segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Senado ajudou a frear tombo na economia sem ignorar cuidado com saúde

 


Rodrigo Baptista | 04/01/2021, 09h54

“Não há uma escolha entre economia ou saúde. Só há um caminho: manter as pessoas com vida, e o Estado dar as condições para garantir a economia”. A fala do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em abril do ano passado, após se recuperar da covid-19, resume e antecipa como seria a atuação que a Casa teria ao longo do ano passado para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Em 2020, o Senado não escolheu entre saúde e economia; em vez disso, aprovou uma série de medidas para frear os danos econômicos causados pela paralisação de empresas, sem ignorar o cuidado com os brasileiros. 

Além do auxílio emergencial, que injetou cerca de R$ 300 bilhões na economia até o final de dezembro, conforme estimativa da Instituição Fiscal Independente (IFI), os senadores aprovaram uma série de medidas para mitigar os impactos da redução das atividades produtivas e estimular a economia — a maioria dessas medidas foi aprovada em sessões deliberativas remotas, para diminuir o risco de contágio com o novo coronavírus.

Pronampe

Um das medidas mais certeiras, na avaliação dos próprios senadores, foi a criação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), em maio, por meio da Lei 13.999, de 2020, a partir de um projeto de lei (PL 1.282/2020) do senador Jorginho Mello (PL-SC).

O primeiro aporte (de R$ 15,9 bilhões, utilizados como garantia para R$ 18,7 bilhões em créditos) teve muita procura e acabou em menos de 30 dias por conta das condições atrativas do programa, com juros baixos, pagamento em 36 meses e carência de oito meses. Em setembro, o governo editou uma medida provisória (a MP 977/2020) que prevê um segundo aporte, de R$ 12 bilhões, para servir de garantia em operações de crédito no âmbito do Pronampe.

Nessas duas primeiras etapas, estimativa do Sebrae feita no início de dezembro apontava que mais de 470 mil contratos foram assinados e R$ 30 bilhões liberados para pequenos negócios afetados pela pandemia.

— Conseguimos construir um projeto, o Pronampe, uma grande linha de crédito inédita no país, com juros decentes, prazo longo e participação efetiva do governo. O Senado foi importante na aprovação dessa proposição, que virou a lei que já emprestou cerca de 30 bilhões no Brasil para milhares de empresas. Se não fosse o Pronampe, o desemprego seria muito maior e a quebradeira também — avaliou em dezembro Jorginho Mello, que também é presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa.

Em novembro, o Senado aprovou um terceiro aporte ao programa, na forma do substitutivo da senadora Kátia Abreu (PP-TO) a mais um projeto de lei de Jorginho Mello: o PL 5.029/2020. O texto autorizava a União a liberar R$ 10 bilhões como garantia de empréstimos. No mês seguinte, esse projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e, em 29 de dezembro, foi sancionado pelo presidente da República — transformando-se na Lei 14.115/2020. Bolsonaro vetou o trecho que se referia aos R$ 10 bilhões, mas em seguida editou uma medida provisória (a MP 1.020/2020) que libera esse mesmo valor.

Programa permanente

Diante do sucesso do Pronampe, o Senado aprovou em dezembro uma proposta que o transforma em programa permanente, com fontes de financiamento definidas. Essa medida foi incluída pela senadora Kátia Abreu no PL 4.139/2020 (ela foi a relatora desse projeto de lei, que aguarda votação na Câmara).

O texto prevê que, após o encerramento do estado de calamidade, o Pronampe seguirá regras a serem definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será financiado por dotações orçamentárias, emendas parlamentares e doações privadas.

— Será um programa perene; nós o teremos para o resto da vida. São 7,5 milhões de micro e pequenas empresas no país que não vão ter que ficar chorando fórmulas, apenas recursos. Aí eu, Izalci Lucas, Jorginho Mello, Esperidião Amin, Confúcio Moura e todos os colegas vamos correr atrás, todos os anos, no Orçamento, para que coloquemos recursos no Pronampe, no Fundo Garantidor de Operações — disse Kátia Abreu durante a votação da proposta.

