segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Enem 2020: estudantes relatam provas mais fáceis e salas esvaziadas

 


Enem começou a ser aplicado hoje (17) na versão impressa

Publicado em 17/01/2021 - 20:31 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  - Rio de Janeiro

No primeiro dia de aplicação, estudantes relatam aglomerações na entrada e saída dos locais de aplicação e salas esvaziadas por conta da ausência de participantes. Para os candidatos entrevistados pela Agência Brasil, a prova foi mais fácil do que em anos anteriores. 

“Como a cidade é pequena, na minha sala tinham oito pessoas. Ao todo, 17 faltaram o exame.  Deu para manter o distanciamento. Ofereceram álcool em gel. Fiquei bem tranquila”, conta a estudante Heloísa Lara, 23 anos, que há cinco anos estuda para cursar medicina. Ela fez a prova em Cacoal (RO). 

“Cheguei bem cedo porque sempre costumo fazer isso, para não ter nenhum imprevisto. Mantive o distanciamento e não conversei com ninguém, só o necessário. Eu acho que fui melhor que no ano passado, eu consegui ler com mais atenção, com mais calma. O fator primordial foi a calma porque consegui ler com mais clareza as questões”, diz. 

Sobre o tema da redação, que este ano foi "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira", Heloísa diz que gostou. “É o que mais está tendo na atualidade, as doenças mentais. A prova falou que em depressão, coisas que se está vivendo nessa pandemia. Gostei, foi bem atual, atual até demais”.

Em Santana de Parnaíba (SP), a estudante Geovanna Cury, 18 anos, que também busca uma vaga em medicina, também relatou que cerca da metade dos participantes faltaram na sala onde fez prova. “Faltou mais da metade. Por isso, não houve aglomeração. Mas se fosse a quantidade de pessoas previstas, a sala estaria lotada e o distanciamento seria zero. A ventilação era ruim, a janela era minúscula”, diz. 

Na entrada e na saída do exame, a estudante conta que havia aglomeração de pessoas e que viu pessoas sem máscara. O item era obrigatório dentro dos locais de prova. Os estudantes que não usássem a máscara da maneira adequada, cobrindo o nariz e a boca, conforme o edital do exame, poderiam ser eliminados. “Isso me causou uma ansiedade enorme. E eu sou asmática”. 

O coordenador pedagógico do ProEnem, Leandro Vieira, fez o exame no Rio de Janeiro. Segundo ele, no local havia álcool em gel disponível e todos estavam de máscara, mas não havia um distanciamento adequado entre as carteiras dos participantes. “A sala estava cheia”, diz. 

Na avaliação do professor, a prova desta edição estava mais fácil do que em anos anteriores, com menos textos. Havia também menos questões de história do Brasil. Geralmente esse conteúdo é cobrado em cinco ou seis questões. Neste exame, segundo ele, havia apenas duas. 

“A gente achou a prova de humanas uma prova mais fácil que anos anteriores, comparado com o ano passado e retrasado, a prova teve queda no nível de dificuldade”, diz. De acordo com Vieira, muitas das questões podiam ser respondidas com uma boa interpretação de texto, mesmo que o candidato não tivesse domínio do conteúdo abordado.

“Os textos estavam menores. A prova estava menor do que há três, quatro anos atrás. No ano passado já houve uma diminuição drástica, esse ano foi ainda menor, com textos de sete, oito linhas, que é um padrão pequeno [para o Enem]”, acrescenta. 

Enem 2020

O Enem começou a ser aplicado hoje (17) na versão impressa. Os estudantes fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e de redação. A prova segue no próximo domingo (24), quando serão aplicadas as provas de matemática e ciências da natureza. Este ano, o exame terá também uma versão online, que será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Segundo o Inep, haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro

Edição: Bruna Saniele



Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  - Rio de Janeiro

Conheça o sistema de correção do Enem

 

 

Professores dão dicas de como se sair bem no 2º dia de provas

Publicado em 18/01/2021 - 06:20 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) utiliza um sistema de correção chamado teoria de resposta ao item (TRI). Mesmo com o gabarito em mãos, não é possível saber a pontuação final do exame. O sistema, conhecido como um método “antichute”, pode ser usado a favor dos estudantes, principalmente nas provas de exatas, que serão aplicadas no próximo domingo (24). Professores entrevistados pela Agência Brasil dão algumas dicas de como se sair bem no segundo dia de aplicação do Enem. 

“A dica geral é que acertar as questões fáceis dá mais pontos para o estudante. Como ele pode lidar com isso? Focando em acertar as questões fáceis. Na prática, na hora da prova, isso significa pular as questões difíceis. O Enem é uma prova que tem muitas questões e pouco tempo para resolver cada questão. Então, se perder muito tempo em uma questão difícil, isso não vai dar muito ponto no final e não vai valer tanto a pena”, explica o diretor de ensino do cursinho online Me Salva!, André Corleta. 

Nesse domingo (17), os estudantes fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No próximo, resolverão, em cinco horas, as questões de ciências da natureza e de matemática. Ambas provas objetivas, de múltipla escolha. Cada uma com 45 questões. 

As questões do Enem são escolhidas a partir de um banco de questões do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é frequentemente abastecido com novas questões. Cada questão é testada antecipadamente com um grupo de estudantes e classificada de acordo com a dificuldade. Por causa disso, é possível compor várias provas do Enem,com questões diferentes, mas com o mesmo nível de dificuldade. 

Na hora da correção, segundo o professor de física do pré-vestibular online Descomplica Rafael Vilaça, o TRI vai levar em consideração a coerência da prova, ou seja, é esperado que um estudante que acerte questões muito difíceis, acerte também as muito fáceis. Se isso não acontecer, o sistema pode entender que ele chutou a questão e, por isso, ele pontuará menos nessa questão do que estudantes que tenham mantido certa coerência esperada. “A primeira dica é, então, identificar as questões fáceis de cada disciplina”, diz Vilaça. 

“Essa metodologia funciona muito bem quando se tem essa diferenciação entre questões fáceis e difíceis explícita. Isso acontece mais no segundo dia de prova, quando se tem matemática e ciências da natureza. Entre as humanidades [no primeiro dia de prova] é mais difícil”, complementa Corleta. Questões que demandam muitos cálculos e operações complexas são, geralmente, mais difíceis. 

Vilaça orienta os estudantes a, caso não saibam uma questão, pular para outra. No fim da prova, se sobrar tempo, o estudante deve voltar nessas questões e tentar resolvê-las. “Sempre estimulo os alunos a tentar fazer as questões teóricas, não que sejam mais fáceis mas levam menos tempo e fazem com que se garanta as questões fáceis e teóricas e, também, uma coerência na prova”, diz.

Para o professor, nenhuma questão deve ser deixada em branco. Em último caso, o estudante deve chutar. “O chute é sempre melhor que deixar em branco. Nunca deixe. Porque mesmo que não esteja tão coerente a prova pelo fato de ter chutado a questão, se chutar e tiver a sorte de acertar, isso não significa que perderá ponto, mas que a questão valerá menos. Se deixar em branco, é zero”. 

Enem 2020 

Ao todo, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos no exame. O Enem 2020 terá uma versão impressa, que começou a ser aplicada no último domingo (17) e segue no próximo fim de semana, no dia 24 de janeiro, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Edição: Graça Adjuto



Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Produção de aço caiu 4,9% em 2020, informa o Instituto Aço Brasil

 


Redução se deve a crise ocasionada pela pandemia de covid-19

Publicado em 18/01/2021 - 18:55 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A produção siderúrgica nacional totalizou 31 milhões de toneladas no ano passado, queda de 4,9% comparativamente ao volume produzido em 2019, de acordo com balanço divulgado hoje (18) pelo Instituto Aço Brasil. Na avaliação do presidente executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, a redução foi devido “à parada de equipamentos ocorrida no momento mais agudo da grave crise de demanda enfrentada pela indústria em abril do ano passado".

A produção de laminados no mesmo período foi de 21,7 milhões de toneladas, queda de 3,7% em relação ao registrado no acumulado de 2019. A produção de semiacabados para vendas totalizou 7,8 milhões de toneladas de janeiro a dezembro de 2020, apresentando retração de 11,6% na mesma base de comparação.

As vendas internas atingiram 19,2 milhões de toneladas, mostrando expansão de 2,4% em relação ao ano anterior. Para Marco Polo Lopes, isso confirma a recuperação do mercado interno a partir do segundo semestre.

Já as exportações somaram 10,7 milhões de toneladas, ou US$ 5,4 bilhões em valor, ficando 16,1% e 26,6% abaixo do resultado de 2019, respectivamente. Do mesmo modo, as importações alcançaram 2 milhões de toneladas no acumulado até dezembro de 2020, retração de 14,3% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 2,1 bilhões, com diminuição de 13% no período.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 21,2 milhões de toneladas no acumulado de janeiro até dezembro do ano passado. Esse resultado representa alta de 1,2% frente ao registrado no mesmo período de 2019.

Dezembro

De acordo com o Instituto Aço Brasil, no último mês de 2020, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, revelando aumento de 17,2% frente ao apurado no mesmo mês de 2019. Já a produção de laminados, de 2,1 milhões de toneladas, ficou 41% acima da registrada em dezembro do ano anterior. A produção de semiacabados para vendas foi de 616 mil toneladas, com queda de 29,4% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2019.

As vendas internas subiram 28% em relação a dezembro de 2019 e atingiram 1,8 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2 milhões de toneladas, 30,2% superior ao apurado no mesmo período de 2019.

As exportações de dezembro alcançaram 766 mil toneladas, ou US$ 434 milhões, o que resultou em quedas de 24,1% e 13,5%, respectivamente, na comparação com o mesmo mês de 2019. Em contrapartida, as importações de dezembro de 2020 foram de 204 mil toneladas e US$ 205 milhões, sinalizando alta de 53% em quantum (volume) e 38,5% em valor na comparação com o registrado em dezembro de 2019.

Confiança

O Instituto Aço Brasil divulgou também hoje (18) o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) referente a janeiro de 2021. "Neste mês, o ICIA ficou estável na comparação com o mês anterior, em 78,9 pontos. A estabilidade frente ao mês de dezembro, após duas quedas consecutivas, ainda mantém o ICIA em patamares historicamente elevados", destacou Marco Polo Lopes.

O indicador de situação atual ficou em 83,2 pontos, recuando 3,3 pontos frente ao registrado no mês anterior. Já o indicador de expectativas para os próximos seis meses evoluiu 1,6 ponto na mesma comparação, passando para 76,7 pontos. Os valores acima de 50 pontos indicam confiança, enquanto valores abaixo de 50 pontos apontam falta de confiança.

O índice que mede as condições atuais da economia brasileira cresceu 4,7 pontos, atingindo 78 pontos. Já o índice que mede a confiança dos entrevistados sobre as condições atuais da empresa caiu 7,3 pontos, indo para 85,8 pontos. O indicador de expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses retrocedeu 6,2 pontos, ficando em 67,1 pontos. O indicador de expectativas sobre a própria empresa para os próximos seis meses aumentou 5,6 pontos e atingiu 81,6 pontos.

Edição: Aline Leal


Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Litro da gasolina sobe R$ 0,15 nas refinarias da Petrobras

 


O novo valor será de R$ 1,98 para as revendedoras

Publicado em 18/01/2021 - 15:59 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Petrobras reajustou o preço médio do litro da gasolina vendida nas refinarias em R$ 0,15. O novo valor será de R$ 1,98 para as revendedoras e entrará em vigência a partir desta terça-feira (19). O preço final aos motoristas dependerá de cada posto de combustíveis, que tem suas próprias margens de lucro, além do pagamento de impostos e custos com mão de obra.

“Os preços praticados pela Petrobras têm como referência os preços de paridade de importação e, desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. No ano de 2020, o preço médio da gasolina comercializada pela Petrobras atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro”, esclareceu a companhia.

Segundo a Petrobras, dados do Global Petrol Prices, referentes ao último dia 11, indicavam que o preço médio ao consumidor de gasolina no Brasil era o 52º mais barato dentre 165 pesquisados, estando 21,6% abaixo da média de US$ 1,05 por litro.

De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), feito na semana entre os dias 10 e 16 de janeiro, o litro médio da gasolina comum no país custava R$ 4,572; o do diesel, R$ 3,685; o do etanol, R$ 3,202, e o botijão de 13 kg, R$ 76,50.

Edição: Valéria Aguiar


Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Atividade industrial desacelera em novembro de 2020

 


Foi o primeiro recuo após seis meses seguidos de crescimento

Publicado em 18/01/2021 - 15:17 Por Agência Brasil - Brasília

Os Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que as vendas recuaram e a atividade industrial desacelerou em novembro na comparação com outubro de 2020. De acordo com a confederação, esse foi o primeiro recuo após seis meses seguidos de crescimento. O dado, no entanto, ainda não fala em estagnação nem que o ciclo de crescimento tenha se encerrado.

Para a entidade, os indicadores mostram que a indústria continua crescendo, mas em um ritmo muito menor. “Podemos dizer que isso era esperado. Houve uma recuperação muito rápida da pandemia e o nível de produção já está maior do que antes da crise. Praticamente voltamos ao início do ano passado, quando o crescimento não era muito elevado e ainda temos um nível de incerteza muito mais elevado”, disse o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca, em comunicado.

Na mesma comparação, as horas trabalhadas na produção cresceram 0,8%, um percentual abaixo do que ocorreu em outubro, de 1,8%, e setembro, de 3,1%.

O emprego na indústria cresceu pelo quarto mês seguido, registrando 0,4% em novembro de 2020 na comparação com outubro. No entanto, no acumulado dos 11 meses do ano passado, o número de trabalhadores da indústria recuou 2,2%. A massa salarial se mantém estável e o rendimento médio caiu 0,9% em novembro na comparação com outubro.

O indicador mostra ainda que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuou 0,2 ponto percentual em novembro comparado a outubro. Mesmo assim, a UCI de 79,9% está acima do percentual registrado em novembro de 2019, de 78,3%.

A pesquisa Indicadores Industriais está disponível na página do Portal da Indústria.

Com informações da CNI

Edição: Fernando Fraga


Por Agência Brasil - Brasília

Dólar tem dia de volatilidade com feriado nos EUA, mas fecha estável

 


Bolsa sobe 0,74% e reverte parcialmente queda da sexta-feira

Publicado em 18/01/2021 - 19:02 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Em um feriado nos Estados Unidos (EUA), o dólar teve um dia de volatilidade, mas fechou próximo da estabilidade. A bolsa de valores recuperou-se da queda de sexta-feira (15) e voltou a superar os 121 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (18) vendido a R$ 5,304, com alta de 0,01%. A cotação chegou a R$ 5,31 por volta das 11h, mas recuou e atingiu R$ 5,23 na mínima do dia, por volta das 13h. A divisa, no entanto, não sustentou a queda e voltou a superar a barreira de R$ 5,30 perto do fim das negociações.

Além da expectativa com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana, o mercado foi influenciado pela aprovação do uso emergencial das vacinas CoronaVac e AstraZeneca contra a covid-19 no Brasil. O início da vacinação contribui para a retomada gradual das atividades econômicas e tem o potencial de atrair capital estrangeiro para o país, diminuindo as pressões sobre o câmbio.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação gradual. O índice Ibovespa, da B3, fechou a segunda-feira aos 121.242 pontos, com alta de 0,74%. O indicador chegou a subir 1,85% na máxima do dia, por volta das 12h30, mas desacelerou a alta durante a tarde.

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Problema de oxigênio no Amazonas está equacionado, diz Pazuello

 


Ministro e governador falaram sobre plano de enfrentamento à covid-19

Publicado em 18/01/2021 - 18:15 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou em entrevista coletiva hoje (18) que o problema de abastecimento no estado do Amazonas está “equalizado”. Ele e o governador do estado, Wilson Lima, falaram sobre o plano de ações para enfrentar o colapso no sistema de saúde local, especialmente na capital Manaus.

O plano foi elaborado em resposta a uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandovski na sexta-feira (15). A partir de um pedido do PC do B e do PT, o magistrado estabeleceu que o governo federal teria até 48h para apresentar o plano e fornecer oxigênio e insumos ao estado.

Pazuello informou que o plano foi submetido ao STF ontem (17) e que será disponibilizado na página do Ministério da Saúde. Apesar de afirmar que o abastecimento de oxigênio estaria normalizado, o titular do Ministério admitiu a situação grave do estado. “Toda a logística está impactada, não é só oxigênio. Equipes de saúde estão no seu limite. Hospitais estão no seu limite. Médicos estão no seu limite”, destacou.

O governador do Amazonas reforçou que o abastecimento de oxigênio foi “equilibrado”, mas acrescentou que o cenário pode piorar. Isso porque o mês de fevereiro é tradicionalmente quando há mais casos de síndromes gripais graves, tendo um clima e ambiente propícios para a disseminação de vírus gripais.

“Temos preocupação para o mês de fevereiro. Ele historicamente é onde há maior quantidade de casos de SRAG [Síndrome Respiratória Aguda Grave]. Estamos nos preparando para a situação. Estamos trabalhando para ampliação de leitos. Uma enfermaria foi montada no estacionamento do hospital Delphina Aziz. Ainda temos fila significativa de pessoas que esperam atendimento”, contou Lima.

Crise

Tanto Lima quanto Pazuello buscaram explicar como a situação saiu do controle e as ações adotadas. Segundo o governador, no auge do primeiro pico da pandemia, entre abril e maio, o consumo de oxigênio chegou ao máximo de 30 mil metros cúbicos (m3). Já neste novo pico, entre dezembro e janeiro, o consumo médio saiu de 15 mil m³ para 75 mil m³.

Lima colocou que houve ampliação dos leitos na cidade, com 700 unidades criadas nos últimos dois meses. Agora, para além de Manaus está havendo uma preocupação com o interior, onde o sistema de saúde é menos estruturado.

O ministro da Saúde disse que a equipe da pasta tomou conhecimento do desabastecimento no dia 8 de janeiro. Ele negou a informação publicada na imprensa de que um ofício da Advocacia-Geral da União (AGU) ao STF revelaria que o órgão já tinha ciência da situação antes.

“Quando chegamos [a Manaus] no dia 4 [de janeiro] o problema era estrutura de leito. Não havia a menor indicação de falta de oxigênio. A quantidade de oxigênio que a White Martins fabrica por dias é de 28 mil m³ e o consumo era de 17 mil m³. A White Martins tinha flexibilidade de trazer quase o dobro. A elevação foi muito rápida. Tomamos conhecimento de que a White Martins chegou no limite quando ela nos informou”, comentou.

Pazuello elencou as medidas adotadas pelo governo. Até o momento foram removidos 90 pacientes para hospitais federais. Foram levadas “toneladas de equipamentos e insumos” ao estado e transportados “centenas de cilindros” em aviões cargueiros civis e militares. Um navio cargueiro da Marinha está em deslocamento para Manaus com 40 mil m³ de oxigênio.

Ele destacou os leitos habilitados (quando o ministério passa a custear parte das despesas), mas não detalhou o número. Um hospital de campanha militar foi deslocado para Manaus. Sobre o apoio com pessoal, o titular do Ministério da Saúde relatou ter selecionado e capacitado oito mil profissionais de saúde, tendo 300 já sido contratados.

O governo brasileiro está em diálogo com o governo dos Estados Unidos para conseguir o apoio de um avião que auxilie no transporte dos cilindros. Mas, conforme o ministro, ainda não há data para que a aeronave comece a operar.

Outras cidades

Pazuello alertou que a crise em curso no Amazonas pode se replicar em outras cidades e estados. Ele destacou o período chuvoso no Norte e em parte do Nordeste neste início do ano como propício para a disseminação do vírus, enquanto no restante do país os períodos mais perigosos podem ser no inverno. Além disso, chamou a atenção para o fato de que a variante do novo coronavírus encontrada na capital amazonense já está em circulação em outros locais do país.

“Isso sim pode se replicar para outras cidades e pode se replicar quando chegarmos mais perto do inverno na região centro-sul. Vamos combater isso com vacina. É por isso que estamos tão ávidos por receber as vacinas, distribuí-las e imunizar a população. Esta é a grande ação efetiva para segurar a pandemia. E manter as estruturas que foram criadas, os leitos que foram criados para a covid-19 ativos nas regiões que poderão sofrer o impacto”, sublinhou.

Assista na TV Brasil:

Edição: Aline Leal



Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Após SP, Goiás, Piauí e Santa Catarina iniciam vacinação

 


Doses da Coronavac estão sendo distribuídas para os estados

Publicado em 18/01/2021 - 19:34 Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Com a chegada das primeiras doses da vacina CoronaVac, que começaram a ser distribuídas na manhã desta segunda-feira (18) pelo país, os estados de Goiás, Piauí e Santa Catarina iniciaram também já iniciaram imunização. Ao todo, nesta primeira etapa, o Brasil conta com seis milhões de doses do imunizante fabricado pela farmcêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. 

Goiás

Em Anápolis (GO), cidade a 50 quilômetros de Goiânia, o governador Ronaldo Caiado lançou oficialmente a campanha de vacinação em Goiás, em um evento realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Jardim Leblon, por volta das 17h. A escolha da cidade, segundo o governador, foi uma forma de retribuir o gesto solidário da população e da prefeitura da cidade, que recepcionaram os brasileiros que estavam em Wuhan, na China, no início da pandemia, no ano passado. A primeira goiana a receber uma dose da vacina foi a aposentada Maria Conceição da Silva, de 73 anos. Mãe de seis filhos, Conceição da Silva trabalhou como doméstica e gari, ficou cega de um olho, tem problemas de hipertensão e hoje reside no Abrigo dos Velhos Professor Nicéphoro Pereira da Silva, em Anápolis.

De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES/GO), das seis milhões de doses iniciais da Coronavac distribuídas aos estados, Goiás recebeu cerca de 7% do total, de forma proporcional às demais unidades federativas. Ao todo, as 87.172 doses do imunizante serão divididas da seguinte forma no estado: pessoas com 60 anos ou mais que vivem em asilos (8.828); pessoas com deficiência que também vivem em unidades de acolhimento (475); população indígena vivendo em terras indígenas (320); e trabalhadores de saúde (77.549).

Ouça na Radioagência Nacional

Piauí

A vacinação dos piauienses contra a covid-19 também teve início no final da tarde desta segunda-feira (18), em solenidade com a presença de autoridades, ocorrida no pátio da Secretaria Estadual de Saúde, em Teresina. O primeira receber a dose foi o médico obstetra Joaquim Vaz Parente, de 75 anos, que atua há 45 anos na da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), com mais de 20 mil partos realizados na carreira. 

Em seguida, enfermeira Sheyla Barbosa dos Santos, de 33 anos, que atua na Unidades de Terapia Intensiva de covid-19 do Hospital Natan Portella. Também foram imunizadas, na sequência, a técnica de enfermagem Marta Regina de Sousa Madeira, de 42 anos, funcionária do Hospital Getúlio Vargas; a técnica de enfermagem Modestina Bezerra da Silva, de 60 anos, que atua da UTI covid-19 do Hospital Infantil Lucídio Portella e a enfermeira Ana Maria Brito dos Santos, de 52 anos, que trabalha no Hospital da Polícia Militar. 

Incialmente, o Piauí recebeu do Ministério da Saúde 61.160 doses da vacina CoronaVac. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) esclareceu, em nota, que serão 28.651 mil doses para profissionais da saúde, 10 para pessoas com deficiência institucionalizadas, 460 doses para pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência e 21 para indígenas vivendo em terras demarcadas.

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Santa Catarina

O enfermeiro Júlio César Vasconcellos de Azevedo foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19 em Santa Catarina. Ele recebeu a primeira de duas doses da Coronavac por volta das 17h30 desta segunda-feira (18), no Instituto de Cardiologia em São José, cidade da região metropolitana de Florianópolis. Azevedo tem 55 anos e trabalha há 26 no Hospital Celso Ramos, na capital. Além dele, também foram vacinados João de Jesus Cardoso, idoso de 81 anos, que mora em uma instituição de longa permanência, e a líder indígena Kerexu Yxapyry, da terra indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, Santa Catarina recebeu, nesta primeira fase, um total 144.040 doses da Coronavac, que serão usadas para imunizar 68.580 pessoas, com duas doses cada, como preconiza o protocolo para a vacinação. 

O primeiro grupo a receber as vacinas em SC é formado por trabalhadores da saúde, a população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, como asilos e instituições psiquiátricas, e população indígena que vivem em aldeias.

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Início

Ontem (17), São Paulo foi o primeiro estado a dar o pontapé na vacinação contra a covid-19, logo após a aprovação de uso emergencial dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Vacinação no Brasil.
Vacinação no Brasil. - Arte/Agência Brasil

 

Edição: Bruna Saniele


Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil - Brasília