quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Corinthians passa fácil por Sport e sobe para oitava posição

 


Timão dominou partida e derrotou Leão da Ilha por 3 a 0

Publicado em 21/01/2021 - 23:13 Por Maurício Costa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Sem muita dificuldade, o Corinthians venceu o Sport por 3 a 0 nesta quinta-feira (21), na Neo Química Arena, chegou a 45 pontos e assumiu a oitava posição no Campeonato Brasileiro. O Leão da Ilha sofreu a quarta derrota consecutiva e ocupa a 16ª colocação, com 32 pontos, mesma pontuação do Vasco, que abre a zona do rebaixamento.

O jogo

O primeiro tempo foi marcado pelo domínio do Corinthians, enquanto o Sport tentava surpreender em contra-ataques. O Timão chegou logo aos dois minutos, Bruno Méndez cabeceou fraco após cruzamento de Mosquito. Aos 20 minutos, o árbitro Anderson Daronco marcou recuo de bola de Maidana para o goleiro Luan Polli. Apesar da reclamação do Sport, a falta foi confirmada. Na cobrança, Camacho acertou a barreira.

A melhor oportunidade do Leão da Ilha foi aos 23 minutos. Thiago Neves lançou Dalberto, que ficou cara a cara com Cássio, mas finalizou para fora. A arbitragem assinalou impedimento duvidoso. O Corinthians respondeu em um erro de Raul Prata. O lateral-direito escorregou e Gustavo Mosquito recuperou a bola. Ele entrou na área e, de frente para Luan Polli, bateu fraquinho, praticamente recuando para o goleiro.

Na segunda oportunidade, Gustavo Mosquito não desperdiçou. Mateus Vital fez a jogada pelo meio e passou para Cazares. O equatoriano encontrou o camisa 19, que tocou na saída do goleiro para abrir o placar. No fim da primeira etapa, Camacho arriscou chute de fora da área, obrigando Luan Polli a fazer grande defesa.

O segundo tempo começou com gol do Corinthians. Com um minuto de jogo, Mateus Vital se esticou todo para evitar um lateral, a bola sobrou para Maidana. O jogador do Sport errou, e Mateus Vital recuperou a bola. O camisa 22 avançou e chutou colocado, de perna direita, no canto esquerdo de Luan Polli. Foi o terceiro gol nos últimos quatro jogos do meio-campista, o quarto dele na temporada.

O Sport respondeu aos sete minutos, com Patrick. Ele arriscou de longe, soltando uma bomba, mas Cássio espalmou. No minuto seguinte, Thiago Neves também finalizou de fora da área, só que mandou para fora.

O Timão desperdiçou a oportunidade de fazer o terceiro, novamente com Mateus Vital, aos 18 minutos. Cazares recebeu de Fágner e passou para o camisa 22. Ele bateu de primeira, obrigando Luan Polli a fazer grande defesa.

A melhor chance do Leão da Ilha veio aos 28 minutos. Depois de saída errada do Corinthians, Bruninho recebeu pela esquerda e chutou forte para Cássio salvar. Como a bola do Sport não entrou, o Corinthians marcou o terceiro. Aos 34 minutos, Fágner encontrou Jô na área. O atacante bateu de primeira e Luan Polli rebateu. Na sobra, Jô concluiu para ampliar a vantagem e fechar o placar.

Na próxima rodada, o Sport recebe o Bahia, domingo (24), às 18h15, na Ilha do Retiro. O Corinthians pega o Bragantino, na segunda-feira (25), às 20h, na Neo Química Arena.

Veja a classificação da Série A do Brasileiro.

Edição: Fábio Lisboa



Por Maurício Costa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Flamengo vence Palmeiras e segue na luta pelo título

 


Rubro-Negro se impõe em campo e derrota adversário direto por 2 a 0

Publicado em 21/01/2021 - 21:53 Por Maurício Costa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

No duelo para saber quem ia perseguir Internacional e São Paulo na disputa do título, deu Flamengo. O Rubro-negro derrotou o Palmeiras por 2 a 0 nesta quinta-feira (21), no estádio Mané Garrincha, chegou à terceira posição, com 55 pontos, e depende apenas dos seus resultados para conquistar o Campeonato Brasileiro. O Verdão permanece na quinta colocação, com 51 pontos e se distanciou da liderança.

