terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Primeira indígena vacinada no Pará tem 105 anos e pertence a etnia Gavião

 


19/01/2021 14h30 - Atualizada hoje 14h52
Por Bruno Magno (CPH)

Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáPrimeiro governador de Estado a entrar em área indígena, autorizado pela Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) , o governador Helder Barbalho, esteve na terra indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, sudeste paraense, no início da tarde desta terça-feira (19), para acompanhar o início da vacinação contra Covid-19 nos povos tradicionais. Três grupos indígenas, os Gavião Akrãtikatêjê (da Montanha), Gavião Kykatejê e Gavião Parkatêjê, formam os habitantes desse território, que começaram a ser imunizados. Neste primeiro momento, 90 indígenas cadastrados na Funai (Fundação Nacional do Índio) receberam hoje as vacinas encaminhadas pelo Governo do Estado. 

“Nós devemos ter conforto e solidariedade com aqueles que perderam entes queridos na pandemia, e nos perdemos 61 indígenas, mesmo com todos os esforços. Mas agora, com a vacina chegando, renova-se a esperança da proteção à vida de cada comunidade indígena do nosso Estado. Serão vacinados mais de 23 mil índios a partir deste momento e isso significa respeito e cuidado com as pessoas”, disse o governador Helder Batbalho, em visita à terra indígena. 

Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáNa oportunidade, Rónóre Gavião, de 105 anos, foi a primeira indígena vacinada no Pará contra a Covid-19. Com sabedoria e cultura dos povos tradicionais, a idosa se preparou  com a vestimenta da etnia Gaviões para receber a imunização, realizada pelas mãos de sua neta, Haká-Kwi Gavião,  técnica de enfermagem da Sesai. “Agradeço pela vacina que trouxe esperança para nós”, disse a idosa na linguagem indígena. Em seguida, Haká também foi imunizada contra a doença. 

Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará

Na madrugada desta terça-feira (19), além das 124.460 doses da vacina Coronavac, destinadas ao Pará pelo Ministério da Saúde, o Estado recebeu mais 48.680 doses voltadas somente aos indígenas do Estado. Ao todo, o Pará recebeu 173.240 doses para a imunização contra a Covid-19, neste primeiro momento, para grupos prioritários, entre eles , indígenas aldeados, como os da terra indígena Mãe Maria. 

“Com a chegada da vacina, iniciamos a logística de distribuição em todo o Estado. Começamos por Belém onde foram vacinados os profissionais de saúde da linha de frente da Covid-19, vacinamos a primeira indígena, e agora estamos iniciando a vacinação de 23 mil índios, e logo mais imunizaremos os idosos em casas de asilo. Depois de 21 dias, essas pessoas recebem a segunda dose do mesmo lote, garantindo assim a imunização de fato”, detalhou o secretário Rômulo Rodovalho. 

Para Ubirajara Sompré, líder indígena e apoiador técnico dos povos indígenas do Governo do Estado, a chegada das vacinas nas aldeias representa esperança para os povos tradicionais, que não ficou imune a pandemia do novo coronavírus.

“A palavra certa é gratidão, primeiramente a Deus, a ciência, a resistência dos povos indígenas, e é claro, ao governador Helder Barbalho, que foi incansável desde o início da pandemia, principalmente com os povos indígenas. O governo atuou desde a abertura de leitos nos hospitais de campanha para os indígenas, em Marabá e Santarém, prestando apoio médico também, enfim, dando todo suporte necessário. Os indígenas aguardam ansiosos por esse momento da vacinação”, destacou o líder indígena, ressaltando que o governo do Estado também já disponibilizou a logística para levar as vacinas as aldeias mais afastadas do Estado.  

A Terra Indígena Mãe Maria, homologada pelo governo federal em 20 de agosto de 1986, é uma área de 62.488 hectares localizada no município de Bom Jesus do Tocantins, sudeste paraense. Três grupos indígenas - os Gavião Akrãtikatêjê (da Montanha), Gavião Kykatejê e Gavião Parkatêjê- formam o total de 500 habitantes desse território.

Acompanhando a agenda ao lado do governador, o secretário regional do Sudeste do Pará, João Chamon Neto, ressaltou a importância da imunização contra a Covid-19 na região. “É a materialização de um sonho, o fim desse pesadelo de 10 meses, e na nossa região não é diferente. Estivemos acompanhando toda a luta do nosso governador para que esse momento chegasse, nós também fizemos parte dessa luta, e hoje, estamos aqui testemunhando a chegada do primeiro lote para região de Marabá, que vai receber nove mil doses”, disse. 

Participaram da comitiva ainda a secretaria de Comunicação do Estado, Vera Oliveira, secretário adjunto da Sespa, Sipriano Ferraz, prefeito de Marabá, Tião Miranda, e vereadores de Marabá.

AGÊNCIA PARÁ 

Sespa reforça abastecimento de oxigênio no Baixo Amazonas e orienta municípios a monitorar rede hospitalar

 


19/01/2021 14h52 - Atualizada hoje 16h05
Por Carol Menezes (SECOM)

Foto: DivulgaçãoCaminhões contendo um total de 159 cilindros de oxigênio chegaram, ainda ontem (18), a Santarém, no oeste do Pará. De lá, eles foram distribuídos para as cidades de Oriximiná (79), Terra Santa (30), Faro (20) e Juruti (30), em caráter preventivo. 

Hoje, o Pará possui uma capacidade de produção de oxigênio superior a 58 mil m3 diários, o que atende a totalidade das demandas de suas 144 cidades, inclusive com capacidade de prestar apoio aos estados do Amapá e Maranhão. E, para garantir essa estabilidade, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) emitiu alerta às secretarias municipais, em especial onde houve mudança de bandeiramento, como é o caso da região do Baixo Amazonas, para que fiquem atentas no monitoramento e abastecimento dos hospitais, no sentido de evitar baixas e falta de um elemento tão essencial à vida.

Foto: DivulgaçãoPor causa da municipalização da saúde, cada prefeitura é responsável pela manutenção de contratos e aquisição do produto para abastecimento local, cabendo então à gestão estadual a compra e o abastecimento de oxigênio dos hospitais estaduais. "Também damos um apoio na intermediação para que os prefeitos sejam atendidos pelas empresas fornecedoras de oxigênio”, explica o secretário adjunto de Gestão Administrativa da Sespa, Ariel Barros. 

Equipes destacadas pelo 9º Centro Regional de Saúde (9º CRS) da Secretaria, que congrega 20 municípios da zona oeste do Pará, com apoio da Secretaria Regional de Governo do Oeste do Pará, atuam diretamente no monitoramento preventivo por conta do aumento do número de casos desde o dia 14 de janeiro, quando estourou a crise da falta do insumo no Amazonas, Estado vizinho.

Foto: Divulgação“Entendemos que deveríamos agir de forma preventiva, redobrando os cuidados com as barreiras sanitárias e monitorando o cenário de ofertas de leitos e oxigênio”, ressalta a diretora do 9o CRS, Aline Cunha. Os envios preventivos de oxigênio para municípios do Baixo Amazonas já são frutos dessa observação. "Importante estarmos unidos para salvarmos o maior número de vidas, essa é nossa missão, do Governo das prefeituras. E vamos fazer nossa parte, usar a máscara, fazer higienização, só assim vamos vencer juntos", declara o secretário regional de Governo, Henderson Pinto.

Atualmente, o Pará conta com fornecimento de oxigênio produzido pelas empresas White Martins e Air Liquid, e ainda possui suporte logístico com outras regiões do país como retaguarda para casos de extrema necessidade.

AGÊNCIA PARÁ 

Adolescente pede presente de aniversário que salva vidas

 


Ir ao Hemocentro Regional de Santarém para se tornar doadora de sangue foi a comemoração pedida à família pela aniversariante

19/01/2021 15h22 - Atualizada hoje 16h37
Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)

A adolescente Ana Clarisse Brito completou 16 anos nesta semana e o presente que pediu aos pais não poderia ter um significado tão simbólico em uma semana em que a batalha pela vida começa a ser vencida: ir ao Hemocentro Regional de Santarém, no oeste paraense, para doar sangue. “Eu sempre quis doar. E só o sentimento de ajudar as pessoas já me deixa muito feliz neste dia”, declarou a aniversariante.

Ana Clarisse na companhia dos pais e da irmã, já com o resultado de seu gesto de consciência social aos 16 anosFoto: Ascom / HemopaO pai da adolescente é o juiz titular da 2ª Vara Criminal de Santarém, Rômulo Brito, que ficou emocionado com o pedido da filha e compartilhou com a equipe de trabalho. “O sentimento é de satisfação plena. Eu comentei o desejo da minha filha com meus colegas servidores, e eles ficaram comovidos. Combinamos de vir juntos doar”, informou o magistrado.

E este dia de festa para Clarisse também foi de muita alegria para a equipe do Hemocentro. “Esse é exemplo de que uma boa ação, que reflete mais ações positivas. Ganhamos mais seis bolsas de sangue hoje, motivado pelo desejo de uma aniversariante em ser doadora. Isso nos inspira a cada dia”, destacou Telma Suanne, assistente social do Hemocentro de Santarém.O juiz Rômulo Brito aproveitou o pedido da filha e levou os amigos para a doação de sangueFoto: Ascom / Hemopa

Critérios - A doação de sangue é um procedimento simples e pode salvar muitos pacientes que estão hospitalizados, precisando de transfusão. Para ser um doador, o cidadão precisa ter entre 16 e 69 anos - menores de idade devem estar acompanhados de um responsável legal, como a Clarisse fez. Além disso, precisa pesar mais de 50 kg e estar bem de saúde. No momento do cadastro é obrigatória a apresentação de um documento de identificação oficial com foto, que pode ser o RG, a carteira de trabalho, a carteira de habilitação (CNH) ou passaporte.

Durante a pandemia, quem teve Covid-19 pode doar após 30 dias da cura. E quem teve contato com pacientes infectados pelo novo coronavírus pode doar após 14 dias do último contato, se não apresentar nenhum sintoma gripal.

AGÊNCIA PARÁ 

Governo do Pará inicia vacinação contra o coronavírus no Baixo Amazonas e Tapajós

 


19/01/2021 17h15 - Atualizada hoje 17h52
Por Leonardo Nunes (SECOM)

Maria das Graças Guimarães Regis, 70 anosFoto: Marco Santos / Ag. ParáO Governo do Pará também iniciou, nesta terça-feira (19), a vacinação nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós contra o novo coronavírus (Covid-19). Em Santarém, o governador Helder Barbalho realizou um ato simbólico com a imunização de Maria das Graças Guimarães Regis, 70 anos, no lar para idosos São Vicente de Paula. 

Ao todo, 17.725 mil doses doses da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantã (São Paulo), foram entregues na Região do Baixo Amazonas e Tapajós. Somente em Santarém, terceira maior população do Estado, foram distribuídas 6.475 doses do imunizante. 

“É um momento de renovação da esperança, valorizar a ciência, a vida e trabalhar para que, o mais rápido possível, estarmos com todos que compõem este primeiro grupo vacinados. Em paralelo, vamos buscar mais vacinas que possam permitir a imunização de toda a nossa população”, explicou o governador Helder Barbalho durante o ato. 

Foto: Marco Santos / Ag. Pará

O chefe do Poder Executivo Estadual  defendeu a união institucional como ferramenta estratégica para avanço da vacinação em todo Estado. “Aqui em Santarém, na Região Oeste do Pará, estamos vacinando a primeira idosa institucionalizada. Todo o Pará tem que estar envolvido. Todos nós precisamos estar em um único espírito de valorizar a vida e devemos estar mobilizados para salvar a população”, disse. 

O governador ressaltou, ainda, que vacinação deve compor a participação de todos os entes federados. Helder Barbalho considera que plano nacional de imunização é de coordenação do Governo Federal, no Ministério da Saúde, e o Governo do Estado está viabilizando toda a logística para permitir com que a vacina chegue o mais rápido possível. 

“As vacinas chegaram em solo paraense ontem, às 23 horas, e hoje, às 03h, saiu a primeira aeronave para o interior do Estado. Serão 37 voos ao longo destas 24 horas, no mais tardar até o dia de amanhã, para concluir todo processo logístico de vacinação. Estamos entregando as vacinas nas 13 Regionais de Saúde, mas também levando aos municípios que têm mais dificuldade logística”, detalhou Helder Barbalho. 

Foto: Marco Santos / Ag. ParáO governador informou que, de acordo com o Ministério da Saúde, a próxima rodada de imunização deve ocorrer em um prazo de 10 dias. O governador paraense fez um pedido para as pessoas que fazem parte do primeiro grupo alvo da campanha.

 “Quero fazer um pedido, vamos vacinar. É fundamental que todos compreendam que a vacina é uma vitória da ciência, da pesquisa e acima de tudo é uma esperança da renovação pela vida. Já perdemos muitos irmãos, foram mais de 200 mil brasileiros, sete mil paraenses e a única forma que temos de proteger a nossa população é vacinando”, cravou o governador.

A primeira idosa imunizada no Estado, Maria das Graças Guimarães Regis, 70 anos, também resgatou a importância da ciência e demonstrou gratidão pela oportunidade de imunização. “A luta é pela saúde. Tudo que está acontecendo e o conhecimento dado, foi coisa de Deus. Feliz por colaborar nisto, pensando em todos, peço que fortaleçam a fé”, comentou. 

Maria das Graças Guimarães Regis, 70 anosFoto: Marco Santos / Ag. Pará

O prefeito de Santarém, Nelio Aguiar, destacou o empenho do Poder Executivo Estadual em iniciar o processo de Imunização contra a Covid-19. O prefeito ressaltou, ainda, a parceria institucional entre Estado e municípios na logística e processo de vacinação dos públicos-alvo da campanha.

“Com a vacina, recebemos a esperança de que podemos vencer essa guerra contra a Covid--19. Recebemos com muita alegria e esperança a chegada da vacina em nosso município. Reconhecemos toda luta e emprenho do governador Helder desde o início da pandemia. Muito importante estarmos todos juntos nesta guerra trabalhando de forma articulada e unida para salvar vidas e proteger a população”, disse. 

José DanielFoto: Marco Santos / Ag. Pará

José Daniel, 58 anos, vendedor autônomo, reforça que a chegada da vacina acende a esperança no combate à Covid-19. “A pessoa já esperava há tempo, né? E tá chegando em boa hora. Eu acredito que um bom negócio foi feito. Porque antes disso tava tudo muito dificultoso pra gente, no país todo, né? A gente espera que com essa chegada dela seja muito melhor. Ainda mais a cidade que voltou com as medidas restritivas”, disse. 

Alerta para região do Baixo Amazonas 

Aproveitando a agenda oficial no município, o governador Helder Barbalho fez um apelo para a população da região solicitando, mais uma vez, que o isolamento social seja respeitado, que as pessoas façam uso de máscaras e mantenham as mãos higienizadas. 

“Particularmente, a Região Oeste do Pará, região do Baixo Amazonas,  que tem relação muito próxima com Manaus e o Amazonas, devem estar atentas para os riscos de assistirmos uma segunda onda e lamentavelmente termos que conviver com cenários de perdas de vidas assemelhado ao estado vizinho”. 

Primeiro lote 

Neste primeiro lote, a imunização será realizada junto à população indígena, trabalhadores em saúde que atuam na linha de frente de combate ao covid-19 e pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência, como por exemplo, asilos.

Plano de vacinação do Estado

O plano de vacinação do Estado começou nas primeiras horas do dia em ato realizado no Hangar Centro de Convenções, em Belém. Ao todo, o Estado terá 173.240 mil doses da vacina, deste total, 48.680 são exclusivas para população indígena.
 
A vacina, que é fabricada pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, será distribuída de forma gradativa e proporcional à população de cada município paraense.

Cronograma

A campanha de imunização contra a Covid-19 no Pará será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do Governo Federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha serão divulgadas pelo Governo do Pará.

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AGÊNCIA PARÁ

Em 12 horas, primeiros lotes de vacinas chegam aos Centros Regionais de Saúde do Pará

 


O planejamento logístico feito previamente pelo governo do Estado garante a eficiência da entrega e o início da vacinação em todas as regiões

19/01/2021 17h37 - Atualizada hoje 18h59
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Embarque dos primeiros lotes de vacinas ainda na madrugada, em direção aos Centros Regionais de SaúdeFoto: Pedro Guerreiro / Ag. ParáCom 1.248.000 quilômetros quadrados de área, o que o torna a segunda maior unidade da Federação em extensão territorial, o Pará enfrenta verdadeiros desafios quando se trata de acessibilidade. Principalmente em regiões como Baixo Amazonas, Tocantins e Marajó o transporte fluvial é, na maioria das vezes, a única via de acesso, ou é preciso recorrer às aeronaves.

No entanto, todas as dificuldades impostas pela geografia não impediram que as mais de 173 mil doses de vacinas CoronaVac chegassem a todos os 13 Centros Regionais de Saúde em apenas 12 horas, desde a chegada da carga ao Aeroporto Internacional de Belém, na noite de segunda-feira (18).Mais vacinas saíram de Belém em aeronaves em direção às regiões de difícil acessoFoto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará

Os centros estão localizados em Belém (1º CRS), Santa Izabel do Pará (2º CRS), Castanhal (3º CRS), Capanema (4º CRS), São Miguel do Guamá (5º CRS) e Barcarena (6º CRS), com acesso por via terrestre; Marajó (7º CRS), Breves (8º CRS), Santarém (9º CRS), Altamira (10º), Marabá (11º CRS), Conceição do Araguaia (12º) e Cametá (13º CRS), que receberam os lotes de vacina por via aérea. A previsão é que em menos de 24 horas o imunizante contra a Covid-19 chegue a todos os 144 municípios do Pará.

O primeiro deslocamento com os lotes de CoronaVac foi feito às 3 h da madrugada pelo Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), da Polícia Militar. Após o passo inicial, uma força-tarefa reunindo servidores da saúde, policiais militares, agentes de trânsito e demais profissionais da segurança foi formada para levar doses da vacina ao interior, além de garantirem a escolta da carga até cada município.

“Recebemos as vacinas praticamente à meia-noite de hoje (terça-feira). Três horas depois, já estávamos embarcando para Marabá (no sudeste) e Conceição do Araguaia (no sul). Às 8h30, quase todas as regionais alcançadas por via rodoviária haviam recebido. Às 12 h, praticamente todo o Marajó (que tem 16 municípios), e próximo das 15 h todas as regionais já receberam as vacinas. A entrega nas regionais deu-se em 12 h. Dezenas de municípios já estão, inclusive, aplicando as doses. Acredito que, em menos de 24 h, todos os 144 municípios do Pará já terão recebido e, quem sabe, até iniciado a vacinação”, destacou o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.Vacina chegando rapidamente ao Marajó, uma das regiões de um Pará continentalFoto: Divulgação

Planejamento - Ao todo, 1.200 profissionais da segurança pública, utilizando cerca de 240 viaturas quatro rodas, oito aeronaves e duas embarcações, foram mobilizados nesse planejamento de logística. Foram elaborados dez planos de voo para levar as vacinas às regiões mais distantes, trajetos que levariam horas ou até mesmo dias se fossem feitos por outro meio de transporte, como os municípios de Breves, Melgaço, Muaná e Curralinho, no Arquipélago do Marajó. A operação foi coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), de forma integrada com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

A atuação do Grupamento Fluvial também é fundamental na logística de distribuição das vacinasFoto: DivulgaçãoO Grupamento Fluvial (Gflu), vinculado à Segup, já estava à espera do helicóptero contendo os isopores com as vacinas na sede municipal de Breves, para levar as doses a Melgaço, Portel e Bagre, que são rodeados por rios. Duas embarcações foram utilizadas na ação.

Todas as cargas foram entregues aos Centros Regionais de Saúde da Sespa para que cada gestão municipal se responsabilizasse pelo correto encaminhamento da vacina e imunização da população, com exceção das regiões da Calha Norte, no oeste paraense, e do Marajó, informou o diretor de Vigilância em Saúde, Denílson Feitosa.A Polícia Militar mobilizou centenas de agentes para entrega e escolta da carga preciosaFoto: Divulgação

Regiões diferenciadas - Segundo ele, o “governo do Estado, por meio da Sespa e Segup, elaborou um plano logístico que permitiu que várias aeronaves (asa fixa, asa rotatória, no caso helicópteros, e aviões comuns) pudessem percorrer todo o Estado, bem como na região do Marajó, especificamente, com a utilização do Grupamento Fluvial, para realizar a entrega em alguns municípios. Lembrando que o governo do Estado também tratou as regiões da Calha Norte e do Marajó de forma diferenciada, permitindo que a vacina fosse entregue diretamente ao município e não na Regional de Saúde, que é o fluxo comum. Isso foi feito justamente para assegurar que essas regiões de logísticas um pouco mais complicadas pudessem receber a vacina em tempo semelhante a outras cidades do Pará”. 

Com a logística definida com antecedência, o Estado consegue distribuir com eficiência as vacinas para grupos prioritáriosFoto: DivulgaçãoPara a distribuição das doses de vacina e insumos para a campanha de vacinação contra a Covid-19 nos 144 municípios paraenses, a Sespa montou um esquema com um total de 49 veículos - três caminhões isotérmicos, dois caminhões baú, oito pick ups de apoio e mais 36 pick ups locadas pela Secretaria. Desse total de 36 veículos locados, 10 ficaram na Região Metropolitana de Belém e 26 foram enviados aos 13 Centros Regionais de Saúde, sendo dois para cada, a fim de dar suporte durante todo o trabalho de vacinação.

A Sespa também encaminhou um técnico para cada CRS com o objetivo de ajudar no monitoramento e fiscalização do repasse das doses aos municípios, e também para esclarecer dúvidas dos secretários e prefeitos. (Colaboração de Roberta Vilanova - Ascom/Sespa).

AGÊNCIA PARÁ 

Segup alerta para surgimento de possíveis golpes com oferta de vacinação

 


Secretaria informa que os canais oficiais para denúncias à Segup, são o número 181 e o Whatsapp 91 98115-9181. Os dois garantem o sigilo e o anonimato.

19/01/2021 18h28 - Atualizada hoje 19h37
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Segup está atenta para averiguar qualquer denúnciaFoto: Pedro Guerreiro / Ag. ParáApós a chegada da vacina CoronaVac no Estado, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará alerta para que a população esteja atenta a possíveis golpes que podem vir a surgir com a oferta de imunizantes, seja por abordagens pessoais ou de empresas, e conta com a contribuição da população para que ao detectar uma ação suspeita encaminhe informações para os canais oficiais de denúncia da Segup, por meio da ligação no número 181ou pelo Whatsapp 91 98115-9181. Os dois garantem o sigilo e o anonimato de quem fornece as informações. 

Qualquer denúncia que chegue à Segup será averiguada, sejam relatos apontando furtos, estelionato, peculato, apropriação indébita ou outros tipos de crimes. Todos estes possuem pena que variam de quatro a cinco anos, podendo o período ser até maior. Destaca-se que não existe vacina no mercado informal e nem na rede privada. Todas as vacinas foram adquiridas pelo Ministério da Saúde e são distribuídas pelo Estado, então, não há outra forma de conseguir o imunizante para a Covid-19, se não pelo calendário de vacinação estadual.

“Qualquer outra maneira de você tomar, sem que você seja do grupo de risco, é na verdade um cometimento de crime e nós iremos apurar com muito rigor, lembrando que o golpe também pode existir, seja com pessoas oferecendo vacinas como se tivessem conseguido no mercado privado ou como se tivessem outro fabricante, e não há outro fabricante além do fornecido pelo Ministério da Saúde, então as pessoas podem ser vitimas também de golpes, que podem causar mal à saúde, dizendo que é a vacinação e não é. Pedimos que a população nos ajude fiscalizar. Distribuímos a vacina nos 144 municípios do Estado do Pará, cada prefeitura é responsável por gerir a campanha de vacinação que é muito importante para todos nós”, ressaltou o titular da Segup, Ualame Machado.

“Qualquer desvio de conduta ou encaminhamento da vacina para um grupo que ainda não é o prioritário, a população deve entrar em contato com os canais de denuncias da segurança pública do Pará, tanto pelo 181, que é o número convencional do Disque Denúncia, ligação gratuita, sigilosa e anônima. Além da Iara, pelo Whatsapp (91 98115-9181), a população pode colaborar enviando foto, vídeo, mapa, áudio”, explicou o secretário de segurança pública, Ualame Machado.

POLÍCIA CIVIL 

Enquanto a vacina é aguardada com ansiedade pelos paraenses, golpistas aproveitam o momento para praticar crimes utilizando os nomes das secretarias municipais de Saúde. A Polícia Civil chama atenção da população para não cair em golpes.

Por telefone, o estelionatário entra em contato com a vítima sob o pretexto de agendar a data e o horário para aplicar a dose do imunizante. Para garantir o suposto procedimento, o criminoso induz a pessoa que está do outro lado da linha a fornecer um código de confirmação, que chega por meio de mensagem de texto. Entretanto, a vítima acaba repassando uma senha para clonar o aplicativo de mensagens instantâneas, o WhatsApp. 

O titular da Divisão de Investigações e Operações Policiais (Dioe), delegado Neyvaldo Silva, orienta sobre a importância de fazer o registro de ocorrência policial, caso a pessoa seja vítima do golpe. "É  necessário ir até uma Seccional de Polícia ou à Delegacia Especializada em Estelionato e Outras Fraudes (Deof) fazer o registro do crime, para que possamos investigar as denúncias e chegar até os golpistas", pontuou.

O secretário adjunto de Saúde, Sipriano Ferraz, aproveitou a oportunidade para alertar a população para ter calma e não sair à procura da vacina neste momento. 

"Não é uma corrida pela vacina, temos indicação dos profissionais que vão ser vacinados agora. A vacina vai ser nominal e os prefeitos vão prestar contas de quem foi vacinado. Os vacinados serão cadastrados pelo CPF ou cartão do SUS. Os municípios vão fazer o controle e, quando possível, vacinar dentro das unidades de saúde, para evitar aglomeração", diz Sipriano.

Fases da vacinação:

1ª Fase: trabalhadores de saúde; pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência e indígenas aldeados.

2ª Fase: profissionais da segurança pública na ativa; idosos a partir de 60 anos de idade; e povos e comunidades tradicionais quilombolas.

3ª Fase: indivíduos que possuam comorbidades (doenças como diabetes, hipertensão e obesidade);

4ª Fase: trabalhadores da educação; Forças Armadas; funcionários do sistema penitenciário; população privada de liberdade e pessoas com deficiência permanente severa.

AGÊNCIA PARÁ 

Estado dialoga com prefeituras do Baixo Amazonas e amplia leitos para combate à pandemia

 


Nesta quarta, (20), o secretário adjunto da Sespa, Sipriano Ferraz, e o secretário regional Henderson Pinto, vão a Faro, onde morreram seis pacientes

19/01/2021 18h32 - Atualizada hoje 19h20
Por Carol Menezes (SECOM)

Governador em reunião online com prefeitos de cidades na divisa do Amazonas sobre o abastecimento de oxigênio da rede de hospitais Foto: Marco Santos / Ag. ParáEm Santarém, para dar continuidade à campanha de vacinação contra a Covid-19, o governador Helder Barbalho participou de reunião remota com prefeitos de cidades que fazem divisa com o Estado do Amazonas para tratar do abastecimento de oxigênio da rede de hospitais. Nesta quarta, dia 20, o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Sipriano Ferraz, e o secretário regional de Governo do Baixo Amazonas, Henderson Pinto, vão até Faro, onde foram confirmadas hoje (19), a morte de seis pacientes em decorrência de complicações da Covid-19 e ausência de estrutura hospitalar no município, para tratar de demandas relacionadas ao atendimento da população.

Às 11h desta quarta, 20, o Barco Hospital Papa Francisco chega de Óbidos ao distrito de Maracanã, para atender moradores que estejam apresentando sintomas causados pelo vírus.

Na segunda, 18, representantes da secretaria regional de Governo e da própria Sespa já realizavam as tratativas para garantir a oferta dos insumos necessários aos infectados pelo novo coronavírus. Hoje foi a vez do próprio chefe do Executivo Estadual reunir inclusive com empresas que fornecem oxigênio para saber da situação na região. 

Helder dá continuidade à vacinação e afirma que o Governo do Estado está à disposição no que cabe à gestão administrativa estadualFoto: Marco Santos / Ag. Pará"As prefeituras devem ter planejamento para garantir equipes médicas e suporte de insumos. O Governo do Estado está disposição naquilo que nos cabe, mas tive a comunicação de que as empresas que fornecem oxigênio têm condições de atender, mas dependem das solicitações de cada município. E para que não haja ruído, tanto o Sipriano quanto o Henderson irão pessoalmente a Faro para discutir esse assunto, e de outros municípios próximos, como Terra Santa, Juruti", antecipou o governador.

O Governo do Pará abriu dez leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em Juruti, além de cinco leitos clínicos, bem como disponibilizou serviços aeromédicos e pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorização para pousar em Faro e realizar transferência dos pacientes que precisarem. No Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), os 20 leitos de UTI serão ampliados para 30, e Helder confirmou que, havendo necessidade, a ampliação pode chegar em 50, assim como no Hospital Regional de Itaituba. 

"Esta região tem 90 leitos de UTI disponibilizados pelo Estado, estamos em diálogo para que o município possa cuidar da sua população, o que é decisivo para que não vejamos um cenário dramático. Tem leito e há oferta de oxigênio. Não podemos confundir falta de gestão e de buscar o produto com escassez, isso está longe de acontecer e por isso trabalharemos preventivamente, garantindo apoio a todos os municípios, para que cuidem de suas responsabilidades e assegurem serviços básicos à população", reforçou o governador.

AGÊNCIA PARÁ

Covid-19: 115 pacientes foram transferidos do Amazonas para tratamento

 


Quatro internados foram transferidos de Parintins para Belém hoje

Publicado em 19/01/2021 - 21:17 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Na madrugada desta terça-feira (19), mais quatro pacientes do interior do Amazonas foram transferidos para tratamento da covid-19 em outro estado. Os pacientes do município de Parintins, no Baixo Amazonas, foram levados para Belém, no Pará.

Desde sexta-feira (15), foram 115 transferências de pacientes que estavam internados em unidades da rede estadual amazonense de saúde para tratamento em hospitais do Acre, Distrito Federal, Maranhão, Pernambuco, Piauí, João Pessoa, Rio Grande do Norte, Pará e de Goiás.

A ação faz parte da força-tarefa, em conjunto com o governo federal, para diminuir a lotação dos hospitais públicos do estado diante do aumento do número de internações de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Ontem (18), o governo do Amazonas havia informado a transferência de 15 pessoas para Goiás, no entanto, uma delas foi cancelada devido a impossibilidade de remoção de um dos pacientes por motivos clínicos.

Boletim

Segundo boletim divulgado há pouco, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas contabiliza 233.971 infectados pelo novo coronavírus no estado. Desde que a presença do vírus no país foi confirmada, no fim de fevereiro de 2020, 6.450 pessoas morreram em decorrência da doença no estado.

Entre os casos confirmados, 1.768 pacientes estão internados, sendo 1.159 em leitos (484 na rede privada e 675 na rede pública), 590 em UTI (266 na rede privada e 324 na rede pública) e 19 em sala vermelha (estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos ou graves que, uma vez estabilizados, são encaminhados a outros pontos da rede de atenção à saúde).

Edição: Aline Leal


Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Covid-19: Benfica diz que jogará Taça de Portugal mesmo após surto

 


Lateral brasileiro Gilberto é um dos infectados pelo novo coronavírus

Publicado em 19/01/2021 - 20:27 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Horas após informar que um surto do novo coronavírus (covid-19) atingiu 17 pessoas, entre jogadores, membros da comissão técnica e funcionários, o Benfica (Portugal) anunciou que entrará em campo na próxima quarta-feira (20) contra o Braga pela Taça da Liga.

Entre os infectados estão o lateral brasileiro Gilberto, o atacante alemão Lucas Waldschmidt, o zagueiro belga Vertonghen, o lateral espanhol Grimaldo e o atacante português Diogo Gonçalves.

Em nota, a equipe portuguesa informou que “não recebeu por parte das autoridades competentes [...] qualquer recomendação contrária às regras até agora vigentes nas competições nacionais. Ou seja, proceder ao isolamento dos jogadores que testaram positivo e incluir no lote de atletas à disposição da sua equipa técnica todos aqueles que testaram negativo, 48 horas antes da partida”.

O Benfica também informou que realizou, no decorrer da temporada, mais de 7 mil testes de detecção do novo coronavírus (covid-19) com os membros de sua equipe, com uma média de 82 por pessoa.

Edição: Fábio Lisboa



Por Agência Brasil - Rio de Janeiro