domingo, 23 de agosto de 2020

Setor de Rádio e TV Sul ganha R$ 5,2 milhões em obras de acessibilidade

 


Projeto prevê readequação do sistema viário com criação de mais vagas de estacionamento e paisagismo. Programa de revitalização vai criar 300 empregos

O Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), no coração de Brasília, vai mudar de cara. As obras de requalificação e de revitalização já foram licitadas e terão investimento de R$ 5,2 milhões. As melhorias envolvem readequação do sistema viário com aumento de 64% no número de vagas regulares e ênfase na acessibilidade para privilegiar pedestres e pessoas com deficiência.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

O projeto arquitetônico e urbanístico foi elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e a Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF) vai gerir a execução. A verba vem do Fundo de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (Fundurb) e a previsão é que mais de 300 empregos diretos e indiretos sejam gerados.

“O SRTVS faz parte da história da cidade. Não podemos deixar a situação como está. Essa revitalização vai dar cara nova ao local, estimulando o comércio e o tráfego de pessoas”, afirma a secretária-executiva de Obras, Janaína Chagas. O objetivo é fomentar o uso do transporte público e circulação a pé, com intervenções de readequação do sistema viário, acessibilidade, paisagismo, drenagem, pavimentação, sinalização e obras complementares.

Essa revitalização vai trazer cara nova ao local, estimulando o comércio e o tráfego de pessoasJanaína Chagas, secretária-executiva de Obras

Estudos foram realizados pela Seduh em parceria com o Centro de Estudos de Espaços Públicos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de Brasília (UnB), com contagem de pedestres em nove pontos do setor e elaboração de um mapa comportamental para permitir mais urbanidade aos locais onde as pessoas ficam por mais tempo.

“Para as urbanizações, procuramos demarcar a área de estacionamentos de um lado das vias mantendo, na faixa de rolamento, dimensão suficiente para passagem de carros de emergência, mas sem espaço para que carros estacionem do outro lado”, explica a Coordenadora de Projetos da Seduh, Anamaria de Aragão Costa Martins. O resto da via servirá para aumento de calçadas.

De acordo com ela, a falta de urbanização nas áreas de pedestres leva ao estacionamento irregular. Por isso, o projeto amplia para 475 o número de vagas regulares – além de 58 para motos. Além disso, organiza os estacionamentos com foco na criação de três portas de entrada: na frente da W3 Sul, onde há acesso pelo transporte coletivo; na frente do Shopping Venâncio, com a criação de um calçadão linear; e na área de terra da quadra 702 onde os carros estacionam, de frente para um colégio particular.

Atualmente, o SRTVS tem 288 vagas públicas regulares na superfície, sendo quatro para idosos, seis para deficientes, 21 para veículos oficiais e 257 para restante do público. De acordo com a gestora, os estudos identificaram 314 carros estacionados de forma irregular ao longo das vias do setor ou em filas duplas, sob os cuidados de flanelinhas – sendo mais de 280 parados total ou parcialmente sobre a grama, terra ou calçadas.

Todas as calçadas seguirão os moldes da revitalização da W3, com piso pré-moldado de 40 centímetros quadrados. Nos três pontos de entrada, serão usados tons de vermelho, cinza e branco para dar caracterização especial e criar atrativo. Além disso, os pontos de travessia para pedestres terão plataforma elevada – nivelando o asfalto à calçada – reforçando a prioridade em relação aos veículos.

Como Zona 30, com velocidade máxima de 30 quilômetros por hora, veículos e bicicletas poderão compartilhar o espaço.


Demanda da comunidade
As melhorias são demanda antiga da comunidade. O empresário Cássio dos Santos, de 38 anos, tem um escritório de contabilidade em um prédio no local há 15 anos. “Aqui nunca mudou nada. Até a placa de estacionamento é a mesma”, relata. Para ele, o grande problema é a mobilidade. “Além de pontos de acesso a pedestres e cadeirantes serem ruins, tem que resolver a questão dos estacionamentos. Só não param em cima da cerca porque não tem jeito”, aponta.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“Com a desordem, há vários problemas. Tem que haver requalificação, principalmente no quesito de acesso de veículos e livre circulação de pessoas”, acredita o arquiteto Mauro Cauville, de 64 anos (foto). Para além disso, porém, ele entende que é necessário bom senso e educação de quem anda por ali. “Não adianta ter placa se as pessoas não obedecem. Pode ser o melhor projeto paisagístico, urbanístico e de mobilidade do mundo”.  

De acordo com a administradora regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro, o SRTVS integra a área central sul da cidade, região com maior fluxo de pedestres. “As obras melhoria terão foco na acessibilidade, organização do trânsito e estacionamentos e segurança. Facilitará o acesso aos estabelecimentos em funcionamento na região”, afirma.  

Benefícios econômicos
Os benefícios devem vir, também, para a área econômica. É o que prevê o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-DF), José Carlos Magalhães. “Essa revitalização é de suma importância para o Plano Piloto, Brasília e todo o DF. Traz bem-estar para o cidadão, que passa a gostar mais do setor, e o varejo vê isso com bons olhos, com a possibilidade de instalação de novas lojas”,  diz.

Ele usa como exemplo a W3 Sul, onde, “mesmo com a pandemia, é difícil achar loja para alugar nas quadras revitalizadas”. E completa: “O varejo é um dos maiores empregadores. Esse tipo de ação é importante para a geração de empregos e dará nova vida ao Plano Piloto”, aposta.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Tecnologia nacional ajuda em diagnóstico precoce da mastite em gado leiteiro

 

CONTROLE SANITÁRIO


O analisador de células somáticas criado pela empresa Cowlity emite um alerta sobre a infecção antes de quaisquer sintomas, evitando prejuízos ao produtor


A detecção de precoce e o controle da mastite no gado, doença que compromete a saúde dos animais e a produtividade, segue como um dos maiores desafios para os produtores de leite em Santa Catarina. Com o objetivo de reduzir estes danos, uma empresa de Videira (SC) está desenvolvendo um dispositivo que pode ser inserido nas ordenhadeiras, o que vai permitir o diagnóstico na fase inicial da enfermidade.

A solução faz parte do Programa Nascer, realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) em parceria com o Sebrae.

De criação da empresa Cowlity, o analisador de células somáticas emite um alerta sobre a infecção mesmo antes de qualquer sintoma, evitando prejuízos. Além disso, é mais prático do que um equipamento de bancada usado atualmente para detectar a doença, por permitir testes diários durante a ordenha. O produto passará por validação e deve entrar no mercado até o fim de 2021.

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Foto: Kéke Barcelos/Embrapa Pecuária Sul

A mastite é uma inflamação causada por microorganismos que comprometem a saúde do animal e a qualidade do leite. Em estágio avançado, os sintomas são visíveis. Porém, existem muitos casos em que não há nenhum sinal da doença, apenas a queda na produção, tornando difícil o diagnóstico. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o impacto da doença na agroindústria catarinense representa a perda de 5,6 a 8,8 milhões de litros de leite por ano.

Programa Nascer

O impacto da doença na agroindústria catarinense levou o médico veterinário Maurício Mezaroba e seus colegas Maribel Gaio, Tasiana Rodrigues e Pedro Cachinski a desenvolverem uma solução e se inscreverem no Programa Nascer. “O programa, além de refinar e melhorar nossa ideia para o mercado, vem nos fornecendo orientação, acompanhamento, suporte e capacitação”, destaca Maurício.

Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, o objetivo do Programa Nascer é justamente capacitar negócios que estão em fase embrionária e dar apoio para organizar e fortalecer as ideias. “Assim, quando surgirem oportunidades de mercado ou mesmo de fomento, estes empreendedores estarão preparados. Este é o momento de aprender, testar e seguir empreendendo”, explica.

Para o professor Luiz Salomão Ribas Gomez, criador da ferramenta TXM usada no Nascer e idealizador dos espaços de pré-incubação Cocreation Lab, essa é a oportunidade para quem tem ideias de negócios que possam oferecer soluções para pessoas e empresas neste período de crise. “Momentos como este geram desafios, mas também oportunidades. A inovação será muito importante na retomada de diversos setores da economia”, defende.

O Programa Nascer já ajudou a transformar 150 ideias em empresas. Agora, está selecionando os participantes para a segunda edição. Os aprovados receberão gratuitamente todo suporte para que possam transformar um plano em um negócio viável, gerando emprego e renda. Para mais informações sobre como fazer parte do programa, clique aqui.

por;canal rural 

Conta de luz pode ficar mais barata após criação de nova tecnologia para pagamento

 


 

Saiba qual a tendência para o preço do milho nesta semana

 

MERCADO


No Brasil, as cotações continuam bastante firmes com negócios limitados e demanda bastante atuante. Alternativas à produção local não são tão viáveis

saca de milho em grão preço


Foto: Ascom/Seagri

Mesmo com o avanço da colheita da segunda safra, o preço do milho se manteve firme no Brasil na última semana. Pretende aproveitar o bom momento para negociar? Antes, confira uma análise do consultor Paulo Molinari, da Safras, sobre fatores que podem mexer com as cotações nesta semana.

Mercado internacional

  • No mercado externo, a Crop Tour do grupo Pro Farmer divulgou safra de milho com retração em relação aos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O órgão projetou 15,3 bilhões de bushels (388,62 milhões de toneladas) e a CropTour, 14,8 bilhões (375,92 milhões de toneladas);
  • O USDA não tem que seguir os dados do Crop Tour e nada define que a atualização dos dados em setembro será semelhante ao indicado pelo setor privado. Contudo, a pesquisa serviu para refletir as perdas de Iowa, entre 350 e 450 milhões de bushels e nada além disso;
  • Naturalmente, se a queda for confirmada pelo USDA trará para a Bolsa de Chicago algum suporte de preços entre US$ 3,10 e US$ 3,45 por bushel, diante da retração de estoques para 2021;
  • Fora isso, as vendas semanais dos Estados Unidos continuam fracas e sem refletir uma forte demanda para o milho local, apesar dos baixos preços;
  • A Argentina e a Ucrânia têm preços de US$ 160/165 FOB e Brasil US$ 185, com EUA a US$ 155;
  • Surpreende os EUA não mostrarem fortes vendas neste momento;
  • China em nada interfere o mercado neste momento e sua safra começará a ser colhida no próximo mês.

No Brasil

  • O mercado interno tem preços muito firmes, com produtores resistentes a vendas mais expressivas neste momento, compradores de mercado interno presentes e exportadores tentando fechar os embarques mais curtos;
  • Não ha qualquer sinal de inversão de vendas pelas tradings para o mercado interno, mesmo porque o preço nos portos não é muito mais baixos do que no mercado interno de milho, e a operação não se viabiliza;
  • Sem qualquer sinal de importação. Essa custa hoje US$ 63/64 nos portos brasileiros mais os fretes internos, ou seja, distante dos preços internos praticados;
  • O setor consumidor não precisa pedir permissão para compras de milho norte-americano. O mercado está aberto. O custo também é de US$ 63 CIF porto. A úncia questão é que algumas transgenias não são aceitas no Brasil e há necessidade de segregação;
  • Não falta milho no mercado brasileiro, mas os preços são altos assim como a maioria das commodities no país.
por;canal rural 

Governo Bolsonaro completa 600 dias; veja números do agro

 

BALANÇO


Relatório da Casa Civil fez um balanço das ações em diversos segmentos, como economia, combate à pandemia e logística; na avaliação do governo, o agronegócio foi um dos destaques do país


Jair Bolsonaro


Foto: Alan Santos/ Palácio do Planalto

O governo do presidente Jair Bolsonaro completa 600 dias neste domingo, 23. As principais ações desse período foram reunidas em balanço publicado na página da Casa Civil na internet. Em comunicado, a pasta destaca as medidas no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus no país, como o pagamento do auxílio emergencial que beneficiou, direta e indiretamente, mais de 126 milhões de pessoas.

Além dos programas com foco na economia e no enfrentamento da pandemia, o governo destacou o papel do agronegócio brasileiro durante esta crise. Mesmo com os efeitos da pandemia, a estimativa para o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano é de R$ 742,4 bilhões, 10,1% acima do obtido em 2019, que foi de R$ 674,2 bilhões. Vários produtos têm apresentado recordes de produção neste ano: amendoim (20,4%), milho (15%), soja (22,4%), trigo (69,6%), feijão (13,5%) e cacau (18,8%). Na pecuária, os destaques são carne bovina e suína, com aumentos do de 12,6% e 6,2%, respectivamente.

Abertura Nacional da Colheita do Milho

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

Enquanto o campo apresentou crescimento, o governo destaca uma ampla estratégia de logística e infraestrutura que deu retaguarda para que o abastecimento de comida e outros produtos fosse garantido nos estabelecimentos comerciais e na casa dos brasileiros. “O resultado deste esforço é que não houve casos de desabastecimento no país. Além disso, com os altos índices de produtividade, o Brasil manteve a exportação de produtos do campo para mais de 100 países, além de suprir alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo”, destaca o governo federal.

Combate a crimes ambientais

A preservação da Amazônia Legal está em pauta desde o início do governo Jair Bolsonaro. A Operação Verde Brasil 2, deflagrada em maio, completou três meses em agosto com foco na prevenção e repressão de crimes ambientais, tendo atuado diretamente no combate a queimadas, desmatamento e garimpo ilegal, informou o governo.

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Foto: Zig Koch/Embrapa

Segundo a Caa Civil, até o momento, mais de R$ 407 milhões em multas foram aplicadas, 28,1 mil metros cúbicos de madeira ilegal foram confiscados e apreendidas 553 máquinas de serraria móvel, tratores, maquinário de mineração, balsas, dragas e outros equipamentos utilizados na prática de delitos ambientais. A Operação Verde Brasil 2 atuará até novembro de 2020.

Pandemia

De acordo com o balanço, essas ações representam impacto primário equivalente a 8% do Produto Interno Bruto (PIB), que a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. “O impacto do enfrentamento à pandemia soma mais de R$ 1,1 trilhão, considerando os gastos direto do Tesouro Nacional, a liberação de crédito e a suspensão e ampliação de prazos para pagamentos, entre outras medidas”, informou.

A assistência emergencial se soma a outras ações, como o Plano de Contingência para Pessoas Vulneráveis, que destinou R$ 4,7 bilhões para o atendimento de povos e comunidades tradicionais, idosos, pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua ou em áreas urbanas vulneráveis, como os refugiados atendidos pela Operação Acolhida, em Roraima.

O governo também repassou R$ 17,9 milhões adicionais a estados e municípios para reforçar os atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, segundo o governo, foram habilitados 12 mil novos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), voltados exclusivamente ao atendimento de pacientes de covid-19. Ainda foram contratados 6,6 mil profissionais de saúde e distribuídos milhares de respiradores, equipamentos de proteção individual e testes para diagnóstico da doença, além de medicamentos.

Com o objetivo de superar a pandemia, o Brasil assinou, no início de agosto, acordo de transferência de tecnologia no valor de R$ 1,9 bilhão que garante ao país a aquisição e produção de 100 milhões de doses da vacina contra covid-19, que está em fase de testes pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca.

Economia

Para a Presidência, um dos resultados mais visíveis da aplicação dos recursos federais está na quantidade de empregos preservados, que somam 16,2 milhões, por meio do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. O programa prevê a concessão de um benefício emergencial aos trabalhadores que tiveram jornada reduzida ou contrato suspenso e oferece o pagamento do auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes, com contrato de trabalho formalizado. Os investimentos para a preservação desses empregos somam R$ 24,4 bilhões.

Em outro eixo de atuação voltado à preservação da atividade econômica, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) destinou crédito especial de R$ 20,9 bilhões, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), dos quais R$ 18,6 bilhões foram contratados até o momento. Na prática, os recursos do governo federal servem como garantia para que os bancos que aderiram ao programa realizem os empréstimos.

Por meio do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) totalizou R$ 10 bilhões em créditos concedidos a 12.529 pequenas e médias empresas. De acordo com o comunicado, essas iniciativas se somam a outras linhas de crédito oferecidas a empresários com recursos do governo federal.

O balanço apresentado pela Casa Civil traz ainda ações do governo em outras áreas como digitalização de serviços, obras e privatizações.

por;cana rural 

Novos conselheiros do Conplan serão escolhidos segunda (24)

 


A lista das entidades da sociedade civil aptas a disputar uma vaga foi publicada no DODF  desta sexta-feira (21)

Cem entidades da sociedade civil foram consideradas aptas a participar da disputa por uma das 15 vagas de conselheiros titulares e suplentes do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). O resultado do processo seletivo encontra-se na página oficial do Conplan – Edital de Chamamento Publico nº 01/2020, publicado no DODF desta sexta-feira (21). 

A escolha dos novos conselheiros, para um mandato de dois anos, será por voto aberto das próprias entidades da sociedade civil, que disputam integrar o Conplan, que definirão seus representantes. A votação ocorrerá numa reunião pública online, marcada para  segunda-feira(24), às 14h, por meio deste link.

O Conplan é composto por trinta cadeiras: a metade, pertencente a representantes da sociedade civil, será renovada agora em setembro. As outras quinze vagas são do poder público.

Atribuição do Conplan
O Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal é um órgão colegiado com representação paritária da sociedade civil e do Poder Público. A renovação das cadeiras, no caso do Poder Público, se dá no início de cada gestão. Já para a sociedade civil, a renovação ocorre no intervalo de dois anos.

O Conplan é responsável por garantir a gestão democrática da cidade, como consta da Constituição Federal e do Estatuto da Cidade. Isso significa que deve ser assegurada a participação da população e de associações representativas de segmentos variados da comunidade na formulação e execução da política de desenvolvimento urbano do Distrito Federal.

* Com informações da Seduh

AGÊNCIA BRASÍLIA 

GDF lança programa para melhorar acessibilidade de usuários

 


Projeto da Seduh irá atender portadores de necessidades especiais e ainda vai ajudar no combate ao desemprego em tempos de pandemia

Custeado com recursos do Fundo de Urbanização da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), o Rotas Acessíveis vai gerar com a primeira e segunda etapas 224 empregos diretos e indiretos, num contra-ataque assertivo à falta de ocupação, agravada em tempos de pandemia. O foco é melhorar a acessibilidade para usuários de transporte urbano que têm algum tipo de necessidade especial, como cadeirantes e deficientes visuais.

As modificações ocorrem a partir do ponto de ônibus e se estendem até a porta do hospital. Ao descer do coletivo, o usuário especial já encontra paradas com sinalização tátil, para orientar pessoas portadoras de deficiência visual. São faixas em alto-relevo fixadas no chão – e esses pisos têm, como serventia, auxiliar a caminhada das pessoas, sejam elas deficientes visuais, crianças ou idosos.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Além disso, o piso é feito de bloquetes, que são mais retilíneos e fácil de se trafegar. As paradas transformadas também possuem acessibilidade para os cadeirantes. E uma rampa que vai até a porta do hospital. São mais de um quilômetro de calçada padrão Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com dois metros de largura.

Os hospitais onde o entorno das paradas estão sendo preparados para a locomoção de pessoas portadoras de necessidades especiais são os de Planaltina, Sobradinho, Guará, Ceilândia e Samambaia. 

Os hospitais de Santa Maria e Brazlândia estão com o entorno já praticamente prontos. Faltam apenas detalhes para as obras serem concluídas. É o caso da paradas na Avenida Alagados de Santa Maria. Falta apenas um pedaço de calçada em frente ao ponto de ônibus no sentido Plano Piloto. A outra parada, em direção ao Entorno  Sul, já está pronta.

O morador de Santa Maria Fabrício Amorim, 31 anos, campeão brasileiro de caiaque para atletas portadores de necessidade especial e cadeirante, testou a acessibilidade da parada em frente ao Hospital Regional de Santa Maria a pedido da Agência Brasília. 

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Ele aprovou. “Ficou muito bom, bem regular”, atestou Amorim, que mora na 302 de Santa Maria. “Isso é essencial para todo mundo. Não só para cadeirante”, disse ele, depois de fazer o trajeto duas vezes.

O teste foi acompanhado de perto pelo pintor do Gama Antônio Nascimento Albino, 41, que aguardava o ônibus. “Ficou bacana. Acessibilidade muito boa”, afirmou Antônio Nascimento. “Quanto melhor facilitar a vida deles, mais dignidade terão”, emendou.

Para chegar a esse grau de satisfação, o Rotas Acessíveis foi originado num berçário, a partir de um grande levantamento de unidades hospitalares com maior fluxo de pessoas que utilizam transporte público.

Para descrever esse périplo, a coordenadora de Projetos da Seduh, Anamaria de Aragão, que está à frente do Rotas Acessíveis.  “Formatamos um programa com as principais rotas a partir dos pontos de ônibus aos hospitais públicos e centros de ensinos especiais, que será a segunda etapa”, conta ela. 

“A gente verificou que esses hospitais trazem gente de várias localidades do Distrito Federal. E que eles se deslocam de ônibus. Quando eles descem na parada, têm muita dificuldade de percorrer até essas unidades de saúde ou escolar, que chega a ficar até 200 metros de distância. Esse projeto vai melhorar esse trajeto”, explicou ela. 

Foram gastos com essa fase dos pontos pertos dos hospitais aproximadamente R$ 4 milhões. A segunda etapa do Rotas Acessíveis envolverá as escolas públicas – mais precisamente os centros de ensino especiais. E cobrirá os arredores de sete colégios, realizando adaptações semelhantes às das paradas de ônibus. Nesta segunda etapa serão investidos R$ 5,7 milhões dos recursos do Fundo de Urbanização da Seduh.

As unidades são: Centro de Ensino Especial 1 do Gama, Centro de Ensino Especial 1 de Brazlândia, Centro de Ensino Especial 1 de Samambaia, Centro de Ensino Especial 2 de Ceilândia, Centro de Ensino Especial 1 de Sobradinho, Centro de Ensino Especial 1 de Taguatinga, Centro de Ensino Fundamental 308 de Santa Maria. 

AGÊNCIA BRASÍLIA

Ciclistas ganham infraestrutura em 400 km de trilhas no DF

 DF

Projeto Caminhos do Planalto Central vai atender também caminhantes, com conexões a dois trechos de Goiás



Pelo menos 80 quilômetros do trecho composto por três arcos de trilhas já receberam sinalização rústica e infraestrutura | Foto: Arquivo pessoal

Se o fluxo de ciclistas nas ruas do Distrito Federal aumenta e demanda investimentos públicos em infraestrutura e logística, o de bicicletas em áreas rurais segue o mesmo destino. O interesse em descobrir novos trajetos e desbravar o interior do Quadradinho sobre duas rodas nos finais de semana ganha um reforço com a estruturação de pelo menos 400 quilômetros de trilhas ligando a Floresta Nacional de Brasília, no Noroeste do DF, à Pedra Fundamental da capital, em Planaltina (veja mais na ilustração abaixo).

“Preservando o ecossistema, estaremos abrindo novos caminhos para a geração de oportunidades de emprego e renda às comunidades locais que hoje vivem isoladas, no meio do nada, e poderão desenvolver pequenos negócios”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo

Lançado por grupos da iniciativa privada ligados a trilheiros e ciclistas, o projeto Caminhos do Planalto Central tem o suporte do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio de órgãos e secretarias, e coloca o DF na rede brasileira de trilhas de longo curso. A proposta, além de criar alternativas de lazer para os ciclistas e caminhantes fora dos centros urbanos, pretende fomentar o turismo e, consequentemente, a economia das famílias que vivem nas áreas urbanas arrodeadas por essas veredas.

Pelo menos 80 quilômetros do trecho composto por três arcos de trilhas – em percursos distintos que se ligam a duas trilhas do estado de Goiás – já receberam sinalização rústica e infraestrutura para quem for percorrê-lo a pé ou de bicicleta. Três alças compõem os Caminhos do Planalto Central: o Arco do Cafuringa, com 131 quilômetros de extensão; o Arco Trilha União, com 80 quilômetros; e o Arco Brasília, com 85 quilômetros.


Caminho de Cora

O ponto de partida vai fazer conexão com uma trilha de Goiás já estruturada e sinalizada: o Caminho de Cora, que liga a Floresta Nacional de Brasília a Goiás Velho, cidade da poetisa Cora Coralina. Já o ponto final de Planaltina ligará os três caminhos do DF à Chapada dos Veadeiros por meio do Caminho dos Veadeiros. Juntos, Distrito Federal e Goiás somarão 1,8 mil quilômetros de trilhas interligadas.


mil kmé a projeção de trilhas de interligação entre DF e Goiás

Preservando o ecossistema, estaremos abrindo novos caminhos para a geração de oportunidades de emprego e renda às comunidades locais que hoje vivem isoladas, no meio do nada, e poderão desenvolver pequenos negócios”, prevê a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.

Além do turismo, compõem a representação do GDF as secretarias de Meio Ambiente e de Agricultura, além do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Os trechos passam por diversas áreas de preservação ambiental (APAs), como o Parque Nacional de Brasília, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio).