sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

PF combate lavagem de dinheiro no Distrito Federal e em Goiás

 


Operação apura eventuais crimes antecedentes de corrupção passiva

Publicado em 22/01/2021 - 10:01 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (22) uma operação para investigar esquema de lavagem de dinheiro cometido por servidor público do Ministério da Infraestrutura e outras pessoas. A Operação Gravame apura, ainda, “eventuais crimes antecedentes de corrupção passiva, sonegação fiscal ou outros crimes contra a administração pública”.

Os policiais federais cumprem quatro mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias, veículos e imóveis dos investigados em Brasília (DF) e na Cidade Ocidental (GO), no entorno do Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela 12 ª Vara da Justiça Federal do DF. A justiça também determinou o afastamento preventivo de um servidor de suas funções pelo prazo inicial de 30 dias.

Crescimento patrimonial incompatível

De acordo com a PF, as investigações começaram no ano passado, a partir de informações da Controladoria Geral da União (CGU) e da Subsecretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura. As apurações iniciais apontam que o servidor suspeito teve crescimento patrimonial incompatível com sua renda, bem como a realização de gastos incompatíveis com sua remuneração.

“Os dados e informações já obtidos também apontam para a possível utilização de parentes na lavagem de ativos, bem como a construção de uma casa de luxo e aquisição de veículos com os valores não declarados”, diz a nota da Polícia Federal.

Edição: Kleber Sampaio


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Prévia da Sondagem da Indústria tem recuo de 3,5 pontos

 


Pesquisa ouviu 793 empresas entre os dias 1º e 18 deste mês

Publicado em 22/01/2021 - 09:16 Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A prévia da Sondagem da Indústria de janeiro indica recuo de 3,5 pontos do Índice de Confiança da Indústria (ICI) na comparação com o resultado de dezembro. Com a queda, passou para 111,4 pontos. Segundo o Instituto Brasilerio de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que elabora o indicador, se esse comportamento se confirmar, será a primeira retração desde abril de 2020.

Para o Ibre, a retração no resultado prévio da confiança industrial, divulgado hoje (22), no Rio de Janeiro, é reflexo da queda da satisfação sobre o momento presente e piora das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual cairia 3,2 pontos, indo para 116,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas recuaria 3,6 pontos, passando para 106.

Ainda assim, o dado preliminar do Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) apontaria alta de 0,6 ponto percentual (p.p.), para 79,9%. Na avaliação das médias móveis trimestrais, após seis altas consecutivas, o Nuci permaneceria estável em 79,6%.

Para a realização da prévia de janeiro de 2021, foram consultadas 793 empresas entre os dias 1º e 18 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima segunda-feira (28).

 

Edição: Kleber Sampaio



Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Salariômetro: reajuste salarial ficou abaixo da inflação em dezembro

 


Boletim foi divulgado hoje pela Fipe

Publicado em 22/01/2021 - 07:49 Por Agência Brasil - São Paulo

Em dezembro, o reajuste salarial no Brasil ficou abaixo da inflação (-0,9%). É o que revela o boletim Salariômetro, divulgado hoje (22) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O Salariômetro analisa os resultados de 40 negociações salariais, que são coletados no portal Medidor, do Ministério da Economia.

O reajuste mediano negociado foi de 4,3% em dezembro, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no acumulado de 12 meses, ficou em 5,2%. O piso salarial mediano [que corrige discrepâncias] negociado foi de R$ 1.333 em dezembro, enquanto o piso médio foi de R$ 1.442.

“Em dezembro, tivemos um repique muito forte da inflação. E a inflação, na mesa de negociação, é medida pelo INPC. Como no final do ano tivemos um aumento muito grande, principalmente na alimentação, isso refletiu no custo de vida dessas famílias e o INPC mostrou isso”, disse Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Projeto Salariômetro, em entrevista à Agência Brasil.

Dezembro foi o único mês no ano passado em que o reajuste das negociações salariais ficou abaixo da inflação. Nos outros meses do ano, os reajustes se equipararam, com um pequeno reajuste real de 0,1% em fevereiro. Em todo o ano passado, 5.038 instrumentos foram negociados, sendo que 4.472 deles por meio de acordos coletivos e 566 por convenções coletivas.

Em dezembro, a proporção de reajuste nessas negociações, que ficou abaixo do INPC, atingiu 70,2%. “São negociações que não deram nem a inflação acumulada. Só 10,6% ficaram acima [da inflação]”, afirmou Zylberstajn. Já as negociações salariais que terminaram em reajustes que corrigiram a inflação [ou seja, ficaram iguais à inflação] somaram 19,1%.

“Para uma empresa que esteja disposta a repor a inflação com o sindicato, já teria que começar com 5,2%. Se for dar aumento real, teria que ser mais do que isso. E isso em uma época de recessão profunda”, acrescentou.

Considerando-se todo o ano de 2020, o reajuste mediano nominal foi de 3% e o piso mediano de R$ 1.273.

Para 2021, a Fipe prevê que os reajustes reais serão raros, já que as projeções para o INPC continuam altas, superiores a 5%, podendo chegar a 7% em junho.

Edição: Graça Adjuto



Por Agência Brasil - São Paulo

Nascidos em outubro podem sacar auxílio emergencial a partir de hoje

 


Serão beneficiadas 3,5 milhões de pessoas

Publicado em 22/01/2021 - 05:30 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Cerca de 3,5 milhões de beneficiários do auxílio emergencial e do auxílio emergencial extensão nascidos em outubro poderão sacar a última parcela do benefício a partir desta sexta-feira (22). Eles poderão sacar ou transferir os recursos da conta poupança social digital. Foram creditados cerca de R$ 2,4 bilhões para esses públicos nos ciclos 5 e 6 de pagamentos.

Desse total, cerca de R$ 2,2 bilhões são referentes às parcelas do auxílio emergencial extensão e o restante, cerca de R$ 200 milhões, às parcelas do auxílio emergencial.

O dinheiro havia sido depositado na conta poupança digital em 9 de dezembro para os beneficiários do ciclo 5 e em 23 de dezembro para os beneficiários do ciclo 6. Até agora, os recursos podiam ser movimentados apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de boletos, de contas de água, luz e telefone, compras com o cartão virtual de débito pela internet e compras em estabelecimentos parceiros por meio de maquininhas com código QR (versão avançada do código de barras).

Para realizar o saque em espécie, é necessário fazer o login no Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”. Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. O código deve ser utilizado nos caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas ou nos correspondentes Caixa Aqui.

Os saques em dinheiro podem ser feitos nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou nas agências.

Edição: Graça Adjuto


Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Conheça os programas que utilizam as notas do Enem

 


Sisu, ProUni e Fies utilizam resultados do exame

Publicado em 21/01/2021 - 06:20 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderá ser usado para acessar o ensino superior por meio de programas federais como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). As notas, tanto da versão impressa quanto da versão digital do Enem 2020, serão divulgadas no dia 29 de março. 

O Sisu seleciona estudantes para vagas em instituições públicas de ensino superior. Para concorrer, os candidatos não podem ter tirado zero na prova de redação. O Sisu geralmente tem duas edições no ano. A primeira delas ocorre em janeiro. Neste ano, por causa da pandemia do novo coronavírus, o programa será adiado. Ainda não foi divulgada a data de realização do processo seletivo.

As próprias universidades públicas também estão cumprindo calendários diversos. Muitas instituições suspenderam as aulas para evitar a propagação do vírus, o que levou ao adiamento da conclusão dos semestres de 2020. De acordo com o painel de monitoramento do Ministério da Educação, pelo menos em nove instituições federais, o ano letivo de 2020 se estende para 2021. 

Já o ProUni seleciona estudantes para bolsas de estudos em instituições privadas de ensino superior. As bolsas podem ser integrais, de 100% da mensalidade, ou parciais, de 50%. Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. É preciso também não ter zerado a redação do Enem e ter obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas das provas. 

A primeira edição do ProUni deste ano, para que não ocorresse atraso na seleção, usou as notas do Enem 2019. Ainda não foram divulgadas as informações da próxima edição. 

A nota pode também ser usada para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que oferece financiamento a condições mais atrativas que as disponíveis no mercado.

Além dos processos seletivos conduzidos pelo governo federal, as instituições de ensino públicas e privadas têm liberdade para usar as notas em processos seletivos próprios. Os candidatos podem checar nas instituições onde têm interesse em estudar quais são os critérios adotados. 

Instituições de ensino estrangeiras também utilizam as notas do Enem em processos seletivos. Atualmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem convênio com 51 instituições de ensino em Portugal. Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas. A lista das instituições está disponível no portal do Inep

Por causa do adiamento do exame, que estava inicialmente marcado para outubro e novembro de 2020, algumas instituições de ensino optaram por realizar apenas processos seletivos próprios para que os calendários do ano letivo não fossem impactados. Esse é o caso, por exemplo, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que anunciaram que não utilizarão o exame devido à incompatibilidade das datas. No caso da Unicamp, a instituição iniciará o semestre em 15 de março, antes da divulgação dos resultados, no dia 29. 

Enem 2020 

O Enem começou a ser aplicado no último domingo (17) e segue no próximo dia 24. No primeiro dia de aplicação, o exame teve uma abstenção recorde de 51,5%. Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, 2.842.332 faltaram às provas. Nesta edição, o Enem terá uma versão impressa e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Os candidatos que tiverem sintomas de covid-19 e de outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer aos locais de prova. Devem comunicar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pela Página do Participante. Esses candidatos terão direito à reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro.  

Edição: Graça Adjuto


Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Enem 2020 tem novidades em acessibilidade

 


Entre as novas medidas está a redação em braile

Publicado em 22/01/2021 - 05:45 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Leitor de tela, redação em braile e correção especial das provas de participantes autistas e surdocegos são algumas das novidades do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 em termos de acessibilidade. As medidas somam-se a outras que vêm sendo adotadas pelo exame ao longo do anos, como videoprova em Língua brasileira de Sinais (Libras) e provas com textos e imagens ampliados. 

Ao todo, segundo o Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), cerca de 47 mil participantes com alguma deficiência ou transtorno fizeram a inscrição no Enem 2020 e solicitaram atendimento especializado. 

O leitor de tela e a redação em braile são demandas antigas de pessoas com alguma deficiência visual, de acordo com o integrante da Organização Nacional de Cegos do Brasil Lucas de Castro Rodrigues. “O leitor de tela traz autonomia. O candidato mexe no computador por si próprio. Escuta quantas vezes quiser, controla velocidade e volume de voz. O leitor dá total controle da prova ao participante”, diz.

Antes do leitor de tela, a opção para esses estudantes era contar com o auxílio para leitura, opção que segue disponível para os candidatos que assim solicitaram. A leitura é feita por profissionais capacitados para ler textos e para descrever imagens. A desvantagem, segundo Rodrigues, é que o candidato depende desse profissional, que pode, por exemplo, estar cansado no dia de aplicação. 

Outro recurso novo é a redação escrita e corrigida no Sistema Braile. De acordo com o Inep, na aplicação, o participante pode utilizar material próprio, como máquina Perkins, reglete, punção, soroban ou cubaritmo e folhas brancas para fazer a redação. Rodrigues explica que essa escrita também traz maior autonomia. A alternativa, que também segue disponível, é que o participante dite a redação em voz alta para que seja transcrita em papel por um profissional capacitado.

Para Rodrigues, a medida é positiva e auxilia candidatos que dominam o braile. Mas, como essa não é uma realidade entre todas as pessoas com deficiência visual, para que a prova seja ainda mais inclusiva ele defende que haja a possibilidade que os candidatos digitem eles mesmos a redação no computador. 

Banca especial 

Outra mudança nesta edição é que participantes autistas e surdocegos terão banca especial para correção de suas provas. De acordo com o Inep, o exame recebeu a inscrição de 1.676 candidatos que solicitaram atendimento especializado por autismo e de 134, por surdocegueira. 

“Esse olhar permite que a sociedade venha a enxergar essa população da maneira como ela merece ser enxergada, como pessoas, cidadãos que pagam impostos e que estão ali para poder incluir e somar. O Enem é uma prova pela qual eles vão se capacitar para uma faculdade e vão ser, na minha opinião, profissionais que só têm a somar para a sociedade inteira”, diz a  presidente da Associação Integrada Mães de Autistas da Paraíba, Elaine Araújo. 

Elaine explica que cada indivíduo com autismo é diferente e tem diferente grau de acometimento. “Há aquele indivíduo que vai precisar de mais tempo. Há aquele indivíduo que vai precisar de uma tradução melhor do que está propondo aquela questão. Não é que sejam incapazes, mas há métodos para eles entenderem. Vão precisar dessa empatia da banca para poder analisar e ver que cada um é diferente. Nós somos seres diferentes e eles têm isso como um estigma. As pessoas precisam realmente entender e averiguar cada situação para poder sim dar a essa pessoa a chance de realizar uma prova e de se sair bem nessa prova, para mim isso é pura empatia”, afirma.

Ela conta ainda que se emocionou com o tema da redação deste anoO estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira. “É necessário que a sociedade e esses jovens que vão entrar em faculdades e em profissões tão diferenciadas tenham esse entendimento de algo tão cotidiano, de pessoas que são estigmatizadas por terem síndromes, transtornos, doenças mentais. Tem que ter respeito e empatia. Achei de uma relevância que me deixou emocionada”.  

Inclusão 

Apesar das medidas adotadas, de acordo com Rodrigues, o Enem não é uma prova totalmente inclusiva, até mesmo porque a exclusão vem desde muito antes na vida das pessoas com alguma deficiência. “O Enem é uma prova bastante excludente. Isso é bastante difundido, não só entre as pessoas com deficiência, mas entre todas as minorias, porque a gente sofre defasagem em todo o ensino básico. Não só no ensino, mas em várias outras áreas”, acrescenta.

A estudante Júlia Dias do Anjos, 18 anos, é uma das candidatas com baixa visão que está fazendo o Enem. Ela solicitou auxílio para leitura e prova ampliada e ficou satisfeita com o atendimento. Ela conta, no entanto, que é exceção, que entre outros amigos cegos ou com baixa visão é uma das poucas que fez a prova. A falta de disponibilidade de materiais de estudo voltado especificamente para esses estudantes e a falta de incentivo são, segundo ela, alguns dos principais entraves. 

“Tenho muitos amigos com baixa visão e cegueira. Eu não sei se eles têm medo de não ter os recursos [de acessibilidade]. Eu sempre falo para prestarmos o exame e ninguém se manifesta, sempre falava na escola e as pessoas não se interessavam. Isso me deixa muito triste”, diz, e acrescenta: “Tem gente que não é incentivada. A minha mãe sempre fala: se você acha que pode fazer, você está apta a isso. Vá e faça. Não tenha medo. Se é uma coisa que tem vontade, vá e faça”. 

Júlia quer cursar biomedicina ou matemática. “Infelizmente, o que me deixa mais preocupada é que falam que geralmente os laboratórios das universidades não são preparados para quem tem baixa visão. Mas quem sabe isso não mudou? Ou, então, eu passo a fazer a diferença porque o mundo, a gente o adapta”. 

Enem 2020

O Enem começou a ser aplicado no último domingo (17) e segue no próximo dia 24. No primeiro dia de aplicação, o exame teve uma abstenção recorde de 51,5%. Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, 2.842.332 faltaram às provas. Nesta edição, o Enem terá uma versão impressa e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança, adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus, serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Os candidatos que tiverem sintomas de covid-19 e de outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer aos locais de prova. Devem comunicar ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pela Página do Participante. Esses candidatos terão direito à reaplicação nos dias 23 e 24 de fevereiro.  

Veja as novidades do Enem 2020 em termos de acessibilidade: 

 • Atendimentos específicos agora fazem parte do atendimento especializado.

 • Participantes com cegueira, surdocegueira, baixa visão ou visão monocular poderão solicitar recurso para uso de leitor de tela. 

• Três guias-intérpretes farão atendimento ao participante surdocego.

 • Tempo adicional de 60 minutos para participantes lactantes que solicitarem atendimento especializado no sistema de inscrição, desde que comprovem a necessidade, conforme previsto em edital, e levem o lactente e o acompanhante no dia da aplicação.

 • Participantes com doenças infectocontagiosas deverão entrar em contato com o Inep para comprovação de sua condição e não deverão comparecer ao local de provas. Poderão realizar a prova na reaplicação. 

• Participantes autistas e surdocegos terão banca especial para correção de suas provas. 

• O participante que escrever sua redação em braile terá suas provas corrigidas no Sistema Braile.

 • O participante transexual/travesti que não solicitou ou teve sua solicitação pelo nome social indeferida poderá escolher o banheiro que deseja utilizar no dia da aplicação.

Edição: Graça Adjuto



Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Distribuição de vacinas da AstraZeneca deve começar neste sábado

 


As 2 milhões de doses serão enviadas amanhã aos estados

Publicado em 22/01/2021 - 11:58 Por Andreia Verdelio e Heloisa Cristaldo - Repórteres da Agência Brasil - Brasília

As 2 milhões de doses da AstraZeneca contra a covid-19 que devem chegar da Índia nesta sexta-feira (22) serão distribuídas aos estados a partir da tarde de sábado (23). Segundo presidente Jair Bolsonaro, a Força Aérea Brasileira está à disposição para agilizar a distribuição da vacina pelo país.

“Pode ter certeza que a Aeronáutica está aí para servir o Brasil e essa vacina, se chegar hoje à noite, a amanhã começa a chegar a seus destinos”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro falou com a imprensa ao deixar o Palácio da Alvorada, após café da manhã com parlamentares na residência oficial. Ele reafirmou que a vacinação não será obrigatória e recomendou que as pessoas leiam os estudos dos imunizantes.

“Ela tem que ser voluntária, afinal de contas não está nada comprovado cientificamente com essa vacina ainda. E peço que o pessoal leia o contrato com a empresa para tomar pé de onde chegaram as pesquisa e porque não se concluiu ainda dizendo que uma vacina é perfeitamente eficaz. Pelo que tudo indica, segundo a Anvisa, ela vai ajudar que casos graves não corram no Brasil, quem for vacinado”, afirmou.

AstraZeneca

As vacinas devem chegar ao Brasil nesta sexta-feira, 22, no fim da tarde. A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o Aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de janeiro.

De acordo com a Fiocruz, assim que chegarem à instituição, as vacinas passarão por checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português. A previsão é que esse processo seja realizado até manhã de sábado (23) por equipes treinadas em boas práticas de produção. As vacinas devem ser liberadas para distribuição no período da tarde.

“Ao longo de todo o trajeto até Bio-Manguinhos/Fiocruz, as vacinas estarão armazenadas em seis caixas do tipo pallets, que serão acondicionadas em envirotainers, pequenos containers utilizados para transportes de carga que necessita de controle de temperatura. Nesses envirotainers, as vacinas serão mantidas na temperatura entre 2 a 8ºC”, informou a Fiocruz.

Edição: Valéria Aguiar


Por Andreia Verdelio e Heloisa Cristaldo - Repórteres da Agência Brasil - Brasília

Em 2020, a cada empresa fechada, três novas abriram

 


Crescimento registrado pela Junta Comercial do DF foi maior em setores como os de alimentos preparados para consumo em casa e de vestuário

Setor de vestuário foi um dos que registraram crescimento durante a pandemia | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o ano de 2020 abalou os pequenos e médios negócios em Brasília. Muitos quebraram, outros lucraram e vários se reinventaram para sobreviver. Foi nessa tentativa de buscar novos modelos de serviço e atendimento que o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Junta Comercial, Industrial e Serviços (Jucis-DF), registrou um dado importante: mesmo na crise, o número de empresas abertas no DF foi mais de três vezes maior do que o de estabelecimentos fechados.

Ao longo do ano passado, 62.064 empresas foram registradas no Distrito Federal, enquanto apenas 20.063 oficializaram o encerramento das atividades. Os setores que mais abriram foram o comércio varejista de vestuário e acessórios, a promoção de vendas e, principalmente, o fornecimento de alimentos para consumo em casa. O comércio de roupas e os restaurantes e similares, por sua vez, não resistiram e apresentaram baixas.

62.064novas empresas se registraram no ano passado, contra 20.063 que encerraram atividades

Atento às medidas de prevenção contra o contágio do novo coronavírus, à geração de empregos e à sobrevivência do comércio, o GDF criou incentivos, com abertura de linhas de crédito junto ao Banco de Brasília (BRB), e proporcionou uma segurança jurídica para que as empresas se mantivessem de pé, evitando demissões e estimulando contratações.

Mais MEIs

Presidente da Junta Comercial do DF, Walid Sariedine avalia que, num primeiro momento, com as medidas de restrição ao funcionamento do comércio em Brasília, a reação foi de fechamento de negócios e demissões. Essas pessoas que ficaram sem emprego, porém, precisaram se reinventar para manter o sustento em meio à crise, o que fez com que novos negócios, principalmente de microempreendedores individuais (MEIs), surgissem.

“Nichos como o de e-commerce, com vendas on-line, e de delivery, com o fornecimento de alimentos para entrega, cresceram, inclusive sendo executados por quem já os fazia como empregado – e passou a ser o próprio patrão”, aponta.

O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do DF, Marco Aurélio Gomes de Sá, percebeu entre seus clientes um crescimento de novas empresas no ramo de prestação de serviços, como advocacia, arquitetura e tecnologia. Quem se reinventou, analisa ele, conseguiu minimizar o impacto da crise. “Percebemos o despertar das pessoas em se adaptar e fazer algo melhor para gerar renda e movimentar a economia”, destaca.

AGÊNCIA BRASÍLIA

Secretaria de Saúde desmente suspensão de vacinas

 


Pasta informa que, ao contrário do propagado por fake news, imunização segue normal no DF

A Secretaria de Saúde (SES) informa que é fake news a suposta suspensão da vacinação no Distrito Federal. A pasta não suspendeu a vacinação. Pelo contrário: nesta sexta-feira, (22) a Atenção Primária iniciou o processo de imunização nos profissionais da rede privada. Todas as superintendências estão elaborando listas de pessoas vacinadas para atender solicitação do secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Em três dias, já foram vacinadas 11.203 pessoas.

Com informações da SES


AGÊNCIA BRASÍLIA

Ex-jogador do Flamengo visita o COP de Ceilândia

 22/1/21  11:42


Léo Moura foi conhecer as instalações do local, fechado por causa da pandemia de Covid-19

O atleta (segundo a partir da esquerda) é ligado a projetos sociais que incentivam práticas esportivas | Foto: Divulgação

O Centro Olímpico e Paralímpico (COP) Parque da Vaquejada, em Ceilândia, recebeu uma visita ilustre nesta quinta-feira (21). O jogador Léo Moura conheceu as instalações do local acompanhado pela secretária interina de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira. Além do campo de futebol e da quadra poliesportiva, o atleta também passeou pelo espaço de convivência e lazer do local.

“É com muito orgulho que apresentamos a este grande atleta brasileiro as nossas instalações”, declarou a secretária interina durante a visita. “Além do incentivo à prática esportiva, Léo Moura é um atleta ligado a projetos sociais e à importância do esporte na vida das crianças.”

Fechado devido à pandemia, o COP tem cerca de 3mil alunos matriculados em 25 atividades esportivas. Além disso, o local costumava receber mais de 5 mil pessoas aos finais de semana para diversas atividades, como a capoterapia e atividade física orientada.

Oportunidade

“É um prazer conhecer esta estrutura e ver que o Distrito Federal dá oportunidade à população de conhecer e praticar um esporte”, destacou Léo. “Nosso país precisa ter inciativas e projetos para ligar as nossas crianças ao esporte.”

Além da capoterapia, o COP oferece atletismo, bocha, estimulação básica, estimulação global-I, estimulação global-II, natação, programa de inclusão, projeto esportivo, atividade física orientada, atletismo, basquetebol, capoeira, karatê, desenvolvimento motor, futebol de areia, futebol society, futsal, ginástica rítmica, hidroginástica, jiu-jítsu, natação, pilates, tênis e voleibol.

Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL)

AGÊNCIA BRASÍLIA

Garantidos ônibus extras para o segundo dia do Enem

 


Mais coletivos testão confirmados nas linhas que passam pelos locais de prova

Está mantido o reforço na frota das linhas que atendem os locais onde serão aplicadas as provas no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O transporte público coletivo do DF vai operar, neste domingo (24), com a atenção voltada à movimentação dos estudantes.

Assim como ocorreu na semana anterior, os ônibus extras vão reforçar as linhas que passam pelos locais de provas, com início da circulação duas horas antes do horário de abertura dos portões e 90 minutos antes do prazo previsto para o término do exame.

O início da operação será no intervalo compreendido entre as 9h30 e as 12h, para que os candidatos cheguem em tempo hábil de fazer as provas. A partir das 17h, as linhas voltam a operar com reforço, conforme a demanda, para contemplar o retorno dos estudantes.

Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob)


AGÊNCIA BRASÍLIA