quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Escolas do Recanto das Emas cada vez mais lindas e confortáveis

 


Os 29 colégios públicos e a Coordenação Regional de Ensino recebem reformas. O investimento nas obras gerou 64 empregos diretos e indiretos

Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
O CEF 113 recebe intervenções desde o ano passado e, em 2020, elas foram intensificadas. Problemas foram solucionados, como a troca da instalação elétrica, que possibilitou a instalação de ar-condicionado. Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

O Recanto das Emas conta com uma rede educacional de 29 escolas públicas. São 28.673 alunos e mais de 1,6 mil professores entre efetivos e temporários, além de 16 monitores, 260 profissionais da carreira assistência e 234 educadores sociais voluntários. Toda essa estrutura precisa estar sempre adequada para comportar a comunidade escolar e, principalmente, dar condições de ensino a alunos e professores.

Nesse sentido é importante que as estruturas físicas educacionais passem por momentos de obras. Exatamente o que está ocorrendo na região administrativa. Aproveitando a suspensão das aulas presenciais, desde o início da pandemia o clássico recado “Desculpe, estamos em obras” é recorrente e comemorado pelos gestores educacionais do Recanto das Emas, que têm problemas antigos ou pontuais solucionados atualmente. Os trabalhos são feitos por meio dos contratos de manutenção e do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf), que geram, em média, 64 empregos diretos e indiretos

No Centro de Ensino Fundamental 113, por exemplo, a diretora Núbia Almeida conta que, desde o ano passado, a escola recebe intervenções e, em 2020, elas foram intensificadas. “Conseguimos resolver nossas demandas e solucionar problemas antigos”, diz a servidora, referindo-se à troca da instalação elétrica feita neste ano e que possibilitou a instalação de ar-condicionado em todas as salas de aulas e na coordenação, assim como a utilização dos equipamentos com a nova rede elétrica.

Também foram reformados os banheiros e colocados azulejos nas salas, o que reduziu significativamente os gastos com manutenção. Por fim, foram instalados lavatórios e dispensers de álcool gel na entrada. O  custo total na reforma da unidade gira em torno de R$ 42.500, sendo R$ 30 mil de emenda parlamentar e o restante vindo do Pdaf.

Com 35 turmas, 45 professores e 800 alunos, o CEF 115 está ainda mais colorido e preparado. Na unidade, o pátio interno foi reformado e a pintura interna e dos muros foi refeita, o piso foi trocado e um dos dois parquinhos foi revitalizado. “Percebemos que o piso do parquinho de grama sintética estava instável, dificultando a brincadeira das crianças. Então, decidimos interditar o espaço”, esclareceu a gestora do CEF 115, Jussara Medeiros. Ainda, segundo ela, parece irrisório, mas para algumas crianças é o único momento de lazer no dia, por isso a importância da reforma.

O total investido neste ano é R$ 32.900, sendo que R$ 20 mil oriundos de emenda parlamentar e R$ 12.900 do Pdaf regional. No ano passado, foi feita a revisão das partes elétrica e hidráulica, reposição da areia e pintura do parquinho, instalação de toldo até a quadra de esporte e pintura do muro. “As manutenções são constantes, mas sempre temos demanda e conseguimos ser atendidos, com os recursos do Pdaf”, informou Jussara.

Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
O coordenador regional de Ensino do Recanto das Emas, Leandro Freire Lima, atribuiu o trabalho ao empenho e integração em todos os níveis da Secretaria de Educação. Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Já no CEF 206, o vice-diretor, João Lúcio Duarte, resumiu que desde o estacionamento até o sinal sonoro foram melhorados. “Ganhamos toldos novos nas janelas para proteger do sol, novo telhado na entrada, pintura da quadra poliesportiva e alambrado ao redor da escola, além da realocação do atendimento da secretaria”. Ele destaca que o valor do Pdaf – de R$ 15 mil – foi gasto este ano para tais ações.