Além da nova configuração (após as mudanças introduzidas por Kátia Abreu), o PL 4.139/2020 transfere para o Pronampe recursos que foram destinados a outros programas emergenciais de crédito durante o estado de calamidade, mas que acabaram não sendo utilizados até o final de 2020. Esse, aliás, era o teor da versão original do projeto, apresentado pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO).

Profissionais liberais

Parte dos recursos do Pronampe será utilizada na linha de crédito criada pela Lei 14.045, de 2020, que se destina aos profissionais liberais afetados pela pandemia. De acordo com essa norma, são considerados profissionais liberais "as pessoas físicas que exercem, por conta própria, atividade econômica com fins lucrativos, tanto de nível técnico quanto de nível superior".

Advogados, corretores, arquitetos, contadores, psicólogos, músicos, fotógrafos e outros profissionais autônomos com formação técnica ou superior estão entre os beneficiados.

Essa lei teve origem no PL 2.424/2020, projeto de lei do senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

Revisão de projeções

Na avaliação de Felipe Salto, diretor da Instituição Fiscal Independente, o Pronampe, o auxílio emergencial e outras ações do Senado ajudaram a aliviar a crise que se desenhava no início da pandemia. A IFI foi revisando as projeções de encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) conforme medidas emergenciais eram aprovadas pelo Congresso e os seus impactos sobre a economia eram constatados.

— A IFI havia apresentado, em novembro de 2019, um cenário que indicava crescimento da economia para 2020 da ordem de 2,2%. Quando a crise da covid-19 se abateu sobre o Brasil, em março, nós revisamos essas projeções nos meses subsequentes. Atualmente estimamos uma recessão de 5% para 2020. Ela é menor do que se chegou a projetar ao longo do ano. As expectativas foram se adequando à medida que ações foram sendo tomadas por parte do Legislativo e do Executivo no sentido de amenizar a crise sobre a renda e o emprego — explicou Felipe Salto em dezembro, durante entrevista à Agência Senado .

Peac Maquininhas

O Senado também aprovou outras ações específicas de apoio a empresas de micro, pequeno e médio porte. É o caso do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), criado em junho por meio da Medida Provisória (MP) 975/2020. Após ser aprovada pelo Congresso com modificações, essa proposta foi convertida na Lei 14.042, de 2020.

O Peac Maquininhas, como ficou conhecido, é uma modalidade de crédito garantida por vendas com máquinas de pagamento digital. Destina-se a microempreendedores individuais (MEIs) e micros e pequenas empresas. A possibilidade de que essas empresas tomem até R$ 50 mil emprestados por meio do programa foi incluída na medida provisória durante sua tramitação na Câmara — e foi mantida pelo Senado.

Desoneração da folha

Para apoiar o setor produtivo durante a crise, o Senado analisou propostas como a MP 936/2020. Essa medida provisória, que permitiu a redução da jornada de trabalho e de salários durante a pandemia, foi aprovada pela Casa em junho e acabou sendo convertida na Lei 14.020, de 2020.

Durante a tramitação no Congresso, os parlamentares incluíram nessa MP a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para empresas de 17 setores da economia até 2021. Ao discordar dessa iniciativa, o presidente Jair Bolsonaro chegou a vetar esse trecho, mas senadores e deputados derrubaram seu veto (VET 26/2020).

Outro exemplo de ação emergencial aprovada pelo Congresso é o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), criado para ajudar as pequenas e médias empresas a pagarem a folha de salários durante a pandemia (Lei 14.043, de 2020, que teve origem na MP 944/2020).

Fiscalização

Para que esses recursos não ficassem apenas no papel, o senador Esperidião Amin (PP-SC) alertou por diversas vezes — durante as reuniões da comissão mista que acompanhou as medidas do governo federal de combate à pandemia — que a “caixa d'água estava cheia e a torneira pingando”. Ele avalia que a cobrança e a fiscalização do Senado foram importantes para fazer os recursos chegarem até quem mais precisava deles. 

— A caixa d'água funcionou com precariedade, mas sob grande vigilância do Senado e da comissão mista, que agiram muito no sentido de cobrar e forçar a chegada do dinheiro, por exemplo, ao pequeno empresário — declarou o senador.

Para Esperidião Amin, "de um modo geral, o Congresso — e o Senado em particular — agiu de maneira competente para reduzir o tombo que o país sofreu e está sofrendo ao longo destes meses". Ele destacou a importância de medidas como a aprovação da Emenda Constitucional 106 (o chamado "Orçamento de Guerra") e a criação de várias linhas de crédito em parceria com o governo para dar liquidez à economia brasileira.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) foi o presidente da comissão que acompanhou as medidas do governo federal de combate à pandemia. Ele concorda com a avaliação de Esperidião Amin. Além disso, Confúcio afirmou que o governo federal vem tentando, mesmo que tardiamente, solucionar a crise provocada pela pandemia. E acrescentou que a cooperação foi fundamental para efetivar as ações emergenciais.

— Aprovamos nesta Casa propostas de suma importância para o país, como o auxílio emergencial, o Pronampe e mudanças na Lei de Falências. Para obtermos êxito, é preciso uma boa dose de cooperação mútua e menos burocracia, sem deixar de lado a fiscalização, que foi um papel importantíssimo desempenhado pela comissão mista — disse Confúcio Moura.

As mudanças na Lei de Falências a que o senador se refere tramitaram no Congresso sob a forma de um projeto de lei: o PL 4.458/2020. Após passar na Câmara em agosto, esse projeto foi aprovado pelo Senado em novembro. O presidente da República sancionou o texto, com vetos, na véspera de Natal, o que deu origem à Lei 14.112, de 2020.

As mudanças na Lei de Falências tratam do financiamento a empresas em recuperação judicial, de parcelamento e desconto para pagamento de dívidas tributárias, além de possibilitar aos credores apresentar plano de recuperação da empresa, entre outras medidas.

Turismo e eventos

O Senado aprovou ajudas específicas para alguns setores fortemente impactados pela crise do novo coronavírus. “Primeiro a fechar” e talvez “último a voltar a funcionar plenamente”, o turismo foi beneficiado com a MP 963/2020, medida provisória que autorizou a liberação de R$ 5 bilhões para o auxílio a empreendimentos turísticos. Aprovada sem mudanças pelos senadores, a MP foi promulgada em setembro, sendo transformada na Lei 14.051, de 2020.

Também passaram pelo Congresso outras iniciativas do governo federal para estancar as perdas do segmento turístico e regulamentar os direitos dos consumidores neste período atípico. É o caso MP 948/2020, medida provisória editada para detalhar regras de adiamento ou cancelamento de eventos, serviços ou reservas nos setores de cultura e turismo devido à pandemia. Aprovada pelos parlamentares, a proposta foi sancionada pelo presidente da República e transformada na Lei 14.046, de 2020.

Aviação

Um amparo às companhias aéreas e às concessionárias de aeroportos chegou ao Congresso por meio da Medida Provisória (MP) 925/2020, que regulamentou o reembolso e a remarcação de passagens de voos cancelados durante a calamidade, além do pagamento de tarifas e do fim do adicional de embarque internacional. O texto foi aprovado em julho pelos senadores e deu origem à Lei 14.034, de 2020.

Cultura

Entre as propostas para mitigar os efeitos do fechamento temporário de bares, teatros, cinemas e palcos, destaca-se a que deu origem à Lei 14.017, de 2020, que autorizou a liberação R$ 3 bilhões em auxílio financeiro a artistas e estabelecimentos culturais durante a pandemia de covid-19.

Essa lei teve origem no PL 1.075/2020, projeto de lei relatado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), que foi aprovado no início de junho. A lei também é chamada de “Lei Aldir Blanc”, em homenagem ao compositor carioca que faleceu no início de maio, vítima da covid-19.

Escolas privadas

Também fortemente impactadas pela pandemia de covid-19, as escolas privadas receberam a atenção dos senadores, que aprovaram em setembro um projeto de lei complementar (o PLP 195/2020) para criar o Programa Nacional de Auxílio às Instituições de Ensino da Educação Básica (Pronaieeb). Esse programa prevê auxílio financeiro às escolas privadas afetadas pela pandemia. O projeto é de autoria do senador Jorginho Mello (PL-SC) e teve como relatora a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB). O texto aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Agricultura

O Senado aprovou em maio o PL 1.543/2020, projeto de lei do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) que prorroga por 12 meses o pagamento das dívidas de agricultores familiares. O relator da matéria foi o senador Zequinha Marinho (PSC-PA). Esse projeto também aguarda votação na Câmara.

Orçamento de Guerra

Para fazer frente a auxílios, empréstimos e outras ações do governo contra os efeitos da pandemia, o Congresso Nacional flexibilizou regras fiscais, administrativas e financeiras e promulgou a emenda constitucional que instituiu o chamado Orçamento de Guerra (Emenda Constitucional 106, que teve origem na PEC 10/2020).

Essa emenda constitucional criou um regime extraordinário fiscal válido durante o período de calamidade pública. Também autorizou o Banco Central a comprar títulos de empresas privadas no mercado secundário (o objetivo seria garantir liquidez ao mercado de capitais). Além disso, a emenda permite processos mais rápidos para compras, obras e contratações de pessoal temporário e serviços.

Falso dilema

Assim como afirmou Davi Alcolumbre em abril, Esperidião Amin avalia que o Senado não se deixou levar pelo falso dilema "saúde versus economia" e fez o que era possível dentro dos seus limites. 

—  Reduzir o tombo do ponto de vista da saúde dependeu menos de nós. O Congresso Nacional foi mais eficaz na economia do que na saúde, área em que nossa ingerência é menor — concluiu.

A lista completa de proposições que tramitaram no Senado em resposta à pandemia está disponível aqui.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado



domingo, 3 de janeiro de 2021

Tempestade derruba teto de crematório e mata 18 pessoas durante funeral na Índia

 MUNDO

Segundo informações, outras 40 pessoas que estavam no local para se protegerem da chuva também ficaram presas nos escombros

Reprodução


As vítimas participavam de um funeral no local quando o prédio colapsouAs fortes chuvas que castigam a região de Gaziabad, no norte da Índia , causaram uma tragédia neste domingo (3), quando o teto de um crematório cedeu e matou 18 pessoas que participavam de um funeral no local.

Segundo informações da agência Reuters, outras 40 pessoas também estavam dentro do estabelecimento no momento do colapso . Porém, este grupo apenas tentava se proteger da chuva e não participava da cerimônia fúnebre.

Até o momento, 38 já foram retirados dos escombros pelos agentes da Força Nacional de Resposta a Desastres (NDRF), que foram convocados ao local para auxiliar a polícia e os bombeiros no resgate dos sobreviventes.
Ainda de acordo com a publicação, as causas do desabamento ainda não foram confirmadas, mas uma investigação será instaurada.

 "Vamos descobrir quem é o responsável por esta tragédia o mais rápido possível", garantiu Anita Meshram, comissária da divisão da NDRF.

iG Último Segundo



Primeira escola técnica de Brazlândia oferece mais de 300 vagas

 


Inscrições vão de 6 a 20 de janeiro. Unidade custou R$ 14 milhões aos cofres públicos e obras geraram 200 empregos

Moradores não precisam mais sair da RA para fazer o ensino técnico | Foto: Divulgação / Escola Técnica de Brazlândia

A Escola Técnica de Brazlândia está pronta. Com a proximidade da inauguração das instalações, foi lançado o edital do processo seletivo de alunos, com inscrições abertas de 6 a 20 de janeiro de 2021. São 340 vagas para cursos técnicos em enfermagem e informática e de formação inicial e continuada para cuidador infantil e operador de computador. O investimento para a construção do local foi de mais de R$ 14 milhões e gerou 200 oportunidades de emprego.

Na avaliação do secretário de Educação Leandro Cruz, a escola é uma grande conquista para a comunidade da cidade. “É também um importante reforço para o Novo Ensino Médio, que inclui a qualificação de nível técnico entre as opções que os estudantes terão na carga horária de livre escolha. É mais um instrumento para virarmos o jogo na educação”, ressalta o titular da pasta.

O terreno possui 12 mil metros quadrados, com uma área de 5.577,39 metros quadrados de construção. O modelo segue o padrão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e tem capacidade para atender cerca de dois mil alunos. São doze salas de aula, oito laboratórios, biblioteca, auditório, teatro, arena, refeitório, área de convivência e administrativa, cozinha e quadra poliesportiva coberta.

Escola tem capacidade para receber 2.000 alunos | Foto: Divulgação / Escola Técnica de Brazlândia

Humberto José Lopes, coordenador da Regional de Ensino de Brazlândia, lembra que a comunidade participou ativamente das várias audiências públicas. “Também buscamos conselhos populares por meio da internet. Eles votaram on-line. Então todos os cursos que serão oferecidos foram de acordo com a necessidade da população local”, explica.

São doze salas de aula, oito laboratórios, biblioteca, auditório, teatro, arena, refeitório, área de convivência e administrativa, cozinha e quadra poliesportiva coberta

Ele também reforça que, agora, os alunos não precisarão se deslocar para estudar nas unidades de Ceilândia, Taguatinga, Plano Piloto e Sobradinho. “Muitos não têm condição de cursar uma faculdade, então a comodidade de poder estudar perto de casa será uma vantagem para eles, que terão uma formação profissional de qualidade”, afirma.

Inscrições

As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site da Secretaria de Educação. Poderão se inscrever aqueles que tenham concluído o ensino médio até este ano e apresentar histórico escolar ou declaração de escolaridade. Candidatos com deficiência ou transtorno do espectro autista comprovado por laudo médico no ato da matrícula têm 20% das vagas reservadas por curso e por turno. Para mais informações, acesse o edital aqui

A diretora da escola, Alessandra Alves, lembra que a unidade atenderá não só a área urbana da cidade, mas como a rural. “Além das cidades do entorno, como Águas Lindas e Padre Bernardo. Os estudantes terão novas perspectivas de formação e qualificação de jovens e toda a comunidade escolar”, comenta.


AGÊNCIA BRASÍLIA

Comércios poderão usar área pública mediante pagamento

 


Decreto publicado pelo GDF estabelece regras e especifica preços a serem cobrados de comerciantes

Os comércios do Distrito Federal poderão ocupar áreas públicas, a título precário, próximas a áreas comerciais. A autorização, concedida pelo Governo do Distrito Federal, foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal em 31 de dezembro de 2020.

O Decreto número 41.668, assinado pelo governador Ibaneis Rocha, especifica a fixação de preços a serem cobrados dos comerciantes, observando critérios como a localização do imóvel, a área pública utilizada, o valor de mercado dos imóveis próximos e a finalidade da utilização do uso.

O decreto, porém, não se aplica aos lotes localizados em área tombada de Brasília e a praças públicas.

Para a ocupação dos espaços os comerciantes deverão atender a requisitos. Caberá às administrações regionais darem anuência prévia da negociação, de acordo com suas áreas de competência.

A autorização a título precário poderá ser suspensa a qualquer momento, por determinação da administração pública mediante revogação do termo. Ao  comerciante não caberá nenhum tipo de indenização, ainda que benfeitorias tenham sido feitas na área ocupada.

A livre circulação de pedestres deve ser garantida pelo comércio, sem qualquer restrição de passagem do fluxo ou interferências nas rotas de acessibilidade. Acessos a escadas e rampas devem ser garantidos, entre outras providências.


AGÊNCIA BRASÍLIA

CEB faz melhorias na rede elétrica do Gama e SIA

 


Cidades terão fornecimento de energia interrompido temporariamente durante os serviços

Nesta segunda-feira (4), a Companhia Energética de Brasília (CEB) realizará manutenção da rede elétrica em duas regiões administrativas: Gama e Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). Durante os serviços, o fornecimento de energia será suspenso.

Para que o trabalho de poda de árvores seja executado com segurança, as chácaras Morada Nobre e Aline, as fazendas Vertentes e Soledade, além do Rancho Comache, no Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama, ficarão sem energia das 8h40 às 16h30.

No mesmo horário, das 8h40 às 16h30, o Trecho 6 do SIA também ficará sem energia para que os técnicos da CEB façam a compactação da rede de alta tensão.

Os clientes da CEB sempre são avisados sobre os desligamentos programados por meio de correspondência e por informes de serviço nos meios de comunicação oficial, além de poder consultar pelo site e pelo telefone 116.

AGÊNCIA BRASÍLIA

Terracap prossegue com entrega de contratos do Pró-DF II

 


A ação, que já regularizou 120 imóveis do Pró-DF II desde janeiro de 2019, colabora com o desenvolvimento de todo o Distrito Federal

A agência entregou os documentos às empresas que tiveram os Projeto de Viabilidade Técnico Econômico Financeira (PVTEF) ou Projeto de Viabilidade Simplificado (PVS) aprovados pelo Conselho de Gestão do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal (Copep-DF) | Foto: divulgação
Mais empresários tiveram a oportunidade de encerrar o ano de 2020 com contratos de concessão de Direito Real de Uso, com opção de compra, de lotes da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) em mãos.
A agência entregou os documentos às empresas que tiveram os Projeto de Viabilidade Técnico Econômico Financeira (PVTEF) ou Projeto de Viabilidade Simplificado (PVS) aprovados pelo Conselho de Gestão do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal (Copep-DF).
Uma das beneficiadas com a aquisição é a Telemont, empresa que trabalha com comunicação de voz, gestão de sistemas de energia, banda larga e dados, tecnologia da informação e transporte multimídia. A empresa esteve representada pelo diretor regional Giovanni Avelar. Ele diz que a empresa aderiu ao programa em 2010, mas que a documentação nunca chegava por inúmeras razões.
“Agora, depois de quase 11 anos, a gente está conseguindo sair daqui com o contrato. É um motivo de alegria muito grande”, comenta. O diretor ainda menciona que o sentimento é de batalha vencida. “Achamos que não íamos conseguir sair com este documento, mas felizmente essa hora chegou”.
Com os contratos, os empresários contemplados deverão cumprir com as metas estabelecidas nos projetos aprovados: planejar a edificação civil, bem como gerar empregos e estimular o exercício da atividade econômica.
O empreendedor Eduardo dos Santos, do Gama/DF, se diz abençoado enquanto segura emocionado o documento. “Participar deste programa, que é tão bom, me fez poder seguir com o meu sonho e também a manter a força quanto a um dos meus propósitos, que é gerar empregos”, reforça.
De acordo com o diretor de Regularização Social e Desenvolvimento Econômico da Terracap, Leonardo Mundim, o Pró-DF “inova ao encorajar concretamente a empregabilidade”. Ele explica que a empresa concessionária que comprovar o aumento do número de empregos gerados em relação ao que foi inicialmente aprovado no Plano de Viabilidade Simplificado, terá a taxa de concessão mensal do lote reduzida proporcionalmente. Outras ações que também proporcionam esta garantia é se empresa mantiver projetos de responsabilidade social ou se implantar medidas não compulsórias de responsabilidade ambiental.
A ação, que já regularizou 120 imóveis do Pró-DF II desde janeiro de 2019, colabora com o desenvolvimento de todo o Distrito Federal, pois movimenta a economia com a atração de novas empresas, fomenta investimentos, a criação de novos postos de trabalho, o que diminui a taxa de desemprego, e melhora a renda da população.
*Com informações da Terracap

AGÊNCIA BRASÍLIA

GDF finaliza regularização do Guará II

 


Processo em desenvolvimento pela Codhab beneficia cerca de 700 moradores de 177 imóveis

 

Simone é uma das 700 pessoas beneficiadas com a legalização  no Guará II | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Simone Barbosa, 40 anos, não tinha mais esperança de regularizar a casa onde mora com a mãe, no Guará II. Mas, em dezembro, teve uma surpresa. Técnicos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) entregaram cartas convocatórias aos moradores das QE’s 38, 42, 44 e 46. O documento é a primeira fase para a conclusão de regularização de 177 imóveis – beneficiando cerca de 700 pessoas – e legalizando toda região.

“Só descobri que a casa não estava regularizada depois que comprei. Há anos tento a legalização do meu imóvel”, lembra Simone, que mora na região há 14 anos. “Iniciar o processo de regularização é uma conquista que sonho há muito tempo. Se eu quiser vender o terreno, por exemplo, será muito mais valorizado com título”, comenta a professora.

A aposentada Célia Flores, 74 anos, também está ansiosa para, finalmente, ter o documento em mãos. Ela mora com os dois filhos no Guará II há mais de 25 anos e também não sabia que o imóvel não era legalizado. “É uma segurança para minha família. Minha idade é avançada e quero ter a tranquilidade de que esta casa será dos meus filhos, pois é um direito deles”, disse.

Processo

Apesar do Guará II ser uma região antiga e consolidada, ainda existem imóveis que precisam ser regularizados, como é o caso das quadras acima. Segundo o diretor de Regularização da Codhab, Leonardo Firme, após a entrega dos títulos dessas residências, toda a região será legalizada.

“Nossos técnicos passaram de casa em casa para garantir o primeiro passo para o processo de regularização, que é a entrega de cartas convocatórias. A segunda etapa foi a entrega dos documentos. Analisaremos toda a papelada até a segunda quinzena de janeiro”, explica o diretor. “É um trabalho diário para dar mais segurança jurídica aos proprietários”, reforça.

A administradora do Guará, Luciana Quintana, reforça a importância da ação do governo local para a população. “Era uma demanda antiga, esperada por décadas. O GDF está integrado para resolver as demandas da população, principalmente daqueles que mais precisam”, ressalta a responsável pela cidade.

A regularização dos imóveis está sendo tocada pela Codhab, Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF|Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Outras regiões

Em dezembro, o GDF regularizou 5 mil ocupações rurais na capital. O governador Ibaneis Rocha sancionou a Lei Professor Aníbal, que vai permitir que essas ocupações sejam legalizadas. Com a nova legislação, pequenos, médios e grandes produtores terão segurança jurídica para produzir e gerar emprego e renda no campo.

Após décadas de espera, Arniqueira também iniciou sua tão sonhada regularização fundiária. Com a assinatura do decreto que aprova o projeto urbanístico, mais de 1,4 mil lotes que ocupam uma área de 319,28 hectares serão legalizados. No início dos anos 90, a área (um conjunto de chácaras) cresceu desordenadamente. Na atual gestão, ela foi transformada em uma região administrativa para se desenvolver com infraestrutura e sem agredir o meio ambiente.

 AGÊNCIA BRASÍLIA

Prova de vida volta a ser exigida no DF a partir desta segunda

 


Comprovação de saúde presencial de aposentados e pensionistas é retomada em 2021

Suspensa em 16 de março por causa das medidas de prevenção ao novo coronavírus, volta em 2021 a prova de vida no Distrito Federal. A partir de 4 de janeiro, próxima segunda-feira, aposentados e pensionistas da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal precisarão comprovar que estão vivos, em uma apresentação presencial numa das agências do Banco de Brasília (BRB).

A prova de vida é anual, obrigatória e necessária para o pagamento regular de aposentadorias e pensões. É feita uma vez por ano no mês de aniversário do aposentado ou pensionista nas agências BRB, de segunda à sexta, das 11h às 16h. É necessária a apresentação do documento de identidade com foto (Carteira de Identidade, Carteira de Habilitação ou Carteira Profissional com validade em todo o território nacional e emitida por órgão de regulamentação profissional), do CPF e de um comprovante de residência atualizado.

É necessária a apresentação do documento de identidade com foto e de um comprovante de residência atualizado

Os servidores aposentados e pensionistas que deixam de fazer a prova de vida no mês em que estiverem aniversariando são notificados para que, no prazo de 30 dias, apresentem a documentação exigida, sob pena de suspensão do pagamento do seu benefício. “O objetivo é coibir fraudes e irregularidades no pagamento de benefícios previdenciários”, informa o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF), Ney Ferraz Júnior.

Na prática, porém, aposentados e pensionistas continuaram voluntariamente a realizar prova de vida nesses meses de suspensão da obrigatoriedade, aproveitando-se de suas idas ao banco. Com isso, o Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF) contabilizou 24.134 provas de vida de janeiro até 17 de dezembro. Isso corresponde a 39,04% do total previsto para o ano.

Tutores, guardiões e curadores dos aposentados e pensionistas deverão apresentar os seguintes documentos: original da tutela, termo de guarda ou curatela e documento de identidade oficial do representante legal.

* Com informações do Iprev-DF


AGÊNCIA BRASÍLIA

Terreno baldio vira horta comunitária em São Sebastião

 


Produtos cultivados vão abastecer as 3 casas de acolhimento na RA, que abrigam dezenas de pessoas em situação de vulnerabilidade social

A horta já deu seus primeiros frutos. Na semana passada, folhas de couve e de rúcula foram colhidas. E mais pés de três tipos diferentes de alface, cheiro verde, cebolinha, jiló e quiabo | Foto: Paulo H Carvalho/ Agência Brasília

Um terreno de 750 metros quadrados, antes tomado pelo mato alto e por entulhos, se transformou em um projeto que pode mudar a realidade de mais de 100 pessoas carentes do Distrito Federal.

Em São Sebastião, o Instituto Inclusão, que administra três casas do GDF que fazem o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) iniciou, há cerca de dois meses, o plantio de uma horta comunitária em um lote vazio no setor de chácaras do bairro São Francisco.

A horta já deu seus primeiros frutos. Na semana passada, folhas de couve e de rúcula foram colhidas. E mais pés de três tipos diferentes de alface, cheiro verde, cebolinha, jiló, quiabo, além de mais couve e rúcula estarão prontos para a colheita em quatro semanas.

O projeto envolve o trabalho de diversas pessoas e órgãos: a Sedes é responsável pelos insumos usados na horta, como enxadas, sementes e adubo, e, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), presta assistência técnica para a produção e prepara cursos para serem dados no local, como de agroecologia e permacultura; a administração regional limpou o terreno; o Instituto Inclusão coordena o plantio e manutenção da horta e, quem põe a mão na massa, são os acolhidos nas casas de passagem, em parceria com a comunidade. As casas abrigam homens em situação de rua, dependentes químicos e famílias migrantes entre os estados brasileiros que não têm residência fixa,

Para a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, além de incentivar o cultivo de alimentos naturais e a alimentação saudável, o cultivo das hortas comunitárias promove a interação social e proporciona o bem-estar físico e mental das pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“A horta é uma grande ferramenta para trabalhar a segurança alimentar, a educação ambiental, a mobilização social e os aspectos de vizinhança. Além disso, mais do que útil e saudável, é uma atividade prazerosa junto à natureza”, destaca.

Segurança alimentar

Vamos fazer mais canteiros em todo o terreno e aumentar a produção”, afirma Daniel Feo Castro de Araújo, assessor da Sedes I Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

A ideia é que os produtos colhidos sirvam para abastecer as casas e complementar a alimentação dos acolhidos, que fazem cinco refeições por dia. Em São Sebastião, são três unidades com 12 famílias e 63 homens abrigados. Por enquanto, dez canteiros estão cultivados, mas a ideia é ampliar a horta. “Temos espaço. Vamos fazer mais canteiros em todo o terreno e aumentar a produção”, afirma Daniel Feo Castro de Araújo, assessor da Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes.

O assistente social do Instituto Inclusão, Júnior Serra da Silva, coordenador do projeto, ressalta que, futuramente, a horta pode gerar renda e ocupação para a população em vulnerabilidade social acolhida em São Sebastião. “As pessoas podem colher e levar os produtos para vender nas feiras que acontecem aos finais de semana”, afirma.

“A casa de acolhimento é uma espécie de casa coletiva e cuidar da horta é uma ocupação pra gente”, diz Junior Lopes de 19 anos | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

Júnior Lopes, 19 anos, brigou com a mãe, saiu de casa e foi parar em uma das casas de acolhimento, onde pode ficar três meses. Ele conta com orgulho que ajudou a plantar o primeiro pé de cebolinha e vai ao local praticamente todo sábado ajudar na manutenção dos canteiros.

“A casa de acolhimento é uma espécie de casa coletiva e cuidar da horta é uma ocupação pra gente”, diz.

Até a igreja ajuda. O terreno pertence à paróquia Santo Afonso e fica ao lado da capela São Francisco, vinculada à paróquia. O envolvimento da comunidade é estimulado pelo pároco da região, o padre Paim. No final de todas as missas ele fala da horta e estimula que as pessoas usem os canteiros para cultivar produtos.

“Uma senhora que mora aqui perto plantou abóboras e ela ou a filha vêm regá-las todo dia”, conta Idorival da Silva Brito, que toma conta da capela e também ajuda na horta. Para ele, o grande benefício do projeto é proporcionar a interação da comunidade e dos acolhidos. “Já me propuseram fazer um abaixo-assinado para tirar os albergues daqui”, diz.

AGÊNCIA BRASÍLIA