sábado, 22 de agosto de 2020

População pode participar com sugestões para o Guia de Atividade Física

 

População pode participar com sugestões para o Guia de Atividade Física -  Por Dentro do Coronavírus

A construção do documento é uma ação pioneira no Brasil. As contribuições para a publicação podem ser enviadas até 31 de agosto.

O Ministério da Saúde abre consulta pública para o “Guia de Atividade Física para a População Brasileira”. A construção da publicação é uma iniciativa inédita que busca contribuir para uma vida mais saudável e ativa, prevenindo o desenvolvimento de doenças crônicas e melhorando a qualidade de vida da população. As contribuições para o texto do guia podem ser enviadas até 31 de agosto por meio de formulário eletrônico

O propósito do guia é trazer as primeiras recomendações do país para realização de atividade física. O documento é resultado de uma parceria do Ministério da Saúde com diversos pesquisadores, e seu lançamento está previsto ainda para este ano, depois de consolidadas e analisadas todas as contribuições da consulta pública.

A publicação é parte de um conjunto de ações intersetoriais do Ministério da Saúde e está focada nas pessoas, com orientações adaptadas à realidade e aos contextos de vida em todo o território nacional. O material vai orientar os cidadãos que buscam mudar seus hábitos de vida, tornando seu dia a dia mais ativo.

O documento foi dividido em oito grupos, representados em capítulos do guia: Entendendo a Atividade Física; Atividade Física para Crianças de 0-5 anos; Atividade Física para Crianças e Jovens de 6-17 anos; Atividade Física para Adultos; Atividade Física para Idosos; Educação Física Escolar; Atividade Física para Gestantes e Mulheres no Pós-Parto; Atividade Física para Pessoas com Deficiência.

BENEFÍCIOS

A prática de atividade física contribui para a proteção e combate às doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão. O cumprimento da quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada/vigorosa ou 75 minutos de vigorosa – reduz significativamente as chances de desenvolver câncer de mama e de cólon, diabetes, cardiopatias e acidente vascular cerebral. Adicionalmente, mesmo as atividades físicas realizadas em intensidades mais baixas fornecem benefícios à saúde, estando relacionadas a um menor índice de mortalidade por todas as causas. São exemplos de atividades físicas: esportes, brincadeiras, jogos, danças, caminhadas e práticas corporais.

O comportamento sedentário, contudo, apresenta riscos à saúde. Comportamento sedentário pode ser entendido como a realização de atividades de baixo ou nenhum gasto energético. Ou seja, atividades na posição sentada ou deitada, que geralmente são realizadas em frente a telas de computador, televisão, celulares e tablets. Ser fisicamente ativo não é suficiente e é preciso também diminuir o tempo gasto em comportamentos sedentários.

Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2019 apontam que 44,8% da população com 18 anos ou mais de idade das capitais brasileiras não atende ao mínimo de atividade física recomendado pela OMS, sendo que as mulheres (52,2%) e os idosos (69,1%) apresentam as maiores prevalências.

Acesse o documento Guia de Atividade Física para a População Brasileira

 

Ministério da Saúde, com informações do Nucom SAPS
(61) 3315-3580 / 2745 / 2351

Governo Federal

Ministério da Saúde lança chamada pública para financiar pesquisas sobre doenças crônicas não transmissíveis

 

Ministério da Saúde lança chamada pública para financiar pesquisas sobre doenças  crônicas não transmissíveis – O ...


Serão disponibilizados R$ 15 milhões para custear projetos que proponham a organização e qualificação do cuidado às pessoas com diabetes, hipertensão e obesidade

O Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), lança duas chamadas públicas relacionadas à formação e pesquisa sobre o tema das Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT) e seus fatores de risco associados no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Pessoas e instituições interessadas, conforme editais, podem se inscrever até 18 de setembro deste ano.

O valor do investimento para as duas chamadas públicas é de R$ 15 milhões, compostos por R$ 7,5 milhões em bolsa e R$ 7,5 milhões em custeio, previstos no orçamento da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Atenção Primária à saúde. As duas pesquisas vão contribuir para a organização do processo de trabalho das equipes que atuam na Atenção Primária e apoiar uma gestão federal integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde.

De acordo com Juliana Rezende, diretora do departamento de Promoção da Saúde, área técnica responsável pelo chamamento, o país vem avançando de maneira rápida no aumento de casos de doenças crônicas não transmissíveis. “A prevalência das doenças crônicas não transmissíveis está crescendo rapidamente e, cada vez mais, em pessoas mais jovens, o que resulta em um número elevado de óbitos prematuros por consequências de tais agravos. Com a qualificação do cuidado ofertado na Atenção Primária é possível diminuir os riscos de internações por essas doenças e a mortalidade associada”, destaca.

A chamada CNPq/MS/SAPS/DEPROS Nº 27/2020 trata do eixo “pesquisa em doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco associados”. A iniciativa apoiará projetos que possam contribuir de modo efetivo para avanço do conhecimento, formação de recursos humanos, geração de produtos e processos para o aprimoramento da Atenção Primária. Subsidiará, ainda, a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de saúde da população brasileira.

Já a chamada CNPq/MS/SAPS/DEPROS Nº 28/2020 também tem como foco a “formação em doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco associados”, mas busca apoiar  projetos que integrem atividades de pesquisa, extensão e formação de gestores e profissionais de saúde da Atenção Primária para organização e qualificação do cuidado às pessoas com Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e obesidade. Abordará como fatores de risco, especificamente, a alimentação inadequada, o tabagismo e a inatividade física.

Para saber mais sobre critérios, custeio, cronogramas e outras questões, acesse aqui a página onde constam os links das chamadas na íntegra. Outras informações também podem ser obtidas pelo endereço eletrônico atendimento@cnpq.br ou pelo telefone (61) 3211-4000.

Ministério da Saúde, com informações do Nucom SAPS

(61) 3315-3580 / 2745 / 2351

Governo Federal 

Ações do Ministério da Saúde avançam para fortalecer estados e municípios durante a pandemia

 

Ações do Ministério da Saúde avançam para fortalecer estados e municípios  durante a pandemia | Diário Regional


Valor repassado para 26 estados e Distrito Federal soma R$ 72,5 bilhões. População indígena contará com internet trazendo mais benefícios e agilidade nos atendimentos das comunidades

Desde o início da pandemia o Ministério da Saúde vem apoiando os estados e municípios na compra e entrega de equipamentos, habilitação de leitos de UTI e enviando recursos para o enfrentamento da Covid-19. Ao todo já foram R$ 72,5 bilhões, destinados aos 26 estados e o Distrito Federal. Desse total, R$ 52,6 bilhões foram para serviços de rotina do SUS, e outros R$ 19,9 bilhões para a Covid-19. O secretário-executivo da Pasta, Élcio Franco, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), Hélio Angotti Neto, e Secretário Especial de Saúde Indígena substituto, Rodrigo Santana, divulgaram o balanço das ações da pasta durante coletiva de imprensa online nesta quinta-feira (20/08).

As medidas fortalecem o Sistema Único de Saúde (SUS) e leva atendimento para a população em todo o país. Os recursos são repassados a partir da publicação das portarias no Diário Oficial da União.

O Ministério da Saúde já habilitou 12.005 dos 12.233 leitos solicitados pelos estados e municípios para o tratamento exclusivo de pacientes da Covid-19 – que representa quase 100% da demanda -  247 são de UTI pediátrica. O valor investido pelo Governo Federal é de R$ 1,72 bilhão, pago em parcela única, para que estados e municípios façam o custeio dessas unidades pelos próximos 90 dias - ou enquanto houver necessidade em decorrência da pandemia.

Cada leito para Covid-19 custa diariamente o dobro do valor habitual para leitos de UTI: de R$ 800 para R$ 1.600. Os gestores dos estados e municípios recebem o valor antes mesmo da ocupação do leito.

Apesar de os estados e municípios terem autonomia para criar e habilitar os leitos necessários, o Ministério da Saúde, em decorrência do atual cenário de emergência, tem apoiado irrestritamente as secretarias estaduais e municipais e investido em ações, serviços e infraestrutura para o enfrentamento da doença. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas. Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do SUS, com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os profissionais de saúde.

O pedido de habilitação para o custeio dos leitos Covid-19 é feito pelas secretarias estaduais e municipais de saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento destas unidades. O Ministério da Saúde, por sua vez, repassa recursos destinados à manutenção dos serviços por 90 dias ou enquanto houver necessidade de apoio.

Para a habilitação, basta que estados e municípios enviem um ofício ao Ministério da Saúde com a solicitação. Os critérios são objetivos, para dar celeridade e legalidade ao processo e garantir o recurso necessário o mais rápido possível.

VENTILADORES PULMONARES

Como parte do apoio estratégico do Governo do Federal no atendimento aos estados, o Brasil conta agora com o reforço de 10.328 ventiladores pulmonares entregues pelo Ministério da Saúde para auxílio no atendimento aos pacientes com Covid-19. Os equipamentos foram entregues em todos os estados e no Distrito Federal.

A distribuição para os municípios e unidades de saúde é de responsabilidade de cada estado, conforme planejamento local. As entregas levam em conta a capacidade instalada da rede de assistência em saúde pública - principalmente nos locais onde a transmissão está se dando em maior velocidade. 

A aquisição destes equipamentos é de responsabilidade dos estados e municípios. Mas, diante do cenário de emergência por conta da pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra em apoio aos gestores locais do SUS.

A Pasta assinou, até o momento, cinco contratos com empresas brasileiras para a produção de 16.252 ventiladores pulmonares: 6.500 com a Magnamed, no valor de R$ 322,5 milhões; 4.300 com a Intermed, no valor de R$ 258 milhões; 3.300 com a KTK, no valor de R$ 78 milhões; 1.202 com a empresa Leistung, no valor de R$ 72 milhões; e 950 com a WEG, no valor de R$ 57 milhões. O esforço envolve mais de 15 instituições, entre fabricantes, processadores, instituições financeiras e empresas de alta tecnologia. A distribuição tem ocorrido conforme a capacidade de produção da indústria nacional, que depende de algumas peças que são importadas.

No início da pandemia, o Brasil contava com 65.411 ventiladores pulmonares, 46.663 deles estavam disponíveis no SUS. Além da aquisição de ventiladores pulmonares, o Ministério da Saúde já habilitou mais de 12 mil leitos de UTI em todo o Brasil para atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19. 

EPI

O Ministério da Saúde distribuiu 241,3 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para garantir a proteção dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à Covid-19 em todo o país. Entre os itens estão máscaras, aventais, óculos, protetores faciais, toucas, sapatilhas, luvas e álcool. As entregas representam mais um, entre diversos esforços do Governo do Brasil, para auxiliar e reforçar as redes de saúde dos estados e municípios no combate a pandemia da Covid-19.

Ao todo, o Ministério da Saúde já entregou aos estados 564,2 mil litros de álcool; 3,1 milhões de aventais; 36,9 milhões de luvas; 16,4 milhões de máscaras N95; 164,6 milhões de máscaras cirúrgicas; 2,3 milhões de óculos e protetores faciais, e 17,2 milhões de toucas e sapatilhas. Os materiais foram entregues para as secretarias estaduais de Saúde, responsáveis por definir quais os serviços vão recebê-los - a partir de um planejamento local.

A compra de EPI é de responsabilidade dos estados e municípios. No entanto, devido à escassez mundial desses materiais, no atual cenário de emergência em saúde pública, o Ministério da Saúde utilizou o seu poder de compra para fazer as aquisições em apoio irrestrito aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS) e, assim, fortalecer a rede pública no enfrentamento da doença em todos os estados.

Com a gradativa normalização dos mercados, a expectativa é que os gestores locais consigam novamente abastecer seus estoques com recursos que já são repassados pelo Governo do Brasil, além de recursos próprios. Os EPI são usados por profissionais de saúde que prestam assistência aos pacientes com Covid-19 - como médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem -, além da equipe de suporte que, eventualmente, precisa entrar no quarto, enfermaria ou área de isolamento. São de uso individual e se destinam a proteger os profissionais de possíveis riscos de contágio.

CENTROS

Para fortalecer as estratégias do Sistema Único de Saúde (SUS) em comunidades e favelas, o Ministério da Saúde atendeu e credenciou 360 Centros Comunitários para conseguir atender os números de casos da doença e manter a demanda assistencial que habitualmente é feita na Atenção Primária à Saúde (APS), com investimento de R$ 3,9 milhões.

A estratégia de implementação dos Centros Comunitários vem para aumentar a capilaridade da distribuição das equipes que atuam na atenção primária no país, em especial nas regiões em maior situação de vulnerabilidade social, que é ponto central para o enfrentamento da Covid-19 no período de interiorização e periferização da pandemia.

Além disso, existe a proposta da Rede de Atenção à Saúde (RAS), para atender os casos leves de síndrome gripal e Covid-19 nos Centros de Atendimentos e encaminhando os casos graves para a rede de urgência e emergência ou rede hospitalar. O objetivo visa reduzir a circulação de pessoas com sintomas leves em outros serviços de saúde. Até o momento foram credenciados 1.308 Centros de Atendimentos para Enfrentamento à Covid-19, com investimento de R$ 112,04 milhões.

POVOS INDÍGENAS

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e em parceria com a Telebrás, fechou um acordo para levar internet aos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIS), aos 367 polos e a todas as Casas de Saúde Indígena (Casais) do Brasil. O acordo prevê a instalação de dispositivos wifi para que as pessoas possam ter acesso à internet. Isso permitirá a adoção de melhores padrões de governança, qualificação do atendimento ao público e demais benefícios para a população indígena. 

A perspectiva é que a instalação das 436 antenas seja concluída nos próximos três meses, beneficiando, assim, a comunicação com as comunidades de difícil acesso.

PLATAFORMA LOCALIZASUS

A população pode acompanhar a quantidade de EPI distribuída a cada estado pelo Localiza SUS, um painel on-line criado pelo Ministério da Saúde. Na plataforma também é possível acompanhar a quantidade de leitos habilitados, testes entregues, insumos e outros itens disponibilizados. O objetivo é informar a população sobre tudo o que foi comprado, doado e distribuído para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Acesse a apresentação da coletiva (pdf)

Veja o vídeo

Ministério da Saúde
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Governo Federal 

Cuidado redobrado para as mulheres

 


Você não está só: Secretaria dedicada às causas específicas delas cria mais serviços de atendimento e acolhimento

A Organização Mundial da Saúde crava: as mulheres estão ainda mais vulneráveis e suscetíveis a situações de violência durante o período de isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19. Por esse motivo, garantir o atendimento e acolhimento às vítimas tornou-se ainda mais importante. 

A Secretaria da Mulher do Distrito Federal não só mantêm disponíveis todos os serviços de assistência à mulher, desde o início da pandemia, como intensificou as ações de conscientização e criou mais canais de atendimento. 

Como determinado pelo governador Ibaneis Rocha, em 18 de março de 2020, a assistência social foi considerada serviço essencial – e, portanto, os atendimentos não foram suspensos, apenas adotaram medidas de segurança no combate ao coronavírus. 

Por exemplo: os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam) estão abertos e funcionam de segunda a sexta-feira, em horário especial, de 10h às 16h30, com atendimento feito de modo adaptado às novas regras de distanciamento social. 

Já os Núcleos de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd) oferecem atendimento remoto, e, em casos de urgência, os servidores podem acessar as dependências das sedes do MPDFT e TJDFT para realização de atendimentos individuais presenciais das vítimas, familiares e autores da agressão.

A Casa Abrigo, que ampara mulheres em situação de risco de morte, está funcionando normalmente. As vítimas de violência familiar e doméstica chegam até lá por meio de um encaminhamento da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), após denúncias.

Além de manter os canais de atendimento já existentes, a SMDF, durante essa fase, em que foi preciso se manter em casa, lançou a campanha Mulher, você não está só. A ideia é facilitar ainda mais o acesso das mulheres aos canais de atendimento da Secretaria. 

