terça-feira, 25 de agosto de 2020

Brasil pode colher mais de 133 milhões de toneladas de soja em 2021, diz Conab

 

SAFRA 2020/2021

Conab irá rever números das últimas 7 safras de soja do Brasil

Entidade comunicou nesta terça-feira, 25, que fez uma revisão nos números das safras de soja dos últimos 7 anos, incluindo a de 2019/2020. Confira!


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira, 20, a sua primeira estimativa para a safra de soja 2020/2021. A entidade acredita que o país irá colher 133,5 milhões de toneladas, ou seja 7% a mais que os volumes revisados da safra 2019/2020.

Os dados fazem parte da “Perspectivas para a Agropecuária Safra 2020/2021”, apresentada em uma live que contou com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

“Se o Brasil realmente conseguir colher tudo isso se manterá com certeza como o maior produtor mundial do grão”, afirma Tereza Cristina.

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A projeção de aumento da colheita da soja decorre da expectativa de melhor produtividade, que pode chegar a uma média de 3.526 quilos por hectare (58,8 sacas de 60 quilos), e também da ampliação na área, estimada em 3% (atingiria 37,86 milhões de hectares). O avanço do grão ocorre principalmente em áreas de pastos degradados, de renovação de cana-de-açúcar e também há casos de troca de cultura.

Revisão das últimas 7 safras

A projeção para a nova safra 2020/2021 representa um aumento de 7,3% ante a safra de 124,4 milhões de toneladas colhida em 2019/2020. Vale ressaltar que em julho a previsão era de uma colheita de 120,9 milhões de toneladas de soja, mas a Conab revelou que está revisando as últimas sete safra de soja, o que gerou uma mudança nos números atuais.

“A safra 2019/2020 passa dos 124,4 milhões de toneladas, já com esse ajuste realizado, 4 milhões de toneladas a mais do que era previsto até então para a safra. A nova safra será 7,3% maior que essa de 2019”, diz Tereza.

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, “não há nenhum receio em divulgar essa revisão, desde que haja compromisso com a qualidade dessa informação.”

Promessas para a soja

Ainda durante a live desta terça, a ministra da Agricultura ressaltou que com o aumento da produção de soja e outros grãos o Brasil terá o compromisso de encontrar novos mercados para seus produtos.

“Com mais grãos saindo dos campo, precisaremos de mais mercados. E essa é uma das prioridades do Ministério da Agricultura em minha gestão, abrir mais mercados. O Brasil precisa disso, pois a safra de grãos cresce a cada ano”, afirma Tereza.

Segundo a Conab, as exportações brasileiras de soja podem aumentar 5,8%, indo para 86,79 milhões de toneladas, sendo que a China pode comprar cerca de 80% desse volume.

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Por Daniel Popov, de São Paulo

canal rural 


Conab irá rever números das últimas 7 safras de soja do Brasil

 

ATUALIZAÇÃO


Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, essa revisão faz parte de uma reformulação que a Conab está passando


Durante live realizada nesta terça-feira, 25, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para divulgar dados da “Perspectivas para a Agropecuária Safra 2020/2021”, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a entidade irá revisar os números finais das últimas sete safras de soja do Brasil.

“Nessa reformulação que fizemos na Conab, estamos estudando números das safras passadas, das últimas 7 safras pelo menos, porque queremos ter números mais afinados, para mostrarmos maior acertos desses números. Para isso, estamos usando tecnologias modernas e teremos muitas novidades daqui pra frente”, afirma Tereza.

Foto: Geison Nicaretta

A primeira revisão apresentada foi a da safra 2019/2020, que agora deve chegar a 124,4 milhões de toneladas, bem acima da previsão de julho.

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“A safra 2019/2020 passa dos 124,4 milhões de toneladas, já com esse ajuste realizado. Ou seja são 3,5 milhões de toneladas a mais do que era previsto até então para a safra. Da nossa parte fica o compromisso de trabalhar com transparência total, divulgando o melhor que nossas metodologias possam proporcionar e é por isso que viemos a público revelar esses ajustes e mostrar o que a Conab está fazendo”, finaliza Tereza.

Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, “não há nenhum receio em divulgar essa revisão, desde que haja compromisso com a qualidade dessa informação.”

“A previsão para a safra 2020/2021 já leva em consideração a revisão realizada na última safra. Foi um trabalho exaustivo e extenso com todas as informações de campo e revisamos as últimas sete safras”, afirma Bastos.

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por;canal rural 

Brasil deve ampliar corte de gastos não essenciais, diz ex-diretor do FMI

 


Da Redação | 24/08/2020, 10h53 - ATUALIZADO EM 24/08/2020, 13h55

Ajustar os investimentos públicos ao longo dos próximos anos, endurecer a redução de gastos não essenciais e manter transferências de renda à população carente são fundamentais para que o Brasil saia da crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus. Essa é a avaliação do ex-diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) Paulo Nogueira Batista Jr., apresentada nesta segunda-feira (24) na 28ª audiência pública da Comissão Mista do Congresso Nacional que acompanha a situação fiscal e a execução orçamentária das medidas do governo relacionadas à covid-19. 

Paulo Nogueira observou que a crise econômica resultada da pandemia aumentou os índices de desemprego, provocando um grave desequilíbrio das contas públicas. Mas alertou para o fato de que, apesar disso, o debate público sobre a questão fiscal ainda é deficiente. O debatedor defendeu a combinação de crescimento econômico com ajuste fiscal, mas ressaltou que a ideia de um corte drástico nas contas públicas do Brasil em 2021 seria uma solução “perigosa e inconveniente”. 

— É preciso reconhecer, sim, que a situação das contas públicas requer cuidados, mas, tendo em vista a preocupação com o nível de atividade e de emprego, seria melhor passar ao ajustamento das contas ao longo de vários anos, reduzindo gradativamente o deficit primário do setor público e adotando, de preferência, uma regra fiscal mais racional, mais bem formulada do que as regras atualmente existentes. Essa tese do ajustamento fiscal expansionista não tem base na realidade empírica nem na experiência internacional. É uma questão importante e está na ordem do dia. 

Estratégias

Além de discutir o impacto da pandemia na economia mundial, a reunião remota debateu estratégias internacionais de enfrentamento da crise econômica e como a experiência brasileira pode contribuir para a mitigação da crise. 

Representante do FMI no Brasil, Joana Pereira observou que a pandemia de covid-19 trouxe “um choque econômico sem precedentes”, no tocante à prestação de serviços, à queda de consumo e ao aumento de incertezas em todo o mundo. Ela apresentou, no entanto, dados mais positivos referentes às respostas político-econômicas, tanto no grupo de países avançados, quanto em economias em desenvolvimento e mercados emergentes. 

Joana citou uma disparidade de níveis de queda no setor de serviços entre países europeus em relação ao Brasil. Enquanto na Itália, na Espanha e no Reino Unido, por exemplo, essa queda atingiu 70% em abril, no Brasil a queda foi da ordem de 25% a 30%. A debatedora destacou ainda que, sem o apoio dos governos ao redor do mundo, a crise causaria retrocessos ainda maiores em relação às taxas de diminuição da pobreza verificadas nas últimas décadas. 

— O Brasil, como outros países emergentes, viu uma saída importante de capitais estrangeiros, investimentos em carteira, mais notoriamente, quer em títulos de dívida, quer em debêntures [títulos de crédito], nos primeiros 100 dias da crise. Essa tendência se reverteu nos últimos meses, muito por conta das medidas avançadas pelos bancos centrais, que trouxeram mais confiança, embora não exista ainda uma total reversão com relação ao momento inicial. 

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado, Felipe Salto, apontou certa recuperação em curso nos principais setores da economia do Brasil. No varejo, por exemplo, entre maio e junho, houve alta de mais de 12%, afirmou. O problema, segundo Salto, é que, como o mergulho na crise foi profundo, o quadro comparativo a 2019 ainda se apresenta muito ruim. Na indústria, a recuperação está em torno de 8,9%, com queda de 5,6% no acumulado de um ano. Já o setor de serviços apresenta recuperação modesta, com alta de 5% entres os meses de maio a junho. A queda do setor é de 3,4% no acumulado em 12 meses, disse ele.

— Esses dados setoriais mostram duas coisas. Uma, que pode ser positiva, pois esses indicadores refletem o sucesso em parte das medidas de mitigação da crise, sobretudo de crédito, a exemplo do Pronampe, que demorou para começar a surtir efeito, mas que, quando começou a ter os recursos garantidos pelo Fundo Garantidor de Operações, acabou surtindo um resultado importante. Mas pode também refletir um dado negativo: as medidas de isolamento não terem sido feitas de maneira adequada. Isso pode significar, infelizmente, que a gente tenha o risco de voltar a ter uma nova rodada de aumento de contágio, o que seria muito preocupante. 

De acordo com Salto, os números precisam estar bem analisados e acompanhados conjuntamente aos dados da contaminação e de espalhamento do vírus. Ele afirmou que o célere controle da doença é primordial para uma recuperação persistente da economia. 

Emprego

Coordenador de Operações em Economia, Governança e Desenvolvimento do Banco Mundial no Brasil, Rafael Muñoz Moreno apontou a necessidade da continuidade das medidas de proteção a empresas e empregos. Ele destacou que o governo federal precisará flexibilizar muitas regras, de modo a permitir que os estados se ajustem à realidade de menor receita após a pandemia. 

O debatedor elogiou o destaque brasileiro na proteção dos mais vulneráveis, com programas como o Bolsa Família, por exemplo. Segundo afirmou, a transferência de renda complementada com o pagamento do auxílio emergencial e outros apoios, como o adiamento do pagamento de contas de energia e água, permitiu a sustentabilidade financeira da maioria dos brasileiros. São medidas de proteção social que, na opinião do especialista, devem ser aperfeiçoadas e continuadas, para que a população de baixa renda permaneça conseguindo se manter. 

— Por enquanto, a nossa percepção é de que o setor financeiro é bastante sólido para responder à realidade, mas uma queda muito forte da economia pode afetar isso. É importante esse apoio e evitar que a crise econômica se transfira a uma crise financeira, porque isso agravaria muito mais a situação que estamos vendo. Além disso, também é preciso retomar a agenda de reformas, identificar, deixar claras, mapear, implementar essa agenda, porque ela será a base do futuro da retomada econômica do Brasil — ressaltou. 

Investimentos

O representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Morgan Doyle, destacou a atuação do órgão no combate à pandemia de covid-19 no Brasil, com ações como a agilização de processos de compras e a realocação de recursos nos estados. De acordo com ele, a carteira de investimentos em execução no país soma 84 operações com o setor público, distribuídas em áreas como infraestrutura, recursos naturais, social, gestão fiscal e maior inserção do Estado. São mais de US$ 11 bilhões em projetos que envolvem a União, os estados e os municípios, cujos desembolsos devem ser duplicados até o final de 2020, ressaltou. 

— Como em todos os países, a pandemia implicou tremendo esforço para atender uma demanda radicalmente diferente do que achávamos no começo do ano. Isso significou um pivô completo quanto à programação de 2020, assinando quase a totalidade dos US$ 2,3 bilhões para a covid-19. Há duas semanas, inclusive, a nossa diretoria aprovou uma operação de US$ 1 bilhão para ajudar famílias vulneráveis e trabalhadores no Brasil — US$ 400 milhões serão direcionados para auxílio emergencial, o valor é equivalente a três meses de ajuda para 475 mil famílias. Adicionalmente, nossas equipes têm buscado aproveitar ao máximo a carteira existente e puderam realizar cerca de 40 iniciativas e ações para atender demandas da pandemia que representam mais de US$ 200 milhões em 11 estados do Brasil. 

Dados

O presidente da comissão mista, senador Confúcio Moura (MDB-RO), destacou “o nível elevado” das palestras desta segunda-feira. Ele disse que todos os dados serão discutidos com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que deverá participar de audiência remota do colegiado na próxima segunda-feira (31). 

— Esta é uma audiência pública muito proveitosa, que vai embasar a nossa reunião com o ministro, para fazermos um balanço, um relatório. Então, esses conteúdos vão nos orientar bastante na audiência marcada para o final deste mês —

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Medida provisória que facilitava créditos em bancos públicos perde a validade

 


Da Redação | 24/08/2020, 10h58

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Proposições legislativas

Perde a validade nesta terça-feira (24) a Medida Provisória (MP) 958/2020, que facilita a concessão de crédito enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus. A MP passou pela Câmara em 18 de agosto e ainda não foi votada pelo Plenário do Senado. 

A proposta dispensa a exigência de uma série de documentos fiscais na hora da contratação ou renegociação de empréstimos, por empresas ou pessoas físicas, junto aos bancos públicos. 

A MP desobriga as empresas de apresentar documentos como certidões negativas de impostos federais e da dívida ativa da União, de quitação eleitoral, além de comprovantes de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Assim, durante a validade da MP, bancos não estavam fazendo a consulta prévia ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Nenhuma dispensa se aplicava aos empréstimos que têm como fonte de recursos o FGTS.

As medidas provisórias são editadas pelo presidente da República e têm força de lei desde o momento de sua publicação. São válidas por até 120 dias, prazo máximo para que Câmara e Senado analisem o texto, podendo inclusive propor modificações.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

PEC do Fundeb permanente será votada nesta terça-feira

 


Da Redação | 24/08/2020, 15h24

A pauta de votações do Senado desta terça-feira (25) tem apenas um item: a PEC 26/2020, proposta de emenda à Constituição que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O fundo atual será extinto em 31 de dezembro e se não for renovado, fica ameaçada a distribuição de recursos para o financiamento educacional no país. A sessão deliberativa remota está marcada para as 16h.

Além de tornar o Fundeb uma política permanente de Estado, a proposta aumenta progressivamente o percentual de participação da União nos recursos do fundo de 10% para 23%, até 2026.

O texto ainda altera a forma de distribuição dos recursos da União. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cuja receita é distribuída aos municípios e ajuda a compor o fundo, também será modificado com base nos indicadores locais de aprendizagem.

A PEC teve como primeira signatária a ex-deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG) e como relatora na Câmara dos Deputados a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO). No Senado, a matéria é relatada pelo senador Flávio Arns (Rede-PR).

O texto foi fruto de consenso entre os parlamentares e vem sendo debatido desde o início de 2019. Criado em 2007 de forma temporária, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

— Todos estão concordando com o texto, os movimentos sociais, os prefeitos estão a favor, os governadores. Houve, eu diria, uma união em torno da educação no Brasil; suprapartidária, supra ideológica. Queremos que a educação seja boa desde a creche até a pós-graduação — declarou Arns.

O Fundeb é uma das principais fontes de financiamento da educação no país. Atualmente, o fundo representa 63% do investimento público em educação básica.

De acordo com Arns, se o fundo não existisse, os valores mínimos de aplicação em educação girariam em torno de R$ 500 por aluno/ano nos municípios mais pobres do Brasil. Com o Fundeb atual esse investimento é em torno de R$ 3,6 mil. Com a PEC, esse valor deve aumentar cerca de 50% até 2026, podendo alcançar o valor de R$ 5,5 mil.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), destacou a importância de garantir recursos permanentes para o futuro do desenvolvimento da educação básica.

“A vida já é muito difícil para quem tem escolaridade, falta emprego. Imagina para os analfabetos. A renda está muito prejudicada, imagina para os professores que lutam há tempos por uma remuneração que os ajude a sobreviver. Não adianta apenas criar creches, o recurso para mantê-las significa expansão na educação das crianças. É por esses, e tantos outros motivos, que precisamos da aprovação do Fundeb permanente e com mais investimentos”, defendeu o senador na internet.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Proposta zera contribuições sobre combustível de aviação durante o estado de calamidade

 


Da Redação | 24/08/2020, 17h13

Para mitigar os efeitos do que classificou como a maior crise da história do transporte aéreo, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) propõe que as alíquotas dos Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre gasolina e querosene de aviação sejam reduzidas a zero enquanto durar a calamidade pública decorrente da pandemia da covid-19.

O senador afirma que “a medida é urgente e necessária para evitar um desmonte maior do setor, tão relevante para a economia e a sociedade”. Ele justifica as isenções tributárias propostas no PL 4.313/2020, que se aplicam tanto à comercialização quanto à importação dos combustíveis, ao prever um longo período para as empresas aéreas superarem as dificuldades financeiras no período pós-pandemia

Além disso, ele destacou o papel fundamental dos governos nacionais para evitar danos maiores ao setor. Segundo Chico Rodrigues, as companhias de aviação já demandam redução das alíquotas de PIS/Pasep, Cofins e Cide sobre os combustíveis que usam, e o governo chegou a anunciar, ainda antes da pandemia, a possibilidade de zerar esses tributos a partir de 2021.

Segundo as normas atuais, o querosene de aviação é incentivada com isenção de Cide, mas a contribuição incide sobre a gasolina de aviação à alíquota de R$ 100 por metro cúbico. As alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sobre o querosene são de R$ 12,69 e R$ 58,51, respectivamente, por metro cúbico.

No entendimento do senador, a desoneração tributária sobre os combustíveis de aviação tem amparo na Emenda Constitucional 106, segundo a qual é permitida a renúncia de receita como consequência de legislação com o fim exclusivo de enfrentamento de calamidade, desde que não implique despesa permanente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Em reunião do Parlasul, Trad diz que Rota Bioceânica será prioridade após pandemia





Da Redação | 24/08/2020, 17h19

O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou nesta segunda-feira (24) que o projeto da Rota Bioceânica será prioridade para impulsionar o desenvolvimento econômico da América do Sul após a pandemia de covid-19.

O senador participou de seminário virtual promovido pelo Parlamento do Mercosul (Parlasul) para discutir o andamento do projeto, que remonta aos anos 1990. A Rota Bioceânica (oficialmente chamada Rota de Integração Latino-Americana) será um corredor logístico entre portos brasileiros no Atlântico e chilenos no Pacífico, passando também por portos fluviais na Argentina, no Paraguai e no Brasil.

— É importante ressaltar a comunhão de esforços de todos no sentido de tornar esse projeto realidade tão logo quanto possível. A retomada do desenvolvimento econômico implica, necessariamente, novas alternativas para que o povo possa ter geração de emprego e renda — disse Nelsinho após o seminário.

O traçado planejado para a Rota Bioceânica vai de Santos (SP) a Antofagasta (Chile), com a previsão de inclusão de outros três portos chilenos. No Brasil, a rota passa também por Porto Murtinho (MS), cidade fronteiriça às margens do Rio Paraguai, com acesso fluvial até a bacia do Rio da Prata.

A expectativa, segundo o senador, é que o acesso ao Oceano Pacífico reduza custos na exportação de produtos brasileiros para a América do Norte e a Ásia, principalmente. Além disso, o projeto pode proporcionar intercâmbio turístico, cultural e acadêmico entre os países envolvidos.

Nelsinho destacou que entre os principais interessados no projeto estão os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que visitaram o Mato Grosso do Sul em fevereiro para conferir o andamento das obras. Segundo dados da Secretaria Especial de Produtividade e Comércio Exterior do Ministério da Economia, esse bloco foi o terceiro principal destino das exportações brasileiras em 2019, respondendo por 5% de todas as vendas para o exterior. Entre janeiro e julho de 2020, o volume de exportações para os países da Asean subiu 21,5% em relação ao mesmo período no ano passado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Podemos requer prorrogação da Operação Lava Jato

 


Da Redação | 24/08/2020, 18h37

O líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR), e o líder do mesmo partido na Câmara, deputado Leo Moraes (RO) ingressaram nesta segunda-feira (24) com ofício na Procuradoria Geral da República (PGR) no qual solicitam a prorrogação da atuação da força-tarefa Operação Lava Jato no Paraná, que apura a ocorrência de corrupção na Petrobras.

Em pronunciamento nas redes sociais, Alvaro Dias considerou uma “vitória” a decisão recente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, que suspendeu dois processos que estariam na pauta do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) sobre a atuação do coordenador geral da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Alvaro Dias ressalta que aqueles que agridem o coordenador geral da Lava Jato tentam atingi-lo e desqualificar a operação com diversos propósitos, o que seria a salvação daqueles que estão ou já condenados, com expectativa de anulação de sentenças, ou ainda já investigados, denunciados e não julgados e protegidos pelo foro privilegiado.

Em postagem no Twitter, também nesta segunda, Alvaro Dias informou que o Movimento Vem Pra Rua fará carreatas em todo o Brasil no dia 6 de setembro, em defesa da prorrogação da operação da Polícia Federal.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senado deve concluir nesta terça votação do novo Fundeb

 


24/08/2020, 18h46

O Plenário deve votar nesta terça-feira (25) os dois turnos da proposta que torna permanente o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Se aprovada, a promulgação do texto deve ocorrer no dia seguinte. Na quinta-feira, o Plenário poderá votar o convite para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, explique a declaração de que a derrubada do veto ao reajuste salarial no Senado foi “um crime”.  As informações são da repórter Hérica Christian, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Soraya Thronicke propõe regulamentação de criptomoedas

 


Da Redação | 24/08/2020, 18h51

O mercado de criptomoedas e outros ativos virtuais poderá ser regulamentado no Brasil, de acordo com o PL 4.207/2020 apresentado pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS). O Banco Central do Brasil (Bacen) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terão a responsabilidade de regular e supervisionar esse mercado. O projeto ainda sugere a criação de um comitê interministerial de acompanhamento e monitoramento das atividades envolvendo ativos virtuais e explicita a criminalização dos responsáveis por esquemas financeiros fraudulentos com criptomoedas.

Apesar do grande crescimento do mercado de criptomoedas, o Brasil ainda não tem uma legislação específica sobre o tema. Em seu projeto, Soraya explicita a definição legal de ativos virtuais e impõe uma série de regras às empresas encarregadas de transações com ativos virtuais de terceiros, como a observância de limite mínimo de capital social, a separação rigorosa entre o patrimônio dos clientes e o da empresa, e a obrigação de fornecer informações “claras, precisas e não enganosas” sobre os ativos virtuais. A atividade será fiscalizada pela Receita Federal do Brasil (RFB) e sujeita ao recolhimento de tributos, e a CVM e o Bacen regularão a atividade quando integrada ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e envolver valores mobiliários, respectivamente.

O objetivo, segundo Soraya Thronicke, é estender aos ativos virtuais o modelo de proteção já vigente aos detentores de depósitos em “moedas eletrônicas” (denominadas e conversíveis em moeda nacional, diferentemente das criptomoedas, que têm cotação flutuante). Como exemplo dessa segurança, ela citou o episódio da quebra do Banco Neon, em 2018, quando todas as contas de pagamento dos clientes foram resguardadas e nenhum consumidor foi lesado.

Crimes financeiros

Com o objetivo de enfrentar a proliferação de esquemas ilegais de pirâmides financeiras baseados em promessas de lucros irreais com criptomoedas, o projeto também modifica a Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional (Lei 7.492, de 1986).

O texto propõe transformar em crime o uso de ativos virtuais em operações financeiras que tenham objetivo de ganhos ilícitos mediante especulação ou processo fraudulento. Soraya explica que “tanto o Bacen quanto a Comissão de Valores Mobiliários fizeram alertas públicos a respeito dos riscos inerentes a investimentos em criptomoedas e criptoativos em função da não aplicação de regulação setorial a esses ativos”.

A matéria também menciona a crescente demanda por medidas de enfrentamento da lavagem de capitais através dos criptoativos, incluindo estudos do Grupo de Ação Financeira (Gafi) do G20 alertando para as “janelas de risco” no setor e recomendação da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) para maior atenção das autoridades a esse meio de pagamento.

Comitê

Diante do “cenário de crescente mutação econômica e de conexões globais”, a senadora sul-matogrossense sugere o estabelecimento de um comitê para acompanhar e monitorar as atividades envolvendo ativos virtuais, subsidiando futuras decisões e regulamentações no tema. O comitê — que teria que ser criado por decreto presidencial — contaria com representantes dos ministérios da Economia e da Ciência e Tecnologia, da Receita Federal, do Bacen, da CVM, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e de indicados pelo Senado e pela Câmara, entre outros.

“A medida justifica-se pela ausência de consenso quanto às classificações e aos riscos inerentes a esses ativos, demandando o desenvolvimento de uma estrutura de aprendizado institucional”, explica Soraya.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Internautas apoiam pensão vitalícia para cônjuge de trabalhador morto por covid-19

 


Da Redação | 24/08/2020, 19h06

Uma pesquisa de opinião do Instituto DataSenado apontou que 60% dos internautas concordam com a concessão de pensão vitalícia a cônjuge ou companheiro de profissionais essenciais ao combate da pandemia que tenham falecido em decorrência da covid-19 no exercício de seu trabalho. O benefício está previsto em projeto do senador Weverton (PDT-MA). O PL 2.944/2020 retira ainda o tempo mínimo de 18 meses de contribuição, casamento ou união estável desses contribuintes.

De acordo com dados apresentados pelo senador no texto, o Brasil é o país onde mais morrem enfermeiros no mundo devido à pandemia. A proposta altera a Lei de Benefícios da Previdência Social com objetivo de dar maior proteção aos cônjuges dos profissionais da área de saúde ou de atividades hospitalares essenciais no enfrentamento à doença que tenham falecido por covid-19. O valor mensal da pensão será de acordo com o tempo de contribuição do funcionário, respeitando o limite máximo da Previdência Social.

Realizada em julho pelo DataSenado, a pesquisa mostra que 65% dos participantes acreditam que a proposta valoriza os profissionais envolvidos no combate à pandemia. Outros 30% acreditam que ela não valoriza esses profissionais.

Na hipótese de que o texto seja aprovado, 59% dos respondentes acreditam que familiares de profissionais envolvidos no combate à pandemia vão se sentir mais seguros. Para 23%, não vai fazer diferença e 13% acham que esses familiares vão se sentir menos seguros. A pesquisa contou com 252 participantes e ficou disponível no Portal do DataSenado entre os dias 1º de julho e 7 de agosto de 2020.

Segundo o projeto, a medida será válida para médicos, enfermeiros, trabalhadores que executam serviço de vigilância, segurança, limpeza, recepção de pessoas, alimentação, lavanderia, radiologia, administração hospitalar, agentes comunitários, serviços laboratoriais, funerários e outros essenciais para o funcionamento dos estabelecimentos que atuam no combate à covid-19.

Ao justificar a proposta, Weverton destacou que, em maio de 2020, o Brasil teve 31.790 casos de profissionais da saúde confirmados para covid-19. O senador afirmou ainda que muitos profissionais que auxiliam diretamente no combate à pandemia tiveram contato com o vírus e morreram. Segundo Weverton, a morte de muitos profissionais não entrou em estatísticas, mas para ele, merecem ser lembradas.

“Diante dessa realidade, apesar da indicação da maioria dos estados para o isolamento social, é de fácil entendimento que categorias profissionais indispensáveis na linha de frente do combate à pandemia estarão mais expostos, e assim seus dependentes. Por isso a necessidade de valorização desses profissionais”, explicou Weverton.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado