quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Governador Carlesse participa de Encontro Tocantinense de Novos Gestores promovido pela ATM

 


19/01/2021 - Rafael Miranda/Governo do Tocantins

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, esteve presente na manhã desta terça-feira, 19, no Encontro Tocantinense de Novos Gestores, evento organizado pela Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e direcionado aos prefeitos e prefeitas eleitos em 2020.

A programação do evento segue ao longo de toda esta terça-feira, no auditório da ATM em Palmas, com palestras voltadas ao movimento municipalista e com o repasse de orientações importantes visando uma administração pública de qualidade.

Em seu pronunciamento, que marcou a abertura do ciclo de palestras do Encontro Tocantinense de Novos Gestores, o governador Mauro Carlesse apresentou em primeira mão um novo projeto que vai aumentar a receita de todos os municípios.

"Ontem, a vacina chegou para o estado do Tocantins e isso é de uma alegria imensa para todos nós. Todos os prefeitos já estão sendo orientados para esta primeira etapa, na qual vamos priorizar o grupo de risco e seguir com o plano de imunização. Somado a esse novo cenário, conseguimos enquadrar o Tocantins por dois anos seguidos dentro da LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal], deixando o Estado apto para adquirir recursos e investimentos. O cidadão quer saber é de oportunidades e precisamos voltar com elas. Adianto aqui, em primeira mão, um projeto da Secretaria da Fazenda que vai abrir um canal direto com os municípios, e conforme o Estado for melhorando mais ainda sua saúde financeira, vamos conseguir aumentar a parcela de repasse do Fundo de Participação dos Municípios, dando condições para que as cidades se desenvolvam cada vez mais”, assegurou.

Encontro promoveu interação e capacitação aos novos gestores

Gestores de todas as regiões do Estado estão em Palmas para participar do evento. O encontro, que ocorre na modalidade presencial, segue com todas as normas de segurança contra a transmissão do novo Coronavírus, com expectativa de receber cerca de até 100 prefeitos, secretários e servidores públicos ao longo do dia.

Para o presidente da ATM e ex-prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano, o encontro é uma oportunidade para capacitar aqueles que estão iniciando seus mandatos neste ano. "Essa é uma pauta permanente de nossa entidade, fazer a qualificação dos gestores, secretários e servidores em geral. Já fazemos isso ao longo de todo o ano. O evento hoje é o pontapé inicial para repassar as premissas necessárias para ter um segmento bom pelos prefeitos para uma administração de qualidade. Nosso proposito maior é esse. Além disso, o segundo ponto e promover uma interação entre os novos prefeitos, trocando experiências, podendo contribuir com uma boa praticas que já estão sendo realizadas nos municípios”, destacou.

Entre as palestras ministradas nesta terça-feira, a Confederação Nacional de Municípios (CNM), representada pelo consultor Eduardo Stranz, fez a abertura dos debates, destacando o cenário dos municípios para o ano de 2021. E quem estava acompanhando com bastante atenção toda a programação foi o prefeito do município de Tupirama, Ormando Brito, que pela primeira vez assumiu uma função pública agora em 2021.

"Com muita alegria que participo deste encontro de novos gestores, estamos aqui para buscar ideias e novos aprendizados para a gestão pública. Assumi um cargo pela primeira vez, venho da inciativa privada e trago algumas experiências, temos que transformar a gestão pública paralelamente com uma gestão privada, que busca eficiência. Estamos aqui para aprender, é de suma importância esse encontro para os novos gestores e também para os que tem experiência. Aqui nós só temos a ganhar e a aprender”, pontuou o prefeito.

Vice-governador Wanderlei Barbosa destaca importância da ATM

O vice-governador Wanderlei Barbosa, que prestigiou o Encontro Tocantinense de Novos Gestores, reafirmou a importância da Associação Tocantinense de Municípios como entidade representativa.

"A ATM é uma entidade muito organizada e importante para todos os municípios do Tocantins. No Palácio Araguaia, estamos à disposição para receber todos os gestores, independente de questões partidárias. Essa é uma parceria que vamos manter ativa, por meio  da ATM, nosso desejo é que todas as demandas dos prefeitos cheguem também até nós, vamos ajudar nessa missão. Vamos crescer e desenvolver juntos. O estado já está enquadrado na LRF e devemos ser parceiros no desenvolvimento de todas as regiões do Estado", destacou o vice-governador.

Presenças

Estiveram presentes no encontro desta terça-feira, 19, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto), deputado Antonio Andrade, acompanhado de demais parlamentares da Casa de Leis.

Também marcaram presença o superintendente da Caixa Econômica Federal do Tocantins, Valter Luiz, e o prefeito do município de Talismã, Diogo Borges, eleito nesta semana como o novo presidente da ATM. A posse está marcada para ocorrer no mês de fevereiro.

 

Edição: Jakelyne Monteiro


Governo do Tocantins

STJ determina que gestores do Amazonas forneçam informações sobre recursos públicos e fornecimento de oxigênio para o combate à Covid-19

 


​​​O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Jorge Mussi, no exercício da presidência, determinou, nesta terça-feira (19), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que gestores estaduais e municipais do Amazonas informem, no prazo de 48 horas, sobre o recebimento e uso de recursos federais para o combate à pandemia da Covid-19 e prestem esclarecimentos detalhados sobre quando tiveram conhecimento do risco de desabastecimento de oxigênio nas unidades de saúde.

Na decisão, o ministro determinou que os gestores públicos citados forneçam uma série de informações requisitadas pelo MPF, tais como o valor total de recursos federais recebidos; as ações adotadas no combate à pandemia; o número de leitos clínicos e de UTI à disposição; o número de profissionais envolvidos nas ações de combate à pandemia, entre outras informações técnicas sobre as ações de saúde pública desenvolvidas pelo SUS.

Além disso, o pedido feito pelo MPF e deferido pelo ministro Jorge Mussi inclui o envio de informações detalhadas sobre o fornecimento de oxigênio para o estado, bem como dados sobre as empresas fornecedoras e cópias dos procedimentos de contratação.

Os gestores públicos também deverão informar os critérios técnicos utilizados para a aferição da necessidade de oxigênio para as unidades de saúde do estado, além da periodicidade das entregas e quais os setores responsáveis pela demanda.

Conexão pro​​cessual

Segundo o ministro Jorge Mussi, embora o inquérito tenha sido instaurado originalmente para apurar eventuais irregularidades na instalação de um hospital de campanha em Manaus, os elementos de convicção trazidos pelo MPF demonstram a possibilidade "de que tenha havido ilegalidades diversas no emprego de recursos federais destinados ao enfrentamento da pandemia" no Amazonas, justificando a conexão com o pedido no inquérito já em andamento.

De acordo com o pedido feito pelo MPF, a situação no estado do Amazonas se tornou caótica, e, neste contexto, surgiram dúvidas e questionamentos sobre a condução das ações de enfrentamento à pandemia no Amazonas e a atuação dos gestores estaduais e municipais.

O inquérito tramita em segredo no STJ, razão pela qual não é possível divulgar o número do processo e os nomes dos gestores envolvidos na investigação.

STJ

Pedidos urgentes contra a White Martins sobre fornecimento de oxigênio devem ser decididos por vara federal do Amazonas

 


​​Em decisão liminar, o ministro Jorge Mussi, vice-presidente no exercício da presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fixou a competência da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas para decidir sobre pedidos urgentes que envolvam o fornecimento de oxigênio pela empresa White Martins, principal fornecedora de gases hospitalares no Norte do país.

Ao analisar o pedido, o ministro considerou que a existência de diferentes decisões, tanto na Justiça estadual quanto na Justiça Federal, traz potencial risco de entendimentos divergentes e conflitantes, que podem levar a empresa a distribuir o oxigênio de maneira desigual, agravando ainda mais a crise sanitária pela qual passa o Amazonas.

Como consequência, o ministro determinou a suspensão das ações sobre o mesmo tema elencadas pela White Martins que estão em tramitação em outras varas do Amazonas. A medida liminar tem validade até que a Primeira Seção, sob a relatoria do ministro Francisco Falcão, analise o mérito do conflito de competência.

Segundo a White Martins, após o aumento recente de casos da pandemia no Amazonas, o número de pacientes que dependem de internação e oxigênio hospitalar chegou a níveis muito elevados. Como consequência, a empresa alegou que vem sendo demandada para além das obrigações contratuais assumidas com o estado e a rede hospitalar privada.

Divisão do oxi​gênio

Na ação, a empresa afirma que está produzindo, por dia, 28 mil metros cúbicos de oxigênio em Manaus, mas, em apenas uma das decisões judiciais, determinou-se o fornecimento de 10 mil metros cúbicos para um único hospital – volume que, segundo a empresa, a instituição sequer teria capacidade de armazenar.

Ainda segundo a White Martins, todos os processos atualmente em curso, relativos ao fornecimento de oxigênio, envolvem os interesses da União Federal, que tem atuado diretamente na resolução da crise no Amazonas.

Para a empresa, ao invés de dividir o oxigênio de forma organizada, viabilizando o tratamento do maior número de pacientes internados, as decisões acabam por escolher quem receberá o oxigênio, desconsiderando o papel da União no combate à pandemia.

Preserv​ação da vida

Segundo o ministro Jorge Mussi, é necessária a concentração dos processos na vara federal do Amazonas, de forma a racionalizar a prestação jurisdicional e evitar um dano maior decorrente de decisões incompatíveis com o principal objetivo de todos os envolvidos – a preservação da vida da população amazonense.

Ao proferir a decisão liminar, o presidente do STJ em exercício também lembrou que o interesse da União nas demandas de fornecimento de oxigênio é evidente, "atraindo, portanto, a competência da Justiça Federal para o exame da controvérsia".​

STJ

Reforma administrativa será um dos grandes temas em discussão em 2021

 


19/01/2021, 09h01

A reforma administrativa (PEC 32/2020) será um dos grandes temas que merecerão a atenção do Congresso Nacional em 2021. O objetivo é reduzir o custo da máquina pública. A proposta acaba com a estabilidade de servidores em quase todas as áreas, exceto as carreiras de Estado. Além disso, acaba com benefícios como promoção automática por tempo de serviço e aposentadoria compulsória como punição pelo mau uso do cargo, em vez de demissão. A reportagem é de Roberto Fragoso, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Após SP, CoronaVac começou a ser aplicada em outros estados na segunda

 


19/01/2021, 09h03

A vacinação nacional com a CoronaVac começou na segunda-feira (18). Os primeiros estados a receberem a vacina foram Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Para o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), o início da vacinação não pode significar o relaxamento das medidas de segurança. Major Olímpio (PSL-SP) disse que é hora de acabar as lutas ideológicas ao redor do imunizante. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Decreto reabre crédito de R$ 1,68 bilhão para Covax Facility

 


Da Redação | 19/01/2021, 11h12

Um decreto do presidente Jair Bolsonaro autoriza o Ministério da Saúde a investir neste ano R$ 1,68 bilhão no projeto Covax Facility, uma aliança internacional para garantir o acesso a vacinas contra o coronavírus. O valor faz parte de um total de R$ 2,5 bilhões, liberados originalmente no ano passado pela medida provisória (MP) 1.004/2020. O Decreto 10.601, de 2021, foi publicado nesta terça-feira (19) no Diário Oficial da União.

De acordo com a Constituição, os créditos extraordinários devem ser completamente gastos durante o ano em que foram autorizados. Mas o texto prevê uma exceção: se o dinheiro for liberado nos últimos quatro meses do exercício, o presidente da República pode reabrir o crédito para ser incorporado ao Orçamento do ano seguinte.

A MPV 1.004/2020 foi editada em setembro de 2020. Do total de R$ 2,5 bilhões liberados para o projeto Covax Facility, o Ministério da Saúde gastou R$ 831 milhões até o dia 31 de dezembro. O Decreto 10.601, de 2021, reabre a diferença de R$ 1,68 bilhão. De acordo como Flávio Luz, consultor-geral-adjunto da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado, o valor agora precisa ser executado integralmente em 2021.

Os R$ 2,5 bilhões previstos pela MP 1.004/2020 vão para o Fundo Nacional de Saúde. O aporte exigido para a adesão ao Covax Facility será usado para custear a compra de vacinas, eventuais tributos e custos operacionais do programa. O acordo de compromisso deve ser executado pelo Ministério da Saúde, com a cooperação do Ministério das Relações Exteriores.

Outra MP

O Congresso Nacional analisa duas medidas provisórias relacionadas ao projeto Covax Facility. Além da MP 1.004/2020, que aguarda votação na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro editou a MP 1.003/2020, que autoriza o governo brasileiro a aderir formalmente ao programa. O texto já foi aprovado pelos deputados e deve ser votado pelo Senado em fevereiro.

De acordo com a MP 1.003/2020, a adesão do Brasil ao Covax Facility tem como objetivo “proporcionar o acesso do país a vacinas seguras e eficazes contra a covid-19, sem prejuízo à eventual adesão futura a outros mecanismos ou à aquisição de vacinas por outras modalidades”. O governo brasileiro não fica obrigado a adquirir as vacinas por meio do projeto: a compra é opcional e “dependerá de análise técnica e financeira para cada caso”.

O Covax Facility é administrado pela Gavi Alliance, uma iniciativa da Fundação Bill e Melinda Gates. A parceria público-privada é responsável pela distribuição de vacinas nas áreas mais pobres do mundo. Entre 2000 e 2010, a Gavi Alliance contribuiu com a imunização de 288 milhões de crianças contra doenças como difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, febre amarela e poliomielite.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Golpistas usam como pretexto cadastro falso para vacina contra coronavírus

 


19/01/2021, 14h04

O Ministério da Saúde alertou para golpes que roubam dados dos cidadãos utilizando como pretexto um falso cadastro para a vacinação contra o coronavírus. O Senado aprovou em 2020 um projeto (PL 4.554/2020) que endurece as penas para golpistas que utilizam a internet como meio para fraudes. A reportagem é de Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Governo da Venezuela e rede de solidariedade levam oxigênio para Manaus

 


19/01/2021, 14h27

Os caminhões com oxigênio doado pela Venezuela já estão no Brasil e devem chegar a Manaus nesta terça-feira (19). O senador Telmário Mota (Pros-RR) acompanhou a passagem do comboio pela fronteira e agradeceu ao governo venezuelano e ao presidente Jair Bolsonaro pela facilitação burocrática para que o insumo chegue logo aos hospitais. Também, numa rede de solidariedade, artistas doaram cilindros de oxigênio para a capital amazonense. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e a senadora Mailza Gomes (PP-AC) providenciaram junto ao governo o transporte, por aviões da Força Aérea Brasileira, de 50 cilindros doados pelas celebridades. A população de Manaus também está nas portas dos hospitais para ajudar parentes de vítimas da covid-19. Reportagem, Iara Farias Borges.

Fonte: Agência Senado

Brasil celebra Dia do Farmacêutico nesta quarta-feira

 


19/01/2021, 16h16

O Dia do Farmacêutico no Brasil é celebrado no dia 20 de janeiro. A data destaca o importante papel destes profissionais e, este ano, traz como tema da campanha “Farmacêuticos são essenciais e merecem nosso reconhecimento”. Além disso, em 2021 a data será celebrada em meio à pandemia da covid-19, período em que os farmacêuticos desempenharam papel fundamental na pesquisa para o desenvolvimento da vacina, na realização de testes rápidos para diagnóstico da doença e na manutenção do atendimento mesmo durante o período de quarentena e lockdown. A reportagem é de Lara Kinue.

Fonte: Agência Senado

Campanha Janeiro Verde alerta para prevenção do câncer de colo de útero

 


19/01/2021, 16h53

O câncer de colo de útero é um dos tipos da doença com maiores possibilidades de prevenção. Mesmo assim, os dados preocupam: o câncer atinge mais de 16 mil mulheres por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer. A campanha Janeiro Verde tem o objetivo de alertar sobre a doença. O repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado, tem os detalhes.

Fonte: Agência Senado

Carlos Portinho é o novo líder do PL

 


Da Redação | 19/01/2021, 17h06

O Partido Liberal anunciou o nome do senador Carlos Portinho (PL-RJ) como novo líder do partido. Portinho assumiu a vaga deixada pelo senador Arolde Oliveira (PL-RJ), do qual era suplente. Arolde morreu em outubro, após complicações causadas pela covid-19.

Antes filiado ao PSD, Carlos Portinho trocou de partido em dezembro. O antigo líder do PL, senador Jorginho Mello (PL-SC), passa a ocupar a vice-liderança do partido.

O Partido Liberal é o antigo Partido da República, fundado em 2006. A mudança no nome foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio de 2019. Atualmente, além dos dois senadores, o partido conta com Wellington Fagundes (PL-MT) no Senado.  

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Joe Biden toma posse como presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira

 


19/01/2021, 17h09

O democrata Joe Biden toma posse na Presidência dos Estados Unidos nesta quarta-feira (20) sob forte esquema de proteção em Washington. Biden venceu o atual presidente Donald Trump, do partido Republicano. Trump afirmou que não irá à posse do seu sucessor. Mais informações com Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Preservação da Amazônia esteve em debate no Senado em 2020

 


Da Redação | 19/01/2021, 18h08

Assunto de interesse mundial, a preservação da maior floresta tropical, a Amazônia, esteve em debate no Senado em 2020. Vários parlamentares demonstraram preocupação com o desmatamento da região de 7 milhões de quilômetros quadrados, sendo 5,5 milhões de floresta. O bioma é responsável pela umidade de toda a América do Sul, influencia no regime de chuvas de todo o país, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta. A reativação do Parlamento Amazônico (Parlamaz) foi motivo de mobilização na Casa, pois apesar de sua importância ambiental para o mundo, a reserva natural tem sido constantemente ameaçada por atividades predatórias, como desmatamento, queimadas e garimpo ilegal.

Inativo há cerca de nove anos, o Parlamaz tem como objetivo promover a cooperação entre os países-membros e o desenvolvimento sustentável da Amazônia, que ocupa cerca de 59% do território brasileiro e abrange outros sete países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), trabalhou desde o início do ano pela reativação do Parlamento Amazônico, que foi criado há mais de 30 anos.

A comissão foi oficialmente reinstalada em 21 de dezembro, quando Nelsinho Trad foi eleito por unanimidade para presidir o Parlamento Amazônico. O presidente solicitou que os membros indiquem candidatos para a vice-presidência até o dia 21 de janeiro, bem como sugestões para o plano de trabalho do colegiado.

O senador apontou o papel do Parlamaz em fortalecer a representação democrática, com respeito à região e aos seus habitantes. Ressaltando que as expectativas são muito positivas, Trad enfatizou que o Parlamento Amazônico tem o objetivo de unir os parlamentares dos oito países que detém o território da Amazônia para tomada de ações e decisões em conjunto.​

— As perspectivas para preservação e a consequente exploração dentro de uma correção ambiental vem justamente do trabalho que o Parlamento Amazônico e o Conselho da Amazônia querem definir para 2021. Vamos trabalhar em conjunto para levar esse resultado para a sociedade — declarou.

Trad ressaltou que a Floresta Amazônica é patrimônio da humanidade, mas tem a soberania brasileira para conduzir os destinos ambientais. O senador observou também que o governo e o Congresso não têm sido eficientes nas medidas de preservação da floresta.

— Precisamos tomar a responsabilidade das questões ambientais, que são divulgadas por grande parte da imprensa, que ocorrem na Amazônia para poder fazer esse enfrentamento e nesse sentido colocar uma narrativa verdadeira do que realmente se passa dentro do território da Amazônia. Não é só o Brasil, mas todos os países que detém esse território precisam, na nossa avaliação, ter uma união e passar o que realmente está acontecendo dentro da floresta — disse.

O Plenário do Senado aprovou, em 2020, a instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Amazônia Legal, instituída através da Resolução 24/2017, com objetivo de "defender os interesses da Amazônia Legal; priorizar o desenvolvimento sustentável e a proteção dos seus recursos naturais; e proteger os interesses socioeconômicos da região". O senador Zequinha Marinho (PSC-PA) é o presidente da frente e o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), o vice-presidente.

Desmatamento

O Senado também promoveu sessões temáticas a fim de debater o aumento das queimadas e o desmatamento da Amazônia. Na última dessas sessões, realizada em 17 de dezembro, o Secretário de Biodiversidade e Florestas no período de 2003 a 2008 e coordenador do Plano de Ação Para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse que o Brasil tem capacidade de acompanhamento de dados que causa inveja em países desenvolvidos, e que a melhor forma de lidar com essas informações é utilizá-las para impedir o desmatamento.

— O Brasil tem sido o campeão mundial no desmatamento nas últimas três décadas, e o país continua liderando o desmatamento, com quase 24%. O desmatamento não é necessário para aumentar a produção e garantir a economia, ele é resultado da grilagem e da ocupação predatória da floresta com outros fins, que não a produção — afirmou.

O senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), autor do requerimento da sessão temática, afirmou que "o Brasil não é a favor das queimadas". O senador destacou a presença dos produtores rurais na Amazônia nas últimas décadas e defendeu a regularização fundiária.

— Mais de 90% não têm titulação. Os produtores estão lá há 50 anos. Começou no governo Temer a titulação. A área titulada permite tomar financiamento e usar a tecnologia à disposição (...). Não somos a favor do desmatamento de forma desenfreada. Se trabalhássemos bem em áreas já desmatadas poderíamos frear o desmatamento — declarou.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, já participou e ainda deve participar de reuniões para tratar sobre a situação da Amazônia. Ele afirmou aos senadores, em sessão temática realizada em julho, que entre os seus planos para o futuro do Fundo Amazônia está a separação das verbas desse fundo do restante do Orçamento, para que elas não sofram restrições fiscais.

Segundo Mourão, o crescimento de despesas obrigatórias da administração pública reduz a capacidade de investimentos do governo. Com isso, é preciso fazer cortes em ações importantes. Para ele, o dinheiro captado do exterior para a preservação ambiental não deveria estar sujeito a essa restrição. Mourão afirmou que encaminhará uma proposta ao Congresso Nacional tratando desse assunto, mas não deu detalhes sobre como a ideia seria operacionalizada.

— A questão orçamentária é minha preocupação precípua. Temos que ter uma linha de ação para que os recursos externos, sejam os relacionados ao Fundo Amazônia ou a outras contribuições que venham, sejam independentes e não impactem no orçamento — disse.

Fiscalização

"Preservar desenvolvendo" é o que defende o senador Plínio Valério (PSDB-AM). Segundo o parlamentar, “preservar” é utilizado no sentido de que “não mexer”, mas seria preciso, além da preservação, desenvolver economicamente a região. Ele observou que existem leis para combater o garimpo, o desmatamento e as queimada ilegal.

— A Amazônia tem mais de 60% de área preservada. Particularmente, no meu estado, Amazonas, tem 97%. Nós sabemos preservar. Agora precisamos de condições de desenvolvimento. Precisamos de novas matrizes para inserir no modelo da Zona Franca. Temos que preservar desenvolvendo e desenvolver preservando — afirmou Plínio Valério, para quem o governo Bolsonaro tem "boas intenções em relação a Amazônia", porém se apresenta de forma errada, o que tem causado atritos na relação com outros países.

Já a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), publicou em suas redes sociais que, apesar da existência de leis em favor da preservação ambiental, o afrouxamento da fiscalização e o aceno ao garimpo e a extração ilegal de madeira estão reduzindo drasticamente a área da floresta.

“De acordo com o Inpe, o Brasil teve o maior índice de desmatamento na Amazônia em 12 anos. No ano passado, a área desmatada equivale a 7,2 vezes a cidade de São Paulo. É o resultado da política ambiental desastrosa e de uma visão de desenvolvimento ultrapassada”, ressaltou.

Direito constitucional

Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o governo Bolsonaro tem atacado o direito constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

— O governo Federal queria acabar com o Ministério do Meio Ambiente, não conseguiu fazer direito, mas está acabando de fato, e eu pontuo o por quê: ele acabou com a Secretaria de Mudanças Climáticas; ele acabou com o Plano de Combate ao Desmatamento; ele acabou com o Departamento de Educação Ambiental; ele criminaliza ONGs e prolifera agrotóxicos. Os povos indígenas estão sendo dizimados, a participação da sociedade civil reduziu, o Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente], que tinha representação de todos estados da Federação, caiu para 22 membros. E isso centraliza o poder na mão do ministro do Meio Ambiente — enumerou.

Em relação à atuação do Parlamento para a preservação da Amazônia, Contarato disse esperar que o Senado assuma a responsabilidade de reagir à agressão ao meio ambiente. Ele observou ainda que aguarda dos parlamentares um comportamento proativo em busca de medidas para mitigar os danos ambientais.

— Eu não tenho dúvida em afirmar que defender o meio ambiente é defender as vidas humanas que ainda estão por vir, e isso está sendo violado sistematicamente — lamentou.

Em publicação na sua conta do Twitter, o senador Humberto Costa (PT-PE) criticou a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, em relação ao meio ambiente. “Bolsonaro precisa parar de tratar o desmatamento como ele trata tudo na vida dele, fazendo piada ou fugindo. Isso não é piada, não é uma brincadeira. O país precisa de ações contundentes”.

'Notícias fantasiosas'

O senador Mecias de Jesus mencionou em dezembro que, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os incêndios na Amazônia diminuíram 5% em agosto de 2020 em relação ao mesmo mês de 2019, quando bateram o recorde em nove anos. Com 29.307 focos na floresta amazônica, 2020 foi o segundo pior agosto da década, atrás de 2019, quando foram identificados 30,9 mil focos. O senador citou os dados para criticar a atuação da imprensa em relação às notícias sobre a Amazônia, que ele julga como explorada de “forma negativa”.

— Em meados deste ano, fomos bombardeados com fantasiosas notícias apontando a Amazônia brasileira sendo destruída por incêndios incontroláveis. Em agosto de 2020, por exemplo, a Amazônia teve redução de 5% de incêndios. Deu-se pouco ou quase nenhum destaque. A imprensa, como se recorda, não fez o devido levantamento comparativo, não apurou razões para o desastroso fenômeno, preferindo especulações e colocações grosseiras, que tinham como objetivo politizar a questão brasileira — disse o senador.

Mecias mencionou a visita do rei Haroldo V, da Noruega, à aldeia Yanomami, situada 150 km de Boa Vista, capital de Roraima, que aconteceu entre os dias 22 e 25 de abril de 2013. Para o senador, a visita, só noticiada após o monarca voltar ao seu país, mostra o “nível de respeito e consideração que se dispensa ao Brasil”. No entendimento de Mecias, o monarca norueguês, como outros governantes estrangeiros, tratam os territórios na Amazônia como se fossem independentes, sem dar "qualquer explicação ao poder central do país". 

Recursos hídricos

A floresta amazônica é o habitat de inúmeras espécies animais, vegetais e arbóreas, fonte de matérias-primas alimentares, florestais, medicinais e minerais. São cerca de 2.500 espécies de árvores, 40 mil espécies de plantas, 300 espécies de mamíferos e 1,3 mil espécies de aves habitando na reserva natural. O bioma é fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta, além de contribuir para conservação dos recursos hídricos de todas as regiões do Brasil.

O país perdeu, ao menos, 1.218.708 hectares (12.187 km²) de vegetação nativa somente em 2019. Mais de 60% das áreas desmatadas estão na Amazônia, com 770 mil hectares devastados, de acordo com a MapBiomas, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento. Outra analise, também realizada pela MapBiomas, certifica que, entre 1985 e 2018, a Amazônia perdeu 724 mil km² de sua cobertura vegetal. Dessa perda, a maior parte, 692 mil km², era área de floresta, e 32 mil km², campos naturais.

Já de acordo com o Inpe, a área desflorestada na região alcançou 11.088 km² entre agosto de 2019 e julho de 2020 — um crescimento de 9,5% em relação ao período anterior.

Com objetivo de minimizar os danos ambientais na maior floresta tropical do planeta, algumas propostas legislativas foram apresentadas no Senado Federal para preservação da Amazônia. Veja na tabela a seguir os projetos de lei que tramitam no Senado:

Projeto de Lei

Ementa

 PL 415/2020

Proteger o Fundo Amazônia e permitir a continuidade da atuação em prol do meio ambiente.

PL 2.328/2020

Proíbe a prática de queimadas na Amazônia Legal enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de covid-19.

PL 4.080/2020

Estabelece fontes de financiamento para a implementação do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), que integra o rol de instrumentos criados com o objetivo de compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação e a conservação do meio ambiente.

PL 4.718/2020

Determina que a regularização fundiária das ocupações rurais incidentes em terras situadas em áreas da União, no âmbito da Amazônia Legal, poderá ser realizada por meio de processo judicial promovido pelo ocupante.

PL 4.765/2020

Disciplina a conservação, proteção e uso do bioma Amazônia. Dispõe sobre combate a incêndios, corte de vegetação, mineração e serviços ambientais.

PL 551/2019

Permite aos estados da Amazônia reduzirem a Reserva Legal de 80% para até 50%, quando o estado tiver mais de 65% do seu território ocupado por unidades de conservação da natureza de domínio público.

PL 1.404/2019

Propõe que os corais da Amazônia sejam considerados Área de Preservação Permanente, com a finalidade de assegurar a conservação desse inestimável patrimônio natural brasileiro.

PL 5.079/2019

Estabelece a aplicação obrigatória dos recursos do Fundo Social na conservação florestal da Amazônia Legal para conservação florestal, com distribuição proporcional à área de floresta preservada em cada ente federativo.

PL5.315/2019

Altera o Código Florestal e a Lei dos Crimes Ambientais, para condicionar o corte de vegetação de Floresta Amazônica à prévia autorização do Congresso Nacional. Torna crime realizar corte raso de árvores de Floresta Amazônica sem permissão.

 PL 6.230/2019

Determina a instituição de um plano de prevenção e controle de desmatamentos específico para cada bioma, condiciona a concessão de novas autorizações de desmatamento em extensão superior a cinco hectares à imóveis inscritos no Cadastro Ambiental Rural e aumenta a pena de crimes ambientais.

Programas de conservação

A Amazônia Legal é uma área formada por nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e Maranhão. O conceito, criado em 1953, foi idealizado para que o governo planejasse o desenvolvimento econômico dessa região de forma integrada. Para promover a integração econômica da Amazônia Legal, foram criados na década seguinte órgãos como a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que coordena a ação de órgãos federais no território, e o Banco da Amazônia.

Como maior floresta tropical do planeta, a Amazônia é monitorada e protegida por alguns programas, como o Plano Amazônia Sustentável (PAS), que propõe um conjunto de diretrizes para orientar o desenvolvimento sustentável da Amazônia, com valorização da diversidade sociocultural e ecológica e redução das desigualdades regionais. O PAS foi lançado em maio de 2008, e elaborado sob a coordenação da Casa Civil da Presidência da República e dos ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional.

O Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), também foi idealizado com o objetivo de promover a conservação e a proteção permanente da floresta. Ele abrange pelo menos 15% da Amazônia brasileira. O Arpa garante a efetividade de parte significativa do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), sistema político de prevenção e combate ao desmatamento ilegal e responsável por buscar e manter bases ecológicas para o desenvolvimento do país. O programa foi criado em 2002 por meio de uma parceria entre governo federal, órgãos estaduais e instituições privadas e a sociedade civil.

De Maria Moura, sob supervisão de Patrícia Oliveira

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Infectologista esclarece principais dúvidas sobre a CoronaVac

 


19/01/2021, 19h30

O infectologista Julival Ribeiro conversou com a repórter Marcella Cunha, da Rádio Senado, para esclarecer as principais dúvidas sobre o início da vacinação no Brasil. Ele reforçou a necessidade do uso de máscara e do isolamento social mesmo após a imunização. A CoronaVac será aplicada em duas doses, de forma gratuita, inicialmente em profissionais de saúde, indígenas e idosos e pessoas com deficiência que vivem em instituições de longa permanência.

Fonte: Agência Senado

Grupo Parlamentar Brasil-China pede a embaixador informações sobre insumos

 


Da Redação | 19/01/2021, 21h03

O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-China — colegiado que tem como missão incentivar as relações bilaterais entre os legislativos dos dois países —, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), encaminhou nesta terça-feira (19) ofício ao embaixador da China, Yang Wanming, apelando à “compreensão humanística” do diplomata na busca de informações sobre o fluxo de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19. O receio é que o atraso no envio de material necessário para a fabricação de vacinas no Brasil e a demora na entrega ameacem o calendário de imunização no Brasil.

“Vossa Excelência não desconhece que o Brasil possui um complexo logístico de distribuição vacinal, amplamente testado, que permitirá a rápida imunização de nossa população, em tempo recorde”, diz o ofício, que não especifica as modalidades de vacina para as quais “não poderão faltar os insumos chineses”.

Roberto Rocha admite no documento que o relacionamento entre Brasil e China foi afetado por impasses diplomáticos (o governo brasileiro fez críticas ao país asiático no ano passado em meio à pandemia), mas avalia que esses desentendimentos “nada representam diante da fecunda cooperação realizada em diversas áreas, desde o restabelecimento das relações diplomáticas entre nossas nações, em 1974”. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Quatro senadores disputam a Presidência do Senado em fevereiro

 


Da Redação | 19/01/2021, 21h32

Quatro senadores disputam a Presidência do Senado para os próximos dois anos, com eleição prevista para o início de fevereiro. Anunciaram as candidaturas Simone Tebet (MDB-MS), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Major Olimpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Novas candidaturas podem ser apresentadas até o dia da eleição.

O MDB lançou no último dia 12 o nome da senadora Simone Tebet para concorrer ao cargo. Atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), se eleita, ela será a primeira mulher a presidir o Senado e o Congresso Nacional. A senadora defende a harmonia entre os Poderes, o fortalecimento das instituições e o papel decisivo do Legislativo.

— Nos momentos mais difíceis da nossa história, o Senado Federal e o Congresso Nacional acharam a saída dentro das instituições, dentro da democracia e do estado democrático de direito e agora não vai ser diferente — afirmou a senadora, que disse receber a missão como um projeto não só do MDB, mas também do Senado e do Brasil.

Nesta terça-feira (19), foi anunciada a organização de uma nova Frente Democrática com Simone Tebet e Baleia Rossi (MDB-SP), que unificam o discurso dos candidatos independentes, fazendo com que as bancadas do MDB das duas Casas atuem juntos a partir de agora.

A senadora tem os votos da bancada do MDB, mais o apoio declarado de senadores do Cidadania, Podemos e PSDB, entre eles os votos individuais de Lasier Martins (Podemos-RS), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), José Serra (PSDB-SP) e Mara Gabrilli (PSDB-SP), entre outros. 

Simone Tebet é advogada e filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet (1936-2006). Ela iniciou a carreira política em 2002, como deputada estadual, após trabalhar 12 anos como professora universitária. Em 2004, foi a primeira mulher eleita para o executivo municipal e em 2008 foi reeleita para a prefeitura de Três Lagoas (MS). Também foi a primeira mulher a assumir o cargo de vice-governadora de Mato Grosso do Sul, na gestão do então governador André Puccinelli, em 2011. Foi ainda Secretária de Governo entre abril de 2013 e janeiro de 2014.

Rodrigo Pacheco

Rodrigo Pacheco lançou sua candidatura nesta terça-feira por meio de um manifesto em que se compromete, entre outras coisas, a garantir as liberdades, a democracia, as estabilidades social, política e econômica do Brasil, bem como a segurança jurídica, a ética e a moralidade pública, com respeito às leis e à Constituição.

O senador ainda defende a unificação das instituições pelo bem comum, a pacificação da sociedade e a independência do Senado. Outro compromisso assumido foi o atendimento à crise sanitária do país em decorrência da covid-19.

"Ter como foco imediato da atuação legislativa do Senado Federal, em virtude da pandemia e de seus graves reflexos, o trinômio: saúde pública – crescimento econômico – desenvolvimento social, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis e gerar emprego, renda e oportunidades aos brasileiros e brasileiras, sem prejuízo de outras matérias de igual relevância, que merecerão, a seu tempo, atenção e prioridade".

O senador tem 44 anos, é advogado e foi o mais jovem conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil, entre 2013 e 2015. Cumpriu um mandato como deputado federal por Minas Gerais (2015-2019) e foi presidente da Comissão e Constituição e Justiça da Câmara. No Senado, também atuou como vice-presidente da Comissão de Transparência e Governança (CTFC).

Rodrigo Pacheco já recebeu o apoio formal de nove partidos: DEM, PT, PP, PL, PSD, PSC, PDT, Pros e Republicanos.

Major Olimpio

O senador Major Olimpio anunciou que concorre à presidência do Senado. Ele justifica sua candidatura por entender que o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem se aproximado do PT, que apoia a candidatura de Rodrigo Pacheco.

O parlamentar espera contar com o apoio do grupo que compõem o Muda Senado, mas reconhece que tem poucas chances.

“Vou disputar a eleição para presidente do Senado com a mesma sensação do time que entra em campo sabendo que o adversário tem vantagens (cargos e emendas) e tem o juiz como seu parceiro”, declarou em nota.

Kajuru

O senador Kajuru anunciou que também está na disputa pela presidência, mas adiantou que vai apoiar a candidatura de Simone Tebet.

De acordo com o senador, seu nome foi lançado como forma de “marcar posição” em pronunciamento que fará no dia da eleição como protesto à atual Presidência do Senado.

 — Quando terminar eu direi o seguinte: não sou candidato, vocês aí podem ter melhores qualidades do que eu, mas vocês não têm uma qualidade que eu tenho: chama-se coragem — afirmou.

Rito

Por causa dos riscos de contaminação da pandemia de covid-19, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deverá anunciar nos próximos dias a data e horário da eleição da Mesa, após reunião com os servidores para avaliar os preparativos necessários.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado