domingo, 23 de agosto de 2020

PM, PRF, Detran e DER flagram 160 motoristas embriagados no Gama

 

PM, PRF, Detran e DER flagram 160 motoristas embriagados no Gama – Agência  Brasília

Em oito pontos de bloqueios, foram abordados também 57 que estavam sem habilitação; 47 veículos tinham irregularidades diversas

A operação conjunta da Polícia Militar com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento de Trânsito (Detran) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER) resultou no flagrante de 160 motoristas que dirigiam embriagados no Gama, na noite de sexta-feira (22). Foram montados oito pontos de bloqueio em todas as saídas da cidade. Os policiais e agentes multaram 57 motoristas que dirigiam mesmo sendo inabilitados. Durante a operação, 47 veículos foram removidos ao depósito por estarem irregulares.

Foto: Detran-DF/Divulgação

A proposta da operação batizada de Força Conjunta é manter a segurança do trânsito e prevenir acidentes. Segundo a coordenação, ela ocorrerá com regularidade em outros pontos do Distrito Federal. Segundo o comandante do Policiamento de Trânsito (CPTran), coronel Edvã de Oliveira, a união das forças de segurança é um marco e dará segurança ao trânsito do Distrito Federal. “Nosso objetivo é coibir a combinação perigosa de álcool e volante”, explica.

O diretor de fiscalização do Detran, Lúcio Lahm, acrescenta que o trabalho conjunto dá tranquilidade à população do Distrito Federal. “Com as forças trabalhando coordenadas e integradas, podemos deixar o trânsito de Brasília muito mais seguro”.

De acordo com o coordenador da PRF, Schumann, o Gama foi escolhido para ser o pioneiro no combate conjunto às infrações de trânsito devido à proximidade com as cidades goianas do Entorno. 

Os coordenadores da operação montaram um centro de operações para monitorar toda a cidade. O centro deu suporte aos pontos de bloqueio e às viaturas que faziam o patrulhamento do Gama. O Batalhão de Cães também empregou os animais farejadores em busca drogas.

A medida deu mais segurança aos moradores da cidade, salvou vidas e impediu a realização de crimes, como resumiu o diretor de fiscalização do DER, Sinomar Ribeiro. “Conseguimos o objetivo de manter a segurança viária e evitar acidentes”.

O aparato policial montado chamou a atenção das pessoas. Muitos moradores agradeceram a presença das forças de segurança.

Com informações do Detran/DF

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Soros produzidos por cavalos têm anticorpos potentes para covid-19

 

Soros produzidos por cavalos têm anticorpos potentes para covid-19 – Afolha  de Palmeira

Estudo mostra que soro é até 100 vezes mais potente que vírus


Trabalhos iniciados em maio deste ano por pesquisadores brasileiros de várias instituições científicas verificaram que soros produzidos por cavalos para o tratamento da covid-19 têm, em alguns casos, até 100 vezes mais potência em termos de anticorpos neutralizantes do vírus gerador da doença. A informação foi dada à Agência Brasil pelo coordenador do projeto, Jerson Lima Silva, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ele apresenta os resultados dos estudos hoje (13) à noite, durante simpósio sobre covid-19 na Academia Nacional de Medicina (ANM). Na ocasião, Lima Silva anunciará também o depósito de patente para garantia do processo tecnológico produzido no Brasil e a submissão de publicação no MedRxiv, que é um repositório de resultados preprint, ou seja, pré-publicados. Silva é também presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Quando começou, o projeto visava a obter gamaglobulina purificada, material biológico mais elaborado do que soros antiofídicos e antitetânicos. Esse soro é chamado hiperimune ou gamaglobulina hiperimune porque os pesquisadores inocularam o antígeno, durante três semanas, nos plasmas de cinco cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB), laboratório oficial do governo fluminense.

Os animais foram inoculados com a proteína S recombinante do novo coronavírus, produzida no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) e, após 70 dias, os plasmas dos equinos apresentaram anticorpos neutralizantes 20 a 100 vezes mais potentes contra o novo coronavírus do que os plasmas de pessoas que tiveram covid-19 e estão em convalescência, disse Jerson Lima Silva.

Patente

Os resultados positivos levaram ao pedido de patente, relativo ao processo de produção do soro anti-covid-19, a partir da glicoproteína da espícula (coroa) do vírus com todos os domínios, preparação do antígeno, hiperimunização dos equinos, produção do plasma hiperimune, produção do concentrado de anticorpos específicos e do produto finalizado, após a sua purificação por filtração esterilizante e clarificação, envase e formulação final. O trabalho científico envolve parceria da UFRJ, IVB, Coppe/UFRJ e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Estamos juntando a expertise de várias pessoas”.

Jerson Lima Silva afirmou que o resultado da inoculação nos cavalos foi uma grande surpresa para os pesquisadores. “Os animais nos deram uma resposta impressionante de produção de anticorpos. Inoculamos em cinco e agora estamos expandindo para mais cavalos”. Quatro dos cinco equinos responderam muito rapidamente. “O quinto (animal), assim como acontece nos humanos, teve uma resposta mais demorada, mas também respondeu produzindo anticorpos”. Os cavalos do Instituto Vital Brazil estão em uma fazenda do laboratório, no município de Cachoeiras de Macacu, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Os estudos comprovaram que o soro produzido por cavalos para tratamento da covid-19 é superior ao feito com plasma de doentes convalescentes. “A gente vê que o nosso anticorpo do cavalo, em alguns casos, é próximo de 100 vezes mais alto. Entre 50 e 100 vezes”. Isso significa que os anticorpos produzidos pelos animais neutralizam o vírus da covid-19 com até 100 vezes mais potência, “mesmo quando a gente vai para a preparação final dos soros”.

Complementaridade

O coordenador do projeto explicou que outra vantagem do estudo é que ele é complementar às possibilidades de vacinas contra o vírus, cuja maioria se baseia na proteína da coroa. A ideia é que o soro produzido a partir dos plasmas dos equinos inoculados seja usado como tratamento, por meio de uma imunoterapia, ou imunização passiva. A vacina seria complementar.

Após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), o grupo de pesquisadores vai iniciar os testes clínicos, com foco nos pacientes com diagnóstico confirmado de covid-19 que estejam internados, mas não se encontram em unidades de terapia intensiva. Os testes vão comparar quem recebeu o tratamento com quem não recebeu. “A gente está bem otimista. Mas essa é uma etapa que tem de ser feita”, disse Silva.

Ele informou que pretende firmar parcerias com outros laboratórios semelhantes que produzem soro no Brasil, localizados em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, “porque será preciso muito material”.

O estudo indica que enquanto não há vacinas aprovadas e diante da dificuldade em atender à grande demanda em todo o mundo, o uso potencial da imunização passiva por terapia com soro deve ser considerado uma opção. A soroterapia é um tratamento bem-sucedido e usado, há décadas, contra doenças como raiva, tétano e picadas de abelhas, cobras e outros animais peçonhentos, como aranha e escorpiões. Os soros produzidos pelo IVB têm excelente resultado de uso clínico, sem histórico de hipersensibilidade ou quaisquer outras eventuais reações adversas. Os estudos clínicos ocorrerão em parceria com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor).

A pesquisa tem apoio financeiro da Faperj, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil 

Nas Batidas do Carimbó é tema do Caminhos da Reportagem deste domingo

 


Programa inédito da TV Brasil vai ao ar às 20h


Carimbó (Gustavo Serrate/Ministério da Cultura)
  Gustavo Serrante/Ministério da Cultura 

Publicado em 23/08/2020 - 10:36 Por TV Brasil - Brasília

A data de 26 de agosto foi escolhida para comemorar o Dia Municipal do Carimbó na cidade de Belém. Para marcar a semana,  o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil vai apresentar hoje (23) um programa inédito sobre o ritmo do carimbó, que também é o nome da dança típica do Pará, considerada Patrimônio Cultural do Brasil em 2014 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O programa foi gravado antes da pandemia do novo coronavírus e vai ao ar às 20h.

A equipe de reportagem seguiu as batidas e os passos do carimbó atrás dos grandes mestres dessa arte. Foi da capital paraense até a Ilha de Marajó, a maior do estado, para conhecer um pouco mais sobre o ritmo.  A origem do nome  vem da palavra curimbó, o tambor utilizado nas rodas de carimbó.

“Sobre a origem do carimbó, temos um grande pesquisador, Vicente Salles (1931-2013), que fala o quanto o racismo influenciou as pessoas a dizerem que a origem é indígena, mas que na realidade, sigam os tambores, sigam de onde vêm os tambores e vocês vão entender”, disse a musicóloga Laurenir Peniche. “A origem do carimbó vem dos negros, que se mestiçaram com os indígenas e com os portugueses, e depois se disseminou por todo o estado do Pará”.

A equipe da TV Brasil atravessou a Baía do Guajará e desembarcou na Ilha de Marajó, mais precisamente na cidade Salvaterra. Lá existem 16 comunidades quilombolas, de onde saíram grandes mestres do carimbó. Um deles é o mestre Damasceno, que nasceu na comunidade quilombola de Salvar. Ele foi o criador do chamado búfalo-bumbá e é um dos mais importantes para o carimbó marajoara.

Do ambiente pastoril das fazendas de Soure, também do Marajó, vem um carimbó mais melódico, que tem na figura do Mestre Diquinho um dos maiores representantes. “Tu imaginas aquelas vastas terras, pasto que não acaba mais, e tu ali sozinho,  tocando gado, naquele silêncio oco. Então, claro que isso marca a estética (musical) do caboclo”, explica o pesquisador musical Marcello Gabbay.

Na cidade de Soure também fica o Grupo de Tradições Marajoaras Cruzeirinho, um dos grandes responsáveis pelo difusão do carimbó marajoara. “O resgate das nossas danças, das nossas músicas, a gente conseguiu nas fazendas, porque foi lá que o carimbó chegou primeiro, por meio dos escravos africanos”, contou a coordenadora do grupo, Maria Amélia Ribeiro.

Em Belém, os repórteres conheceram a família do Mestre Verequete, que morreu em 2009. Ele foi um dos maiores representantes de um carimbó mais tradicional, chamado Pau e Corda e que não utiliza instrumentos eletrônicos. A influência dele é tão importante para esse ritmo, que a data do aniversário de Mestre Verequete foi escolhida para comemorar o Dia Municipal do Carimbó.

Ainda na capital paraense, a equipe seguiu até a Passagem Álvaro Adolfo, no bairro da Pedreira, conhecida como a Rua do Carimbó. Lá acompanhou um ensaio do Grupo Sancari, que mantém a tradição do chamado Pau e Corda. E na passagem também mora a Diva do Carimbó Chamegado, a cantora Onete, com quem foi gravada uma entrevista especial, mas na cidade do Rio de Janeiro.

Veja na TV Brasil:

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil 

OMS: crianças com 12 anos ou mais devem usar máscaras como adultos

 

Volta às aulas durante a pandemia em uma escola particular do Distrito Federal. Crianças com máscaras estão sentadas em cadeiras próximas de professoes em uma sala de aula


                           Andressa Anholete/Getty Images Direitos reservados 

Alerta foi feito em documento divulgado no site da organização


Publicado em 23/08/2020 - 09:00 Por Silke Koltrowit - Repórter da Reuters - Zurique


A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que crianças com 12 anos ou mais devem usar máscaras para ajudar a combater a pandemia de covid-19 nas mesmas condições que os adultos, enquanto crianças entre seis e 11 anos devem usá-las sob abordagem baseada em risco.

Crianças com 12 anos ou mais devem usar máscara, especialmente quando a distância de um metro de outras não pode ser garantida e há transmissão generalizada na área, afirmaram a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef),em documento no site da OMS. 

O uso de máscaras por crianças entre seis e 11 anos depende de uma série de fatores, incluindo a intensidade de transmissão na área, a habilidade da criança em usar a máscara, o acesso a máscaras e a supervisão adequada de um adulto, disseram as duas organizações.

O impacto potencial na aprendizagem e no desenvolvimento psicossocial e as interações que a criança mantém com pessoas com alto risco de desenvolver doenças graves também devem desempenhar um papel na avaliação dos riscos.

Crianças de cinco anos ou menos não devem ser obrigadas a usar máscaras com base na segurança e no interesse geral da criança, acrescentaram a OMS e o Unicef.

Agência Brasil 

Máquinas ofensivas, Bayern e PSG lutam por glória na Liga dos Campeões

 Reuters/Direitos Reservados 

troféu liga dos campeões

Alemães querem sexto título e franceses buscam primeira conquista


Publicado em 23/08/2020 - 08:00 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo


Poucas coisas são tão prováveis na imprevisível decisão da Liga dos Campeões da Europa, entre Bayern de Munique e Paris Saint-Germain, quanto gols. Sim, muitos gols. Afinal, não será justamente no espetáculo principal do maior torneio de clubes do mundo que dois dos três melhores ataques da temporada no Velho Continente passarão em branco, não é?

Quando a bola rolar no Estádio da Luz, em Lisboa (Portugal), a partir das 16h (de Brasília) deste domingo (23), de um lado estará um Bayern que balançou as redes 158 vezes em 51 partidas. A média de 3,1 gols por jogo leva em conta Campeonato Alemão, Copa da Alemanha e a própria Champions, onde a estatística é ainda mais impressionante: 42 gols em 10 jogos. Uma média de 4,2 tentos por rodada.

A equipe de Munique foi mais letal no mata-mata que na fase de grupos da Liga. Na primeira fase, foram 24 gols em seis partidas (quatro por jogo, na média). Já nas quatro vezes em que atuou entre as oitavas de final e a semifinal, o Bayern atingiu uma média de 4,5 gols por duelo, com mais 18 tentos. Oito deles só no histórico 8 a 2 aplicado no Barcelona, da Espanha, pelas quartas de final.

Não à toa, o Bayern é também o time que mais arremata na Liga dos Campeões (230, média de 23 vezes por jogo). A média de chutes em direção ao gol também é elevada, beirando os 10 por partida. A máquina alemã é liderada por Robert Lewandowski, que não só é o artilheiro da competição, com 15 gols, como divide o posto de maior assistente com Ángel Di Maria, do PSG. Ambos somam seis passes para gol.

Só que o polonês não joga sozinho. Companheiro de ataque de Lewa, Serge Gnabry balançou as redes nove vezes e figura em terceiro na tabela de goleadores, atrás do polonês e do centroavante norueguês Erling Haaland, do rival Borussia Dortmund. Prova do poder decisivo do atacante alemão é que cinco desse gols saíram no mata-mata, sendo dois na vitória por 3 a 0 sobre o Lyon, da França, na quarta-feira passada (19), que classificou o Bayern à final.

Para combater a armada bávara, o Paris Saint-Germain tem, por um lado, a melhor defesa da Champions, tendo sofrido só cinco gols em 10 partidas. Por outro, também conta com um ataque poderoso, que foi às redes 136 vezes nos 48 duelos que fez no ano (2,83 gols por partida, na média). Na Liga dos Campeões, foram 25 tentos. É o segundo time com mais gols, além de o terceiro com a melhor média.

O detalhe é que o PSG é apenas a sétima equipe que mais finalizou na competição: 123. Os franceses superam, por um só chute, o Atlético de Madrid, da Espanha, time com perfil mais defensivo e que fez uma partida a menos. Ao mesmo tempo, os parisienses são mais precisos que o próprio Bayern na Liga dos Campeões, com 47,5% dos arremates em direção ao gol, contra 43% dos alemães.

Artilheiro do Paris na temporada, com 30 gols em 36 jogos, Kylian Mbappé é também o jogador que mais produz bolas na rede pela equipe na Champions. Ele tem os mesmos cinco gols do também atacante Mauro Icardi, mas ainda deu cinco assistências. Há um mês, o jovem sofreu uma lesão no tornozelo na final da Copa da França, contra o Saint-Etienne, e teve que começar no banco o duelo contra a Atalanta, da Itália, pelas quartas de final. A entrada dele na etapa final, quando o PSG perdia por 1 a 0, foi fundamental para a virada para 2 a 1.

Porém, não se pode esquecer de Neymar. O brasileiro perdeu boa parte da primeira fase, primeiro por causa de uma punição disciplinar e, depois, por uma lesão na coxa. Nas seis vezes em que atuou na atual Liga dos Campeões, porém, o astro teve participação marcante, com três gols e quatro assistências. Significa dizer que ele levou o PSG a marcar pelo menos um gol por partida nesta Champions, da mesma forma que fizeram Mbappé e Di Maria.

Currículo distinto

A missão do PSG pode ser inglória, mas concluí-la seria fazer muita história. É a primeira vez que o time da capital francesa chega à final da Champions, em 50 anos recém-celebrados. Alcançar a semifinal, contra o RB Leipzig (Alemanha), já tinha sido repetir o maior feito anterior na competição, de 1995, quando a equipe dos brasileiros Ricardo Gomes, Raí e Valdo caiu para o Milan (Itália). Se levar a taça orelhuda para casa, o Paris será somente o segundo clube da França a conquistar a Europa, repetindo o Olympique de Marselha de 1992.

Os parisienses passaram a sonhar com a Liga dos Campeões a partir de 2011, quando a equipe foi comprada pela Qatar Sports Investments (QSI), fundo de investimentos ligado ao governo da nação asiática, que passou a despejar dinheiro e trazer reforços de peso ao clube. Os 10 jogadores mais caros da história do PSG chegaram durante o período, com Neymar encabeçando a lista, tendo custado R$ 824 milhões (pela cotação da época).

Apesar de assumir o domínio do futebol francês com sete títulos nacionais, cinco Copas da França e seis Copas da Liga desde 2011, o PSG se acostumou a sucumbir em solo europeu. Foram quatro eliminações seguidas nas quartas de final e mais três nas oitavas, sendo a mais traumática em 2017, quando venceu o Barcelona por 4 a 0 em casa e foi goleado por 6 a 1 na Espanha, no jogo de volta, sofrendo três gols nos oito minutos finais da partida.

O Bayern, por sua vez, é veterano de finais de Champions: esta é a 11ª da história do clube. Só o Real Madrid (Espanha), com 16 finais, esteve mais vezes em uma decisão. Os bávaros perseguem o sexto título, que tornaria a equipe a terceira maior campeã do torneio, junto do Liverpool (Inglaterra). A última conquista foi em 2013, com nomes que ainda fazem parte do grupo, como o goleiro Manuel Neuer, os zagueiros Jérôme Boateng e David Alaba e o meia-atacante Thomas Müller.

De lá para cá, assim como o PSG, o Bayern foi amplamente dominante na Alemanha, com a diferença que é assim desde a década de 1960. Os bávaros têm 30 títulos nacionais. Para se ter ideia, o Nuremberg, segundo com mais taças, tem nove. Em 2020, o time de Munique levantou a Salva de Prata, que é o troféu do campeonato local, pela oitava vez seguida.

Brasil na decisão

Os holofotes estão em Neymar, que, em caso de conquista francesa, credencia-se ao posto de melhor jogador do mundo pela Fifa. Mas não é só o camisa 10 que representa o Brasil pelos lados do PSG. Os zagueiros Marquinhos e Thiago Silva podem ser campeões europeus pela primeira vez nas respectivas carreiras. Além disso, o diretor de futebol é Leonardo, ex-meia e ídolo do clube, que assumiu o cargo em junho do ano passado.

Marquinhos, que balançou as redes duas vezes, nas partidas contra Atalanta e RB Leipzig, e que tem atuado como volante, pode entrar para o seleto grupo (do qual Neymar já faz parte) de jogadores que venceram a Champions e a Libertadores. Em 2012, ele integrou o elenco do Corinthians que foi campeão sul-americano invicto. Já Thiago Silva está de saída do Paris, após oito temporadas, sendo um dos 10 atletas que mais vezes defenderam o time francês (313) e o que ostentou a braçadeira de capitão em mais partidas (228).

Pelo lado alemão, a decisão em Lisboa marca a despedida de Phillipe Coutinho do Bayern, para onde foi emprestado pelo Barcelona. Um eventual título no domingo seria inédito para o meia, que deixou o time titular após a primeira fase. Mesmo assim, no mata-mata, ele marcou dois gols e deu uma assistência. Por ironia, ambos contra o Barça, que quer negociá-lo na próxima temporada.

Já Thiago Alcântara, vencedor da Liga dos Campeões em 2011, quando atuava pelo Barcelona, foi para Munique em 2013, mas não chegou a integrar o elenco campeão da Champions pelos bávaros. Filho do ex-volante tetracampeão mundial Mazinho, nascido na Itália e atleta da seleção da Espanha, ele vem sendo titular, mas com o lateral Benjamin Pavard recuperado de lesão deve brigar por vaga no time com o volante Leon Goretzka, já que Joshua Kimmich (que estava improvisado na ala) deve recuperar o lugar no meio.

Veja a tabela atualizada da Liga dos Campeões.

Edição: Fábio Lisboa

esportes futebol Liga dos Campeões PSG  Agência Brasil

Drone e barco não tripulado vão identificar vazamento de óleo no mar

 


Sistema Ariel é desenvolvido por pesquisadores da UFRJ

Coppe/UFRJ – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Publicado em 23/08/2020 - 12:37 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro


Pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), se preparam para realizar teste preliminar, no início de dezembro deste ano, do sistema Ariel (do nome em inglês Autonomous Robot for Identification of Emulsified Liquids), capaz de identificar vazamento de óleo no mar.

O teste deverá ser feito em uma lagoa, na qual os pesquisadores jogarão óleo de peixe, que é um produto biodegradável e não polui o meio ambiente. Somente depois de autorização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o teste poderá ser realizado no oceano. A informação foi dada à Agência Brasil pelo professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, Alessandro Jacoud.

O sistema é resultado de uma parceria da Coppe com as empresas TideWise, formada por ex-alunos da Coppe/UFRJ e voltada para o uso da robótica, e Farol Serviços, que contribui com estudos na área de logística. O projeto foi contratado pela Repsol Sinopec Brasil, com recursos da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Veículos não tripulados

O Ariel utiliza uma embarcação autônoma não tripulada e um veículo aéreo não tripulado, ou drone, cujo sistema de pouso se encontra em desenvolvimento no momento. Estão sendo feitos testes em piscina, no grêmio da Coppe, para desenvolver o controle do pouso autônomo. A expectativa de Alessandro Jacoud é que essa etapa seja concluída até novembro. O barco autônomo da TideWise vai se comunicar com o drone, que decolará de uma plataforma instalada na embarcação.

“A ideia mais geral é assim: o barco anda pelo mar e o drone levanta voo e faz trajetórias no ar até achar alguma coisa, um derramento de óleo. Com a câmera térmica que tem, ele sinaliza para o barco que vai até o local para colocar um sensor pesado na água e constatar que há uma mancha de óleo ali”. O drone pousa sozinho na plataforma. Ele é equipado com câmeras visuais, para localização de vazamentos, e câmeras visual e térmica, para detecção de óleo.

Alessandro Jacoud afirmou que, dessa forma, é dado para a empresa um sinal de emergência mais rápido. A companhia saberá ainda para onde a mancha está se dirigindo. Além de representar economia de custos, o sistema Ariel dará à empresa maior certeza em relação ao derramamento de óleo. “É mais confiável, porque junta essa coisa de sensores locais com sensores remotos”. Atualmente, o método mais adotado pela indústria do petróleo usa imagens de satélite para monitoramento offshore (no mar), que tem alcance de varredura menor, explicou o professor.

Sistema duplo

Posteriormente, a meta dos pesquisadores é desenvolver um sistema de detecção que una os dois modelos. “Juntar informações remotas, que vêm dos satélites, com as informações nossas, que são dadas pelo drone e pela embarcação. Mas isso é futuro”, disse Jacoud. Outra vantagem do sistema Ariel é que ele diminui a chance de alarmes falsos de vazamento de óleo. Segundo o acordo firmado, a propriedade intelectual é dividida entre a Coppe e as três empresas que participam do projeto.

A transformação do protótipo em um produto operacional vai depender de mais pesquisas referentes à qualidade do sensor e do desenvolvimento de um invólucro que proteja o drone de chuva, por exemplo, e permita que ele possa funcionar em qualquer clima, dependendo da situação e do contexto. O investimento no projeto chega a R$ 7,2 milhões. “O protótipo é bem funcional”, destacou o professor da Coppe.

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil

INSS passa a usar serviços de conferência junto à base de dados biométricos do TSE para prova de vida

 


Serviço digital busca garantir que o cidadão possa realizar esse procedimento sem sair de casa

Fotografia de uma digital branca em fundo azul ampliada sob um dedo indicador.

Nesta quinta-feira (20), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou a usar serviços de conferência junto ao banco de dados biométricos gerido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que permitirá aos beneficiários fazer a prova de vida por meio digital, sem a necessidade de se deslocar para o comparecimento presencial.

Suspensa desde março, devido às recomendações de isolamento social adotadas em razão da pandemia de Covid-19, a prova de vida é obrigatória para os segurados do INSS que recebem seu benefício por meio de conta corrente, conta poupança ou cartão magnético. Anualmente, os segurados devem comprovar que estão vivos, como forma de dar mais segurança ao próprio cidadão e ao Estado brasileiro, evitando fraudes e pagamentos indevidos de benefícios.

Desta primeira etapa, participarão cerca de 500 mil beneficiários de todo o país. Os primeiros contatos com os segurados começam a ser realizados nos próximos dias, por meio de mensagens enviadas pelo Meu INSS, pela Central 135 e por e-mail.

É importante destacar que o beneficiário que participar do projeto-piloto e realizar a prova de vida por biometria terá o procedimento efetivado, ou seja, não é um teste. A fé de vida valerá e o segurado não precisará se deslocar até uma agência bancária para o processo.

Acordo de cooperação

A integração entre o TSE e o Governo Federal faz parte de um Acordo de Cooperação firmado com a União em 2016 e que busca auxiliar na melhoria dos serviços prestados ao cidadão e em atenção à estratégia de Governo Digital.

Mais de 4 mil segurados do INSS já realizaram, nesta etapa, a prova de vida por intermédio da nova solução, evitando o deslocamento a um ponto de atendimento.

CM/LG, LC