto a situação. 

Foto: Wagner Almeida / SEJUDHA Delegada Leilane Reis, responsável pela DCCDH, informou que a Polícia Civil está à disposição para garantir a resolução da situação. “Vamos fornecer a devida atenção e colher os depoimentos das pessoas para apurarmos os fatos”, afirmou.

Representando o titular da Sejudh, Claudilene Maia informou que a Sejudh atua com diversos atores no caso. “O Gabinete da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a própria Gerência de Promoção da Igualdade Racial estão atentos às demandas das religiões de matrizes africanas e ajudará no que for preciso para resolver o problema”, colocou. 

A Diretora de Cidadania e Direitos Humanos, Verena Arruda, ressaltou que o estreitamento dos laços entre as duas instituições reforça a importância do diálogo inter-religioso entre os órgãos de Governo. “Nosso objetivo enquanto Estado é o de garantir não repressão, mas a de auxílio aos povos das religiões de matrizes africanas”, afirmou. 

Para Pai Denilson de Oxaguiãn, coordenador do Movimento Atitude Afro Pará, “existe uma séria necessidade de empoderamento do Povo de Axé em Belém, no momento das violações o Movimento Social acaba atuando de forma incisiva com a articulação emergencial das instâncias como Governo, Órgãos, Coordenações, Gerências, OAB, judiciário, polícia, além da necessidade da criação de instrumentos que garantam o combate à intolerância religiosa dentro da política de direitos humanos, que é de caráter urgente e emergencial, só assim os casos poderão ter resolutividade”, afirmou. 

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Prodepa promove inclusão social e produtiva de egressos do Sistema Penal

 


Parceria entre a Prodepa e a Fábrica Esperança assegura capacitações técnicas e oportunidades de trabalho

25/01/2021 14h49 - Atualizada hoje 16h36
Por Governo do Pará (SECOM)

Egressos do Sistema Penal prestam serviço à Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa)Foto: Juan Pereira/PRODEPAAos 31 anos, Maria de Fátima Gonçalves, concluiu recentemente o curso técnico em Enfermagem. Satisfeita com a conquista, ela reconhece a oportunidade que lhe foi dada e pretende trabalhar na área da saúde. "Eu me sinto preparada para o trabalho que aparecer na área", afirma, Maria de Fátima, uma entre os 10 egressos do Sistema Penal, que prestam serviço à Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa), nas áreas de manutenção e serviços gerais.

A inserção produtiva assegurada à Maria de Fátima resulta de parceria entre a Prodepa e a Fábrica Esperança. E egressos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que cumprem pena privativa de liberdade no regime aberto, prisão domiciliar ou penas restritivas de direito, são reinseridos no mercado, como forma de contribuir à diminuição da criminalidade e da violência, além de promover o desenvolvimento econômico e social do estado do Pará.

Maria de Fátima lembra que a jornada não foi fácil. “Quando a pessoa sai do cárcere é muito difícil conseguir uma oportunidade, então, é muito importante que esse projeto continue, pois ajuda na ressocialização”, ressaltou.

Em regime aberto, prisão domiciliar ou com penas restritivas, egressos do sistema penal se empenham na busca da mudança de vidaFoto: Juan Pereira/PRODEPAO processo de reinserção realizado pela colaboração entre Prodepa e a Fábrica Esperança é visto pelos egressos que buscam mudar de vida, como um excelente incentivo. O auxiliar de manutenção, Eliézer Amaral, é o colaborador mais antigo do projeto, na Prodepa.

Ele está na empresa desde o início da parceria e fala com entusiasmo da chance que tem. “É preciso se entregar ao trabalho, pois é uma oportunidade de dar uma vida melhor pra si, para sua família e para a sociedade”, pondera Eliézer Amaral.

A parceria entre a Prodepa e a Fábrica Esperança tem mais de 15 anos. Essa colaboração surgiu de uma necessidade de novos trabalhadores para a área externa da empresa e como uma forma de dar uma nova chance a quem precisa. E, em geral, os egressos têm compromisso com a oportunidade dada pela empresa para incluí-los novamente na sociedade.

"Cada dia é a possibilidade de ser uma pessoa melhor, de viver dias melhores, e quando eles têm a possibilidade desse acolhimento, eles se sentem recebidos, e sabem que podem estudar, se formar e conseguir mudar”, afirma a supervisora da Unidade de Serviços da Prodepa, Lorrane Paixão, referindo-se ao impacto positivo da reinserção social e produtiva.

Jackson Lima é um ótimo exemplo de que a capacitação profissional faz toda a diferença. Quando ele entrou na Prodepa era da área de serviços gerais, mas após os cursos, pôde assumir a manutenção. “Foi um processo longo, começou tudo pelos estudos, terminei o meu Ensino Médio, depois fiz diversos cursos em várias áreas. Essa oportunidade de poder trabalhar, tem mudado muitas coisas em toda a minha vida”, garantiu.

Atualmente, 10 pessoas prestam serviço à Prodepa e para conseguirem as vagas, os egressos passam por um processo dentro da Fábrica Esperança. Primeiro vão à escola e depois participam de capacitações e treinamentos para atuarem no mercado de trabalho. Após as duas etapas, uma equipe multidisciplinar avalia os participantes para que sejam encaminhados aos postos de trabalho.

AGÊNCIA PARÁ 

Governo reúne com prefeituras para debater estratégias de enfrentamento a Covid-19

 


25/01/2021 15h13 - Atualizada hoje 16h42
Por Bruno Magno (CPH)

Foto: Marco Santos / Ag. ParáDebater estratégias para evitar o avanço da Covid-19 na região metropolitana de Belém. Esse foi o objetivo da reunião entre o governador do Estado, Helder Barbalho, e representantes das prefeituras de Ananindeua, Belém, Marituba, Benevides e Santa Bárbara, realizada na manhã desta segunda-feira (25), no Palácio dos Despachos, em Belém. 

"Essa reunião é importante, na medida do possível, para estabelecer ações de combate a pandemia. Nós estávamos em um cenário totalmente diferente, de estabilidade, mas agora precisamos nos preparar para um possível aumento de casos", disse o governador Helder Barbalho.

Foto: Marco Santos / Ag. Pará

Para o procurador-geral do Estado, Ricardo Seffer, a reunião foi satisfatória, na medida em que os gestores municipais entenderam que medidas mais restritivas podem conter o avanço da doença nos municípios que compõem a região metropolitana de Belém. "Houve uma convergência e entendimento técnico entre as equipes. O momento é de preocupação, a orientação do governador e dos prefeitos foi no sentido de que as equipes aprofundem as análises de volume de casos, disponibilidade de unidades de saúde, para que, ao fim dessa semana, os gestores tomem uma decisão final acerca do endurecimento das regras. Essa é a tendência que vemos desenrolando hoje, ou seja, passarmos por novos processos de restrições, sempre primando pela vida e pela ciência", disse.

Presente no encontro, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Ualame Machado, ressaltou que o governo vem atuando em diversos locais do Estado para garantir o cumprimento do Decreto Estadual 800/2020, que restringe algumas atividades em virtude ao crescimento de casos da doença.

"Nós estamos reunindo com as prefeituras para que possamos mostrar a real situação do Estado e também ver que medidas restritivas podem ou serão adotadas caso seja necessário. Então, é importante essa integração para que todos os municípios entendam o cenário que estamos vivendo para que possamos tomar decisões baseadas nos critérios técnicos e científicos. A reunião foi essencial para esclarecer o que está sendo feito e o que ainda podemos fazer para evitar uma possível segunda onda do novo coronavírus", ressaltou o secretário.

Ainda hoje, representantes das áreas técnicas da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e das prefeituras da região metropolitana de Belém, voltam a se encontrar para debater possíveis medidas restritivas para os próximos dias. "Essa reunião foi importante para unir forças entre o Estado e os municípios para fazer o bem maior, que é salvar vida dos paraenses. Então, cada contribuição com a particularidades dos municípios, as necessidades apontadas, foram satisfatórias para que juntos possamos encontrar soluções. Mas no final da tarde voltaremos a nos reunir para que, juntos, possamos fechar possíveis novas medidas de restrições", disse Ariel Barros, secretário adjunto de Administração da Sespa.

AGÊNCIA PARÁ 

Semas vai cadastrar mais de 18 mil imóveis rurais em três regiões paraenses

 


O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais

25/01/2021 15h26 - Atualizada hoje 15h39
Por Anna Paula Mello (SEMAS)

Programa Municípios Verdes atua com municípios, sindicatos e associações para inscrever no Cadastro Ambiental Rural (CAR)Foto: Ascom / SemasElaboração e inscrições no Cadastro Ambiental Rural (CAR) de imóveis rurais de até quatro módulos fiscais é o que a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) está fazendo em municípios das regiões de integração Rio Guamá, Rio Caeté e Baixo Tocantins, no nordeste paraense. O trabalho está sendo desenvolvido pelo Núcleo Executivo Programa Municípios Verdes (NEPMV), por meio da empresa Floram - selecionada por edital -, em parceria com secretarias municipais, sindicatos, associações de produtores rurais e outras organizações comunitárias. O cadastro é gratuito e as ações utilizam recursos do Fundo Amazônia.

Na primeira etapa do trabalho está planejado o cadastro de 3.726 imóveis rurais em 56 localidades rurais de cinco municípios da região Rio Guamá, nordeste do estado - São Francisco do Pará, 10 localidades; Igarapé-Açu, 14 localidades;  São Domingos do Capim, 14 localidades; Santa Maria do Pará, 10 localidades; e Inhangapi, 8 localidades. Até o final de 2021, outras regiões serão envolvidas no cadastramento, quando vão totalizar 18.615 imóveis rurais inscritos no CAR nesses territórios.

A diretora-geral do NEPMV, Ayamy Migiyama, explica que “a consultoria contratada pelo NEPMV já realizou o planejamento das atividades preparatórias e diagnósticos para identificar áreas que não possuem CAR, por meio de cruzamentos de dados e iniciaram mobilização com representantes institucionais locais e com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Pará”.

Ainda de acordo com a diretora os cadastros começam pelo município de Igarapé-Açu nas comunidades de Caripi I, Caripi II, São Luís, Angulação, Jari, Porto Seguro, Pantoja, Santa Maria do Prata, Oliveira, Vila São bento, Vila do Cupu, Escorrega, Barro Branco, Carmo, e outras, onde os produtores rurais, principalmente agricultores familiares, estão sendo visitados e também convocados para que entrem em contato com a Semas, “caso tenham interesse em fazer o CAR”.

Em Igarapé-Açu, agricultores familiares estão sendo visitados e estimulados a procurar a Semas para efetivar o Cadastro Ambiental RuralFoto: Ascom / SemasO CAR é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento e planejamento ambiental e econômico. 

A efetivação do CAR garante benefícios aos pequenos produtores rurais, como acesso às linhas de crédito e seguro rural, apoio técnico, acesso a mercados consumidores, assistência técnica rural, entre outros serviços voltados ao desenvolvimento social e ambiental, com preservação ambiental aliada ao desenvolvimento sustentável no Pará.

A Semas também faz CARs em territórios coletivos, como quilombolas; habilita municípios para se tornarem aptos ao cadastro – já são 20 habilitados, realiza um esforço interinstitucional com Emater, Iterpa, prefeituras e outras parcerias que já alcançaram, nesta quinta-feira (21), 236.941 CARs realizados no Pará.

AGÊNCIA PARÁ 

Emater adota expediente remoto nos escritórios dos municípios da região do Baixo Amazonas

 


Aumento dos casos de Covid-19 na região, que está no bandeiramento vermelho, forçou a direção da empresa a aplicar a medida até o final deste mês

25/01/2021 15h39
Por Etiene Andrade (EMATER)

Escritórios da Emater nos 14 municípios da Calha Norte vão afixar avisos com endereços de e-mail para o atendimento remotoFoto: Ascom / EmaterPelo menos 14 escritórios locais e três regionais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) suspenderam a partir desta segunda-feira, (25), o atendimento presencial em suas unidades, por causa do aumento de casos de Covid-19 na região do Baixo Amazonas.

A medida foi tomada em consonância com a portaria 010/2021, da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), de 22 de janeiro deste ano, que considera os indicadores de saúde relacionados à pandemia no Estado e orienta medidas como trabalho remoto, entre outras ações que visam à redução do risco de transmissão da doença nas áreas classificadas como de bandeiramento vermelho, definido pelo Decreto Estadual 800/2020 como de alerta máximo em função “da capacidade hospitalar em risco e/ou evolução acelerada da contaminação”.

Os municípios alcançados pela portaria são Alenquer, Almeirim, Belterra,  Curuá, Faro, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Placas, Prainha, Santarém e Terra Santa.

Dessa forma, ficam em atendimento remoto os nove escritórios locais vinculados ao Escritório Regional de Santarém,  os quatro ligados ao Regional do Médio Amazonas e o escritório de Placas, vinculado ao Regional do Tapajós.

De acordo com Alessandra Silva, da coordenadoria de administração e desenvolvimento de Recursos Humanos da Emater, a medida valerá inicialmente até o final do mês, podendo ser alterada ou prorrogada de acordo com a situação da pandemia na região.

“A medida está em vigor a partir de hoje (25) até o dia 31. No dia 1º de fevereiro teremos uma nova reunião para avaliar a situação de risco sanitário dos municípios atingidos para definir novas estratégias para o atendimento”, explica Alessandra, que também reforça que “tais medidas visam ao bem-estar dos empregados e do nosso público atendido, para que as atividades não sejam prejudicadas e a saúde de todos seja preservada”, conclui.

Todos os escritórios atingidos pela suspensão do atendimento presencial vão afixar em local visível para os usuários informações sobre a medida, assim como disponibilizar os canais de contato por e-mail e WhatsApp para  atendimento aos produtores, de forma a garantir a manutenção das atividades de assistência técnica e extensão rural.

AGÊNCIA PARÁ