terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Bancos Inter, Itaú e Caixa lideram ranking de reclamações ao BC

 


São consideradas instituições com mais de 4 milhões de clientes

Publicado em 19/01/2021 - 17:13 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 19/01/2021 - 19:02

O Banco Inter ficou em primeiro lugar no ranking de reclamações contra instituições financeiras no quarto trimestre de 2020, de acordo com dados divulgados hoje (19) pelo Banco Central (BC). Para a elaboração do documento, foram consideradas as instituições com mais de 4 milhões de clientes. O conglomerado (banco e subsidiárias) do Banco Itaú ficou em segundo lugar e o conglomerado da Caixa Econômica Federal ficou em terceiro.

Para elaborar o ranking, as reclamações procedentes são divididas pelo número de clientes da instituição financeira e multiplicadas por 1 milhão. O índice gerado representa o número de reclamações do banco para cada grupo de 1 milhão de clientes.

O resultado é, portanto, avaliado proporcionalmente à quantidade de clientes de cada instituição. Com esse cálculo, o Inter ficou com o índice de 111,52. As queixas contra o Itaú resultaram no índice de 31. E a Caixa ficou com índice 30,85. O Banco Inter tem 8.069.837 clientes, o Itaú tem 83.674.760, e a Caixa, 143.971.402.

ranking passou por uma mudança. Até outubro do ano passado, o BC incluía na lista principal as instituições com mais de 4 milhões de clientes. Após reclamações de que a metodologia prejudicava bancos médios e beneficiava grandes conglomerados, o órgão passou a incluir na lista principal apenas as dez maiores instituições do país, com pelo menos 8 milhões de clientes, e deixou o restante para uma lista secundária.

Queixas

De outubro a dezembro do ano passado, o BC recebeu 900 queixas consideradas procedentes contra o Banco Inter a maioria por “Irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços, exceto as relacionadas a cartão de crédito, cartão de débito, internet banking, terminais de atendimento eletrônico, credenciadora e operação de crédito”.

O Itaú recebeu 2.594 reclamações, a maioria delas também sobre problemas com o crédito consignado. A Caixa recebeu 4.442, sendo a maior parte das reclamações sobre problemas com integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços de internet banking.

Entre os dez principais bancos do país, o Santander, apareceu em quarto lugar no ranking com índice 29,91. Em seguida, na quinta colocação, vem o Banco do Brasil, com índice 22,63. Na sexta posição vem o Bradesco, com índice 16,96.

Principais problemas

A maioria das reclamações consideradas procedentes pelo Banco Central decorreu de problemas na oferta ou na prestação de informação sobre crédito consignado (10.518), em operações de crédito (3.429) e em cartões de crédito (2.639). No total, o BC considerou procedentes 30.780 queixas de clientes contra os bancos no país.

A insatisfação com serviços e produtos oferecidos por instituições financeiras pode ser registrada no BC, e as reclamações ajudam na fiscalização e na regulação do Sistema Financeiro Nacional. Quando a reclamação chega ao Banco Central, é encaminhada para o banco, que tem prazo de dez dias úteis (descontados sábados, domingos e feriados) para dar uma resposta, com cópia para o BC.

Os canais de atendimentos do BC estão disponíveis na internet, pelo aplicativo BC+Perto, por correspondência, presencialmente ou pelo telefone 145.

Entretanto, o Banco Central recomenda que a reclamação seja registrada, primeiramente, nos locais onde o atendimento foi prestado ou no serviço de atendimento ao consumidor (SAC) do banco, nas ouvidorias das instituições  e nos órgãos de defesa do consumidor.

Bancos

Agência Brasil entrou em contato com as três instituições financeiras mais citadas na lista principal, dos dez maiores bancos do país. Em nota, o Itaú Unibanco informou que trabalha de forma intensa e contínua na análise das reclamações registradas pelos clientes, de forma a identificar oportunidades de melhorias nos nossos processos, produtos e serviços. A instituição reiterou o compromisso com a satisfação dos clientes e disse estar sempre à disposição para resolver as demandas pelos diversos canais de atendimento.

A Caixa informou que usa as demandas registradas pelos seus clientes para a melhoria de processos, serviços e produtos. Segundo o banco, melhorias implementadas nos últimos meses têm resultado em redução nas reclamações relativas às plataformas e operações. A instituição também ressaltou que aumentou de forma exponencial a rede de atendimento durante a pandemia e empreendeu uma grande operação de pagamento de benefícios sociais nos últimos meses.

A reportagem aguarda retorno do Banco Inter. Assim que a instituição fornecerem posicionamentos, eles serão incluídos no texto.

Matéria atualizada às 1901 para acréscimo da posição da Caixa

Edição: Maria Claudia



Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 19/01/2021 - 19:02

Confiança do empresário do comércio cai 2,2% em janeiro, diz CNC

 


Efeitos da pandemia influenciam desempenho do setor

Publicado em 19/01/2021 - 12:12 Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 2,2% em janeiro de 2021 e passou para 105,8 pontos. Segundo explicou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que mede o indicador, ainda que tenha registrado a segunda queda mensal consecutiva, o índice permanece no patamar de otimismo, que é acima de 100 pontos pelo quarto mês consecutivo. Na comparação anual houve variação negativa de 16,4%.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que os efeitos da pandemia ainda influenciam a confiança dos comerciantes. Ele disse que, tradicionalmente, janeiro é um mês mais modesto para o consumo. “Passado o período natalino e diminuído o efeito do aumento da renda com o 13º salário, as famílias estão mais dispostas a realizar gastos nos serviços de lazer, por força das férias escolares”, comentou.

O índice referente à satisfação dos comerciantes com as condições atuais e o que avalia as expectativas no curto prazo registraram quedas e, por serem dois dos principais índices do Icec, impactaram o resultado negativo do indicador principal. 

Enquanto o referente à satisfação dos comerciantes com as condições atuais passou para 80,5 pontos com o recuo de 5,8%, o indicador que avalia as expectativas no curto prazo apresentou retração pela segunda vez consecutiva, agora de 2,3% e atingiu 142,1 pontos. Mesmo assim, é o único dos indicadores do Icec acima dos 100 pontos.

O economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton, considerou entre os motivos para a influência que levou ao resultado negativo podem estar o aumento do dólar, o endividamento das empresas, o reajuste dos aluguéis e a cautela do consumidor nas compras. 

“A predominância das percepções adversas também pode ter relação com a necessidade de se fazer investimentos em tecnologia e logística para avançar no e-commerce”, acrescentou.

Investimentos

O único a apresentar resultado positivo (1%) foi o índice que mede as intenções de investimento. Com isso, alcançou 94,9 pontos, voltando a crescer após ligeiro recuo em dezembro. Um outro destaque também foi a intenção de contratação de pessoal. Esse índice teve alta de 2,1% e fechou o mês com 121 pontos.

O economista informou que, nos últimos quatro anos, a intenção de aumentar o quadro de funcionários tem registrado variações positivas em janeiro. 

“O planejamento dos empresários pode incluir aumento do número de pessoal para os próximos meses se a recuperação do emprego, consumo e da geração de renda permanecer em um ritmo satisfatório”, finalizou.

Ouça na Radioagência Nacional:

 

Edição: Kleber Sampaio



Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Dólar sobe pela terceira sessão seguida e fecha a R$ 5,34

 


Bolsa cai 0,5%, mas exterior limita perdas

Publicado em 19/01/2021 - 20:20 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Num dia em que o Brasil se descolou do mercado internacional, o dólar subiu e a bolsa caiu. A moeda norte-americana fechou em alta pela terceira sessão seguida. A bolsa caiu, mas o clima no exterior amenizou as perdas.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (19) vendido a R$ 5,345, com alta de R$ 0,041 (+0,77%). A divisa começou o dia em queda. Na mínima do dia, por volta das 9h20, a cotação chegou a R$ 5,24, mas inverteu o movimento e passou a operar em alta por volta as 11h30.

No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 120.636 pontos, com queda de 0,9%. O índice operou em alta durante a manhã, chegando a superar os 122 mil pontos, mas passou a cair no fim da manhã. No início da tarde, o indicador chegou aos 119 mil pontos, mas uma leve entrada de fluxos externos, decorrente do otimismo no mercado internacional, conteve o recuo.

Declarações dos candidatos à presidência da Câmara de que o auxílio emergencial pode ser reativado provocaram instabilidade no mercado. Para os investidores, a despesa extra precisa vir acompanhada de um corte de gastos em outra área para não gerar preocupações com as contas públicas. O mercado também está em compasso de espera com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que amanhã (21) anunciará a taxa Selic – juros básicos da economia.

O clima do mercado doméstico contrastou com o cenário internacional. O dólar caiu perante as principais moedas do mundo por causa das expectativas em torno do governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. A promessa de aprovação de um pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para a maior economia do planeta reduz a pressão sobre a maior parte dos mercados emergentes.

* Com informações da Reuters

Edição: Aline Leal


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Acordos especiais renegociaram R$ 81,9 bi da dívida ativa na pandemia

 


Mais de 268 mil parcelamentos foram fechados em oito meses

Publicado em 19/01/2021 - 18:37 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Criados para socorrerem contribuintes em dificuldade por causa da pandemia de covid-19, os parcelamentos especiais renegociaram R$ 81,9 bilhões inscritos na dívida ativa da União. De abril a dezembro do ano passado, 268,2 mil acordos de transação excepcional – como é chamado esse tipo de renegociação – foram fechados.

O balanço foi divulgado hoje (19) pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Dos R$ 81,9 bilhões renegociados, R$ 1,7 bilhão foi pago em 2020, como entrada para a adesão ao parcelamento especial e como primeira parcela.

As negociações individuais com contribuintes que devem mais de R$ 15 milhões, categoria que abrange empresas falidas, em recuperação judicial ou entes públicos, também foram destaque. Segundo a PGFN, foram fechadas mais de 20 negociações individuais de grande porte, que permitiram a regularização de um passivo superior a R$ 2 bilhões.

Apenas em dezembro, 96% das negociações aprovadas pela PGFN foram transações excepcionais, que permitiram descontos de 30% a 100% nos juros, nos encargos e nas multas. Somente 4% dos acordos celebrados no mês passado foram parcelamentos comuns, em até cinco anos e sem descontos.

Ao todo, foram criadas quatro modalidades especiais de renegociação após o início da pandemia de covid-19: dívida ativa tributária de pequeno valor, excepcional, extraordinária e excepcional para débitos rurais e extraordinários. O primeiro parcelamento especial foi criado em abril. O mais recente, em setembro. A PGFN forneceu uma tabela para o contribuinte consultar as diferenças de cada modalidade de acordo.

As adesões, que podiam ser feitas pela internet, acabaram em 29 de dezembro. A transação excepcional só abrangeu dívidas de difícil recuperação, que procedem de devedores falidos, em recuperação judicial ou inscritos há mais de 15 anos da dívida ativa sem garantias que possam ser executadas ou suspensão de exigibilidade. Somente o contribuinte com classificações “C” e “D” puderam fazer a renegociação especial.

Edição: Aline Leal


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasil tem 1,1 mil mortes por covid-19 registradas em 24 horas

 


Já o número de infectados em todo chegou a 62.094 no mesmo período

Publicado em 19/01/2021 - 20:12 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

As secretarias de saúde registraram 1.192 mortes por covid-19 nas 24 horas desde o boletim desta segunda-feira. Já o número de infectados em todo o Brasil chegou a 62.094 no mesmo período.

As informações estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (19).

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil.
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil. - Divulgação/Ministério da Saúde

Com os novos óbitos, o total de vidas perdidas para a pandemia subiu para 211.491. Ontem, o painel do Ministério da Saúde trazia 210.299 mortes. Ainda há 2.843 falecimentos em investigação por equipes de saúde.

Com os novos casos confirmados, o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia chegou a 8.573.864. Ontem, o número de casos acumulados estava em 8.511.770.

Ainda há 843.527 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. Outras 7.518.846 pessoas já se recuperaram da doença.

Normalmente, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao Ministério da Saúde.

Estados

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo bateu a marca dos 50.000 óbitos, totalizando 50.318. Em seguida vêm Rio de Janeiro (28.026), Minas Gerais (13.507), Ceará (10.240) e Pernambuco (10.059). As Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (816), Acre (839), Amapá (1.010), Tocantins (1.323) e Rondônia (2.044).

Em número de pessoas infectadas, São Paulo também lidera (1,644 milhão), seguido por Minas Gerais (651,9 mil), Santa Catarina (546,5 mil), Bahia (544,3 mil) e Rio Grande do Sul (512,3 mil).

Assista na TV Brasil:

Edição: Aline Leal


Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Incidência de pedras nos rins aumenta 30% no verão, alertam médicos

 


Manter boa hidratação é a primeira recomendação médica

Publicado em 19/01/2021 - 17:28 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) faz, nesta semana, um alerta à população sobre os riscos e as maneiras de prevenir a formação de pedras nos rins. O alerta está nas redes sociais e na Rádio SBU, com transmissão em áudio semanal da instituição nos streamings (forma de distribuição digital) de áudio, como Spotify e Deezer, entre outros.

De acordo com a SBU, que iniciou a campanha nesta segunda-feira (18), no verão, a incidência de pedras nos rins aumenta 30% em comparação com outras épocas do ano, devido ao aumento da transpiração pelo calor, sem hidratação adequada.

Segundo o coordenador do Departamento de Endourologia e Calculose da SBU, Ernesto Régio, são cinco os pilares para prevenir a formação de cálculos e, principalmente, para impedir que as pedras já existentes aumentem. Em entrevista à Agência Brasil, o médico disse que o primeiro, “e talvez o mais importante”, é manter uma hidratação abundante.

A urina tem que estar sempre bem clara. “Qualquer líquido que o paciente tome é sempre favorável. Os sucos de frutas cítricas são os melhores, porque, além da hidratação, têm o citrato (elemento protetor), um componente que diminui a formação de novos cálculos.”

Outro pilar é a redução do consumo de sódio (sal de cozinha), seja o produto do saleiro ou o da comida industrializada. A pessoa precisa também ter bom senso com o consumo de proteína animal e de produtos lácteos. Ernesto Régio recomendou ainda a prática de atividades físicas regulares e que a ingesta de líquidos seja bem distribuída ao longo do dia.

Bebidas negativas

Sobre os chás, o médico ressaltou que nem todos são positivos. Os escuros, principalmente, contêm oxalato, um dos principais componentes dos cálculos renais. Ele chamou a atenção também para o fato de algumas águas com gás “terem na sua concentração uma espécie de sódio, que piora o benefício da hidratação”.

Régio disse que é preciso ficar atento, mas sem exageros no cuidado, e observou que esse tipo de orientação vale a pena, se houver um líquido mais saudável. A Sociedade Brasileira de Urologia informou também que café, bebidas alcoólicas e refrigerantes, sobretudo à base de cola, quando consumidos frequentemente, podem levar à formação de cálculos.

O urologista Fábio Sepúlveda, também membro do Departamento de Endourologia e Calculose da SBU, observou que uma em cada dez pessoas no Brasil sofre de cálculo renal. “É uma condição mais comum entre adultos jovens, entre os 20 e 35 anos, e mais frequente em homens. Cerca de metade dessas pessoas terá um novo episódio de cálculo ao longo dos dez anos seguintes e, por isso, a prevenção é muito importante”, afirmou Sepúlveda. Ernesto Régio acrescentou que 50% das pessoas com cálculo renal têm recidiva.

O ideal é consumir de dois a três litros de água por dia, mas alguns fatores devem ser levados em consideração para o ajuste à realidade do paciente. A SBU citou a constituição física (peso, altura, percentual de gordura corporal) e outras formas de perda de líquidos como respiração ou suor, que podem ser decorrentes do clima ou atividades físicas.

A cor da urina deve ser monitorada. “Se não houve o consumo de algum alimento ou substância que possa mudar a cor da urina, a tonalidade ideal é transparente, incolor, como a água potável. A progressão para uma tonalidade amarelada ou alaranjada é um sinal de concentração e geralmente indica que o volume de líquido ingerido está baixo”, explicou Sepúlveda.

Vitaminas

Ernesto Régio advertiu ainda sobre o aumento do uso de vitaminas C e D nesse período de pandemia, para aumentar a imunidade contra a covid-19. Segundo o médico, há “um pouco de exagero”. A vitamina C tem que ser bem dosada, para evitar a formação de cálculos. No caso da D, que não é eliminada facilmente, existe risco de a pessoa ter hipervitaminose D, com todas as suas consequências, afirmou o médico.

A SBU alerta que o uso de tais vitaminas de forma indiscriminada e sem orientação médica pode ser tóxico e levar a complicações, produzindo altos níveis de cálcio no organismo, no caso da vitamina D, ou acidificar demais a urina, precipitando cristais, no caso da C, sendo fatores de risco para a formação de pedras nos rins.

Ernesto Régio disse que as pessoas que têm cólica renal devem fazer acompanhamento regular, periódico, com um urologista.

Edição: Nádia Franco


Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Novo defensor público-geral assume e pede investimentos para DPU

 


Ele foi o segundo colocado em lista tríplice interna da instituição

Publicado em 19/01/2021 - 14:44 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O novo defensor público-geral federal, Daniel de Macedo Alves Pereira, tomou posse hoje (19) e pediu mais investimentos para a Defensoria Pública da União (DPU) com a revisão da emenda constitucional do teto de gastos públicos. “Notamos que o sistema acusatório nacional foi fortalecido sem a contrapartida do fortalecimento da defesa. A ampla defesa e o acesso à Justiça penal correm sérios riscos. O desequilíbrio da balança traz uma sanha acusatória que pode vulnerar as regras do processo devido, com graves repercussões na vida do acusado”, disse.

De acordo com ele, a Defensoria cobre apenas 29% das comarcas, seções e subseções judiciais e, enquanto o Ministério Público Federal tem um orçamento próximo de R$ 7,5 bilhões, com mais de 1,8 mil membros. De outro lado, a DPU conta apenas com 643 defensores federais e um orçamento de R$ 543 milhões.

“O impacto é direto na vida de quem? Do empobrecido, do vulnerável, do hipervulnerável. E a saída é matemática, vai ter que ser pela via congressual. A emenda do teto, que o ministro [da Economia] Paulo Guedes não nos ouça, vai ter que sofrer uma revisão, ainda que seja só para a DPU. Isso é utópico? Acho que é por isso que estou aqui”, afirmou o novo defensor.

Em declarações à imprensa, o ministro Paulo Guedes tem reiterado o compromisso da equipe econômica com o teto de gastos. Para ele, qualquer tentativa de furar o teto de gastos poderia resultar em um "desastre" para a economia.

Aprovada em 2016, a referida emenda constitucional limita os gastos públicos por 20 anos, a partir de 2017, com possibilidade de revisão a partir do décimo ano de vigência.

A solenidade de posse do novo defensor foi realizada no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília, e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades.

Para a Pereira, com a crise gerada pela pandemia de covid-19 a sociedade brasileira nunca dependeu tanto da Defensoria Pública nacional. De acordo com ele, o público da DPU é estimado em 70 milhões de brasileiros, entre desempregados e aqueles que ganham até dois salários mínimos, com demandas em saúde, educação, assistência e previdência social. “É preciso dar continuidade à performance exemplar, cumprindo metas e oferecendo aos defensores e servidores instrumentos que facilitem seu trabalho, com investimentos em tecnologia, aperfeiçoamento do processo de assistência jurídica e dos mecanismos de gestão processual”, disse.

Para o novo defensor, apesar de a defensoria ser relativamente jovem, com 25 anos de existência, ela passou por um processo evolutivo de promover o valor da Justiça fora dos tribunais.

“No processo judicial temos um vitorioso e sucumbente. O processo judicial machuca e é custoso e demorado. E são vários os fatores que determinam o excesso de litigância em nosso país, como falta de políticas públicas delineadas, alto endividamento das famílias, excesso de executivo fiscal. Então, o melhor caminho de executar a Justiça é fora dos autos do processo judicial. É obvio, e a defensoria hoje compreende isso perfeitamente. É melhor uma relação dialógica, cooperativa, sem narrativas políticas, mas com esteio técnico probatório do que judicializado. É melhor ser participe da política pública junto com governo federal, é melhor coopera do que litigar”, disse.

Perfil

Daniel Pereira integra os quadros da DPU desde 2006, quando trabalhou na unidade de Guarulhos (SP). No ano seguinte, ele se transferiu para o Rio de Janeiro, onde atua desde então. Foi titular do 4° Ofício Criminal (2007-2010) e do 2° Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva (2011-2016). Até então, exercia o cargo de defensor regional de Direitos Humanos, integrava a Rede de Controle de Gestão Pública e coordenava a Câmara de Resolução de Litígios de Saúde.

Ele foi o segundo colocado na lista tríplice para a função de defensor público-geral federal elaborada em eleição interna da instituição. Pereira substitui hoje Gabriel Faria Oliveira, que chefiou a DPU até novembro do ano passado e também concorreu à recondução, sendo o primeiro colocado da lista.

O novo defensor foi indicado pelo presidente Bolsonaro em setembro e passou por sabatina no Senado Federal em dezembro, tendo seu nome aprovado pelos senadores.

A DPU é o órgão público encarregado de prestar gratuitamente serviços de defesa judicial e extrajudicial e de orientação jurídica. A instituição é organizada pela Lei Complementar nº 80/1994), que atribui à DPU a missão de promoção dos direitos humanos.

Ouça na Radioagência Nacional:

 

Edição: Maria Claudia


Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Rio vacina profissionais de hospital referência para covid-19

 


Primeira etapa vacinará 34% dos profissionais de saúde da capital

Publicado em 19/01/2021 - 17:35 Por Vinícius Lisboa - repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Depois da técnica de enfermagem Dulcinea da Silva Lopes, 59 anos, ser vacinada ontem (18) aos pés do Cristo Redentor, os demais profissionais de saúde do principal hospital de referência para covid-19 na cidade do Rio de Janeiro começaram na tarde de hoje (19) a receber a primeira dose da vacina Coronavac, contra a covid-19. 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vacinação no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla começou por volta das 15h e deve continuar nos próximos dias, até que todos os turnos de trabalhadores sejam vacinados. Também está previsto para amanhã um dia de intensificação na aplicação de doses para profissionais de saúde.

Como a prefeitura do Rio de Janeiro receberá cerca de 230 mil doses da Coronavac da primeira remessa disponibilizada pelo Instituto Butantan, serão vacinados apenas 34% dos profissionais de saúde da cidade. Por isso, o município vai concentrar a imunização nos profissionais que atendem diretamente os pacientes com covid-19, nos trabalhadores envolvidos na campanha de vacinação e nos trabalhadores de instituições de longa permanência de idosos. 

Nesta terça-feira, a campanha de vacinação também vai chegar a idosos com mais de 60 anos internados em 10 instituições de longa permanência na cidade. Por conta do número limitado de doses, o grupo foi definido como um dos prioritários, enquanto os idosos com 75 anos ou mais que não vivem em abrigos receberão a vacina nas próximas remessas que chegarem à cidade.

Segundo a prefeitura, receberão as doses hoje os idosos nas seguintes instituições: Vovó House Hotel Geriátrico, Associação Conveniência Vila do Sol, Associação Recreio dos Anciãos Para Asilo da Velhice Desamparada, Abrigo Cristo Redentor, Casa de Repouso Nelson Risse, Casa Geriátrica São Mateus, Casa de Repouso Hospedagem Esperança, Urs Dina Sfat, Associação Cristã Espírita Beneficente (Lar de Otávio) e Abrigo Doce Morada Santa Cruz. 

A aplicação da primeira dose da Coronavac a partir do lote que chegou ontem ao estado deve se estender até sábado (23), alcançando cerca de 110 mil pessoas, que ainda precisarão receber a segunda dose da vacina. 

Nesta semana, serão vacinados no município do Rio de Janeiro 102 mil trabalhadores da saúde e um grupo de 8,4 mil pessoas, que inclui idosos a partir de 60 anos que vivem em unidades de longa permanência, pessoas com deficiência em residências inclusivas e população indígena aldeada.

A aplicação dessas doses se dará nas instituições de longa permanência, no caso dos institucionalizados, e nas próprias unidades de saúde, no caso dos trabalhadores da linha de frente. Desta forma, a prefeitura esclarece que ninguém deve procurar postos de vacinação para obter as doses neste momento.

conclusão da 1ª fase de vacinação se dará com a chegada das próximas remessas de vacinas, destinadas a mais 159 mil profissionais de saúde e a um grupo de 381 mil pessoas, no qual estão inclusos todos os idosos com 75 anos ou mais e a população quilombola. 

As próximas fases da vacinação continuarão a focar em grupos prioritários. Na 2ª fase, receberão a vacina 895 mil idosos com 60 a 74 anos; na 3ª fase, estarão 316 mil pessoas com comorbidades; e, na 4ª fase, será a vez de 465 mil trabalhadores da educação, profissionais das forças de segurança e salvamento, população em situação de rua, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, pessoas com deficiência, e trabalhadores de serviços essenciais.

A cobertura de todos os grupos prioritários vai requerer a disponibilidade de 5,1 milhões de doses na cidade do Rio de Janeiro, já que cada pessoa receberá duas doses da vacina.

Assista na TV Brasil:

Edição: Aline Leal



Por Vinícius Lisboa - repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Distanciamento continua fundamental, mesmo com vacinação, diz Opas

 


Caminho até a imunização massiva ainda é longo, alerta especialista

Publicado em 19/01/2021 - 15:58 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

No momento em que a vacinação começa nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou hoje (19) que ainda haverá um longo caminho até a imunização massiva e, enquanto isso não ocorrer, é fundamental manter as medidas de distanciamento social e de prevenção ao novo coronavírus.

Sete países das Américas já iniciaram seus programas de vacinação: Brasil, Canadá, Estados Unidos, México, Argentina, Chile e Costa Rica. Diante desse contexto, a diretora da Opas, Carissa Etienne, fez um chamado aos governantes da região para não “baixar a guarda” neste momento e salvar vidas.

“As vacinas vão ajudar a salvar vidas. Estamos cientes de que ainda não há doses para atingir o impacto da transmissão [do vírus] no curto prazo. As doses disponíveis são poucas. E esses fatores mostram a necessidade de intensificar as ações do sistema de saúde para limitar a exposição ao vírus. Distanciamento social, evitar aglomeração e lavagem das mãos são nossas melhores esperanças”, disse Carissa, em entrevista coletiva.

De acordo com Carissa, a situação de acesso limitado à vacina deve durar algumas semanas ou meses, mas, ao mesmo tempo em que países já estão começando, é importante manter todas as medidas de proteção. “Para este ano, vamos ter que manter medidas para limitar transmissão intensa”, completou o brasileiro Jarbas Barbosa, diretor assistente da Opas.

Distribuição

As Américas têm cerca de 1 bilhão de pessoas que devem ser protegidas da pandemia. A estimativa é que a região receba, até o início de março, cerca de 20 milhões de doses de vacinas. Para abril, são esperadas mais 35 milhões e, para maio, mais 45 milhões. Todas as nações da região estão no consórcio Covax Facility, articulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A preocupação da Opas, assim como da OMS, é assegurar que a distribuição ocorra para todos os que querem ser vacinados e que se dê de forma equitativa entre as nações, não favorecendo as mais ricas, nem deixando de contemplar as menos desenvolvidas.

Carissa Etienne afirmou que o mecanismo Covax Facility é o caminho mais adequado para a compra de vacinas. Até o momento, o consórcio tem previsão de 2 bilhões de doses e continua negociando com as farmacêuticas que atuam no desenvolvimento de imunizantes, como Astrazeneca e Pfizer.

Diante do envio das vacinas, os representantes da Opas que participaram da entrevista coletiva ressaltaram a necessidade de os países se prepararem adequadamente, o que passa pela elaboração e pelo lançamento dos planos nacionais.

A Opas disponibilizou para os governos documentos para orientá-los na formulação e no monitoramento desses instrumentos. Entre os pontos, destacam-se a definição dos públicos prioritários, a organização da logística de armazenamento, distribuição e aplicação.

Até o momento, 18 países já compartilharam seus planos com a organização. Carissa Etienne ressaltou que ainda há dificuldades em algumas nações das Américas com a preparação para o início dos planos de imunização.

“A maioria dos países não está pronta para começar a vacinar. Os países não deveriam apressar campanhas: estar prontos é mais importante do que ser rápidos. É tempo de os países agirem para estar prontos para distribuir as doses e vacinar as pessoas”, afirmou a diretora da Opas.

Edição: Nádia Franco


Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Saúde alerta sobre ligações e SMS falsos de cadastro para vacinação

 


Ministério já fez alerta em nota e nas redes sociais oficiais

Publicado em 19/01/2021 - 16:39 Por Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Saúde não liga e não envia SMS para que os cidadãos se cadastrem para tomar a vacina contra covid-19. O alerta foi feito pela pasta em 14 de janeiro, em nota e nas redes sociais oficiais.

As ligações do tipo são golpe com objetivo de clonar aplicativos de mensagem, alertou o ministério. A pasta reiterou que não faz agendamento de vacinação, não solicita dados das pessoas nem envia quaisquer tipos de códigos para usuários do sistema de saúde.

Nas ligações, os golpistas tentam extrair dados pessoais com promessas de agendar a vacinação. Numa das modalidades, pede-se que seja confirmado um código enviado por SMS, que dá aos golpistas acesso ao aplicativo de mensagens do dono do celular.

“O Ministério da Saúde não telefona para marcar vacinação e jamais pede esse tipo de confirmação de dados”, afirmou a pasta.

Se alguém receber ligações ou mensagens pelo celular com promessa de agendamento e solicitando dados pessoais ou outras informações, a orientação do Ministério da Saúde é que a pessoa não forneça qualquer dado e denuncie a autoridades competentes.

vacinação contra covid-19 já começou em maior parte do país, após a distribuição de um primeiro lote de 6 milhões de doses. A autoridades sanitárias alertam, no entanto, que neste primeiro momento somente públicos prioritários estão sendo imunizados.

A definição cabe a cada unidade da federação, mas em geral têm sido priorizados trabalhadores de saúde na linha de frente e idosos em casas de repouso. Por esse motivo, neste momento, “a população geral não deve procurar os postos de saúde”, frisa o Ministério da Saúde.

São Paulo

O governo de São Paulo também fez alertas contra sites falsos de cadastro para vacinação e confirmou a veracidade de seu próprio site, o Vacine Já, no qual cidadãos e cidadãs podem fazer um pré-cadastro para a imunização.

A iniciativa busca agilizar a coleta de dados e não realiza agendamentos, informou o governo de São Paulo. São pedidos dados como telefone, e-mail, endereço e data de nascimento. O cadastro completo será concluído no momento da vacinação.

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Edição: Valéria Aguiar


Por Agência Brasil - Brasília