quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

DF recebe programa de pré-incubação de ideias

 


Projeto é uma parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e a Finatec, com apoio da UnB e do IFB, que cederão os espaços

O ecossistema de inovação do Distrito Federal e entorno irá receber um novo programa de pré-incubação para ajudar futuras startups a desenvolver e colocar todas as suas ideias no papel. O projeto é fruto de uma parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), com apoio da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Federal de Brasília (IFB). O programa será sediado em quatro espaços de cocriação nestas instituições de ensino.

Esses espaços, chamados de Cocreation Lab, foram idealizados pelo professor de design Luiz Salomão Ribas Gomez, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e rapidamente ganharam adeptos no Sul graças ao modelo inovador e à metodologia híbrida utilizada. Por meio de editais, qualquer pessoa pode inscrever sua ideia e, sendo selecionada, participa gratuitamente de mentorias com profissionais do mercado, palestras e seminários. Há, ainda, a possibilidade de networking com outros cocreators, tudo ao longo de cinco meses. Em Santa Catarina, a iniciativa tem apoio de parceiros como o Sebrae, universidades, entidades empresariais, Governo do Estado e prefeituras. No total, há 19 espaços em atividade e cerca de 400 projetos em fase de ideação no País.

Foto/Divulgação
Os espaços, chamados de Cocreation Lab, foram idealizados pelo professor de design Luiz Salomão Ribas Gomez, da Universidade Federal de Santa Catarina, e ganharam adeptos no Sul graças ao modelo inovador e à metodologia híbrida utilizada | Foto/Divulgação

No DF, dois polos de Cocreation Lab estarão localizados na UnB – um no campus Darcy Ribeiro e outro no campus FGA. Outros dois ficarão nos campi do IFB – em Samambaia e São Sebastião. Espera-se que esses espaços mobilizem as pessoas do Distrito Federal e entorno, aproximando-as do ecossistema de inovação da região e impulsionando seu potencial em inovação e economia criativa. Na primeira etapa do projeto, prevista ainda para o início de 2021, professores das instituições de ensino superior e a comunidade empreendedora irão receber informações e treinamento sobre o programa. Só depois disso será iniciada a inscrição e seleção dos projetos. Todas as mentorias e trabalhos utilizam a metodologia TXM, um modelo híbrido que une encontros presenciais e plataforma digital.

Dados do Mapeamento da Economia Criativa no Brasil, levantamento feito pela Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan), indicam que o segmento movimentou R$ 171,5 bilhões em 2017, o equivalente a 2,61% do PIB brasileiro, e gerou 837 mil postos de trabalho em todo o País. Caracterizada por atividades em áreas tão distintas quanto a música, a moda, a propaganda, a tecnologia e a biotecnologia, a chamada “indústria criativa” garante salários médios de R$ 6,8 mil, patamar bastante superior aos R$ 2,7 mil médios do mercado de trabalho nacional.

No Distrito Federal, o setor responde por 3,1% do PIB local e gera empregos com remuneração média pouco superior a R$ 9 mil. No total, porém, há apenas 21 mil pessoas empregadas na indústria criativa do DF (1,7% do total), número bastante inferior ao registrado em São Paulo (328 mil), Rio de Janeiro (88,8 mil), Minas Gerais (72,4 mil) ou Santa Catarina (47,2 mil).

No DF, dois polos de Cocreation Lab estarão localizados na UnB – um no campus Darcy Ribeiro e outro no campus FGA. Outros dois ficarão nos campi do IFB – em Samambaia e São Sebastião. Espera-se que esses espaços mobilizem as pessoas do Distrito Federal e entorno, aproximando-as do ecossistema de inovação da região e impulsionando seu potencial em inovação e economia criativa

Inovação na pandemia

Vários negócios bem sucedidos saíram do Cocreation Lab. Um deles é a startup Agendaki, incubada na unidade de São José (SC), que criou um aplicativo para ajudar o varejo a controlar o fluxo de pessoas em tempos de pandemia. Em três meses, a ideia já foi testada e conseguiu investimento de uma grande empresa para escalar a solução.

O Cocreation Lab possui mais de 200 mentores, dentre eles os que formam o time principal e mentores especializados no campo de atuação da ideia pré-incubada, sendo eles professores, empresários, donos de startups e profissionais consolidados no mercado. Cada projeto recebe um mentor individual de acordo com o campo de atuação e necessidade para o desenvolvimento da ideia.

Foto: Divulgação
O Cocreation Lab é uma pré-incubadora que ajuda empreendedores a transformarem ideias em realidade. O programa oferece cinco meses de mentorias, palestras, workshops e networking, em encontros presenciais e pela plataforma da metodologia TXM Business | Foto: Divulgação

Sobre o Cocreation Lab

O Cocreation Lab é uma pré-incubadora que ajuda empreendedores a transformarem suas ideias em realidade. O programa oferece cinco meses de mentorias, palestras, workshops e networking, em encontros presenciais e também pela plataforma da metodologia exclusiva TXM Business, idealizada pelo professor de Design da UFSC e fundador do Cocreation Lab, Luiz Salomão Ribas Gomez.

A pré-incubadora está presente em 18 cidades catarinenses e, em 2020, mais de 370 projetos foram pré-incubados em formato híbrido só em Santa Catarina. Com a eficiência da metodologia, outras cidades e estados como São Paulo (capital), Minas Gerais, Espírito Santo e o Distrito Federal mostraram interesse em adotar a metodologia única do Cocreation Lab.

Desde a fundação, já passaram pelo Cocreation Lab várias startups de sucesso, entre elas a Smart Tour Brasil, iniciativa que visa a criação de rotas turísticas inteligentes com uso de tecnologia que conquistou o Prêmio Nacional do Turismo 2019 na categoria Inovação Tecnológica; o Guia Manezinho, que desenvolveu uma metodologia de “walking tour” diferenciada e foi vencedor no mesmo prêmio, na categoria Micro e Pequenos Empreendedores; e o Benvou, plataforma que permite agendar serviços de saúde física e mental por meio de um aplicativo.

 

*Com informações da FAP-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Mundial de Handebol: Brasil perde para Hungria por 29 a 23

 


Com Toledo lesionado, classificação depende de outros resultados

Publicado em 21/01/2021 - 17:03 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo

Na tarde desta quinta-feira (21), no horário de Brasília, a seleção brasileira perdeu para a Hungria por 29 a 23 na estreia da segunda fase do Campeonato Mundial de Handebol, disputado na cidade egipcia do Cairo. Com a derrota, a missão de chegar às quartas de final se tornou quase impossível. 

O lance que marcou a primeira etapa da partida foi a lesão do lateral direito José Toledo. Machucado no joelho esquerdo, ele precisou sair de quadra na maca. A situação do jogador preocupa já que a Seleção tem o Pré-Olímpico entre os dias 12 e 14 de março. O Brasil disputará uma das duas vagas com Noruega, Coreia do Sul e Chile.

Depois da lesão, o time verde e amarelo sentiu. A partir daí a Hungria abriu vantagem no placar, chegando a 16 a 11. Na metade final, a equipe ainda tentou uma reação e se aproximou no placar. A menor desvantagem foi de três gols, quando o placar apontava 20 a 17 para os europeus. Na sequência, os húngaros aumentaram o ritmo e fecharam o placar em 29 a 23. O lateral esquerdo Haniel Langaro foi o artilheiro do jogo, com oito gols.

O Brasil volta a quadra no sábado (23) contra a Alemanha, às 16h30. Na segunda-feira (25), a equipe enfrenta o Uruguai, às 11h30. Para avançar às quartas de final, a Seleção depende de duas vitórias e de uma extensa e improvável combinação de resultados. Pelo regulamento da competição, os resultados da primeira fase continuavam valendo nesta etapa. Depois de dois empates e duas derrotas, a equipe nacional avançou com um ponto e, depois da derrota desta quinta, só pode chegar a cinco. Hungria, Alemanha, Espanha e Polônia estão na frente para conquistar as duas vagas do grupo.

O Campeonato Mundial de handebol masculino segue até o 31 de janeiro de 2021. As 32 seleções foram divididas em oito grupos de quatro times na primeira fase. Os três melhores de cada uma avançaram. Na segunda fase, apenas dois melhores de cada chave seguem às quartas de final.

Edição: Gustavo Faria


Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo


Manaus goleia Ji-Paraná por 5 a 0 na estreia da Copa Verde

 


Vitória garante classificação para oitavas de final

Publicado em 21/01/2021 - 18:25 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Manaus teve uma estreia dos sonhos na Copa Verde, goleou o Ji-Paraná por 5 a 0 nesta quinta-feira (21) em partida realizada em Brasília, e garantiu vaga nas oitavas de final da competição, onde enfrenta o Atlético-AC na próxima segunda-feira (25).

A partida desta quinta foi válida pela primeira fase da competição, que é disputada em jogo único. As oitavas de final também acontecem em apenas um confronto.

Goleada no primeiro tempo

O Manaus não teve dificuldades na partida desta quinta, e abriu uma vantagem de 4 a 0 ainda no primeiro tempo. Com menos de um minuto de bola rolando, Diego Rosa abriu o marcador após receber passe de Edvan. Com sete minutos veio o segundo, em cobrança de falta do zagueiro Thiago Spice.

O terceiro veio, aos 25 minutos, em nova cobrança de falta, mas desta vez de Tiago Costa. O quarto saiu em jogada de contra-ataque aos 37 minutos. Diego Rosa partiu em velocidade e cruzou para Jackie Chan fazer de cabeça.

No segundo tempo, o Manaus diminui o ritmo, e marcou o quinto gol apenas aos 45 minutos, quando Alex recebeu livre na área e bateu na saída do goleiro adversário.

Veja a tabela da Copa Verde.

Edição: Fábio Lisboa


Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Portaria define atribuições de secretarias para Polos Agroindustriais

 


Edital para as empresas apresentarem projetos para instalação de suas agroindústrias no Polo do PAD-DF será publicado nos próximos dias

Foi publicada, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), desta quarta-feira (20), a Portaria Conjunta nº 01, de 15 de janeiro de 2021, assinada pelos secretários de Agricultura, Candido Teles; de Empreendedorismo, Mauro Roberto da Mata; e de Projetos Especiais, Roberto Andrade. O objetivo é definir as diretrizes e competências dos signatários desta Portaria Conjunta, quanto à operacionalização da implementação dos Polos Agroindustriais Rural do Rio Preto e do PAD-DF, que integram o Plano de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal – Pró-Rural/DFRide e outros polos que venham a ser concebidos.

O secretário de Agricultura, Candido Teles, ressaltou que os Polos Agroindustriais são uma demanda antiga e que o governo Ibaneis tem se esforçado muito e determinado à Secretaria de Agricultura que tirasse esse projeto do papel. “Nós estamos esperançosos com o edital que deve ser publicado nos próximos dias. Com o edital de chamamento público as empresas podem, enfim, se instalar no Distrito Federal e contar com os incentivos do pró-rural, que oferecem melhores condições para que o empresário faça aqui seus investimentos”, afirmou o secretário.

O secretário de Projetos Especiais, Roberto Andrade, ressaltou a importância do Grupo de Trabalho para dar continuidade à criação do Polo Agroindustrial do PAD-DF e do Rio Preto. “Foi dado um passo de extrema importância, haja vista que se abre a possibilidade de levarmos oportunidades de negócio por meio das Parcerias Público Privadas ao setor. Vamos viabilizar vários projetos que estavam parados com a participação da iniciativa privada e, principalmente, do agronegócio”, disse.

Edital

O edital para que as empresas possam apresentar seus projetos para instalação de suas agroindústrias no Polo do PAD-DF deve ser publicado nos próximos dias pela Secretaria de Estado de Empreendedorismo (Semp/DF).

O Polo do PAD-DF terá área total de 328,9536 hectares, incluindo 93,4527 hectares de Área de Proteção Permanente e 131,4160 hectares de Reserva Legal. A área útil total disponibilizada para implantação dos empreendimentos agroindustriais é de 89,3942 hectares, divididos em duas áreas distintas. A área 1, com 61,5342 hectares, destinada à instalação de 20 (vinte) unidades, com área mínima de 2 hectares, e a Área 2, que consiste de um lote único de 27,8 hectares.

*Com informações da Secretaria de Agricultura

AGÊNCIA BRASÍLIA

Estão abertas as inscrições para os cursos a distância na Egov

 


A adesão pode ser feita até o dia 7 de fevereiro pelo site da Escola de Governo. O início da capacitação será em 22 de fevereiro

Em 2020, mais de 16 mil servidores se inscreveram nos cursos oferecidos pela Egov, entre os meses de fevereiro e dezembro. Durante o ano, a Escola de Governo abriu 43 turmas de cursos presenciais e 170 turmas de cursos a distância | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

A Escola de Governo do Distrito Federal (Egov) está com inscrições abertas para a primeira turma de cursos de Educação a Distância (EaD) de 2021. As inscrições podem ser feitas até o dia 7 de fevereiro pelo site da Egov. O início da capacitação será em 22 de fevereiro. A Egov é um órgão vinculado à Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali) da Secretaria de Economia. A Escola de Governo é responsável pela capacitação dos servidores, empregados públicos e militares da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal, o que impacta na melhoria da qualidade dos serviços públicos do DF.

“A Egov elaborou a grade de cursos em EaD para atender às principais demandas do GDF. O ano de 2021 se inicia com a equipe focada em desenvolver novos cursos, buscar parcerias e suprir as necessidades de treinamento dos servidores”, detalha Juliana Tolentino, diretora-executiva da Egov.

A Escola de Governo é responsável pela capacitação dos servidores, empregados públicos e militares da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal, o que impacta na melhoria da qualidade dos serviços públicos do DF

Para a primeira turma de cursos autoinstrucionais, serão oferecidos 15 cursos para os servidores, entre eles: Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa; Atendimento ao público; Educação a Distância; Formação de formadores; Formação em ouvidoria; Metodologia de Análise e Solução de Problemas; Transparência, ética e controle social; Norma Regulamentadora 32 (NR 32); Ética – uma questão de escolha; e Gestão de processos.

Servidores

Em 2020, mais de 16 mil servidores se inscreveram nos cursos oferecidos pela Egov, entre os meses de fevereiro e dezembro. Durante o ano, a Escola de Governo abriu 43 turmas de cursos presenciais e 170 turmas de cursos a distância. Se comparado ao ano anterior, o número de turmas nos cursos de EaD mais que dobrou, passando de seis para 13.

Em 2021, a Egov buscará qualificar ainda mais os servidores do GDF. Para realizar as inscrições dos cursos de EaD da Escola de Governo, acesse o site.

 

*Com informações da Escola de Governo do Distrito Federal


AGÊNCIA BRASÍLIA

Pandemia e divergências adiaram reforma tributária para 2021

 


Da Redação | 21/01/2021, 17h47

Aclamada no início de 2020 como a prioridade do Congresso Nacional e do país, a reforma tributária acabou sendo adiada em razão da pandemia do novo coronavírus e também por divergências políticas que dificultaram o debate no Senado e na Câmara.

A alteração no sistema de cobrança de impostos começou a ser cogitada em janeiro de 2020. Antes mesmo do início do ano legislativo, o presidente Davi Alcolumbre defendia o diálogo entre o Palácio do Planalto e as duas Casas do Congresso. Otimista, ele acreditava na aprovação da matéria no primeiro semestre daquele ano.

— Não adianta termos uma proposta na Câmara e outra no Senado sem ter a participação efetiva do governo. A palavra é conciliação. Uma conciliação da Câmara, do Senado e do Poder Executivo para entregarmos para a sociedade brasileira uma proposta que faça com que os empreendedores e a população possam se ver contemplados em uma reforma que vai melhorar a vida das pessoas ­— afirmou.

Na mensagem enviada ao Congresso para a abertura dos trabalhos legislativos, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou a favor de uma reforma tributária. “A evolução das reformas proporcionará uma grande contribuição para o crescimento da produtividade da economia”, escreveu. Na ocasião, o Poder Executivo recomendava prioridade para duas propostas de emenda à Constituição em tramitação na Câmara e no Senado: a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019.

Apesar do aceno do Palácio do Planalto, senadores encararam com desconfiança a possibilidade de aprovação da reforma tributária ainda em 2020. Na primeira reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), parlamentares cobraram uma posição mais clara do Poder Executivo em relação ao tema. Para o senador Eduardo Braga (MDB-AM), o governo federal estava sendo “ausente no debate”.

— Em um tema em que os estados possuem interesses difusos, diversos, onde temos de mitigar a questão do pacto federativo, onde é necessário haver equilíbrio, o governo vai ficar ausente, não vai apresentar uma proposta que possa ser discutida com governadores, prefeitos, com o Conselho Nacional de Política Fazendária, com o Congresso Nacional? — questionou.

Mesmo sem uma proposta concreta do Poder Executivo, o primeiro ato conjunto dos presidentes do Senado e da Câmara em 2020 teve como meta acelerar o andamento da reforma. No dia 19 de fevereiro, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia criaram uma comissão mista que teria 45 dias para “consolidar o texto” da mudança constitucional. Formado por 25 senadores e 25 deputados, o colegiado deveria analisar as PECs 45/2019 e 110/2019, além de eventuais sugestões do Ministério da Economia.

A principal convergência entre as duas propostas é a extinção de tributos que incidem sobre bens e serviços. Eles seriam substituídos por um só imposto sobre valor agregado (veja quadro comparativo). A PEC 45/2019 extingue cinco tributos: três de competência da União (IPI, PIS e Cofins) e dois de estados e municípios (ICMS e ISS). Além desses, a PEC 110/2019 acaba com outros quatro impostos federais (IOF, salário-educação, Cide-combustíveis e Pasep).

A mudança traz algumas vantagens: simplicidade na cobrança (com o menor número possível de alíquotas e regimes especiais); incidência apenas sobre o consumo; e uniformidade em todo o país. Mas as semelhanças param por aí, e o desafio da comissão mista era harmonizar as divergências.

O colegiado foi instalado em março. O senador Roberto Rocha (PSDB-MA), relator da PEC 110/2019 no Senado, foi escolhido para presidir a comissão. A relatoria ficou com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da PEC 45/2019 na Câmara. O plano de trabalho previa a votação em apenas dois meses e o envio imediato da matéria para os Plenários da Câmara e do Senado.

No entanto, o calendário foi interrompido pela pandemia do novo coronavírus. A comissão mista realizou apenas uma audiência pública antes da explosão dos casos de covid-19. Os trabalhos foram suspensos no dia 20 de março e permaneceram parados por mais de quatro meses.

Chacoalhada

No início de julho, sem sinais de retomada da comissão mista, o presidente da Câmara resolveu movimentar as peças no tabuleiro. Rodrigo Maia anunciou que uma comissão especial formada apenas por deputados voltaria a discutir a PEC 45/2019. Ele defendia “a simplificação e a unificação dos impostos de consumo” para “a recuperação da confiança e a retomada do ambiente de negócios”.

A chacoalhada deu resultado. A primeira consequência foi externa: uma semana após o anúncio de Maia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou ao Congresso a primeira parte de uma proposta de reforma tributária do Poder Executivo. Mais tímido do que as PECs 45/2010 e 110/2019, o projeto de lei (PL) 3.887/2020 substituía o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) pela nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%.

A segunda consequência foi interna: ainda em julho, a comissão mista de senadores e deputados retomou o debate sobre a reforma tributária, com prazo final estendido até agosto. O ministro Paulo Guedes foi o primeiro convidado a participar das reuniões remotas. Ele negou que o governo federal pretendesse elevar a carga de impostos e afirmou que a intenção era acabar com o “manicômio tributário”.

— Não vamos aumentar impostos. O povo já paga imposto demais. De 18% do produto interno bruto, saltamos para 36% em alguns anos. Ou seja, acima da média dos países em desenvolvimento e sem contrapartida para a população. Nosso programa é simplificação e redução. A carga pode ser a mesma, mas vamos substituir e reduzir a quantidade de impostos — disse o ministro.

Para alguns senadores e deputados, no entanto, a proposta enviada pelo Poder Executivo pode provocar aumento da carga tributária — especialmente no setor de serviços. Parlamentares também criticaram o fatiamento da reforma e cobraram mais ousadia do Poder Executivo.

Agosto acabou sem que o relator da comissão mista, deputado Aguinaldo Ribeiro, apresentasse um relatório final. O presidente Davi Alcolumbre voltou a prorrogar as atividades do colegiado. Desta vez, por mais quatro meses. Senadores e deputados realizaram 13 audiências públicas no período e ouviram mais de 40 convidados e especialistas.

Para os secretários estaduais de Fazenda, a proposta do Poder Executivo é limitada porque deixa fora da mudança o ICMS e o ISS. Para a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a reforma tributária deveria ser mais abrangente e resolver problemas como a concentração na arrecadação de tributos. A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) recomendou a criação de um ICMS nacional e de uma lei única para o ISS em todo o país.

Representantes do setor privado sugeriram simplificação na cobrança e redução da carga tributária. Entidades patronais, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), criticaram a possibilidade de criação de novos tributos, como uma contribuição sobre transações financeiras — nos moldes da antiga CPMF. Instituições ligadas ao movimento socioambiental defenderam um sistema tributário amplo, justo, equilibrado e progressivo para garantir o desenvolvimento.

Falta de diálogo

Se não bastasse o efeito da pandemia de coronavírus sobre a atividade parlamentar, um ambiente de hostilidade entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, comprometeu de vez o diálogo sobre a reforma tributária. Em uma sequência de rusgas, os dois trocaram acusações públicas sobre falhas na condução da agenda econômica.

Em setembro, Maia disse que Guedes “interditou o debate da reforma tributária”. O ministro rebateu na mesma moeda: acusou o parlamentar de “interditar as privatizações”. Maia retorquiu: “Guedes está desequilibrado”.

No início de outubro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tentou ajudar a aparar as arestas ao participar de um jantar promovido pelo ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU). Maia e Guedes pediram desculpas mútuas e houve um início de entendimento. A trégua, no entanto, durou pouco. Em nova troca de farpas, o titular da Economia acusou o presidente da Câmara de tramar o impeachment do presidente. Maia disse que Guedes não merecia respeito por não cumprir 10% das promessas que faz.

Em um último esforço para votar a reforma tributária em 2020, Rodrigo Maia afirmou que o tema teria o apoio de 320 deputados, incluindo parlamentares de oposição ao governo. O presidente da Câmara chegou a anunciar que o relator, deputado Aguinaldo Ribeiro, apresentaria o parecer sobre a PEC 45/2020 ainda em dezembro. Mas isso acabou não acontecendo.

Na comissão mista, o prazo para a conclusão dos trabalhos terminou em 10 de dezembro, e Aguinaldo Ribeiro também não apresentou o relatório final. O presidente do colegiado, senador Roberto Rocha, pediu então uma nova prorrogação das atividades, desta vez até o dia 31 de março. O pedido foi atendido pelo presidente Davi Alcolumbre.

Para a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), é preciso dar prioridade à reforma.

— É necessário votar uma reforma que possa reduzir a injustiça tributária. Precisamos de medidas urgentes para atrair investimentos, reduzir o custo Brasil, melhorar o ambiente de negócios e, assim, retomar o crescimento econômico e a geração de emprego e renda. O Brasil do pós-pandemia tem pressa. Já são motivos suficientes para arregaçar as mangas e não deixar passar mais um ano sem medidas concretas sobre o assunto — avalia Simone.

O senador Roberto Rocha acredita que a comissão mista deve votar o texto final da reforma tributária no primeiro semestre de 2021.

— O tema está muito maduro. Há uma certa unanimidade, sobretudo em relação à questão do imposto sobre valor agregado, que é o ponto crucial da reforma tributária. Para o Brasil ter tranquilidade e retomar o desenvolvimento econômico e a geração de empregos — disse.

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Com Agência Câmara

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Melhorias na rede em Planaltina, Taguatinga e Vicente Pies

 


Serviços serão executados nesta sexta-feira (22) e deixarão alguns endereços, temporariamente, sem energia

Três cidades do Distrito Federal receberão serviços da Companhia Energética de Brasília (CEB), nesta sexta-feira (22). Em Planaltina, será feita manutenção preventiva. Já em Taguatinga, haverá poda de árvores, enquanto Vicente Pires terá obras para melhorias na rede e a instalação de transformador.

Por segurança, o fornecimento de energia será interrompido durante os serviços. Em Planaltina, o desligamento ocorrerá entre as 8h e as 13h, abrangendo a Bica do DER, Gleba E, chácaras 4 a 16. Das 9h às 16h30, a interrupção afetará a QSC 19, chácaras 28, 28-A, 28-B, 29 e 30, em Taguatinga Sul.

Em Vicente Pires, a interrupção será em duas localidades, em horários diferentes. Entre as 9h e as 13h30, o desligamento afetará a Chácara 135/2, lotes 1 a 35/2. E, das 15h30 às 17h30, será feito na Rua 3, Chácara 28, lotes 1 a 45.

 AGÊNCIA BRASÍLIA

DF aprimora regras de concessão de terrenos para entidades religiosas

 


Secretarias do GDF farão análise prévia para a concessão de direito de uso gratuito da unidade imobiliária, requerida pela entidade

No Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado nesta quinta-feira (21), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o decreto que altera as regras para concessão de terrenos a entidades religiosas. De acordo com o texto, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) foi incluída como órgão responsável por fazer a análise prévia para a concessão de direito de uso gratuito da unidade imobiliária, requerida pela entidade. A avaliação será realizada juntamente com outras secretarias do GDF.

“A Sejus é o órgão do GDF que atua na promoção de políticas para promover o respeito à diversidade religiosa no DF e que dialoga com representantes de todas as crenças, sem distinção. É por isso que essa mudança na lei vai aprimorar o trabalho do governo e beneficiar as entidades religiosas”, explicou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A elaboração de políticas públicas para afirmação do direito à liberdade religiosa e da laicidade do Estado é realizada em parceria com o Comitê Distrital de Diversidade Religiosa (CDDR). Vinculado à Sejus, o colegiado é formado por 12 representantes, sendo seis do Governo do Distrito Federal (GDF) e seis da sociedade civil. Além de promover debates e campanhas sobre o tema, a secretaria, por meio da Coordenação de Diversidade Religiosa, faz o acompanhamento de casos de intolerância e discriminação.

Intolerância religiosa

Intolerância religiosa é a falta de respeito pela religião ou crença do próximo. Pode acontecer de diversas maneiras, como ofensas, agressões e depredações de locais onde ocorrem os cultos religiosos. Segundo a Lei nº 7.716/1989, a pena para quem cometer discriminação ou preconceito contra religiões é a reclusão de 3 a 5 anos.

Serviço:

Para denunciar crimes de intolerância religiosa, Disque 100, ligue 197, acesse delegaciaeletronica.pcdf.df.gov.br, ou entre em contato com o Conselho de Direitos Humanos do DF, pelo telefone 3213-0696 ou pelo e-mail cdpddh@sejus.df.gov.br.

 

*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania

AGÊNCIA BRASÍLI

Saúde mental em tempo de pandemia

 


Projeto da Regional de Ensino do Gama oferece terapia contra ansiedade, depressão e luto surgidos na crise do coronavírus

O professor Pedro*, que ensina Ciências na rede pública, se adaptou rapidamente ao sistema de ensino remoto, fez cursos sobre a plataforma virtual, mas dois familiares adoeceram simultaneamente. “Tive que lidar com muitas mudanças, passei a sentir o coração acelerado, tontura e náusea, sempre que ia dar aula”, relata o professor.

Ao buscar um psiquiatra, foi diagnosticado com ansiedade e passou a fazer terapia. “Acreditei que daria conta de tudo sozinho e não compreendia os sintomas. Demorei a procurar ajuda, mas funcionou”, conta.

O impacto do isolamento social provocou mudanças nas práticas pedagógicas e teve consequências para a saúde mental. Em resposta a isso, a coordenação regional de ensino do Gama (CRE Gama) adaptou um projeto que existia desde 2018 em parceria com a Secretaria de Saúde (SES) e trouxe as Rodas de Terapia Comunitária Virtual, que já beneficiaram 42 escolas e cerca de 2,1 mil professores.

Doralice Oliveira e Francisca Beleza: projeto já atendeu 42 escolas do Gama e cerca de 2,1 mil professores | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF

O novo projeto e a saúde mental na comunidade escolar durante a pandemia são o tema do podcast desta semana do canal EducaDF, disponível nas plataformas de áudio no nosso site.

“Criamos o Espaço Olhar, que inicialmente, acolhia estudantes e professores e oferecia acupuntura, Reiki e quiropraxia. Nos ajustamos à pandemia, os encontros passaram a ser virtuais e promovemos conversas coletivas sobre os dilemas vivenciados e as alegrias do cotidiano. Além de exercícios de respiração, de relaxamento e automassagem”, explica Francisca Beleza, assessora pedagógica da CRE Gama.

 Janeiro Branco

A psicóloga da Secretaria de Saúde, Doralice Oliveira, que coordena as sessões, reafirmou a importância da campanha Janeiro Branco para conscientizar sobre a saúde mental. “A dor nas emoções ainda é vista com preconceito. Como não é algo visível, tendemos a não dar importância. No entanto, essa percepção está mudando, prova disso é que o tema da redação do Enem, deste ano, tratou do estigma quanto às doenças mentais”, diz Doralice.

Durante as mediações, a psicóloga observou que as principais queixas dos professores revelavam ansiedade, insônia e sofrimento psíquico, inclusive o luto em relação aos parentes que faleceram. Segundo Doralice, deve-se “buscar ajuda, falar sobre as inquietações e praticar o autocuidado”, ensina.

*O nome foi modificado a pedido do professor.

* Com informações da Secretaria de Educação

 

AGÊNCIA BRASÍLIA