Agora, são dois novos meios de contato para quem quiser denunciar o agressor: o número do Whatsapp (61) 99145-0635 e por este e-mail. E disponíveis durante 24 horas. As mulheres podem pedir ajuda a qualquer momento, para serem orientadas por especialistas e encaminhadas para os programas de assistência da SMDF.

Com informações da Secretaria da Mulher/DF

AGÊNCIA BRASÍLIA

Capacitação de servidores para atender famílias vulneráveis

 


Parceria entre Sedes e Fiocruz Brasília treina profissionais da assistência social em webinário sobre trabalho social com pessoas sob risco

Um dos pontos trabalhados com base nas discussões é o momento histórico e social | Foto: Sedes-DF

Criar ferramentas teórico-metodológicas e fazer uma reflexão de forma colaborativa para a melhoria da atuação dos servidores do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Esse é o objetivo de uma pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, em parceria com servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e trabalhadores da Assistência Social. O projeto é financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF).

Com base nas contribuições dos servidores, em especial aqueles que trabalham na ponta atendendo o público nas unidades socioassistenciais, a PesquisAR Suas tem o objetivo de desenvolver e validar instrumentos de identificação de vulnerabilidades e riscos das famílias atendidas pela Política Nacional de Assistência Social.

“O que nós tínhamos muito claro em relação a metodologia é que nós queríamos que fosse um processo de construção colaborativa, com a participação dos trabalhadores e a partir das experiências deles. O que é essencial é essa visão de o trabalhador trazer algo que é genuíno e único dele nessa discussão, que é permeada por um processo de educação permanente”, destaca a especialista em Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e pesquisadora do grupo PesquisAR SUAS.

Daiana Brito participou do webinário Trabalho Social com Famílias: olhares, reflexões e construções colaborativas, transmitido pelo canal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília no Youtube, que apresentou nesta sexta-feira (21) uma das fases da pesquisa que trata da revisão da literatura sobre trabalho social com famílias.

Além da especialista em Assistência Social da Sedes, participaram do webinário a coordenadora do estudo Anna Pontes, que mediou o debate, e a pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar Sociedade, Família e Políticas Sociais, da Universidade Federal de Santa Catarina, Regina Célia Mioto.

Segundo Daiana Brito, um dos pontos trabalhados com base nas discussões é o momento histórico e social. “É a compreensão do próprio trabalho social com famílias, de onde ele surgiu, como ele se consolidou, sabendo esse histórico, nos faz ficar atentos e agir de forma a uma leitura crítica. A gente se apropria disso para entender o que foi bom e o que não foi. As questões conceituais tem que ser trazidas para a prática”, reitera.

“Ter o cuidado de olhar para essa família sem estigmatiza-la, sem criar um padrão de família que seja meu, a partir da minha experiência. Essa é uma questão que está presente em vários pontos da nossa atuação e serve de reflexão”, pontua. “Se o trabalhador não reconhecer suas próprias vulnerabilidades, a relação de poder estabelecida entre ele e o usuário também pode não ser reconhecida e a desigualdade que existe negada”, complementa a servidora da Sedes.

“É uma pesquisa que parte de um revisão bibliográfica grande. O que a gente traz para essa pesquisa é o olhar do trabalhador porque é o trabalhador que está lá com a família fazendo atendimento. O trabalhador do SUAS é o foco, o que a nós queremos é qualificar esse trabalho. Essa é a razão desse webinário. Depois dessa etapa, a pesquisa continua, nós não temos resultados, a gente está mostrando de onde estamos partindo, estamos trocando de fase”, explica a coordenadora da pesquisa, Anna Pontes.

Para a pesquisadora Regina Célia Mioto é importante fazer essas reflexões sobre o trabalho para enfrentar os desafios e dificuldades a que os profissionais estão expostos, em especial os que compõem o Sistema Único de Assistência Social. “Essa pesquisa na forma como ela está sendo construída e projetada é muito bem-vinda e nos traz esperanças de dias melhores”, destaca Regina.

 

* Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social

AGÊNCIA BRASÍLIA