O jogo

A primeira chegada foi do Palmeiras. Aos três minutos, Viña recebeu pela esquerda nas costas de Isla, avançou e passou para William, que, dentro da pequena área, perdeu grande chance e chutou para fora. O Flamengo respondeu dois minutos depois com um belo lance de Arrascaeta. Isla tentou lançamento na área, a bola desviou na zaga e sobrou para o uruguaio, que emendou uma bicicleta. O goleiro Weverton fez grande defesa e salvou o Verdão.

Depois dos sustos, o Rubro-negro passou a dominar a partida, mas perdia muitas chances. Aos 11 minutos, Gabigol entrou sozinho na área, mas tentou o passe quando a melhor opção era o chute. Dois minutos depois, o camisa 9 aproveitou sobra na entrada da área e finalizou por cima do gol. Quem também desperdiçou oportunidade foi Everton Ribeiro, aos 28 minutos, que disparou da entrada da grande área, mas a bola passou à esquerda de Weverton.

O Palmeiras só respondeu aos 39 minutos, em contra-ataque com Danilo, mas a finalização não levou perigo. No fim da primeira etapa, o Flamengo chegou ao gol. O Rubro-negro pressionou a saída de bola e Everton Ribeiro subiu pela esquerda. A zaga tentou cortar e a bola sobrou para Bruno Henrique. O camisa 27 tocou para Arrascaeta, que deu um leve toque. A bola passou entre as pernas de Weverton. Na tentativa de afastar, Kuscevic chutou em cima de Luan, que mesmo “sem querer”, fez gol contra.

Precisando empatar, o Palmeiras partiu para cima no início do segundo tempo. Aos nove minutos, Raphael Veiga fez bela jogada pela esquerda e cruzou. A bola sobrou para Gabriel Menino, que, sozinho, na marca do pênalti, chutou de perna direita para fora, perdendo a melhor oportunidade do Verdão no jogo.

O Flamengo respondeu aos 11 minutos. Gabigol recebeu lançamento e chutou cruzado para grande defesa de Weverton. A arbitragem marcou impedimento, que não existiu. O Rubro-negro quase ampliou aos 27 minutos. Cobrança de falta pela esquerda e Gustavo Henrique apareceu sem marcação dentro da área para cabecear, mas acabou mandando para fora.

Mesmo atrás no placar, o Palmeiras não assustava o goleiro Hugo Souza. Na defesa, errava muito e cedia oportunidade ao Flamengo. Aos 35 minutos, Gustavo Scarpa saiu jogando errado e entregou para Bruno Henrique. Ele arriscou e Weverton salvou. Na cobrança de escanteio, o time carioca definiu a vitória. Cabeçada de Gustavo Henrique, a bola tocou em Pedro e sobrou para Pepê fuzilar o gol do Verdão.

Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Athletico-PR domingo (24), às 16h, na Arena da Baixada. No mesmo dia, também às 16h, o Palmeiras pega o Ceará, no Castelão.

Veja a classificação da Série A do Brasileiro.

Edição: Fábio Lisboa



Por Maurício Costa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Monitor do PIB aponta alta de 1,1% na atividade econômica em novembro

 


Números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV

Publicado em 21/01/2021 - 12:26 Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A atividade econômica teve alta de 1,1% em novembro, em relação a outubro. É o que mostra o Monitor do PIB-FGV, divulgado hoje (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). No trimestre móvel que terminou em novembro, se comparado ao trimestre móvel concluído em agosto, o avanço ficou em 4,4%. 

Já na comparação interanual, o movimento foi diferente e a economia apresentou queda de 0,6% em novembro. Apesar de ainda estar em retração, esse percentual significou a menor queda desde o início da pandemia, na comparação com o mesmo mês de 2019. No trimestre móvel encerrado em novembro a queda foi de 1,7%. No acumulado do ano até novembro, o PIB (Produto Interno Bruto - a soma de todas as riquezas produzidas no país)  em valores correntes ficou em aproximadamente R$ 6 trilhões 766 bilhões 288 milhões.

Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Cláudio Considera, o crescimento de 1,1% da economia em novembro em relação a outubro reflete a expansão registrada nas três grandes atividades econômicas: agropecuária, indústria e serviços. 

Já pela demanda, o consumo das famílias recuou no mês, em grande parte, por causa da influência do fraco desempenho do consumo de serviços ainda impactado pelo isolamento social. Mas, segundo o economista, houve compensações e a economia apresenta sinais de retomada, embora ainda em ritmo lento.

“Em contrapartida, a formação bruta de capital fixo ajudou a compensar essa queda, crescendo 1,2%, mostrando recuperação dos investimentos. Embora ainda esteja em patamar muito abaixo do nível pré-pandemia, a economia dá sinais de retomada, ainda que lenta, no que parece ser a volta a seu antigo normal de crescimento fraco e instável”, observou.

Consumo das famílias

O Monitor do PIB-FGV indicou que o consumo das famílias caiu 3,0% no trimestre móvel de setembro a novembro, em relação ao mesmo período de 2019. De acordo com o Ibre, embora ainda com variações menos negativas, o consumo segue com tendência ascendente, desde a histórica queda de 12,2% no segundo trimestre. 

Na avaliação do Monitor, essa trajetória menos negativa, na maior parte, é resultado do desempenho do consumo de bens, uma vez que o consumo de serviços tem registrado recuperação mais lenta. Esse tipo de consumo também tem apresentado taxas menos negativas desde o resultado do segundo trimestre.

Já na análise mensal de novembro de 2020 com o mesmo mês em 2019, o consumo de serviços também registrou recuo entre os componentes do consumo. Segundo o Ibre, isso ocorreu, principalmente, por causa das retrações do consumo de alojamento, alimentação e demais serviços prestados às famílias, que dependem de interação social, dificultada pela pandemia. 

Conforme o Monitor, o destaque entre os bens, têm relação direta com o desempenho positivo dos produtos duráveis, que cresceram 8,9% em novembro. Esses produtos são menos dificultados pelo isolamento social, e podem ser comprados por meio do comércio eletrônico.

Formação bruta de capital fixo

Após sete quedas consecutivas, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a crescer e apresentou avanço de 1,0% no trimestre móvel concluído em novembro, se comparado ao mesmo trimestre de 2019. O crescimento, de acordo com o Ibre, é decorrente do desempenho positivo de máquinas e equipamentos (3,4%) e da construção (0,6%).

Exportação

Ainda segundo o Monitor do PIB-FGV, a exportação de bens e serviços recuou 6,5% no trimestre móvel entre setembro e novembro, em relação ao mesmo trimestre de 2019. A avaliação indicou que houve retração em praticamente todos os componentes nesta comparação. 

As exceções foi a exportação de bens de consumo, que aumentou 17,6%, impulsionada pela elevação de 21% na exportação de bens de consumo não duráveis e de consumos duráveis que cresceram 9,4%, no trimestre. A exportação de produtos da extrativa mineral também apresentou desempenho positivo no trimestre (3,3%).

O volume total exportado de bens e serviços teve queda de 2,9%. Poderia ter sido maior se não tivessem ocorrido crescimentos em três segmentos: bens de consumo (17,3%), produtos da extrativa mineral (13,0%) e bens intermediários (2,5%). O Monitor indicou que a maior queda ocorreu na exportação de produtos agropecuários (27,8%), seguida dos recuos de 24,2% em bens de capital e de 21,5% na exportação de serviços.

Importação

Houve retração também na importação (14,4%) no trimestre móvel de setembro a novembro, na comparação com o mesmo trimestre de 2019. Embora muito negativa, o percentual representa uma melhora em relação ao desempenho anterior. A importação de produtos agropecuários (6,7%) foi o único componente com crescimento. A maior parte dessa retração pode ser explicada pelas quedas acentuadas de bens de capital (-26,4%), bens intermediários (-6,2%) e dos serviços (-30,2%).

O Monitor mostrou, ainda, que, em novembro, a maior parte dos segmentos da importação apresentou expansão. Os únicos em queda foram os segmentos de extrativa mineral e de serviços, que seguem com recuos expressivos desde abril, com taxa de -20,0% em novembro.

Ainda conforme a pesquisa, todas as atividades econômicas foram impactadas de alguma forma pela chegada da pandemia no Brasil, o que provocou a necessidade de adoção de medidas de isolamento social. A análise apontou que, entre as principais atividades econômicas diretamente atingidas pela covid-19, figura a saúde pública e privada. 

As duas atividades representavam, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,3% do PIB em 2018, sendo a saúde pública responsável por 1,9 ponto percentual (p.p.) e a saúde privada pelos outros 2,4 p.p.

O que é Monitor do PIB-FGV

A pesquisa estima mensalmente o PIB brasileiro em volume, em valor corrente e em valor constante a preços de 1995. Ele foi criado para dar à sociedade um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE.

A série começou em 2000 e inclui todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE até o último ano de divulgação e as informações das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE (CNT), até o último trimestre divulgado.

Ouça na Radioagência Nacional:

 

Edição: Kleber Sampaio


Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Emprego cresce na indústria em um movimento atípico para dezembro

 


A informação foi divulgada hoje pela CNI

Publicado em 21/01/2021 - 12:27 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A pesquisa Sondagem Industrial mostra que, pela primeira vez em dez anos, houve aumento de emprego no mês de dezembro. De acordo com o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (21), o índice de evolução do número de empregados ficou em 50,5 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, demonstrando crescimento do emprego.

A atividade industrial encerrou o ano relativamente forte, embora os sinais de desaceleração já possam ser percebidos. Segundo a pesquisa, produção industrial caiu em dezembro de 2020, quebrando uma sequência de seis meses consecutivos de crescimento.

O índice de evolução da produção ficou em 46,8 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, ou seja, reflete queda da produção na comparação com o mês anterior. Os estoques continuam abaixo do planejado e, segundo a CNI, o problema de escassez de insumos, que já havia ganho importância inédita no terceiro trimestre do ano passado, preocupou ainda mais os empresários.

Por outro lado, a utilização da capacidade instalada é a maior desde 2013 para o mês, as expectativas seguem otimistas e a intenção de investimento aumentou. Todos os índices de expectativas estão acima da linha divisória de 50 pontos. “Isso indica que os empresários seguem com expectativa de crescimento nos próximos seis meses da demanda, da quantidade exportada, do número de empregados e da compra de matérias-primas”, explicou a CNI, em comunicado.

A Sondagem Industrial é uma pesquisa de opinião empresarial, mensal, que apresenta a tendência da atividade industrial e as expectativas dos empresários. É elaborada em parceria com 25 federações de indústria e gera resultados por porte de empresa, regiões geográficas e setores de atividades das indústrias extrativa e de transformação.

Para esta edição, foram entrevistadas 1.887 empresas, sendo 741 de pequeno porte, 669 de médio porte e 477 grandes empresas, entre 4 e 15 de janeiro. A pesquisa Sondagem Industrial completa está disponível na página da CNI.

Edição: Valéria Aguiar



Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Dólar fecha a R$ 5,36 em dia de bastante volatilidade

 


Bolsa teve terceira sessão seguida de queda

Publicado em 21/01/2021 - 19:22 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Num dia de bastante volatilidade, o dólar reverteu o otimismo registrado pela manhã e aproximou-se de R$ 5,40 durante a tarde, antes de desacelerar perto do fim da sessão. A bolsa de valores emendou a terceira sessão seguida de queda, depois de operar em leve alta na abertura dos negócios.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (21) vendido a R$ 5,364, com alta de R$ 0,052 (+0,99%). Pela manhã, a divisa chegou a cair 1,5%, para R$ 5,23, mas a cotação reverteu a tendência perto das 12h, até fechar próxima da máxima do dia.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela turbulência. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 118.329 pontos, com recuo de 1,1%. O indicador afastou-se do nível recorde de 125 mil pontos registrado no último dia 8.

