domingo, 17 de janeiro de 2021

São Paulo empata com Athletico-PR e segura liderança do Brasileiro

 


Com golaço de Soteldo, Santos derrota lanterna Botafogo

Publicado em 17/01/2021 - 18:19 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

O São Paulo foi até a Arena da Baixada neste domingo (17) e empatou em 1 a 1 com o Athletico-PR em jogo válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Tricolor não pode perder a liderança da competição nesta rodada, mas soma a terceira partida consecutiva sem vitória (duas derrotas e um empate).

Com a igualdade em Curitiba, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz chega aos 57 pontos, quatro à frente do vice-líder Internacional (que enfrenta o Fortaleza ainda neste domingo). Já o Furacão assume a 10ª posição com 39 pontos.

São Paulo com dificuldades

Mesmo atuando fora de casa diante do Furacão, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz não mudou suas características, e assumiu o controle das ações. O time paulista mantinha a posse de bola (chegou a 62% no primeiro tempo), mas encontrava dificuldades de criar oportunidades claras.

Já o Athletico-PR apostava nas falhas da defesa do Tricolor. Assim, o Furacão chega com perigo aos 28 minutos com Renato Kayzer.

Se na sua primeira oportunidade clara o camisa 79 não conseguiu marcar, aos 38 minutos ele foi eficiente. Após rápido contra-ataque, Carlos Eduardo cruza para Kayzer, que vence o goleiro Tiago Volpi.

Com a desvantagem no placar, o técnico Fernando Diniz faz uma mudança ousada no intervalo, tira o zagueiro Bruno Alves para colocar o meia-atacante Vitor Bueno.

Encontrando mais espaço para jogar no segundo tempo, o Furacão tem duas boas oportunidades logo no início da etapa com Renato Kayzer e Nikão. Mas, agora, o São Paulo não vacila quando aparece a chance.

Aos 15 minutos, o meia Tchê Tchê recebe passe na entrada da área, ajeita o corpo e bate com categoria, cruzado, para deixar tudo igual.

O líder da competição ainda tenta a virada, mas não consegue mais marcar. Athletico-PR 1, São Paulo 1, resultado final.

Na próxima rodada o Furacão visita o Bahia na quarta-feira (20) na Arena Fonte Nova às 18h (horário de Brasília). No mesmo dia, o líder São Paulo recebe o Internacional a partir das 21h30.

Vitória do Santos

Na Vila Belmiro o Santos recebeu o lanterna Botafogo. E as equipes fizeram uma partida movimentada que terminou em vitória de 2 a 1 do Peixe.

Com o triunfo, a equipe da casa alcançou a 8ª posição com 45 pontos. Já o time de General Severiano continua amargando a lanterna do Brasileiro com 23 pontos.

Golaço de Soteldo

Vivendo um momento especial, o finalista da Libertadores não demorou a abrir o placar. Aos 3 minutos Pituca toca para Soteldo, que, no domínio, levanta a bola e bate, de voleio, para fazer um golaço.

Após o gol do Santos, a partida cai bastante de qualidade. E o placar só voltou a ser movimentado um pouco antes do intervalo. O juiz marca pênalti aos 43 minutos quando Matheus Babi é derrubado dentro da área por Laércio. O atacante Pedro Raul vai para a cobrança e não falha, empatando o confronto antes da parada.

A etapa final começa com o Peixe dominando, criando várias oportunidades. Já o time de General Severiano pouco faz, trazendo algum perigo apenas em eventuais contra-ataques.

E de tanto tentar, o Santos alcançou o segundo gol aos 36 minutos com o garoto Bruno Marques. Soteldo avança pela esquerda, se livra da marcação e cruza para o atacante, que havia entrado 10 minutos antes, marcar de cabeça.

Aos 43 minutos, Matheus Nascimento chegou a empatar novamente o confronto. Mas o jovem atacante teve o gol anulado, pois estava impedido quando recebeu o passe que originou a jogada.

O próximo compromisso do Botafogo será na quarta-feira, quando enfrenta o Atlético-GO no Engenhão às 17h. Um dia depois o Santos visita o Fortaleza no Castelão às 19h.

Veja a classificação da Séria A do Brasileiro.

Edição: Fábio Lisboa


 Por Agência Brasil - Rio de Janeiro

Tema da redação segue linha adotada em edições anteriores do Enem

 


Neste domingo os candidatos fizeram a primeira prova do Enem 2020

Publicado em 17/01/2021 - 18:52 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  - Rio de Janeiro

Professores elogiaram o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 e dizem que a escolha manteve a linha adotada pela prova ao longo dos anos, abordando questões sociais. O tema desta edição é O Estigma Associado às Doenças Mentais na Sociedade Brasileira. 

Para a professora de língua portuguesa e produção textual do Colégio Mopi, do Rio de Janeiro, Tatiana Nunes Camara, trata-se de um tema necessário para o momento que estamos vivendo. “Eu achei uma escolha delicada, porque vai exigir do candidato uma recepção muito profunda e muito consciente da realidade e traz ã tona aquela eterna questão que é questão da empatia. Fala-se tanto em empatia e solidariedade, mas hoje no Brasil é uma coisa que se pratica e se vê pouco. Acho que é uma espetada na sociedade, uma espetada necessária”, diz.  

Segundo a professora, para tirar uma boa nota, o estudante precisará ter um bom repertório. “Vai exigir do aluno um nível de repertório muito alto, senão ele vai ficar em um nível muito clichê [ao falar de preconceitos] e isso nunca é bom em provas como esta”, diz. De acordo com Tatiana, por conta da pandemia, candidatos podem sair prejudicados. “Como a gente viveu um 2020 extremamente desigual, com alunos com acesso a aula online e outros não, pode ser que tenha grupo bastante relevante de alunos que tenha dificuldade na redação sim”.  

De acordo com o professor de produção textual e coordenador do cursinho UniFavela, Laerte Breno, o tema seguiu a linha de edições anteriores da prova. "Diferente do tema do ano passado que surpreendeu todo mundo, esse ano, achei justo”, diz. O tema da redação do Enem 2019 foi Democratização do acesso ao cinema no Brasil

O professor conta que inclusive trabalhou o tema com os alunos. “A gente conseguiu acertar o tema. A gente trabalhou bastante a saúde mental, não só a depressão, mas a loucura, insanidade, a ideia de manicômio. A gente levou alguns repertórios para os estudantes”. 

Breno acrescenta que, por outro lado, “é um tema meio irônico, por estarmos em meio a pandemia” e muitos estudantes estarem eles mesmos lidando com doenças mentais. Ele esteve hoje (17) em locais de prova para levar lanches e dar apoio aos alunos do cursinho, que é voltado para moradores do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Segundo o professor, eles estavam nervosos e com baixa autoestima. “É injusto estar fazendo uma prova escolhendo entre ter cuidado com a vida ou com o seu futuro”. 

O professor e fundador do Laboratório de Redação, de São Paulo, Adriano Chan, alerta que os estudantes precisam tomar alguns cuidados para não perder pontos na redação. Um deles é não focar apenas nas doenças em si, mas abordar, como o tema sugere, a estigmatização delas na sociedade. “O estudante não pode trabalhar apenas com a questão da saúde, de depressão, de covid-19, como é algo que deve acontecer muito. Deve falar do preconceito e da forma como a sociedade lida com a doença, precisa falar do estigma das doenças mentais e não apenas delas”, diz. 

Outra dica é estar atento aos textos de apoio. Pelas regras da redação, eles não podem ser copiados, mas o conteúdo que trazer poderá servir de apoio para a elaboração de um texto próprio

“Achei o tema genial. O Enem sempre vai evitar trabalhar com temas que sejam esperados. Sempre vai tentar trazer uma coisa nova, até porque é uma preocupação, senão, dá a sensação que alguém já sabia do tema. É um tema específico, mas é de fácil manuseio pelos alunos”, diz, Chan. 

Veja os temas das redações de anos anteriores: 

Enem 2009: O indivíduo frente à ética nacional

Enem 2010: O trabalho na construção da dignidade humana

Enem 2011:  Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado

Enem 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI

Enem 2013:  Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Enem 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil

Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Enem 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil e Caminhos para combater o racismo no Brasil - Neste ano houve duas aplicações regulares do exame.

Enem 2017: Desafios para formação educacional de surdos no Brasil

Enem 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

Enem 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Enem 2020 

O Enem começou a ser aplicado hoje (17) na versão impressa. Os estudantes fazem as provas de linguagens, ciências humanas e de redação. A prova segue no próximo domingo (24), quando serão aplicadas as provas de matemática e ciências da natureza. Este ano, o exame terá também uma versão online, que será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança  adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Assista às 19h30 a correção das provas na TV Brasil.

Teste os seus conhecimentos no QuestõesEnem, da Agência Brasil:

Edição: Aline Leal


Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  - Rio de Janeiro

Brasília recebe 15 pacientes com covid-19 procedentes de Manaus

 


Na quinta-feira (14), cidade havia recebido seis vítimas da doença

Publicado em 17/01/2021 - 12:26 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Hospital Universitário de Brasília (HUB) recebeu hoje (17) de madrugada 15 pacientes com covid-19 transferidos de Manaus. Eles chegaram em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) por volta das 3h e foram transportados da Base Aérea da capital federal para o HUB, com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, foram usadas cinco ambulâncias, quatro com suporte básico e uma com suporte avançado. A corporação informou que todos os pacientes estão conscientes e têm o quadro estável.

Ao chegarem ao HUB, os pacientes foram transferidos para a Unidade de Pronto-Socorro, que tem leitos exclusivos para pacientes com covid-19, com suporte de oxigênio. Caso algum paciente tenha de ir para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), poderá ser transferido para a rede pública do Distrito Federal.

Esse foi o segundo grupo de pacientes enviados de Manaus para a capital federal. Na quinta-feira (14), seis foram transferidos para Brasília. Cinco estão no hospital particular Santa Lúcia, com o tratamento custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e um militar da Força Aérea que estava no Hospital da Aeronáutica de Manaus está internado no Hospital das Forças Armadas (HFA).

Por causa do colapso do sistema de saúde na capital amazonense, pacientes com covid-19 estão sendo transferidos para outros estados. Além do Distrito Federal, os hospitais universitários da Universidade Federal do Piauí e da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) receberam pacientes do Amazonas.

Administrada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a rede de hospitais universitários federais ofereceu 205 leitos, em diversos estados, para receber os pacientes do Amazonas. As transferências continuarão a ser feitas nos próximos dias.

 

Edição: Graça Adjuto

Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília


Enfermeira de São Paulo é primeira brasileira vacinada contra covid-19

 


Uso emergencial da vacina foi aprovado hoje pela Anvisa

Publicado em 17/01/2021 - 17:09 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter aprovado o uso emergencial da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, o governo paulista aplicou a primeira dose no país. 

A primeira pessoa vacinada fora dos estudos clínicos foi Mônica Calazans, de 54 anos, enfermeira, negra e moradora da zona leste da capital. Ela, que atua na linha de frente contra a covid-19 no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, foi vacinada no fim da tarde no Instituto Butantan. Até então, as únicas pessoas do país que haviam tomado a vacina faziam parte dos testes clínicos.

Mônica tem perfil de alto risco para a covid-19. Além de trabalhar diretamente na linha de frente, ela é obesa, hipertensa e diabética. É viúva e mora com o filho, de 30 anos. Nenhum dos dois, até este momento, se infectou com a doença, mas o seu irmão caçula, um auxiliar de enfermagem de 44 anos, chegou a ficar internado por 20 dias. Antes de ser vacinada, Mônica chorou, emocionada, e agradeceu.

Vacina, enfermeira , são paulo
Enfermeira é vacinada em SP- Governo de São Paulo

Mônica foi vacinada por Jéssica Pires de Camargo, 30 anos, enfermeira de Controle de Doenças e Mestre de Saúde Coletiva pela Santa Casa de São Paulo. Após ser vacinada, Mônica recebeu um selo simbólico onde estava escrito "Estou Vacinado pelo Butantan" e uma pulseira com a frase "Eu me Vacinei".

Em entrevista coletiva, a enfermeira disse que está feliz por ter tomado a vacina. “Hoje fui a primeira a ser vacinada. E tenho muito orgulho disso, dessa grande oportunidade. E, como brasileira, eu falo, vamos nos vacinar! Não tenham medo. É isso que estamos precisando, que a gente estava esperando, a vacina, para a gente poder voltar à vida normal”.

“Chegou a grande chance do povo brasileiro. Não tenham medo. Sou pessoa comum, profissional da saúde.E estou [trabalhando] na pandemia há 10 meses, trabalhando incansavelmente em dois hospitais. Falo com segurança e propriedade: não tenham medo. É a grande chance que a gente tem de salvar mais vidas”, acrescentou.

Além de Mônica, o governo paulista também vacinou, antes da campanha nacional, uma indígena. Vanuzia Costa Santos, 50 anos, moradora da aldeia Filhos Dessa Terra, em Guarulhos, foi a primeira indígena vacinada do país. Vanuzia é técnica de enfermagem e assistente social e presidente do Conselho do Povo Kaimbé. Ela teve covid em maio, sentindo sintomas severos como dor no corpo, tosse, falta de ar e ausência de paladar e de olfato que persistem até hoje. "Fiquei muito feliz de participar desse momento. Sou defensora da vida, de outras vacinas, da prevenção, da saúde", disse ela.

O Instituto Butantan tem 6 milhões de doses da vacina prontas para aplicação. O governo paulista informou, durante coletiva, que aproximadamente 4,6 milhões de doses irão para o governo federal, mantendo cerca de 1,3 milhão de doses no estado.

O uso emergencial da CoronaVac foi avaliado hoje pela Anvisa e aprovado por diretores do órgão por unanimidade.

A vacina

governo paulista, por meio do Instituto Butantan, tem parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a produção da vacina CoronaVac. Por meio desse acordo, o governo paulista já vem recebendo doses da vacina. O acordo também prevê transferência de tecnologia para o Butantan, o que significa que o imunizante também será produzido no Brasil, na fábrica do Butantan. Essas doses foram depois adquiridas pelo Ministério da Saúde, que deve utilizá-las no Programa Nacional de Imunização.

Para uma vacina ser utilizada na população, ela passa por uma fase de estudos em laboratório, uma fase pré-clínica de testes em animais e três etapas clínicas de testes em voluntários humanos, que avaliam a produção de anticorpos, a sua segurança e a sua eficácia. Estudos de fases 1 e 2 da vacina, realizados na China, já haviam demonstrado que ela é segura, ou seja, não provoca efeitos colaterais graves. Estudo feito com voluntários no Brasil também comprovou que a vacina é segura.

Já os testes de eficácia, feitos no Brasil com voluntários da área da saúde, revelaram que ela tem 50,38% de eficácia, pouco acima do mínimo dos parâmetros mínimos exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A taxa mínima de eficácia recomendada é de 50% como parâmetro de proteção.

Produção

O governo de São Paulo já recebeu, da Sinovac, 10,8 milhões de doses da vacina. Desse total, 6 milhões de doses já estão prontas.Pelo termo de compromisso assinado no fim de setembro com a Sinovac, o Butantan vai receber um total de 46 milhões de doses da coronaVac. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias entre elas.

Matéria alterada às 17h21 para alterar informação do oitavo parágrafo sobre o destino das vacinas prontas.

Edição: Graça Adjuto


Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Por unanimidade, Anvisa aprova uso emergencial de vacinas contra covid

 


Decisão depende de publicação para entrar em vigor

Publicado em 17/01/2021 - 15:49 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Por unanimidade, os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford contra a covid-19. A decisão depende de publicação no Diário Oficial e de comunicação aos laboratórios para entrar em vigor.

A maioria na direção da agência foi alcançada às 14h54, quando o diretor Alex Machado Campos tornou-se o terceiro a votar favoravelmente à imunização em caráter emergencial com as duas vacinas.

No início da tarde, as três áreas técnicas da Anvisa haviam recomendado a aprovação do uso emergencial. As gerências de Medicamentos, de Monitoramento de Produtos e de Inspeção e Fiscalização Sanitária deram parecer favorável. A recomendação, no entanto, precisava ser submetida à diretoria do órgão.

A primeira diretora a ler o voto foi a relatora do caso, Meiruze Freitas. Ela aprovou o uso emergencial, mas fez ressalvas. Disse esperar que o Instituto Butantan responda, até o fim de fevereiro, sobre os resultados sobre a imunogenicidade (capacidade de produção de anticorpos) da CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

A relatora destacou não haver alternativa terapêutica às vacinas. A diretora disse ter tomado a decisão com aval da ciência e após trabalho árduo dos técnicos da Anvisa nos últimos dias. “Guiada pela ciência e pelos dados, a equipe concluiu que os benefícios conhecidos e potenciais dessas vacinas superam seus riscos. Os servidores [da Anvisa] vêm trabalhando com dedicação integral e senso de urgência”, disse Meiruze ao ler o voto.

O segundo voto foi dado pelo diretor Romilson Mota, que acompanhou a relatora. De acordo com ele, o grave cenário da pandemia de covid-19 e o “indicativo de colapso” na rede de saúde justificam a aprovação.

Terceiro a votar, Alex Machado Campos acompanhou os demais diretores. Ele foi seguido pela diretora Cristiane Jourdan Gomes e pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. A votação foi concluída por volta das 15h20.

Após a reunião, a decisão será publicada na página da Anvisa na internet, no extrato de deliberações da diretoria. Existe a possibilidade de o Diário Oficial da União publicar uma edição extra com o resultado da votação.

O uso emergencial pode ser liberado após a publicação oficial e assim que houver comunicação formal aos laboratórios. No caso da CoronaVac, a relatora do caso pediu a assinatura de um termo de compromisso, que também precisa ser publicado em Diário Oficial.

Edição: Graça Adjuto


Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Vacinação contra covid-19 começa na quarta-feira, anuncia Pazuello

 


Doses começarão a ser entregues aos estados nesta segunda-feira

Publicado em 17/01/2021 - 15:49 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A vacinação contra a covid-19 começa na próxima quarta-feira (20), às 10h, em todo o país, para os grupos prioritários. O anúncio foi feito neste domingo (17), pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante coletiva no Rio de Janeiro. 

Segundo o ministro, serão inicialmente 3 milhões de pessoas a serem vacinadas, com duas doses cada uma, totalizando 6 milhões de doses da CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. O uso emergencial da CoronaVac foi aprovado hoje (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O ministro abriu a coletiva se solidarizando com as famílias das vítimas e agradecendo aos profissionais de saúde na linha de frente da pandemia.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concede entrevista, para falar sobre a vacinação contra a covid-19 no país, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, concede entrevista, para falar sobre a vacinação contra a covid-19 no país, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) - Tânia Rêgo/Agência Brasil

“Quero começar me solidarizando com cada família que perdeu um ente querido. Já passamos de 200 mil mortes em nosso país. E agradecer a todos os profissionais de saúde, que já salvaram mais de 7 milhões de pessoas vítimas da covid-19. Hoje o Brasil passa por um momento de grande avanço, esperança e conforto aos brasileiros, que aguardavam por esta notícia. Está dado o primeiro passo para a maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, disse Pazuello.

O ministro afirmou que o importante é garantir a todos os estados as doses da vacina, em igualdade de condições, respeitando a questão da gravidade local.

“O Ministério da Saúde tem em mãos, neste instante, as vacinas, tanto do Butantan quanto da AstraZeneca [em parceria com a Fiocruz]. E nós poderíamos, num ato simbólico, ou numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, frisou o ministro.

Pazzuelo destacou que existe um pacto federativo histórico entre a União e os estados, que deverá ser respeitado, com a saúde da população colocada acima de tudo.

“Quebrar essa pactuação é desprezar a igualdade entre os estados e todos os brasileiros. É desprezar a lealdade federativa. Senhores governadores, não permitam movimentos políticos eleitoreiros se aproveitando da vacinação nos seus estados. O único objetivo, neste momento, tem que ser o de salvar mais vidas e não fazer propaganda própria”, destacou o ministro.

Em São Paulo, o governo estadual iniciou hoje a vacinação contra o novo coronavírus, imunizando uma enfermeira que trabalha na linha de frente contra o vírus.

Distribuição

Pazuello comentou como deverá ser o processo de vacinação, a partir de quarta-feira, sendo que a responsabilidade da operação logística será dos municípios, definindo quem são os grupos prioritários a receberem as primeiras doses. Segundo o ministro, as doses começarão a ser entregues aos estados a partir das 7h desta segunda-feira (18), com apoio do Ministério da Defesa, com deslocamento aéreo.

“Os grupos prioritários são mais controlados. Idosos em instalações de longa duração, que a vacina vai até eles, profissionais de saúde que estão na linha de frente, em que forma de comunicação é em outro nível, vai no aplicativo Conecte SUS, onde faz a inscrição para a vacinação, os índios aldeados, [que a vacinação] vai até a aldeia. Então esses grupos iniciais são mais simples de serem trabalhados. Isso vai dando tempo para a estrutura se organizar para os públicos maiores. Neste momento, os prioritários são muito mais simples de se fazer. E isso está no plano de execução do município, que executa a vacinação”, explicou o ministro.

Assista a entrevista coletiva:

Neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o uso emergencial no país das vacinas CoronaVac, do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da AstraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o consórcio Astrazeneca/Oxford. A reunião durou cerca de cinco horas.

No caso da CoronaVac, a taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%, segundo a agência. Para a AstraZeneca, a Anvisa confirmou a eficácia global do imunizante em 70,42%.

Edição: Graça Adjuto


 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Definido plano para vacinar profissionais do Iges-DF

 


Força-tarefa abrangerá HB, HRSM e UPAs, para garantir a proteção de milhares de servidores que atuam no combate à pandemia 

Com a iminência da chegada das vacinas contra a Covid-19 ao Distrito Federal, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) se organizou para vacinar trabalhadores que atuam no combate ao coronavírus e que não interromperam suas atividades ao longo de quase um ano de pandemia. Entre esses profissionais estão médicos, enfermeiros e pessoas responsáveis pelo transporte e alimentação de pacientes, pela limpeza dos espaços e por outras diversas funções desempenhadas para manter o atendimento nas unidades de saúde de todos os acometidos pela Covid e por outras enfermidades.

O esquema de vacinação contemplará servidores, colaboradores celetistas e terceirizados, ou seja, todas as mais de 9 mil pessoas que prestam serviços nas unidades administradas pelo instituto — o Hospital de Base (HB), no Hospital de Santa Maria (HRSM) e as unidades de pronto atendimento (UPAs) de Ceilândia, do Núcleo Bandeirante, do Recanto das Emas, de Samambaia, de São Sebastião e de Sobradinho.

O imunizante a ser oferecido e a quantidade de doses serão informados pela Secretaria de Saúde (SES), que aguarda definições do Ministério da Saúde, responsável pela distribuição inicial. Logo após o recebimento dessas informações, o Iges-DF definirá a data de início da vacinação para seus colaboradores.

“Estamos plenamente alinhados com o Plano Nacional de Imunização e com a Secretaria de Saúde para, dentro das normas estabelecidas pelos governos, oferecer a vacinação a nossas equipes”, afirma o presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva. “Com isso, vamos garantir a segurança de tantas pessoas que estão atuando no combate à pandemia e continuar prestando uma assistência de qualidade à população, sem interrupção dos nossos serviços.”

Estrutura de atendimento 

Estão previstas quatro salas para atender os trabalhadores. Uma ficará no HB, outra no HRSM e mais duas em UPAs das regiões de saúde Norte e Sul da cidade. As UPAs que centralizarão o serviço serão definidas em breve. No HBase, haverá um espaço adequado no pronto-socorro, com cinco poltronas separadas por baias, de forma que cinco pessoas sejam vacinadas por vez. Assim, a capacidade diária prevista é de até 600 pessoas, sem que haja qualquer tipo de aglomeração.

O atendimento será das 7h às 21h, em 12 dias ininterruptos. “Os dez primeiros dias estão reservados para servidores e colaboradores, o dia seguinte para os terceirizados e o último dia para possíveis retardatários”, detalha o superintendente do HB, Lucas Seixas. “O horário de atendimento, a quantidade de dias da força-tarefa e a estrutura da sala de vacinação deverão ser seguidos também em Santa Maria e nas UPAs”, informa o presidente do Iges-DF.

Para definir a ordem de atendimento, o quadro de pessoal será dividido em dez grupos, o primeiro composto pelos funcionários com mais idade. Os demais vão incluir 10% de cada setor, para que não haja ausências em massa em uma mesma equipe em virtude de algum efeito colateral da vacina. “Essa estratégia pretende evitar que um setor fique desfalcado e o atendimento à população seja comprometido”, esclarece Lucas Seixas.

A segunda dose será aplicada após 21 dias da primeira, conforme determina o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do governo federal. Por recomendação técnica, as pessoas que receberão a vacina não poderão ser imunizadas contra outras enfermidades 30 dias antes nem 30 dias depois, evitando interações desconhecidas que possam ameaçar sua saúde.

Cadastro e organização 

A vacinação contra a Covid-19 será individualizada, e o Ministério da Saúde exigirá cadastro de todos. Dessa forma, o Iges-DF enviará a seus colaboradores um link para acesso ao site de cadastro.

Assim que houver mais definições sobre os detalhes e os fluxos de atendimento, os trabalhadores serão informados por grupos de WhatsApp e e-mail, inclusive quanto à data e ao horário corretos, para cada um se dirigir à sala de vacinação, evitando filas e aglomerações.

Logística sem gastos extras 

Para ajudar na força-tarefa dos 12 dias de vacinação e no período posterior da aplicação da segunda dose, o Iges-DF convocará voluntários entre seus colaboradores, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Não haverá gastos com contratações extras.

Além disso, a logística para a montagem das salas de vacinação não prevê gastos com aquisição de materiais, porque tudo será aproveitado do mobiliário já existente, como geladeiras, computadores e poltronas.

Com informações do Iges-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Cidadãos levam lixo eletrônico para reciclagem

 


Montado ao lado do Palco Céu de Brasília Cultural, estande itinerante de coleta do Reciclotech recolhe 26 toneladas de materiais

O Reciclotech estimula a consciência de que reciclar é contribuir para preservar o meio ambiente | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Quem passou neste fim de semana ao lado do Palco Céu de Brasília Cultural, próximo à Praça do Cruzeiro, se deparou com uma atração extra: o estande de coleta de lixo eletrônico do programa Reciclotech, projeto do GDF que recondiciona resíduos eletrônicos e outros materiais recicláveis e ajuda a preservar o meio ambiente. O descarte pode ser feito na modalidade drive-thru.

O projeto foi idealizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e é gerido pela Programando o Futuro, uma Organização da Sociedade Civil (OSC) com mais de 20 anos de experiência no ramo. Em 2020, 18 caravanas de descarte itinerantes arrecadaram em torno de 26 toneladas de materiais. Para este ano, estão programadas mais 52 ações do mesmo tipo em todas as 33 regiões administrativas.

“Não tratamos isso como lixo, mas como matéria-prima”, explica a gerente do Reciclotech, Valéria de Oliveira. “Fazemos esse recondicionamento dos materiais eletrônicos e doamos para outros lugares, gerando renda e fazendo esses novos equipamentos serem acessados por quem mais precisa”. Além do recondicionamento de computadores, também são reciclados os plásticos utilizados em muitos desses materiais.

“Não tratamos isso como lixo, mas como matéria-prima”Valéria de Oliveira, gerente do Reciclotech

A terapeuta Vera Lúcia Taboada, 51 anos, moradora do Sudoeste, aproveitou para descartar uma impressora e alguns fios. “Achei ótimo porque estava com esses equipamentos para descartar havia um ano e meio e não sabia para onde ir nem para onde levar”, elogiou. “Achei essa iniciativa fundamental, porque pode ajudar outras pessoas a descartar esses materiais no lugar certo”.

Já a servidora pública Lélia Guimarães, 50 anos, estava passeando de bicicleta pelas proximidades e foi até o estande tirar dúvidas e buscar mais informações sobre o programa. “Já tenho o hábito [de descartar lixo eletrônico corretamente]”, contou. “No meu trabalho, inclusive, fazem um descarte anual – só que às vezes demora, e queremos entregar antes, mas sempre procuro e nunca acho. Vi aqui e achei o projeto muito interessante”.

Lélia Guimarães também foi levar material para reciclar: “Vi aqui e achei o projeto muito interessante”

A próxima parada da caravana itinerante para arrecadação de lixo eletrônico será na Administração Regional do Lago Norte, nos dias 23 e 24 deste mês, igualmente um fim de semana. Além dessa modalidade, existem ainda os pontos de entrega voluntária, que são fixos e espalhados pelo DF. Mais informações sobre como fazer o descarte correto desses materiais podem ser obtidas no site do programa ou pelo telefone (61) 3559-1111.


AGÊNCIA BRASÍLIA