O coordenador regional do Recanto das Emas, Leandro Freire Lima, atribuiu tanto trabalho ao empenho e integração em todos os níveis da Secretaria de Educação. “Temos recebido muito apoio da Secretaria de Educação, temos um bom diálogo direto e estamos fazendo o mesmo com nossas escolas, na ponta da rede onde está a realidade da educação”, disse Leandro.

A sede da coordenação está com equipes trabalhando no auditório, arrumando o sistema de som, reformando os banheiros e fazendo a pintura no prédio. “É possível dizer que em certo momento tínhamos um espaço insalubre. Com todo o capital aplicado e a priorização da educação, fica melhor para desenvolver um trabalho de qualidade”, afirmou Leandro Freire Lima.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Água Quente terá linha circular e novo horário

 


Ampliação do transporte atende solicitação dos moradores da região do Recanto das Emas

| Foto: Divulgação

Os moradores do Setor Habitacional Água Quente, que pertence à região administrativa do Recanto das Emas, terão melhorias no transporte público coletivo a partir da próxima segunda-feira (24). A Secretaria de Transporte e Mobilidade criou uma nova linha circular e ampliou a linha direta para a Rodoviária do Plano Piloto.

Atendendo às solicitações dos usuários, a Semob determinou a ampliação da linha 825.1, que terá um novo horário às 5h30 da manhã, saindo de Água Quente para a Rodoviária do Plano. À noite, haverá mais uma opção de volta, saindo da Rodoviária do Plano às 19 horas. Além disso, a viagem que atualmente sai da RPP no horário de 18h, passa para 18h15. Essas alterações são para atender aos trabalhadores que cumprem expediente até 18 horas.

Portanto, a linha 825.1 terá três viagens de ida (às 5h10, 5h30 e 5h55) e três viagens de volta (às 17h, 18h15 e 19h). A linha opera de segunda a sexta-feira e todas as viagens passam pela BR-060/EPNB.

Nova linha
Para melhorar o transporte de passageiros entre Água Quente e o Recanto das Emas, a Semob criou a linha circular 807.4, que funcionará de segunda a sexta-feira. Serão três viagens saindo de Água Quente às 5h40, 6h35 e 13h40. E outras três viagens saindo do Terminal do Recanto das Emas (Quadra 600) às 12h20, 17h30 e 18 horas. A tarifa da linha circular 807.4 é de R$2,70.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Região de Sobradinho recebe ações do Sanear Dengue

 


Trabalho em período da seca visa prevenir futuras infestações do mosquito

Já foram notificados 43.857 casos prováveis de dengue no DF | Foto: Agência Saúde

As ações para o combate ao mosquito da dengue não param. Nos dias 17 e 18 de agosto o Sanear Dengue esteve em Sobradinho e Sobradinho II, onde agentes de Vigilância Ambiental e bombeiros militares inspecionaram um total de 1.718 imóveis. Mesmo em período de seca, foi necessário utilizar larvicida em 98 depósitos de água, em um universo de 5.056 encontrados durante as vistorias.

“Neste período antiepidêmico temos que intensificar as ações, principalmente em pontos estratégicos como ferros-velhos, floriculturas, oficinas, reciclagens, acumuladores e depósitos. Estes locais podem promover uma infestação em pelo menos 500 imóveis ao redor”Reginaldo Braga, gerente da Vigilância à Saúde

No último Boletim Epidemiológico, com dados relativos a até 1º de agosto, Sobradinho figurava com 2.147 casos de dengue, enquanto Sobradinho II registrava 2.442 ocorrências. Apesar de essas regiões administrativas não possuírem os maiores números de casos do Distrito Federal, elas estão entre as que apresentam maior incidência de casos por 100 mil habitantes.

“As escolhas das cidades são por meio dos critérios apontados nos Boletins Epidemiológicos e das análises técnicas dos nossos chefes de núcleo, mediante informações das ações de campo de novas tecnologias”, esclarece o gerente de Operações da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, Reginaldo Braga.

No DF, já foram notificados 43.857 casos prováveis de dengue – 65 casos graves e 4 óbitos confirmados, dois de moradores de Sobradinho e outros dois de Sobradinho II.

“Neste período antiepidêmico temos que intensificar as ações, principalmente em pontos estratégicos como ferros-velhos, floriculturas, oficinas, reciclagens, acumuladores e depósitos. Estes locais podem promover uma infestação em pelo menos 500 imóveis ao redor”, alerta o gerente.

A ação do Sanear Dengue também serviu de combate ao coronavírus e contou com a participação do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), de centros de convivência (Cose), da Agência do Trabalhador e da Inspetoria de Saúde.

 

* Com informações da Secretaria de Saúde

canal rural 

Tendência para o preço trigo é de baixa no médio prazo com potencial colheita recorde

 

ANÁLISE


Porém, de acordo com a Cogo – Inteligência em Agronegócio, vendas antecipadas, dólar em alta e exportações aquecidas podem segurar quedas acentuadas


Trigo


Foto: Débora Fabrício/Canal Rural

Os preços do trigo seguem firmes no mercado interno, com o período final de entressafra. Porém, de acordo com a Cogo – Inteligência em Agronegócio, a tendência é de pressão baixista no médio prazo, com a projeção de uma colheita recorde no Brasil em 2020, estimada pela consultoria em 7,3 milhões de toneladas.

“Entretanto, alguns fatores, de forma combinada, pode frear uma baixa mais acentuada dos preços, como as vendas antecipadas realizadas pelos triticultores na atual safra; a alta do dólar que eleva o custo do produto importado da Argentina e outras origens; e os volumes expressivos já contratados para exportações, de 1 milhão de toneladas, até 14 de agosto”, diz.

Entre janeiro e agosto de 2020, os preços do trigo em grãos FOB produtor do Paraná registram forte alta de 38,2%, mas recuaram 2,1% nos últimos 30 dias.

Saiba mais no relatório completo da Cogo!

 canal rural 

Preço do suíno é o maior da história em MT, mas rentabilidade deixa a desejar

 

RS: Preço pago pelo quilo do suíno vivo chega a R$ 4,94 – suino.com

Efeito positivo da valorização da proteína animal foi anulado pelo aumento ainda mais expressivo dos custos de produção, puxada pela alta do milho e farelo de soja

20 de agosto de 2020 às 15h25

Nunca o suíno esteve tão valorizado em Mato Grosso. Nesta semana, o preço do quilo-vivo chegou a R$ 6,06 em média no estado. Alta de quase 67% em relação ao valor praticado há um ano, R$ 3,63/kg. O salto reflete o aquecimento da demanda pela proteína. As vendas no mercado interno voltaram a reagir depois da queda provocada pela pandemia, que derrubou o abates especialmente no mês de abril. Já as exportações, vivem um momento histórico. De janeiro a julho, o estado embarcou mais de 20 mil toneladas de carne suína. Volume 171% maior que o exportado no mesmo período de 2019. A china foi o destino de 81% destas vendas, segundo o Imea.

Mas, nas granjas, o bom momento não se traduz em rentabilidade, de acordo com a associação que representa os criadores no estado.“O reajuste do preço do milho e do farelo de soja foi muito maior do que o valor do suíno. Então nosso poder de compra diminuiu bastante” explica Itamar Canossa, presidente da Acrismat.

Os gastos com a alimentação representam 76% dos custos do suinocultor, que viu o milho – principal componente da ração – ficar bem mais caro. No estado que mais produz o grão no país, a saca custa hoje R$ 41,72 em média. O valor é 80% superior ao praticado há um ano. Diferença que pesa no bolso do criador. Em julho do ano passado, era preciso 5,48 quilos de suíno para comprar uma saca de milho. Em julho deste ano, 7,29 quilos.

“Hoje só não se tem um grande colapso na questão dos custos da suinocultura porque os preços dos suínos subiram nos últimos dois meses de maneira acelerada. Então, para os próximos meses é importante também ficar de olho nesta relação de troca e nas estratégias que os suinocultores podem adotar a partir de agora na compra do milho, porque a gente sabe que essa mudança estrutural que está havendo na demanda por este cereal aqui em Mato Grosso – com a demanda das indústrias de etanol de milho e as exportações favoráveis – a gente tende a ter uma subida nos preços do milho ainda”, comenta Daniel Latorraca, superintendente do Imea.

A forte procura pelo grão tanto dentro quanto fora do Brasil e a antecipação das vendas das próximas safras a níveis nunca antes vistos, reforçam a preocupação dos criadores com o futuro da atividade. Para a acrismat o suinocultor mato-grossense, que estava acostumado com a ampla oferta do cereal durante a maior parte do ano, terá que pensar em antecipar as compras e a investir em estrutura para armazenar o grão.

“É interessante que formem contratos antecipados, fixem preços e de certa forma busquem tentar fixar os custos de produção para o ano que vem. O passo seguinte é a questão da estocagem. Num segundo momento, o produtor tem que pensar em construir a própria estocagem na granja. Há linhas de crédito para isso, é totalmente viável essa questão. Isso pode ser a diferença futura numa questão de falência ou de sucesso na atividade suinícola”, reforça Itamar Canossa.

Boi: preços da arroba e da carne seguem firmes, segundo Cepea

 

MERCADO


Nesta quarta-feira, 19, o indicador boi gordo Cepea/B3 fechou a R$ 227,20, com ligeira queda de 0,48% na parcial de agosto

O indicador do boi gordo Cepea/B3 fechou a R$ 227,20 nessa quarta-feira, 19, com ligeira queda de 0,48% na parcial de agosto. Apesar disso, a média deste mês, de R$ 226,86, ainda é a maior, em termos reais, de toda a série histórica mensal do Cepea, iniciada em 1994.

Foto: Giro do Boi/reprodução

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a sustentação ainda tem vindo da baixa oferta de animais prontos para o abate no campo e também das exportações em ritmo recorde. Quanto à carne no atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada do boi foi negociada a R$ 15,52 por quilo, à vista, nessa quarta, avanço de 2,11% no acumulado parcial do mês.

A média da proteína em agosto está em R$ 15,42 por quilo, a segunda maior da série do Cepea, abaixo apenas do recorde real observado em dezembro do ano passado, quando atingiu R$ 15,83 por quilo (as médias foram deflacionadas pelo IGP-DI de julho de 2020).

Por Canal Rural

Após 12 anos, Francisco Turra transmite presidência da ABPA para Ricardo Santin

 

NOVO CICLO


Além do fortalecimento e abertura de novos mercados para os setores de aves e suínos, Francisco Turra destacou o forte aumento da receita com exportações entre 2008 e 2020



Foto: ABPA/Divulgação

Após 12 anos a frente da presidência da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra passou a pose do cargo para seu sucessor, Ricardo Santin, atual diretor-executivo. Para marcar a data, a entidade realizou nesta quarta-feira, 19, uma solenidade virtual para a presentar os avanços durante a gestão de Turra nos últimos anos e as perspectivas para o setor de proteína animal.

O encontro contou com a presença da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, do Presidente do Conselho da ABPA, Leomar Somensi, do Deputado Estadual Sérgio Turra, do Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Deputado Ernani Polo, do Presidente da Lar e Sindiavipar, Irineu da Costa Rodrigues, de associados, líderes políticos e representantes do agronegócio nacional e internacional.

Conquistas

Além do fortalecimento e abertura de novos mercados para os setores de aves e suínos, Francisco Turra destacou o forte aumento da receita com exportações entre 2008 e 2020: alta de 246% para avicultura, alcançando um valor previsto de R$ 30,9 bilhões este ano, e de 436% para a suinocultura, com receita que pode chegar à casa dos R$ 11,7 bilhões em 2020.

Os números impressionam em um ano de pandemia: mesmo com a crise econômica mundial, a previsão da ABPA é otimista. “Fim da crise, 22 mil postos de trabalho novos e investimentos novos previstos. Se nós tivermos os benefícios da desoneração, quero que as autoridades entendam: nosso setor vai voar. Ano que vem é o ano para gente voar. Somos um país que não se entregou”, contou Turra.

De olho no futuro 

Durante o discurso, Ricardo Santin agradeceu os ensinamentos. “Um sentimento de gratidão e alegria por ter partilhado essa história com o presidente Turra. Como vimos, foram 12 anos de aprendizado com um mestre. O que posso agradecer é por ter acreditado em mim e ter dado a oportunidade de ter trabalhado na consolidação de grandes setores representados na ABPA”, disse ele.

Ricardo Santin falou sobre o desafio de lidar com “um novo consumidor pós-pandemia, muito mais preocupado com a qualidade dos alimentos”. E destacou uma necessidade em ascensão: “Garantir um consumo consciente e consistente, sem as más influências dos mitos e das fake news”.

Reconhecimentos

Durante a cerimônia, Turra – que integrará o Conselho Consultivo da ABPA, auxiliando nas estratégias pós-Covid-19 – foi homenageado por diversas autoridades. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ressaltou a integridade e as conquistas lideradas pelo ex-presidente da ABPA. “Poucas pessoas conseguem deixar um legado. E você, pode ter certeza, deixou um legado de êxito para as proteínas do Brasil”, enalteceu.

Governadores de diversos estados se somaram nesse reconhecimento, enviando mensagens em vídeo: João Doria (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás) , Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Ratinho Júnior (Paraná), Renato Casagrande (Espírito Santo). Também fizeram parte desse momento o senador Luiz Carlos Heinze (RS); o deputado gaúcho Alceu Moreira (presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária); Paulo Skaf (presidente da Fiesp); Luis Eduardo Valle Coelho (presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura); e Ernani Polo (presidente da Assembleia Legislativa do RS); além de familiares.

Homenagem Canal Rural 

Também para marcar o novo ciclo, o Canal Rural dedicou o Canal Rural News desta quarta-feira, 19, para abordar as mudanças na gestão e relembrar as conquistas no setor.

 

por;canal rural 

Frio avança pelos estados; previsão do tempo mostra que pode nevar em áreas pouco comuns no Sul

 

MASSA DE AR POLAR


No Centro-Oeste vai esfriar mais que no Sudeste, o que pode prejudicar cana e algodão; frio deve alcançar até a região Norte


granizo frio tempo


Aos poucos a chuva deixa de ser o destaque da meteorologia no Brasil e o frio intenso ganha as manchetes. Uma massa de ar polar avança pela região Sul e já há registro de 2 °C em Uruguaiana (RS) e de 1 °C em São José dos Ausentes (RS). Bom Jardim da Serra (SC) já registrou -2 °C no início desta quinta-feira, 20, e no Paraná a menor temperatura foi registrada em Palmas, com 7 °C. E todo esse frio vai ganhar ainda mais intensidade e avançar pelo Brasil.

O frio deve alcançar, inclusive, a região Norte. Quando isso acontece, o fenômeno é chamado de friagem. Cacoal, em Rondônia, terá mínima de 16 °C nesta sexta-feira, 21”, diz Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.

No fim de semana, as temperaturas ficam abaixo de zero no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e áreas altas do Paraná. Áreas de trigo no interior da região Sul podem ser afetadas por essa onda de frio. No Paraná, o maior município produtor de trigo é Tibagi, cidade localizada na região dos Campos Gerais. Segundo o Departamento de Economia Rural do estado (Deral), mais da metade do trigo do Paraná está em condição vulnerável para frio, por conta da instalação mais precoce.

Ainda há previsão de neve, inclusive em áreas que não são tão comuns, como o norte de Santa Catarina e áreas do Paraná, próximas da divisa dos dois estados, como o município de Tijucas do Sul.

Consequências nos estados

Em Mato Grosso do Sul, o grande destaque vai para as temperaturas baixas que serão registradas no sul do estado e com chance de geada isolada para áreas de cana-de-açúcar. Em Mato Grosso, o problema do frio está relacionado à maturação do algodão. Será necessário esperar a temperatura subir para a aplicação de maturadores e, depois disso, desfolhar o algodão e retomar a colheita. Isso significa que, nesta semana, a colheita do algodão no Centro-Oeste deve avançar de forma mais lenta, inclusive em Goiás.

Em São Paulo e Minas Gerais, o frio não será tão intenso e não há expectativa de geada. A chuva continua, mas os acumulados previstos já não serão tão altos quanto os registrados até agora. No interior, a chuva traz problemas para a colheita da cana-de-açúcar, além de poder provocar uma indução floral indesejada no café. Afinal, depois desse episódio de chuva, o tempo volta a ficar bem seco e quente na semana que vem em grande parte do Brasil.

por;canal rural 

Algodão: biotecnologia promete controle eficaz para helicoverpa e spodoptera

 

NOVIDADE


Tratam-se de cultivares com proteínas das bactérias Bt (bacillus thuringiensis); uma delas também reduz o número de aplicações de fungicida contra ramularia


algodão


Foto: Pacelli

O Brasil é o quinto maior produtor e segundo maior exportador de algodão. A última safra nacional rendeu 2,7 milhões de toneladas de pluma. Desse total, 1,7 milhão de toneladas foram exportadas.

O rendimento dessa cultura requer não apenas quantidade, mas também qualidade de fibra. Nesse sentido, um dos principais desafios dos agricultores é o controle da lagarta do cartucho (spodoptera frugiperda) e da lagarta helicoverpa (helicoverpa armigera). Estudos mostram que produtores investem cerca de US$ 150 milhões anualmente no manejo dessas pragas.

Para atender a demanda de mercado e amenizar os prejuízos no campo, uma nova biotecnologia promete eficácia no combate a oito das principais lagartas que atingem a cultura, entre elas, essas duas.

A tecnologia WideStrike®3 é um lançamento da Corteva Agriscience junto com a Tropical Melhoramento & Genética (TMG). São duas novas cultivares disponíveis para o algodão (TMG 50WS3 e TMG 91WS3), que contêm as proteínas Cry1F, Cry1Ac e Vip3A das bactérias bacillus thuringiensis, também conhecidas como Bt.

A atuação ocorre em todos os tecidos da planta e por todo o ciclo da cultura, oferecendo maior poder de proteção e longevidade para o algodão e, consequentemente, maior produtividade e rentabilidade para os cotonicultores.

Para testar a eficácia do produto, a semente foi aplicada em 79 áreas, sendo que 50% do total testado foi em Mato Grosso e o restante distribuído entre Bahia, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

De acordo com Lucas Silveira, líder de Portfólio de Algodão da Corteva, nas áreas testadas se observou uma ampla proteção das plantas em relação às lagartas. “Nós temos resultados de campo de ensaio onde nós observamos, por exemplo, até 20% de dano de helicoverpa nessas estruturas em plantas não Bt. Já nas plantas que possuem WideStrike®3, os danos ficaram abaixo de 3%”, comenta.

Segundo Silvia Camacho, gerente de marketing da TMG, uma das cultivares lançadas, TMG 50WS3, possui ainda alta resistência ao fungo da ramularia areola, muito presente no algodão. “A tolerância vem da tecnologia da genética e reduz entre quatro a cinco aplicações no total de fungicida, para cada uma das cultivares que têm essa tecnologia”, finaliza.

POR;CANAL RURAL