A volatilidade no mercado financeiro intensificou-se após declarações do candidato à presidência do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) de que a eventual reinstituição do auxílio emergencial será discutida na primeira semana da nova legislatura do Congresso. Mais tarde, ele afirmou que o tema será debatido com respeito às regras fiscais e ao teto federal de gastos.

Uma eventual extensão do auxílio emergencial sem a compensação por outras fontes de recursos aumentaria os gastos públicos. Isso eleva a pressão sobre o mercado financeiro, que pede a continuidade das reformas estruturais, como a administrativa e a tributária.

* Com informações da Reuters

Edição: Aline Leal



Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Pedidos de recuperação judicial caíram 15% em 2020

 


Dados foram divulgados hoje pela Serasa Experian

Publicado em 21/01/2021 - 17:38 Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A quantidade de pedidos de recuperação judicial no país em 2020 totalizou 1.179 no período de janeiro a dezembro. O montante é 15% menor que o total registrado no mesmo período do ano anterior. Os dados, divulgados hoje (21), são da Serasa Experian.

De acordo com a entidade, a expectativa do aumento do número de pedidos de recuperação judicial em 2020 não se concretizou. “Com a facilitação de prazos feita pelos credores, os juros mais baixos e as novas linhas de crédito disponibilizadas, os donos de negócios recorreram menos à recuperação judicial, que já é naturalmente o último recurso das empresas com dificuldades financeiras”, destacou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Segundo a entidade, muitos empresários optaram por aguardar a resolução da nova Lei de Falências, sancionada pelo governo federal no final de dezembro, que permite, por exemplo, que as empresas façam financiamentos durante a recuperação judicial. 

Entre os segmentos, o que apresentou maior quantidade de pedidos em 2020 foi Serviço, com 589 solicitações e queda de 1,5% em relação a 2019. O setor do Comércio fez 278 requisições (queda de 20,3% em relação à 2019), seguido pela Indústria, com 203 pedidos (-25%); e o Setor Primário, com 109 solicitações (-35,5%).

Por porte, as micro e pequenas empresas foram as que registraram o maior volume de requerimentos (752) em 2020, seguidas pelas médias (282) e grandes (145).

Edição: Maria Claudia


Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Brumadinho: Minas Gerais rejeita valor de reparação proposto pela Vale

 


Rompimento de barragem completa dois anos na segunda

Publicado em 21/01/2021 - 21:45 Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Mais uma audiência para negociação do principal acordo de reparação da tragédia de Brumadinho (MG) terminou sem consenso. O governo mineiro rejeitou hoje (21) os valores propostos pela mineradora Vale, responsável pelo rompimento da barragem que causou impactos socioambientais em diversos municípios do estado. Após o episódio, que completará dois anos na próxima segunda-feira (25), 259 corpos foram resgatados e 11 pessoas permanecem desaparecidas.

De acordo com o secretário-geral do governo mineiro, Mateus Simões, não haverá mais audiências. A Vale terá até dia 29 de janeiro para apresentar uma proposta que atenda às expectativas do executivo estadual. Do contrário, o processo que julga a tragédia retomará sua tramitação normal na primeira instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e caberá ao juiz Elton Pupo Nogueira sentenciar os termos da reparação.

"Não vamos nos lançar num leilão para definir o valor desse acordo. Os projetos que foram apresentados somam um valor que é o mínimo necessário para garantir a recomposição dos danos gravíssimos que foram causados. Discutir os valores como se estivéssemos dando lances não será aceito pelo estado", disse Mateus Simões.

O secretário-geral também disse se incomodar com o tom usando pelos representantes da Vale. "Soa como se ela estivesse dando um presente a Minas Gerais", disse. "Que ela entenda que esse acordo será celebrado como o maior acordo da história do Brasil ou a condenação virá como a maior condenação da história do Brasil. Cabe à empresa decidir se ela quer passar para a história como aquela que, reconhecendo o que fez, resolveu reparar os danos ou que, não reconhecendo o que fez, irá esperar ser condenada".

Além de representantes da empresa e do governo de Minas Gerais, as negociações envolvem o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública do estado. Ontem (20), o procurador-geral da República, Augusto Aras, também esteve em Belo Horizonte para discutir o tema e se reuniu o governador Romeu Zema e com representantes das instituições de Justiça envolvidas nas tratativas.

O MPMG divulgou nota dizendo que as negociações estão encerradas. "As instituições não podem abrir mão de que a Vale faça o ressarcimento completo de todo o dano resultante da tragédia, ou seja, reparação integral do meio ambiente, ressarcimento ao Estado e atendimento aos atingidos", diz o texto.

Vale

Por sua vez, a Vale afirmou ter confiança no Poder Judiciário. Em nota, a empresa disse que já desembolsou R$ 10 bilhões no processo de reparação e que vem prestando assistência aos atingidos por meio de ações diretas nas regiões e de acordos individuais.

"A Vale reconhece, desde o dia do rompimento, sua responsabilidade pela reparação integral dos danos causados. Embora as partes não tenham chegado a consenso, a divergência concentra-se em aspectos relacionados a valores a serem pagos e à sua destinação. A Vale continuará a cumprir integralmente sua obrigação de reparar e indenizar as pessoas, bem como de promover a reparação do meio ambiente, independentemente de haver condenação ou acordo", acrescenta o texto.

As negociações vinham se arrastando em diversas audiências dentro de uma ação civil pública onde o MPMG pedia inicialmente uma indenização de R$ 54 bilhões. Desse montante, R$ 28 bilhões seria para cobrir danos morais sociais e coletivos. Os R$ 26 bilhões restantes se referiam às perdas econômicas conforme apontou um estudo da Fundação João Pinheiro, instituição de pesquisa e ensino vinculada ao estado de Minas Gerais.

O valor da última contra-proposta da mineradora não foi revelado. No início das tratativas, ela ofereceu R$ 21 bilhões. Além dos valores, outro ponto-chave das negociações era a governança dos projetos de reparação. Um consenso em torno dessa questão foi alcançado em audiência realizada no fim do ano passado.

Sepulturas no cemitério do Parque das Rosas em Brumadinho para enterrar vítimas da barragem da mineradora Vale.
Sepulturas no cemitério do Parque das Rosas em Brumadinho para enterrar vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale - Adriano Machado/Reuters/Direitos reservados

Atingidos

Os atingidos vinham criticando o processo de negociação do acordo. Eles realizaram diversas manifestações na porta do TJMG nos dias agendados para as audiências. A principal crítica dizia respeito à falta de transparência. Como as negociações vinham se dando sob o princípio da confidencialidade, apenas os participantes das tratativas tiveram conhecimento dos detalhes. Não foram tornados públicos os projetos que estavam em discussão.

As três organizações que foram escolhidas pelos próprios atingidos da tragédia de Brumadinho para assessorá-los - a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), o Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab) e o Instituto Guaicuy - chegaram a publicar um documento pleiteando que todos os termos do acordo sejam tornados públicos. Também cobravam a criação de espaços abertos para discuti-lo.

No início do mês, a Aedas também apresentou uma lista com 220 medidas prioritárias para a reparação dos danos. O levantamento foi feito após um processo que teve a participação de 4.067 atingidos. A matriz emergencial de medidas reparatórias, como foi chamado o documento, divide as demandas em oito categorias: comunicação e acesso à informação; água; moradia; infraestrutura e serviços públicos; trabalho; mulheres, crianças e adolescentes; meio ambiente; e danos morais e materiais.

A Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão (Avabrum), entidade criada pelos familiares dos mortos na tragédia, avalia que o acordo vinha sendo negociado num momento em que se nota uma redução dos esforços para encontrar os desparecidos. "Tem 11 pessoas para serem encontradas. Essa deveria ser a prioridade. As famílias estão se sentindo desamparadas. Enquanto um acordo bilionário é negociado, os investimentos nas buscas são reduzidos. Famílias estão desesperadas para ter o encontro dos seus", disse Josiane Melo, presidente da entidade.

Edição: Fábio Massalli


Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Perda de florestas mais velhas reduz diversidade da Mata Atlântica

 


Estudo mostra que rejuvenescimento compromete sobrevivência espécies

Publicado em 21/01/2021 - 21:49 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Pesquisadores brasileiros alertam que a redução contínua da cobertura florestal nativa mais antiga da Mata Atlântica compromete a conservação da sua biodiversidade, a sobrevivência de espécies e o fornecimento de serviços ecossistêmicos – benefícios providos pela natureza – no bioma.

Liderado por Marcos Rosa, doutorando na área de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador técnico do MapBiomas, o estudo aponta que há uma estabilidade relativa na cobertura florestal nativa do bioma nos últimos 20 anos, já que florestas maduras continuam sendo desmatadas mas estão sendo substituídas por florestas jovens, em recuperação. No entanto, esse processo de rejuvenescimento pode trazer danos para a conservação do bioma.

“Foi demonstrada a recuperação de florestas jovens, que são essenciais para aumentar a cobertura florestal e criar corredores entre fragmentos isolados, principalmente em Áreas de Preservação Permanente ao longo dos rios. Mas o estudo também comprova o desmatamento contínuo das florestas nativas mais antigas, com maior biodiversidade e carbono estocado, principalmente para ampliação da agricultura e plantio de florestas exóticas”, disse Rosa. 

Embora, desde 2005, o ganho de floresta natural seja superior ao desmatamento, a avaliação dos pesquisadores é que a perda de floresta madura, mesmo em queda, ainda tem valores alarmantes. Para Rosa, é necessário não apenas ampliar as ações de restauração da floresta nativa, mas buscar o desmatamento zero e manter os instrumentos e iniciativas de proteção dos remanescentes florestais. 

artigo com os resultados do estudo, publicado nesta quarta-feira (20) na revista Science Advances, diz que “florestas antigas são insubstituíveis para a conservação da biodiversidade tropical, já que muitas espécies de animais, plantas e microorganismos são incapazes de recolonizar florestas secundárias e dependem de habitats mais antigos, menos alterados, estruturalmente mais desenvolvidos e biodiversos para persistir em paisagens modificadas pelo homem”.

“Trocar floresta madura por florestas jovens é um risco para a biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas. A recuperação florestal tem que acontecer, especialmente em biomas extremamente desmatados e fragmentados como a Mata Atlântica. Mas essa recuperação florestal tem que vir atrelada à manutenção das florestas maduras. Ou seja, nem sempre a transição florestal, ganho líquido de floresta, é um sinal de melhoria da qualidade ambiental”, afirmou Renato Crouzeilles, diretor do Instituto Internacional para Sustentabilidade na Austrália e um dos autores do artigo. 

O ecólogo Jean Paul Metzger, do departamento de Ecologia da USP, que também assina o artigo, afirmou que a estabilidade na cobertura de Mata Atlântica passa a falsa impressão de que o desmatamento está controlado. “Infelizmente, não está. A análise separada das taxas de desmatamento e de regeneração mostra que o desmatamento no bioma ainda é significativo e afeta matas maduras, que são as matas mais importantes para conservação da biodiversidade e para a regulação climática e hídrica”, disse. 

De acordo com o estudo, embora a riqueza de espécies de árvores de florestas em regeneração jovem tenha a possibilidade de chegar a quase 80% dos níveis das florestas antigas em 20 anos, a recuperação total da composição de espécies de árvores pode demorar séculos ou nunca ser alcançada. Na publicação, os autores concluem que a destruição contínua de florestas nativas – tanto as mais jovens e especialmente as mais velhas – faz com que a extinção de espécies seja uma questão de tempo.

Assista na TV Brasil:

 

Edição: Aline Leal



Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Norma de pesagem é revisada e caminhoneiro pagará menos, diz ministro

 


Segundo ele, peso por eixo será substituído e tolerância, ampliada

Publicado em 21/01/2021 - 21:37 Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta quinta-feira (21) que o governo está finalizando a revisão da norma de pesagem para caminhões, com uma nova metodologia. Uma das mudanças é a substituição do cálculo de peso por eixo por peso bruto, válido para algumas categorias. A norma também deve ampliar a tolerância de peso das cargas. O objetivo, segundo ele, é baratear os custos do transporte rodoviário de carga. 

"Estamos revisando a norma de pesagem, pra ela onerar menos o caminhoneiro, pra gente ter menos multa em função disso e ser mais fácil. Então, acabando com o peso por eixo em veículos até 50 toneladas, aumentando a tolerância nos veículos que vão carregar mais. Em breve, essa norma vai estar publicada", afirmou durante a live semanal do presidente Jair Bolsonaro, transmitida nas redes sociais.

Freitas também comentou a decisão do governo federal de eliminar a tarifa de importação de pneus para o transporte de cargas. A medida foi definida nesta quarta-feira (20) pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

"A partir do momento que a gente subtrai essa taxa, a gente tem mais pneus importados, que vão competir e a tendência é forçar uma redução de preço. A gente quer diminuir o custo do transporte".

Tarcísio Freitas também prometeu lançar "em breve" documento de transporte eletrônico para caminhoneiros. A ideia é condensar, em um único documento eletrônico, cerca de 15 a 20 outros atualmente exigidos pela legislação para motoristas de carga.

Tabela do frete

Durante a live, o ministro da Infraestrutura comentou sobre a tabela do frete no transporte de cargas e voltou a criticar a modalidade. Para Tarcísio Freitas, apesar de ter sido uma demanda dos próprios caminhoneiros, durante a greve de maio de 2018, o mecanismo se mostrou prejudicial. 

"Tabela de frete é uma coisa que, no final das contas, gerou uma insegurança jurídica no setor de transporte. As empresas, com medo da responsabilização, com medo de multas, acabaram adquirindo frotas e contratando frotistas. Então, a tabela afastou trabalho dos caminhoneiros. A percepção de uma grande parcela desses caminhoneiros hoje é que a tabela foi prejudicial". 

Concessão de rodovias

Outro assunto abordado por Tarcísio Freitas durante a live semanal do presidente foi o lançamento de novas licitações para a concessão de rodovias federais. O ministro reconheceu que boa parte das privatizações não surtiram o efeito desejado, com altas tarifas de pedágio e baixo retorno para os usuários. Ele prometeu uma nova modelagem nos contratos.  

"Não estamos satisfeitos com o pedágio. Por exemplo, nós tomamos uma decisão de relicitar todas as concessões da primeira etapa. A gente podia, presidente, ter tomado um caminho mais fácil, prorrogar os contratos. Só que eram contratos ruins, que têm tarifas altas e os usuários não percebem o investimento chegando. Então nós modelamos novos contratos, que são mais inteligentes, melhores pro investidor, que vão trazer realmente muito mais investimentos com menor tarifa", afirmou.

Freitas citou o exemplo da rodovia Presidente Dutra (BR-116), a mais movimentada do país, que liga as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Concedida à iniciativa privada nos anos 1990, o contrato vence em fevereiro deste ano e o trecho será novamente leiloado, com expectativa de redução de pedágio em até 35%.

De acordo com o ministro, esse novo contrato incluirá também a rodovia Rio-Santos (BR-101), que deverá ser duplicada entre a capital fluminense e Angra dos Reis. No caso da Dutra, estão previstos investimentos para implantar iluminação de led e ampliar para quatro faixas o trecho de subida e descida na Serra das Araras, considerado o mais perigoso na ligação entre as duas maiores cidades do país. 

Edição: Paula Laboissière



 Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília