segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Brasil tem quase 30 mil novos casos de hanseníase por ano

 


Semana Mundial de Luta contra a doença começa hoje

Publicado em 25/01/2021 - 16:44 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e não sentir calor ou frio são sintomas de uma doença que tem cura, mas ainda é estigmatizada e negligenciada por muitos brasileiros: a hanseníase.

No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. O número vem se mantendo com uma discreta queda, mas ela ainda não é considerada significativa para se dizer que a doença está em declínio, destacou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

Atenção aos sintomas

O presidente da SBD, diz que, mesmo áreas sem manchas, em que a pessoa se queime e não perceba, ou que se machuque e não sinta dor, indicam falta de sensibilidade no local. Isso é provocado por lesões nos nervos causadas pela hanseníase. “Esses casos de mancha, dormência ou insensibilidade são suspeitos e necessitam formalmente de uma assistência para diagnóstico médico clínico”, observou.

O período de incubação da hanseníase, desde o momento em que a pessoa entra em contato com a micróbio até a doença aparecer, vai de dois até dez anos pois a bactéria responsável pelos sintomas se multiplica muito lentamente. Por isso, a doença atinge muitas crianças e jovens. “Quanto mais jovem a pessoa, mais anos ela vai viver e mais chances tem de adoecer”, afirma Gonçalves.

Do total dos 312 mil registros feitos de 2010 até 2019, 30% foram diagnosticados com algum grau de incapacidade física, ou seja, apresentavam perda de força ou da sensibilidade ou ainda deformidades visíveis nas mãos, pés ou olhos, o que compromete o trabalho ou a realização de atividades do dia a dia, alertou o especialista.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a detecção e o tratamento precoces da doença são fundamentais para que o paciente possa se tratar e não apresente sequelas, além de diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com as quais convive.

Incidência e transmissão

Heitor Gonçalves explicou que o maior fator de risco para a hanseníase são condições socioeconômicas de aglomerações. Um exemplo são as deficiências de habitação que fazem com que mais pessoas morem juntas e acabem transmitindo a doença por meio da tosse. A aglomeração no transporte é outro fator. Contribuem ainda o baixo nível educacional e a dificuldade de acesso a sistemas de saúde. Eles dificultam diagnóstico precoce e facilitam a transmissão.

Gonçalves informou que a maior incidência da hanseníase no Brasil está nas regiões com menor índice de desenvolvimento humano (IDH). O maior número de casos novos identificados na última década está na Região Nordeste (43% do total, ou o equivalente a 132,7 mil pacientes). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados nos últimos dez anos apareceram na Região Sul do país. O vice-presidente da SBD chamou a atenção, entretanto, que, no Rio Grande do Sul, se perdeu a cultura de buscar casos de hanseníase e de se divulgar a doença no estado. Com isso, pacientes chegam nos médicos para diagnóstico já com incapacidade física. “Essa é uma sequela da falsa eliminação”.

Casos de Hanseníase no Brasil.
Casos de Hanseníase no Brasil. - Arte/Agência Brasil

Preconceito

O presidente da SBD esclareceu que menos da metade dos pacientes com hanseníase transmite a doença, mesmo sem tratamento, porque mais de 50% têm imunidade razoável contra o micróbio.  A transmissão também não é tão fácil como muitos pensam. Segundo Gonçalves, “o bacilo não salta de dentro da pele do doente para fora”. Isso significa que tocar a mão de uma pessoa doente não transmite hanseníase. É preciso que o doente tenha um ferimento na pele, bem como a outra pessoa, e que esses ferimentos se encontrem para que o bacilo passe de um para o outro. Por isso, o dermatologista afirmou que é difícil a transmissão pela pele. O principal fator de transmissão é a tosse, reiterou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase acomete mais os homens do que as mulheres. Nos dez anos compreendidos entre 2010 e 2019, foram detectados 172.659 casos novos entre pessoas do sexo masculino e 139.405 em mulheres. Essa diferença, contudo, está diminuindo, indicou o vice-presidente da SBD. O que ocorre, “provavelmente, é que o homem ainda se expõe mais que as mulheres”, avaliou. Os homens, além disso, não têm costume de ir ao médico, como as mulheres. Considerando as classes sociais mais desfavorecidas, os homens saem mais do que as mulheres. “Esse talvez seja o motivo”, estimou o dermatologista

Campanha

Gonçalves afirmou que a SBD tem como princípio e missão resgatar seu papel na abordagem das doenças negligenciadas que acometem a pele. A principal delas é a hanseníase. Há também a leishmaniose, sífilis, entre outras.

Em apoio à mobilização do Ministério da Saúde, os dermatologistas brasileiros farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD, descrevendo sinais e sintomas da hanseníase e orientando sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. A campanha do Janeiro Roxo, criada no Brasil em 2016, aborda também a necessidade de se combater o estigma e o preconceito contra as pessoas que têm a doença.

O tratamento para a hanseníase é gratuito no país e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães, salientou que apesar de ser uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, seu tratamento precoce promove a cura. Segundo enfatizou, a prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, porque isso ajuda a evitar a transmissão e o surgimento de novos casos.

Edição: Claudia Felczak


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Mortes por covid-19 chegam a 217,6 mil no Brasil

 


Número de casos da doença passam de 8,87 milhões

Publicado em 25/01/2021 - 20:22 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O número de vidas perdidas em função da pandemia do novo coronavírus chegou a 217.664 no Brasil. Nas últimas 24 horas, foram confirmadas por equipes de saúde mais 627 mortes por covid-19. Ontem (24), o sistema de dados do Ministério da Saúde registrava 217.037 óbitos. Ainda há 2.860 falecimentos em investigação por equipes de saúde.

Já o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia subiu para 8.871.393. Nas últimas 24 horas, as autoridades estaduais de saúde confirmaram 28.816 novos casos de covid-19. Ontem, o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia estava em 8.844.577.

 

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (25). O levantamento é feito a partir das informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de saúde.

 

Ainda há 944.127 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 7.709.602 pessoas já se recuperaram da doença.

 

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

 

Estados

 

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (51.556), seguido por Rio de Janeiro (28.856), Minas Gerais (14.305), Ceará (10.332) e Pernambuco (10.200). As Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (821), Acre (854), Amapá (1.032), Tocantins (1.348) e Rondônia (2.128).

Edição: Nádia Franco



 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Chuvas provocam alagamentos e deslizamentos em Florianópolis

 


Mais de 90 pessoas estão desabrigadas

Publicado em 25/01/2021 - 18:07 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Chuvas intensas provocaram na manhã desta segunda-feira (25) um alagamento e alto volume de água e rejeitos nas vias públicas no bairro da Lagoa da Conceição, em Florianópolis (SC). Segundo a prefeitura, 94 pessoas estão desabrigadas.

De acordo com a prefeitura, houve o rompimento de uma estrutura da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), o que ampliou o volume de água na via. As áreas de risco foram isoladas e as famílias serão realojadas nos abrigos municipais, caso necessário.  

Ainda segundo a prefeitura, durante os serviços de remoção das terras que deslizaram na saída da ilha na Via Expressa, houve novos rolamentos. Agentes da Guarda Municipal passaram o dia no local para orientar os motoristas. 

Em nota, a Casan informou que o rompimento de taludes da lagoa artificial de infiltração foi contido próximo ao meio-dia. A companhia disse ainda que o líquido que escorreu para a Lagoa da Conceição é “efluente tratado e água da chuva, e não esgoto”.

Chuvas

Segundo o sistema de meteorologia local, a previsão de chuva se mantém. A Defesa Civil de Florianópolis segue o monitoramento dos locais de maior risco, como as regiões de morro do centro e norte da ilha. Até o momento, foram registradas mais de 100 ocorrências de deslizamentos, desmoronamentos e alagamentos em vários bairros da cidade desde a última semana. 

A orientação é que a população, tanto pedestres quanto motoristas, evite se deslocar nos pontos afetados pela chuva para evitar riscos à saúde e acidentes, além de ocorrências por deslizamentos. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, no fim de semana foram registrados soterramentos e deslizamentos que provocaram a morte de duas pessoas.

Edição: Fernando Fraga


Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Mais de 18 mil pessoas já foram imunizadas

 


Nesta primeira fase, serão vacinados profissionais de saúde, idosos, indígenas e deficientes que vivem em unidades de acolhimento e seus cuidadores

Mais de 18 mil pessoas já foram imunizadas contra o novo coronavírus no Distrito Federal. Nesta primeira fase, serão vacinadas profissionais de saúde que trabalham na linha de frente de combate à Covid-19, idosos que vivem em unidades de acolhimento e seus cuidadores, assim como indígenas e deficientes físicos que estão em instituições de acolhimento.

Os dados são parciais e foram apurados até às 19h dessa segunda-feira (25). Algumas unidades continuaram a imunização após este horário.

Confira, abaixo, o balanço da vacinação contra a Covid-19:

Região de Saúde Central: asas Sul e Norte, lagos Sul e Norte, vilas Planalto e Telebrasília, Varjão, Cruzeiro, Noroeste, Sudoeste/Octogonal.

Número de vacinados: 5.211

Região de Saúde Centro-Sul: Guará, Estrutural, SIA, SCIA, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II.

Número de vacinados: 1.734

Região de Saúde Norte: Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II e Fercal.

Número de vacinados: 2.330

Região de Saúde Oeste: Brazlândia, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol.

Número de vacinados: 2.398

Região de Saúde Sudoeste: Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas, Vicente Pires, Águas Claras e Arniqueira.

Número de vacinados: 3.243

Região de Saúde Sul: Gama e Santa Maria.

Número de vacinados: 2.554

Região de Saúde Leste: Paranoá, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico.

Número de vacinados: 1.052

Total de pessoas vacinadas: 18.522

* A Secretaria de Saúde informa que se tratam de dados parciais apurados até as 19h do dia 25. Algumas unidades continuam vacinando após esse horário.


AGÊNCIA BRASÍLIA

Governador do Amazonas exonera servidor vacinado indevidamente

 


Wilson Lima diz que não compactua com tal procedimento

Publicado em 25/01/2021 - 17:45 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 25/01/2021 - 17:56

O governador do Amazonas, Wilson Lima, determinou à Casa Civil que exonere um servidor indevidamente vacinado contra o novo coronavírus. O nome de Gerberson Oliveira Lima aparece na lista das pessoas já vacinadas que a prefeitura de Manaus divulgou na noite deste domingo (24).

Na relação, Gerberson é identificado como trabalhador da área de saúde, mas sua função não é informada. Consultando o Portal da Transparência, a reportagem identificou que Lima foi contratado como assessor técnico comissionado da Casa Civil.

“Acabei de tomar conhecimento que um funcionário da Casa Civil foi indevidamente vacinado”, escreveu o governador nas redes sociais. “Não compactuarei com este tipo de procedimento! Já determinei a exoneração do mesmo e a apuração do fato”, acrescentou Lima.

A prefeitura de Manaus divulgou a lista com os nomes das mais de 6 mil pessoas já vacinadas atendendo a uma decisão judicial. A pedido dos ministérios Público Federal (MPF), estadual (MP-AM), do Trabalho (MPT), Defensoria Pública do Estado do Amazonas, Defensoria Pública da União e Tribunal de Contas do Estado, a juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, da 1ª Vara do Amazonas, determinou, liminarmente, que a prefeitura informe diariamente dados de todas as pessoas vacinadas e que aquelas que tenham sido imunizadas indevidamente recebam a segunda dose da vacina.

O pedido de divulgação da relação nominal foi feito depois de denúncias sobre o possível favorecimento de pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários e estavam sendo indevidamente imunizadas. As suspeitas de irregularidades motivaram a prefeitura e o governo estadual a suspender a vacinação dos profissionais de saúde da capital por dois dias, a pretexto de “reformular” o plano de vacinação. A vacinação já foi retomada.

As suspeitas também motivaram a Procuradoria da República (MPF-AM) a notificar duas jovens médicas recém-contratadas pela Secretaria Municipal de Saúde, as irmãs Gabrielle Kirk Maddy Lins e Isabelle Kirk Maddy Lins, para prestar esclarecimentos. Segundo o MPF, embora não estejam na linha de frente do combate à covid-19 e não façam parte dos grupos prioritários, as duas já foram vacinadas. O nome das irmãs Lins consta da lista da prefeitura, na qual as duas são identificadas como trabalhadoras de saúde.

Também constam da lista de pessoas vacinadas pela prefeitura de Manaus a secretária municipal de Saúde, Shadia Fraxe, que é médica, e a secretária municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania, a assistente social Jane Mara Silva de Moraes de Oliveira. Há ainda muitas pessoas vacinadas cujas funções não são detalhadas, mas constam da relação sob o termo genérico “outros”.

Consultada, a prefeitura de Manaus informou à Agência Brasil que o grupo foi estabelecido pelo Ministério da Saúde “para unificar diferentes atividades, além das especialidades médicas e de enfermagem, que fazem parte da rotina de atendimentos em estabelecimentos de saúde”, como profissionais de nutrição, biologia, biomedicina, psicologia, fonoaudiologia, segurança, cozinheiros, auxiliares de cozinha, maqueiros, acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica de saúde em estágio hospitalar, atenção básica e laboratórios.

Matéria ampliada às 17h55 para acréscimo da posição da prefeitura de Manaus

Edição: Nádia Franco



 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 25/01/2021 - 17:56

Covid-19: 669 mil doses de vacina são distribuídas hoje, diz Saúde

 


Doses de CoronaVac foram para estados, que repassarão aos municípios

Publicado em 25/01/2021 - 19:57 Por Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Saúde informou que hoje (25) foram distribuídas 669 mil doses de vacinas Coronavac contra a covid-19. O imunizante foi desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac, que possui parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

As doses foram transportadas por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e de companhias aéreas comerciais, como Latam. As substâncias foram encaminhadas aos estados, que farão o repasse aos municípios para a aplicação.

As 669 mil doses são do 2º lote da CoronVac. Nesta nova leva, a previsão do Instituto Butantan é produzir ao total 4,8 milhões de doses. O 2º lote foi autorizado em caráter emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira (22).

Já haviam sido distribuídas seis milhões de dose do 1º lote, importado da China. Além dessas, também começaram a ser distribuídas os dois milhões de doses da vacina do consórcio da Universidade de Oxford, da farmacêutica Astrazeneca e da Fundação Oswaldo Cruz, importados da Índia e que chegaram ao Brasil na sexta-feira (22).

Edição: Bruna Saniele


Por Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Fiocruz esclarece negociação de doses prontas da vacina de Oxford

 


Objetivo é adiantar vacinação enquanto para não chegam ingredientes

Publicado em 25/01/2021 - 17:23 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
Atualizado em 25/01/2021 - 19:49

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esclareceu, por meio de nota publicada hoje (25), que negocia a importação de um novo lote de doses prontas da vacina AstraZeneca/Oxford, mas que ainda não foi acertado o número de doses. 

A importação de doses prontas é uma estratégia adicional da fundação para adiantar a vacinação, enquanto não recebe o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) necessário para iniciar a produção das doses no Brasil. Na semana passada chegaram ao país 2 milhões de doses fabricadas no Instiuto Serum, na Índia, que também é parceiro da AstraZeneca. 

O acordo da Fiocruz com a empresa europeia e a Universidade de Oxford previa que o Instituto de Tecnologia em Imunobiolóigicos (Bio-Manguinhos) receberia em janeiro dois lotes do IFA, suficientes para a produção de 7,5 milhões de doses cada um, permitindo assim a produção das primeiras 15 milhões de doses em território nacional. 

Segundo a Fiocruz, o primeiro lote do IFA está pronto para embarque na China, onde é produzido, e aguarda apenas a  emissão da licença de exportação e a conclusão dos procedimentos alfandegários. Apesar disso, a previsão, ainda sem confirmação, é que a carga pode ser enviada em 8 de fevereiro.

A fundação garante que a AstraZeneca "tem tomado todas as medidas possíveis para proceder com o embarque dos ingredientes no menor prazo possível e conta com o apoio do governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Saúde, nas conversas com as autoridades competentes para proceder com o embarque do IFA". 

A programação inicial previa que, a partir de janeiro, a Fiocruz receberia um lote de IFA a cada duas semanas, totalizando 14 lotes, que seriam suficientes para produzir 100,4 milhões de doses da vacina no primeiro semestre.

A partir do segundo semestre, o acordo de transferência de tecnologia prevê que Bio-Manguinhos nacionalize a produção dos ingredientes, tornando-se autossuficiente para a produção de mais 110 milhões de doses até o fim de 2021.

A Fiocruz divulgou ainda que, mesmo que sejam necessários ajustes no início do cronograma de produção, a previsão de produzir 50 milhões de doses até abril e 100,4 milhões até julho, a partir do IFA importado, está mantida. A fundação também reforça a meta de entregar ao Programa Nacional Imunizações 110 de milhões de doses com IFA nacional no segundo semestre.

Quando os primeiros carregamentos do IFA chegarem à Bio-Manguinhos, a Fiocruz prevê que a produção poderá começar com um ritmo de 700 mil doses por dia, chegando 1,4 milhão de doses por dia até o final de março. 

Matéria atualizada às 19h48 para acréscimo de informações

Ouça na Radioagência Nacional:

Edição: Maria Claudia


Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
Atualizado em 25/01/2021 - 19:49

Bolsonaro diz que insumos da CoronaVac chegarão nos próximos dias

 


Produtos estão aguardando liberação de exportação pela China 

Publicado em 25/01/2021 - 17:30 Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na tarde desta segunda-feira (25), que os insumos necessários para a fabricação da vacina CoronaVac estão próximos da liberação pela China e devem chegar ao Brasil "nos próximos dias". A informação, segundo o presidente, foi repassada pela Embaixada do país asiático. 

Além dos insumos da CoronaVac, o presidente disse que os ingredientes farmacêuticos ativos (IFA) da outra vacina em uso no Brasil, a produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, também estão com trâmite acelerado para que possam ser enviados da China. 

Com a chegada da matéria-prima das duas vacinas, tanto o Instituto Butantan quanto a Fundação Oswaldo Cruz poderão produzir, envasar e rotular milhões de doses da CoronaVac e do imunizante da AstraZeneca.  

Também pelas redes sociais, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, compartilhou a publicação de Bolsonaro e destacou que o seu país continuará a ajudar o Brasil no combate à pandemia.

Nos últimos dias, em um esforço diplomático, ministros do governo se reuniram com o embaixador para tentar acelerar a liberação dos insumos, que tinham previsão de entrega no início do mês, mas ficaram retidos no país asiático. Segundo o presidente brasileiro, na sua live semanal transmitida na semana passada, o atraso no envio é uma questão apenas burocrática da China e não teria vinculação com a relação bilateral entre os países.  

Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a primeira remessa de insumos da China deve chegar ao Brasil até o final desta semana. "A previsão de chegada dos insumos no Brasil é até o final dessa semana, garantindo com isso a continuidade da fabricação e distribuição das vacinas", afirmou em um vídeo postado nas redes sociais pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Edição: Aline Leal



Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Novos portais para o Parque da Cidade

 


Os seis acessos ao local estão sendo reformados. Em três deles, os antigos muros foram demolidos. Obras se estendem por mais dois meses

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Os serviços se iniciaram com a demolição de algumas estruturas e vistoria de técnicos da Novacap. Ao todo, seis homens estão envolvidos na reconstrução das guaritas de acesso ao Parque da Cidade | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Todas as seis entradas do Parque da Cidade passam por reformas. O projeto faz parte de mais uma ação do GDF Presente, programa de manutenção do Governo do Distrito Federal (GDF) atuante em todos os cantos da região. A obra envolve trabalhos de alvenaria, como reparos ou construção total de muros, além de manutenção e pintura dos portões.

Os primeiros blocos de concreto começaram a ser assentados na manhã desta segunda-feira (25), na via de acesso do espaço voltada para o Sudoeste, na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), próximo ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).

“Vamos recuperar todas as entradas. São obras importantes, que não eram feitas há muito tempo”, comenta o administrador do Parque da Cidade, Silvestre Rodrigues da Silva. “A entrada é o cartão de visita do Parque, é a primeira impressão que os visitantes têm do lugar, sem falar que traz mais segurança”, destaca Paulo Isaac, chefe de Conservação e Reparos da Diretoria de Edificações da Novacap (Dicor/DE).

Na semana passada, os serviços se iniciaram com a demolição de algumas estruturas e vistoria de técnicos da Novacap. Ao todo, seis homens estão envolvidos na reconstrução das guaritas de acesso ao Parque da Cidade: quatro reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) – vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus); um pedreiro experiente da Novacap; e um encarregado de obras.

“Alguns muros estavam muito danificados, as paredes rachadas, com concreto vencido, já estourado ou fora do prumo, provavelmente por conta de alguma batida”, detalha o agente operacional da Novacap, Adair Monteiro, responsável pelos trabalhos. “Nosso desafio é recuperar o que está caindo ou o que se perdeu e reforçar onde está danificado”, completa.

Intervenções artísticas

A previsão é de que tudo fique pronto em dois meses. “Cada entrada está numa situação diferente, algumas foram bem depredadas, outras estamos corrigindo problemas estruturais, devido ao tempo que foram construídas”, explica. “Há entradas que estamos demolindo e fazendo do zero. Isso leva mais tempo”, pondera.

Além da entrada da Epig, voltada para o Sudoeste, passam obras mais complexas: a entrada da 912 Sul, virada para W3; e a passagem que dá acesso ao Eixo Monumental. Nos outros três portões, a estrutura será reaproveitada com obras mais pontuais.

Numa parceria com a iniciativa privada, todos os trilhos e roldanas dos portões das seis entradas passaram por manutenção e os novos portões estão em fase de pintura. A ideia, segundo o administrador do Parque, é convidar artistas da cidade para pintar as fachadas dos muros.

“Essa parceria com os artistas vai evitar pichação”, comenta Silvestre. “Há mais de duas décadas que o Parque estava apenas com dois portões”.

AGÊNCIA BRASÍLIA