quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Justiça Federal garante a inscrição de mulheres e candidatos casados ou em união estável no concurso de ingresso no Colégio Naval

 




MPF pedia a retificação do edital de 2019 por falta de isonomia

Imagem: Secom/PGR

Imagem: Secom/PGR

A pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal do DF determinou que o Colégio Naval permita a inscrição de candidatas de sexo feminino e de candidatos casados ou em união estável nos próximos concursos a serem realizados, sob pena de multa diária em caso de descumprimento da decisão. Após declínio de competência para a Justiça Federal no Rio de Janeiro, o MPF recorreu e conseguiu a tutela de urgência que garante a isonomia do concurso.

O MPF ingressou com ação civil pública em setembro de 2019 para garantir a inscrição de mulheres e pessoas casadas ou em união estável. A Justiça Federal do DF declinou a competência para a Justiça Federal do Rio de Janeiro por entender que tratava do mesmo edital da Escola Naval, que também proibia a participação de candidatos casados ou em união estável. O Ministério Público entrou com embargos de declaração questionando a decisão, em março deste ano.

Em nova sentença, a 9ª Vara Federal Cível do DF reconheceu o erro material da decisão anterior e acatou o recurso e o pedido de tutela de urgência. “O perigo da demora resta demonstrado, pois o ingresso de candidatas mulheres e de candidatos casados/união estável no CPACN em 2019 já foi impedido, o que ceivou o direito de dezenas de candidatos. Diante do exposto, acolho os embargos declaratórios opostos pelo MPF, para reconhecer a ocorrência de erro material na decisão de fls. 270/271, declarando-a sem efeitos. Defiro a tutela de urgência, para determinar que a União se abstenha de impedir a inscrição para o Colégio Naval, da Marinha do Brasil, de candidatas do sexo feminino e de candidatos casados ou em união estável, nos próximos concursos para admissão a serem realizados, sob pena de cominação de multa diária por descumprimento”, explica a sentença.

O caso tramita na Justiça sob o número 1027811-68.2019.4.01.3400

Íntegra do recurso do MPF

Íntegra da decisão

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MPF, DPU e entidade de Direitos Humanos acionam Justiça para cessar violação de direitos de migrantes no Acre

 



Estrangeiros têm sido deportados sumariamente ou impedidos ilegalmente de requerer refúgio humanitário

Arte em fundo verde petróleo exibe o desenho de diversas pessoas - de diferentes sexo, cor, idade e aparência - abaixo do texto "Direitos do Cidadão, escrito na cor branca

Arte: Secom/PGR

O Ministério Público Federal (MPF), em conjunto com a Defensoria Pública da União (DPU) e as associações civis Conectas Direitos Humanos e Caritas Arquidiocesana de São Paulo, ingressou com ação civil pública perante a Justiça Federal no Acre para impedir que a União continue a violar direitos de migrantes em situação de vulnerabilidade que pretendam ingressar no Brasil por meio do estado do Acre, interessados em obter acolhida humanitária ou refúgio.

Segundos os autores da ação, há evidências de lesão a direitos já praticadas por servidores públicos da União e risco de que novos grupos sejam lesados ao serem impedidos de entrar ou permanecer no território brasileiro, sendo repatriados ou deportados de maneira sumária (e sem qualquer respeito aos trâmites legais), além de serem inabilitados ao pedido de refúgio de maneira abusiva.

A ação demonstra que as atitudes do governo brasileiro têm sido baseadas em interpretações equivocadas de normas sem força de lei, atentando contra a Constituição Federal, o Direito Internacional dos Refugiados, o Direito Internacional dos Direitos Humanos, o Estatuto dos Refugiados e a Lei de Migração, o que pode acarretar a responsabilização internacional do Estado brasileiro por graves violações de direitos humanos.

Antes do ajuizamento desta ação, a DPU chegou a atuar judicialmente em outras situações para proteger os direitos de grupos de estrangeiros em condição vulnerável e que também sofreram com a ação das autoridades brasileiras. Segundo a ação, nem mesmo a atual situação de pandemia anula o dever do Estado brasileiro de cumprir a lei e os compromissos assumidos em tratados internacionais e no ordenamento jurídico brasileiro, principalmente a acolhida por razões humanitárias, independente da condição formal dos migrantes

Os pedidos da ação - A ação pede que a JF decida, em caráter de urgência, sobre a proibição da União de realizar quaisquer atos de deportação ou medida compulsória de saída já decretados e/ou efetivados pelo Departamento de Polícia Federal contra migrantes que cheguem nas fronteiras acreanas sem a devida fundamentação legal. Também é pedido que não sejam decretados novos atos de deportação, repatriação ou quaisquer outras medidas compulsórias de saída do país com fundamento em Portaria Interministerial ou com qualquer outra norma infralegal.

Outro pedido da ação é para que a União não pratique quaisquer medidas tendentes a promover a retirada compulsória de migrantes que cheguem pelo Acre ao território nacional ou que acarretem limitação à sua liberdade de locomoção por razões migratórias e que não se recuse, sob qualquer fundamento, a processar pedidos de refúgio ou analisar os pedidos já realizados.

Além disso, a ação também pede que a União realize admissão excepcional migratória em território brasileiro e permita o reingresso ou permanência física dos migrantes que assim o requererem ou manifestarem, bem como garanta o direito ao requerimento de autorização de residência pelas formas cabíveis, ou solicitação do reconhecimento da condição de refugiados, afastando-se a aplicação da  “inabilitação do pedido de refúgio” prevista por portarias recentemente publicadas.

A ação foi assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão Lucas Costa Almeida Dias, pelos defensores públicos federais Matheus Alves do Nascimento e João Freitas de Castro Chaves, além dos advogados Gabriel de Carvalho Sampaio e Rodrigo Filippi Dornelles, da Conectas e Diego Souza Merigueti, da Caritas. Eles também se manifestaram favoravelmente à conciliação em formato de audiência pública com participação aberta a pessoas e instituições que queiram contribuir.

A ação foi autuada sob o n. 1004501-35.2020.4.01.3000 e tramita perante a 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Acre.

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72ª fase da Lava Jato investiga propina de mais de R$ 40 milhões em contratos de construção de navios da Transpetro

 



Provas apontam para a existência de grande estrutura corporativa no exterior utilizada para a prática de crimes

Imagem retangular de fundo escuro em azul e preto. Ao centro, escrito Operação Lava Jato com letras em branco e azul.

Arte: Secom/MPF

Foi deflagrada nessa quarta-feira (19) a 72ª fase da Operação Lava Jato, resultado de investigação conjunta da força-tarefa Lava Jato no Paraná e da Polícia Federal, com o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas. As medidas objetivam aprofundar as investigações a respeito do envolvimento de dois empresários em esquemas de corrupção na Transpetro, relacionados a contratos de construção de navios firmados pela estatal com o estaleiro EISA - Estaleiro Ilha S.A.. São alvos dos mandados de busca e apreensão os endereços dos investigados e de quatro empresas do grupo econômico. 

Apuração interna da Transpetro indica que a atuação dos executivos do estaleiro EISA junto ao então presidente da estatal e agora colaborador, Sérgio Machado, causou prejuízos da ordem de R$611.219.081,49 à Transpetro, em razão da entrega irregular de um dos navios Panamax encomendados, da não entrega dos outros três navios Panamax, de dívida trabalhista indevidamente suportada pela Transpetro e de adiantamento de recursos da Transpetro ao EISA, garantidos pessoalmente por um dos empresários presos com a emissão de duas notas promissórias que nunca foram pagas.

O juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba decretou a prisão preventiva dos investigados e, posteriormente, substituiu por prisão domiciliar com monitoramento eletrônico a pedido do Ministério Público Federal (MPF), em razão de riscos decorrentes da pandemia de covid-19. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$651.396.996,97 das pessoas físicas e jurídicas envolvidas e fixou outras medidas cautelares, como proibição de movimentar contas no exterior, proibição de realizar ato de gestão societária ou financeira em empresas no Brasil e no exterior, ou qualquer forma de ocultação de provas, e proibição de contratar com o Poder Público.

Conforme destacou a procuradora da República Luciana Bogo, integrante da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, esse é mais um caso em que a sofisticação para esconder o pagamento de propina chama a atenção. “As provas apontam que contratos sem lastro na realidade, envolvendo investimento em campos de petróleo e empréstimos com empresas em paraísos fiscais, foram usados em um esquema que causou prejuízo estimado em mais de R$ 600 milhões. A continuidade dos trabalhos da força-tarefa, mesmo após seis anos de seu início, permite que as investigações se aprofundem cada vez mais, de forma que pessoas envolvidas em grandes casos de corrupção no sistema Petrobras ainda sejam responsabilizadas”.

Histórico - As apurações começaram após a entrega de informações e elementos de prova pelo colaborador Sérgio Machado, que à época dos fatos era presidente da Transpetro, e por seu filho, Expedito Machado, que auxiliava o pai no gerenciamento do patrimônio familiar ilícito decorrente do recebimento de propina. A investigação revelou que Sérgio Machado favoreceu o estaleiro EISA na celebração e na execução de contratos para a construção de navios Panamax e navios de produtos.

Machado relatou que, em 2008, após contratação direta do estaleiro EISA para a construção de quatro navios Panamax, solicitou a um dos executivos submetido hoje a prisão domiciliar o pagamento de propina equivalente a 2% do valor dos contratos. Na ocasião, foi proposto a Machado um acordo de investimento em campos de petróleo no Equador, operacionalizado por empresa de sua titularidade. O contrato trazia cláusula que facultava ao empresário cancelar o negócio, mediante o pagamento de multa de R$ 28 milhões, que correspondia ao valor da vantagem indevida solicitada. Machado nunca investiu qualquer valor nos campos de petróleo e o executivo do estaleiro EISA exerceu a opção de cancelamento, efetuando o pagamento da propina disfarçada de multa contratual por meio de 65 transferências bancárias no exterior realizadas entre 2009 e 2013, período que coincide com a execução do contrato firmado com a Transpetro.

A investigação também apura indícios de ilicitude em outro ajuste, ocorrido em 2013, quando o estaleiro EISA foi contratado para a construção de oito navios de produtos. Machado formalizou um empréstimo para empresas dos executivos presos hoje e repassou a quantia de US$ 4.500.000,00 por meio de offshore no exterior. Apenas dez meses depois, recebeu o montante de US$ 8.464.209,28, o que sugere o possível recebimento de propina de US$ 3.964.209,28 camuflada na forma de ganho de capital decorrente do empréstimo.

As provas colhidas, em especial um relatório de investigação patrimonial encomendado pela Transpetro, indicam a existência de uma grande, complexa e sofisticada estrutura corporativa internacional arquitetada pelos empresários para ocultação e blindagem patrimonial, fraude contra credores e possível prática de corrupção e de lavagem de dinheiro. Conforme demonstram os extratos bancários e os negócios celebrados, várias empresas do grupo econômico foram utilizadas para o repasse de valores à Machado.

O procurador da República Felipe Camargo, membro da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, afirmou ainda que “a análise de provas colhidas em medidas investigativas anteriores, como afastamento de sigilo bancário e cooperação internacional, continua permitindo que novas fases aconteçam. A forma de organização de uma força-tarefa, combinando o esforço conjunto de procuradores, que atuam com independência funcional, servidores do MPF e de outras instituições, é fundamental para que casos complexos, com diversidade de provas e grande poder econômico e político de investigados, possam ser desvendados”.

 
Processo nº 5014964-12.2020.4.04.7000

Confira aqui a íntegra do pedido de medidas cautelares apresentado pelo MPF
Confira aqui a íntegra da decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR

Lava Jato – Acompanhe todas as informações oficiais do MPF sobre a Operação Lava Jato no site www.lavajato.mpf.mp.br

 

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CNJ e CNMP são indispensáveis ao Sistema de Justiça brasileiro e têm dado respostas a grandes problemas, diz Aras

 


PGR participou de solenidade pelos 15 de instalação do Conselho Nacional de Justiça

Foto mostra autoridades sentadas à bancada do auditório do Conselho Nacional de Justiça, separadas por vidros que previnem a contaminação pelo coronavírus

Foto: Gilmar Félix/CNJ

O procurador-geral da República e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Augusto Aras, participou, nesta terça-feira (18), da sessão solene pelos 15 anos de instalação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Instituído em 14 de junho de 2005, o CNJ foi idealizado na Reforma do Judiciário aprovada pela Emenda Constitucional n° 45. O procurador-geral convidou os participantes a  "reconhecer o relevante trabalho desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça, o qual, em diversos momentos, ao longo dessas quase duas décadas, também vem promovendo com sucesso uma relação harmônica e independente entre os poderes, de respeito e de preservação do pacto federativo, bem como de defesa do regime democrático".

Aras destacou que, "durante seus 15 anos de existência, o Conselho Nacional de Justiça tem aprimorado o trabalho do sistema judiciário brasileiro, sobretudo quanto ao controle e à transparência administrativa e processual, por meio de ações, normas, medidas e capacitação". A criação de metas nacionais, em vigor desde 2009, também foi destaque no discurso do PGR, uma vez que, entre 2010 e 2019, ficou demonstrado um aumento de 20,90% no número de processos julgados, em relação ao crescimento de 13,89% na quantidade de feitos distribuídos. Para Augusto Aras, "o CNJ vem fomentando e disseminando as melhores práticas com vistas à modernização e à celeridade dos serviços dos órgãos do Judiciário".

Outro destaque citado pelo procurador-geral foi a criação do Plenário Virtual, "há cinco anos, quando reuniões remotas ainda eram inéditas no Judiciário brasileiro", recordou. "Agora, em tempos de pandemia do novo coronavírus, julgamentos e sessões remotas de órgãos colegiados da Justiça se tornaram uma realidade para a garantia da prestação jurisdicional", ponderou. A atuação do CNJ para a ampliação das atribuições e efetividade dos cartórios também foi lembrada pelo procurador-geral. Como exemplo, citou a permissão para a emissão de certidão de nascimento nos estabelecimentos de saúde que realizam partos, "o que contribuiu para reduzir o número de registros tardios no país".

Segundo o PGR, o CNJ zela pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, "ao tempo em que exerce igualmente a disciplina em sua própria casa, orientando e corrigindo eventuais distorções, a fim de preservar a moralidade e legitimidade institucional, por meio do acompanhamento da conduta dos cerca de 18 mil juízes, desembargadores e ministros que compõem a Justiça brasileira".

Observatório Nacional - O PGR também citou a criação, em 2019, junto com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão. Para Augusto Aras, CNJ e CNMP integram a estrutura do Estado brasileiro, e o fortalecimento e a integração entre as duas instituições são indispensáveis para o sistema de Justiça brasileiro. Segundo ele, os dois Conselhos têm propiciado respostas para grandes problemas brasileiros. "Urge que todos os Poderes prestigiem, reconheçam e fortaleçam tanto o CNJ quanto o CNMP como órgãos de cúpula, órgãos que só se submetem ao STF para organizar seus serviços, para não permitir que eventuais abusos de seus membros venham a ocorrer impunemente e para que nós saibamos que não há ninguém acima da Constituição; todos estão abaixo da Constituição, todos estão submetidos às leis do país", concluiu.

Solenidade - Durante a sessão, houve o lançamento do Selo Comemorativo, do livro CNJ 15 Anos e da publicação CNJ em Números. Ao final, as autoridades presentes participaram do descerramento da placa comemorativa dos 15 anos de instalação do CNJ e da inauguração das galerias de fotos dos presidentes do CNJ e dos corregedores nacionais de Justiça.

Participaram da sessão solene o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio Noronha, o corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, conselheiros do CNJ, a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, o advogado-geral da União, José Levi, representantes da OAB, da Presidência e da Vice-Presidência da República e demais autoridades.

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Vem aí a licitação para o novo Sistema de Mobilidade Ativa Compartilhada

 


Chamamento público já foi concluído e será submetido à análise da Procuradoria-Geral do Distrito Federal

Valter Casimiro: “As cidades satélites também estão pedindo esse tipo de serviço e, com o novo edital, teremos a oportunidade de expandi-lo” | Foto: Secretaria de Transporte e Mobilidade

O sistema de bicicletas compartilhadas vai voltar a operar na capital. A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) já concluiu a nova proposta de edital, que já está sob análise da área financeira da pasta para, em seguida, ser submetido ao exame da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF). A previsão é de que o edital seja lançado na segunda quinzena de setembro.

O novo edital de chamamento público apresenta algumas novidades. Agora, mais de uma empresa poderá operar no DF e há previsão de expansão do serviço para outras regiões administrativas, além do Plano Piloto. Cabe destacar que as bicicletas poderão ser disponibilizadas, em estações fixas ou não, próximas a terminais rodoviários, metrô e BRT, bem como em áreas de grande movimentação, como escolas e hospitais, com o objetivo de ampliar a integração modal.

“Bicicleta é um meio de transporte sustentável e proporciona uma experiência bem positiva. Que bom que o serviço vai voltar”César Augusto Ribeiro, bombeiro militar

“Queremos dar continuidade a um serviço sustentável de transporte e que facilita o deslocamento das pessoas.”, afirma o Secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro. “As cidades satélites também estão pedindo esse tipo de serviço e, com o novo edital, teremos a oportunidade de expandi-lo”, ressalta.

As providências de implantação, operação e manutenção dos serviços não acarretarão qualquer ônus financeiro para o Governo do Distrito Federal.

O tempo de utilização dos equipamentos e a tarifa a ser cobrada serão definidas pelas empresas contratadas e encaminhadas à Semob para conhecimento e aprovação. Após a definição das empresas participantes fica estabelecido o prazo de 30 dias corridos, a partir da assinatura do contrato, para que iniciem a prestação do serviço nos termos das propostas apresentadas.

O funcionário público Lucas do Prado já usou o sistema de locomoção individual compartilhado e se diz favorável à volta do serviço. “É bom para a mobilidade urbana e para o lazer com a família. Além de ajudar na saúde, ainda ajuda a desafogar o trânsito. Pedalar é sempre muito bom”, opina.

O bombeiro militar César Augusto Ribeiro também aprova a volta do sistema. “Já deixei o meu carro na Torre de TV e fiz a retirada da bicicleta para dar um passeio no Parque da Cidade e fazer minha atividade física. É um meio de transporte sustentável e proporciona uma experiência bem positiva. Que bom que o serviço vai voltar”, comemora.

Paraciclos

Outra novidade para o mês de setembro é a publicação do edital de licitação para a implantação de 534 paraciclos espalhados nas regiões administrativas do DF. Os equipamentos serão colocados próximos aos locais de maior percurso de bicicletas e permitirão o estacionamento ordenado delas.

De acordo com o Plano de Mobilidade Ativa (PMA), o planejamento prevê 3 mil paraciclos para os próximos anos.

Melhorias de mobilidade

Brasília já é a número um em ciclovias no país, com 553,95 quilômetros de malha cicloviária, ultrapassando cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. A previsão é que a malha cicloviárias seja ainda mais expandida.

A Secretaria de Transporte e Mobilidade, seguindo as diretrizes da Lei 3.885/2006, vem colocando em prática ações de curto e médio prazo, com o objetivo de viabilizar o Programa Cicloviário, de forma que integre todos os outros modais. De acordo com o secretário Valter Casimiro, ainda há muito o que fazer e o governo está trabalhando para assegurar melhorias à atividade e proporcionar mais segurança para o ciclista.

“Já estamos fazendo um levantamento para corrigir as falhas de descontinuidade das nossas ciclovias, o que causa um transtorno muito grande para o ciclista. Além disso, em parceria com o DER [Departamento de Estadas de Rodagem do DF], estamos aumentando a malha cicloviária e entregando ciclovias em Santa Maria, Ceilândia e Samambaia”, adianta.

 

* Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Pró-Vítima volta a funcionar em horário integral

 


As unidades estarão abertas das 9h às 18h a partir de segunda-feira (24) e com medidas para evitar a propagação do coronavírus

Os seis núcleos do Pró-Vítima serão reabertos para atendimento presencial a partir desta segunda-feira (24/8). O programa, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), oferece acolhimento de vítimas de violência por meio de equipe com psicólogos e assistentes sociais.

O funcionamento será em horário integral, das 9h às 18h. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Pró-Vítima oferecia serviços em plantão e por meio de telefone. Agora, a pasta adotou um protocolo para retomada do atendimento presencial.
 
As unidades contam com barreiras de acrílico nas mesas, distribuição de equipamentos de proteção para servidores, escalas de rodízio de funcionários, disponibilização de máscaras de álcool em gel, álcool 70% e uso de termômetro para ingresso nas dependências.

“Temos um aumento considerável de casos de violência contra crianças, adolescentes e mulheres durante a pandemia. Por isso, a necessidade desse atendimento social e psicológico para as vítimas. Faremos a retomada consciente e segura desse serviço, com um protocolo de segurança semelhante ao que adotamos nos postos do Na Hora e nos conselhos tutelares”, disse a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

Os núcleos do Pró-Vítima atendem as vítimas de violência que buscam os serviços espontaneamente ou por meio do encaminhamento de instituições, autoridades públicas, amigos, parentes ou pessoas da comunidade. As unidades físicas estão em Brasília, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Planaltina e Paranoá.
 
O programa realizou, de janeiro a julho de 2020, 2.545 atendimentos. No total, 123 mulheres que sofreram violência doméstica foram acolhidas nesse período.

Itinerante

A Sejus prevê iniciar, nos próximos dias, o atendimento itinerante nas regiões que não têm núcleo físico do Pró-Vítima. Um ônibus da pasta vai percorrer as cidades para levar o serviço psicológico e social a pessoas que sofreram qualquer tipo de violência, especialmente as que vivem nos locais mais vulneráveis.

O veículo passa por adaptação para oferecer um espaço de acolhimento individualizado e sigiloso, de acordo com a pasta. O ônibus ficará por dois dias em cada região.
 
Após o atendimento itinerante, as vítimas serão encaminhadas para acompanhamento no núcleo físico mais próximo da residência e para outros serviços da Sejus e da rede de atendimento, como a Defensoria Pública.

“Precisamos e queremos estar perto das pessoas nesse momento tão difícil, levando nosso atendimento a quem mais precisa. Com esse serviço itinerante, levaremos nossa equipe de assistentes sociais e psicólogos para fazer o acolhimento da população. Nesse primeiro momento, estaremos nas cidades para acolher, amparar e dar suporte emocional para as vítimas de violência”, afirmou Marcela.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

FAC Mais Cultura aprova previamente 103 projetos

 


Programa vai investir R$ 5,5 milhões em 48 linhas de apoio: artes plásticas, artesanato, moda, manifestações circenses, dança etc

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (19) o resultado preliminar de mérito cultural do edital Mais Cultura, do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), lançado em setembro de 2019.

O certame vai investir R$ 5,5 milhões nos 103 projetos contemplados, que deverão ser realizados em até dois anos a partir da assinatura do termo de ajuste  – que ocorre após a homologação do resultado final.

O Mais Cultura tem a finalidade de descentralizar os recursos do FAC, por meio da implementação de critérios de regionalização. Uma das principais inovações do edital lançado ano passado é a reserva de vagas de acordo com o local de residência do agente cultural.

Foto: Agência Brasília/Arquivo

A prioridade do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, é consolidar o edital como uma nova linha permanente que valorize as produções de agentes culturais das Regiões Administrativas com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

“Esse novo quesito permitiu que produtores de determinadas RAs recebessem pontuação extra. Isso mostra o caráter de democratização e de difusão do Mais Cultura, e a vontade da Secretaria de privilegiar a arte e a cultura que são feitas fora do Plano Piloto”, avaliou o secretário.

Admissibilidade
Agora, 103 projetos foram classificados para a etapa de admissibilidade, distribuídos entre 48 linhas de apoio. São todos em segmentos como artes plásticas, visuais ou fotografia, artesanato, design e moda, audiovisual, manifestações circenses, cultura popular e manifestações tradicionais, dança, leitura, escrita e oralidade, música, ópera e musical, patrimônio histórico e artístico material e imaterial e teatro. Nesta fase, os proponentes que tenham mais de um projeto selecionado terão o prazo de cinco dias para definir o projeto prioritário.

A partir desta quinta-feira (20), poderá ser apresentado recurso contra as decisões de mérito cultural, que deverá ser encaminhado, no prazo de 10 dias, ao endereço eletrônico recurso.mais@cultura.df.gov.br. Em seguida, o edital entra na etapa de admissibilidade, em que será observado o cumprimento dos requisitos formais e documentais previstos no chamamento público.

* Com informações da Secretaria de Cultura (Secec/DF)

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Campanha de Vacinação Antirrábica começa em 3 de outubro

 


Ação começa na zona rural. Na área urbana ela será dividida em três etapas, programadas para os dias 24 e 31 de outubro, e 7 de novembro

Foto: Arquivo/Agência Brasília
A alteração da data tem como objetivo minimizar as dificuldades e ganhar tempo hábil para proporcionar um atendimento melhor à população. Foto: Arquivo/Agência Brasília

A Campanha Anual de Vacinação Antirrábica teve sua data adiada no Distrito Federal. Agora, a previsão inicial é que seja realizada em 3 de outubro, na zona rural. Na área urbana ela será dividida em três etapas, programadas para os dias 24 e 31 de outubro, e 7 de novembro. A data anterior era 29 de agosto.

De acordo com o gerente de Animais Vertebrados da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), Rodrigo Menna, a alteração da data tem como objetivo minimizar as dificuldades e ganhar tempo hábil para proporcionar um atendimento melhor à população.

“Considerando a própria pandemia e a questão dos insumos, e para garantir a qualidade do serviço e uma melhor fluidez dos atendimentos, as datas foram postergadas. Mas a alteração não traz prejuízo à população. Pelo contrário, foi feita para proporcionar o melhor serviço possível”, destacou Rodrigo Menna.

Uma das vantagens trazidas com a alteração será que até outubro é esperado que cada Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses (GVAZ) tenha uma câmara fria instalada, para armazenar e distribuir as vacinas antirrábicas durante o ano todo. “Nesta semana começam as instalações”, informou o gestor.

Com mais tempo, também será possível finalizar a capacitação dos quase 300 agentes terceirizados. Eles foram chamados por contrato temporário para atuarem no combate contra a dengue, mas também participarão da Campanha Anual de Vacinação Antirrábica. Eles já estão fazendo um curso teórico desde a semana passada, para reforçar os atendimentos.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA