quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Monumento Natural Dom Bosco passa por ampla reforma

 


Governo investe na revitalização dos parques. Dez já foram reformados desde o ano passado

Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Estão previstos no local serviços como pintura de meios-fios, roçagem, troca de fechaduras e lavagem do auditório e da capela, que receberá novos vidros | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Começaram, nesta terça-feira (18), os trabalhos de revitalização do Monumento Natural Dom Bosco, onde está localizada a Ermida Dom Bosco. O local todo, incluindo a capela e o auditório, passará por limpeza, serão construídas rampas de acesso, e equipes farão a roçagem e poda de árvores.

O trabalho será executado por uma força-tarefa que reúne vários órgãos , numa ação que vai economizar cerca de R$ 500 mil aos cofres públicos, com mão de obra direta, como socioeducandos do sistema Prisional.

A Ermida é a primeira construção de alvenaria da cidade, inaugurada em 1957, antes mesmo de Brasília. Mais tarde, ao redor, foi criado o Parque Ecológico Ermida Dom Bosco – recentemente recategorizado como Monumento Natural.

A Secretaria de Governo e o Brasília Ambiental coordenam a ação que já revitalizou outros parques no DF. Entre 2019 e 2020 foram dez parques ecológicos: Saburo Onoyama, Cortado, Olhos D’Água, Águas Claras, Parque das Garças, Denner, Ezechias Heringer, Copaíbas, Tororó e Areal. A Ermida é o décimo-primeiro. A escolha do parque se deu porque neste mês é comemorado o Agosto de Dom Bosco, padroeiro da cidade.

A previsão de conclusão dos trabalhos é para o dia 30 deste mês, com a realização de uma missa. O lugar conta com 131 hectares de área verde e atua, também, como uma unidade de conservação ambiental. A superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, explica que essas áreas vão além das práticas esportivas e de lazer.

De acordo com a superintendente, estão previstos serviços como pintura de meios-fios, roçagem, troca de fechaduras e lavagem do auditório e da capela, que receberá novos vidros e pintura.

Ainda será construída uma rampa de acesso para pessoas com dificuldade de mobilidade, instalação de novos corrimões nas escadas e reparos nos banheiros, como a troca das louças do banheiro, tudo viabilizado pela parceria entre Brasília Ambiental, Secretaria de Governo, Turismo, Cidades, CEB, Caesb, Detran, DER-DF, Funap, SLU, Novacap e Administração Regional do Lago Sul. As são ações uma solução eficaz, rápida e baixo custo para o orçamento do GDF.

Os brasilienses usam o espaço para andar de bicicleta, caminhar, fazer trilhas, piquenique e nadar no lago, além de visitar a capelinha. Uma companhia de ballet da cidade está usando o espaço para treinar. A professora de ballet Juliana Nobre contou que a trupe fará uma apresentação numa mostra de dança. E que optaram por um espaço amplo para ensaiar e gravar a apresentação. “Só temos a sala de aula e não a estamos usando muito. A nossa preferência é por espaços abertos e, por isso, escolhemos a Ermida”, afirmou a professora Juliana Nobre.

As alunas têm aproveitado o espaço. “O lugar transmite muito Brasília, é a cara da cidade: amplo, com várias linhas e aberto”, destacou a professora. A bailarina e servidora pública Alana Deeter contou que é diferente dançar na Ermida. “Não estamos acostumadas com esse ambiente e temos alguns desafios: o piso, o sol. Mas temos a vista maravilhosa e a amplitude do lugar que compensa e nos tira da zona de conforto”, afirmou.

“A população de Brasília tem forte ligação com a natureza, protege e frequenta os nossos parques. Por isso, desde o início do governo, a Secretaria do Meio Ambiente está junto com a força-tarefa de revitalização de parques” afirmou o secretário, Sarney Filho .

Turismo

A secretaria de Turismo, Vanessa Mendonça, enalteceu a integração do GDF em mobilizar e trabalhar com as empresas públicas e outros órgãos. Segundo ela, isso faz toda a diferença na recuperação dos monumentos, espaços públicos e parques da cidade. “A Ermida tem uma característica especial, existe uma exploração de ecoturismo, contemplação, náutico e religioso”, disse.

De acordo com a secretária, o local é importante para a população e está incluído no roteiro ecumênico da Setur. “ A cidade que é boa para sua população, também é boa para os turistas”, afirmou Vanessa Mendonça. Ela afirmou, ainda, que o governo está ressignificando o turismo religioso no DF, dando mais estrutura, qualificação e promoção.

* Com informações da Secretaria de Turismo

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Bikes compartilhadas voltam para o brasiliense

 


Serviço agora estará em todas as cidades. DF tem a maior malha cicloviária do país, com elevação de 20% em 18 meses

Agência Brasília começa nesta quarta-feira (19) uma série de reportagens sobre os planos do GDF para incentivar o uso da bicicleta em todo o Distrito Federal e, assim, fortalecer o hábito como alternativa de mobilidade e lazer para os brasilienses. Nesta primeira matéria, experiências também demonstram a importância da integração das bikes com os diversos modais de transporte do DF, algo que torna a cidade mais ágil, saudável e sustentável.


Vanderlúcio Gomes, sobre uso diário da bike: “Aumenta minha performance e fazer sobrar um dinheiro no final do mês” | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Há cerca de um ano, o mecânico Vanderlúcio Gomes da Silva, de 29 anos, incluiu na sua rotina o uso da bicicleta para ir ao trabalho. De segunda a sexta-feira ele saía pedalando de casa, no Riacho Fundo II, até a estação Taguatinga Sul do metrô. Lá, embarcava no último vagão – priorizado para quem está de bike –, descia na Estação Central da Rodoviária do Plano Piloto e completava o trajeto sobre duas rodas até a 703 Norte.

“Usar o metrô com a bicicleta sempre deu certo e eu era muito bem servido, mas aproveitei a pandemia para evitar o transporte coletivo”Vanderlúcio Gomesmecânico

A integração dos modais usufruída por Vanderlúcio e por outros milhares de brasilienses que incluíram a bicicleta como um dos seus meios de transporte, diariamente, é uma das ações que o Governo do Distrito Federal (GDF) desenvolve para desafogar o tráfego de veículos nas ruas. A proposta faz parte do Plano de Mobilidade Ativa desenvolvido pela Secretaria de Transporte e Mobilidade e vai atender, principalmente, quem mora nas outras 32 regiões administrativas do DF e trabalha no Plano Piloto de Brasília.

Nesse sentido, o governo se prepara para reativar um serviço que dará suporte a quem depende só do transporte coletivo: o compartilhamento dos equipamentos de mobilidade sobre duas rodas – aqueles que podem ser retirados e entregues em estações fixas da cidade. “A ideia é voltar com as bikes e os patinetes compartilhados. Estamos preparando o edital para botar a licitação que permitirá o contrato das empresas ainda neste semestre”, adianta o  secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro.

O termo de referência – com regras para a prestação do serviço e a minuta de acordo de cooperação, sem custo algum para os cofres públicos – serão analisados pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF). Só depois disso o documento será divulgado.

Metrô tem o último vagão prioritário a quem viaja com a bicicleta | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

“Desde o início da atual gestão o governo tem dado uma atenção especial à ciclomobilidade, principalmente no Plano Piloto, que recebe trabalhadores de todas as cidades que não podem abrir mão do metrô ou do ônibus em um longo percurso. Mas que ganham tempo, economia e qualidade de vida fazendo parte dele pedalando”, completa Casimiro.

Também nas RAs

O retorno das vem acompanhado de uma novidade: os “aluguéis” deixam de se limitar ao Plano Piloto e passam a circular por todo o Distrito Federal. “Pela primeira vez a secretaria vai abrir um processo para contratar os serviços em outras regiões administrativas fora da região central de Brasília”, conta o subsecretário de Infraestrutura e Planejamento, José Soares de Paiva.

O técnico do governo lembra que o princípio da prestação de serviço do transporte público é oferecê-lo desde o ponto de partida do cidadão, ou seja, a casa ou trabalho do brasiliense. Por uma questão logística em grandes centros urbanos, isso nem sempre é possível. “A dinâmica não permite a cobertura integral. Então, precisamos oferecer meios para essa complementação, seja a pé ou de bicicleta”, acrescenta.

Dados da Subsecretaria de Infraestrutura e Planejamento apontam os ônibus como o meio de transporte responsável por atender de 40% a 45% da população do DF. Já o metrô serve de 10% a 12% dos moradores de Brasília. O modal sobre trilhos tem o último vagão prioritário a quem viaja com a bicicleta.

Já com os ônibus isso ainda é diferente. Como os contratos da atual frota em circulação são de 2012 e 2013, a Secretaria de Transporte e Mobilidade estuda a possibilidade de inserir adaptações nos veículos contratados a partir de 2022, atendendo a quem os utilizar com a bicicleta a tiracolo.

Mulheres têm cada vez mais aderido à integração das alternativas de transporte | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Saúde e menos gastos

Com uma economia mensal de pelo menos R$ 300 – se utilizasse o carro, o gasto seria R$ 800 a mais por mês –, o mecânico Vanderlúcio Gomes, o trabalhador do início desta reportagem, resolveu alterar sua rotina de transporte durante a quarentena. Agora percorre de bicicleta todos os 30 quilômetros de casa ao trabalho. Ainda que enfrente a carência de ciclovias no trajeto, ele não se arrepende da mudança, à qual atribui questões pessoais.

“Não troquei por não me atender ou porque não gostasse, pelo contrário. Usar o metrô com a bicicleta sempre deu certo e eu era muito bem servido, mas aproveitei a pandemia para evitar o transporte coletivo. Além de aumentar minha performance e fazer sobrar um dinheiro no final do mês”, relata Vanderlúcio.

* Leia nesta quinta (29): a evolução da malha viária em todo o DF 

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Hospital Regional Norte auxilia mulheres a superar desafios da amamentação

 


18 DE AGOSTO DE 2020 - 16:06 # # # # #

Teresa Fernandes - Texto
Jeorge Farias - Artes gráficas

Mãe pela terceira vez, Gleycilane dos Santos Machado, 35, teve uma gravidez de alto risco em virtude da diabetes. Há vinte dias, com 37 semanas de gestação, a dona de casa deu à luz Isabela no Hospital Regional Norte (HRN), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado. No ambulatório de aleitamento materno da unidade, mãe e filha estão sendo acompanhadas para que a criança cresça e se desenvolva de forma saudável.

“Eu me sinto realizada em amamentar. É muito prazeroso e eu sei que são muitas vantagens para a minha bebê. Quero amamentar sem parar até o sexto mês”, ressalta. Ajudar mulheres a enfrentar os desafios da amamentação é uma das missões do HRN, que proporciona um atendimento especializado, pautado pela humanização. Para Gleycilane, o apoio tem sido fundamental. “O ambulatório me ensinou muitas coisas, principalmente a pega correta, tanto que meu seio não feriu e está tudo bem com a minha filha”, relata.

Posicionar o bebê de forma correta está entre as principais dificuldades relatadas pelas mães durante o aleitamento materno, como explica a médica do banco de leite do HRN, Izabela Tamira. De acordo com a especialista, as mulheres que recorrem ao ambulatório também se queixam, com frequência, de problemas mamários e da dificuldade de ganho de peso pelo bebê.

“Como a mãe e o bebê estão nesse processo de conhecimento e familiarização, de aprendizagem, da melhor maneira de amamentar para os dois, é muito comum essa dificuldade de posicionamento, o que vai gerar uma pega incorreta no seio da mãe. Isso é responsável por problemas mais comuns que observamos na prática clínica, como a fissura mamilar, o acúmulo de leite nos alvéolos e a mastite, infecção que geralmente causa dor e desconforto nos seios”, explica a médica.

Na consultoria de amamentação realizada pelos profissionais do ambulatório, as mulheres recebem todas as orientações necessárias para superar estes e outros problemas. A equipe também reforça as vantagens da amamentação para a mãe e o bebê, que é acompanhado pela Pediatria do HRN até os seis meses de vida. “A proposta do serviço é fazer o acolhimento de mulheres com problemas mamários e acompanhar o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês”, explica a coordenadora do banco de leite do HRN, Samara de Andrade.

O ambulatório de aleitamento materno é vinculado ao Banco de Leite do HRN e iniciou as atividades em agosto de 2017. Ao todo, já foram realizados mais 300 atendimentos de mulheres com dificuldades na amamentação. A primeira consulta é feita pela equipe de Enfermagem e as seguintes, em caso de necessidade, são agendadas para a Pediatria.

As mulheres cujos bebês nasceram no HRN são encaminhadas para o ambulatório de aleitamento materno. Durante a pandemia, os serviços ficaram suspensos, sendo retomados em julho. A prioridade é atender mães de “primeira viagem”, mães de gêmeos, além de mulheres em situação de vulnerabilidade social, com histórico de insucesso em amamentações anteriores e adolescentes.

Sandy Azevedo, 26, está entre as pacientes atendidas pelo setor. Mãe de três meninas, Maria Clara, de cinco meses, e das gêmeas Sarah e Sofia, de cinco anos, ela enfrentou algumas dificuldades para amamentar. A fisioterapeuta buscou o serviço após apresentar mastite e conta que o atendimento foi importante para que ela pudesse fazer o aleitamento de forma correta.

“Eu tinha uma grande demanda de leite e precisava fazer a ordenha corretamente. Como as técnicas estavam sendo erradas, eu tive mastite. Minha prima me apresentou o banco de leite do HRN como referência. Eu fui muito bem atendida pela equipe especializada do ambulatório de aleitamento, foi passada toda a orientação”, avalia.

Acompanhe a série Amamentar vale ouro

– Aleitamento materno é tema de série de reportagens

Dragão do Mar celebra Dia Mundial da Fotografia com o multiartista Luiz Santos

 


18 DE AGOSTO DE 2020 - 16:26 # # #

Ascom do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

Fazendo um paralelo com o mito grego de Teseu, o fotógrafo e retratista traz reflexões sobre as mudanças no fazer fotográfico e apresenta trabalho experimental que desenvolveu ao longo do período de isolamento social

Em alusão ao Dia Mundial da Fotografia, celebrado no dia 19 de agosto, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, por meio do Museu da Cultura Cearense (MCC), convidou o fotógrafo, retratista, educador e artista visual Luiz Santos para abrir seu estúdio e apresentar o processo de desenvolvimento do trabalho autoral que vem ao longo do período de isolamento social. Numa conversa ao vivo, no canal do Dragão do Mar (www.youtube.com/dragaodomarcentro), nesta quarta-feira (19), às 19h, o multiartista falará sobre “A Fotografia e o Labirinto de Teseu”. A partir do mito grego de Teseu, o convidado falará sobre os caminhos da fotografia, desde o lambe-lambe à fotografia de smartphone, entre o retrato-imagem e o retrato-escuta, entre o retrato-pensamento e o retrato-corpo. Quem recebe o convidado para o bate-papo é Ícaro Souza, coordenador do Núcleo Educativo do MCC.

A live convida o público a fazer uma série reflexões sobre a fotografia na contemporaneidade, bem como a conhecer o processo criativo que o artista desenvolveu em casa, durante a quarentena. O bate-papo reservará surpresas que convidam o público a interagir.

Sobre o convidado:

Luiz Santos (Pernambucano de Recife e radicado no Ceará. Retratista fotográfico e artista visual; atua como educador para o olhar e entende que as diversas linguagens criativas integradas proporcionam melhor expressão para a arte na atualidade. Autor de livros, coordenador de projetos culturais, editor e pesquisador. Há mais de 25 anos realiza trabalhos com arte e educação, em parceria com a Saúde Mental, e é ganhador de dois prêmios nacionais por projetos seus nesta área. Dedica-se ao audiovisual e em seus projetos mais recentes está presente o forte interesse por documentários em que predominam diálogos com entrevistados. É ensaísta fotográfico e, com o trabalho Corpo e Presença, traduz a sua inquietação com relação à produção artística contemporânea, uma vez que mistura o fazer retratístico com a arte da escuta, assunto que o vem mobilizando há algum tempo);

“A câmera lambe-lambe faz parte daquilo que podemos chamar de “despojos da modernidade”. Não deu tempo de explorar. Caiu nas mãos de práticos, gente pobre das periferias urbanas do capitalismo e dos “interiores” e logo sumiu do interesse de artistas “contemporâneos”. Dos novos retratistas lambe-lambe que existem no Brasil e mundo afora, talvez eu seja o que desenvolve um trabalho mais experimental.

Antes de existir um jogo de cena, há uma cena decorrente de um jogo, que é a escuta mútua. O retrato em lambe-lambe, ao invés de ser gerado por uma sucessão de tentativas, resume-se a único tiro, tiro este que nem sempre “acerta”, mas que as partes (retratada e retratista) tratam de se acertarem numa aceitação que envolve o acordo de que o retrato é um ato que diz respeito à dupla, é uma decorrência do encontro desacelerado e do diálogo reflexivo, para o qual aumentou-se o tempo de exposição ao ato de fazer o retrato; aumentou-se o tempo de elaboração da cena do jogo. Está implícito o esforço em acolher o retrato gerado, quase como se fosse um ser vivo. Retratista, que entrou com seu esteio visual, e retratada, que entra com o corpo físico, pós-pactuam, então. A geração de imagem tornou-se limitada, já que aqui é condensada num exemplar único, mas que não é definitivo. Está mais para cinema. Pede uma sequência que é preenchida não por novas imagens, mas por um desejo contemporâneo de transformação, que interage lançando mão de toda a sua carga de conhecimento acumulado. O objetivo não é a obtenção da beleza clássica, que satisfaça a vaidade da parte criadora retratista ou a da parte que almeja uma representação redentora.

Lambe-lambe não nasceu e existiu para fotografar dentro de casa. Quando eu decidi iniciar o ensaio, foi como se o artefato fosse reinventado. Ademais, eu fotografo à distância – um contrassenso, já que lambe-lambe é fotografia de rua, fotografia de contato, demorada, de encontro na rua, no espaço público, espaço este perdido por conta do medo da violência.”

O Projeto Conexões Museu

Conexões Museu é um projeto do Museu da Cultura Cearense criado em 2019 para ser um espaço de reflexão e trocas de estudos, saberes, pesquisas, práticas e experiências que contextualizam e ressignificam o campo museológico contemporâneo.

Serviço

LIVE [ProjetoConexões Museu] A Fotografia e o Labirinto de Teseu

Horário: 19h

Transmissão aberta: canal do Dragão do Mar no YouTube (www.youtube.com/dragaodomarcentro)

Classificação etária: Livre

Acesso Gratuito

Novas integrantes do Conselho Cearense da Mulher são empossadas

 


18 DE AGOSTO DE 2020 - 16:53 # # # # #

Ascom SPS

Pluralismo de ideias, unidade no enfrentamento à violência contra a mulher e a construção da equidade de gêneros. Com esse desejo em comum, tomaram posse, na manhã desta terça (18), 48 mulheres – entre titulares e suplentes – como membros do Conselho Cearense dos Direitos da Mulher (CCDM). As novas titulares e suplentes do colegiado, para o quadriênio 2020-2024, foram empossadas pela secretária da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Socorro França, representando o governador Camilo Santana. A solenidade virtual contou com a participação da secretária-executiva de Políticas para as Mulheres da SPS, Denise Aguiar.

O CCDM vivencia nova fase, a partir da publicação da Lei nº 17.170, de 9 de janeiro de 2020, e passa a contar com 24 representes do Estado e 24 da sociedade civil, sendo 12 titulares e 12 suplentes. Vinculado à SPS, o Conselho pretende agora estar mais integrado aos órgãos das três esferas do governo e contará com uma política transversal, mais inclusiva e participativa, com contribuição efetiva de representantes de movimentos da juventude, da população negra e da comunidade LGBT. Entidades de mulheres dos municípios de Quixeramobim, Paracuru, Itapajé e Aquiraz, além de Fortaleza, também compõem o colegiado.

“Com as atribuições previstas na nova lei, o Conselho será um ponto de inflexão na defesa dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero e de classes”, declarou Socorro França. No encontro, ela abordou os avanços na política da mulher, desde a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em 1985, e do Estadual, em 1986. “Foram anos de muitas lutas e vitórias. Ainda assim, ainda temos um caminhar longo para erradicar a violência contra a mulher e isso passa pelo fortalecimento da educação, dos conselhos municipais e maior visibilidade das ações do CCDM”, defendeu.

“Nossas pautas de mulheres ganharam as redes e as ruas no Brasil. Nós marchamos, protestamos, fazemos greves e denunciamos a violência que sofremos dentro e fora de casa. Lutamos para defender direitos sexuais e reprodutivos, pois ainda, muitos não entendem que nosso corpo segue nossas regras”, destacou a secretária-executiva de Políticas para as Mulheres e representante da SPS no Conselho, Denise Aguiar.

Denise Aguiar reforça a importância de que mais vozes femininas ecoem nos espaços colegiados, disputando as instâncias de discussão e deliberação das políticas públicas. “Temos mulheres ímpares tomando posse, e que promoverão a transversalidade de várias realidades das mulheres cearenses, com olhar de futuro, em um projeto maior de Estado e de País, que se fundamentam na igualdade entre os gêneros, todavia construído para e pelas mulheres”, enalteceu.

Representando a sociedade civil, Lucivânia Sousa, da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT), contou sua trajetória e emocionou as participantes. “Só teremos uma sociedade mais inclusiva, quando todas as formas de ser mulher forem respeitadas”, destacou.

O colegiado já tem novo encontro marcado. A próxima reunião para eleição da nova presidente está marcada para o dia 21 de agosto. Na pauta constam, ainda, apresentações do regimento interno, da nova logomarca do Conselho e agenda de capacitação das novas conselheiras.

Confira a relação do novo colegiado

Governamentais

Secretaria de Proteção Social – SPS
Titular: Denise Moreira Aguiar
Suplente: Silvia Cavalleire Araújo da Silva

Secretaria de Desenvolvimento Agrário – SDA
T: Bárbara Niele Alexandre da Silva Ribeiro
S: Raimunda Nadir Chaves dos Santos Silva

Secitece
T: Maria Helena de Paula Frota
S: Nagyla Maria Galdino Drumond

Sejuv
T: Viviane Sales Oliveira
S: Zuleide Solane Araújo Matos

SAP
T: Geovana Sousa Nascimento
S: Séfora Ribeiro Chaves

Secult
T: Luisa Cela de Arruda Coelho
S: Andreza Magalhães Cordeiro

Seduc
T: Márlia Aguiar Façanha
S: Cyntia Kelly Barroso Oliveira

SESA
T: Louanne Aires Pereira
S: Gizelda de Freitas Marinho

SSPDS
T: Daniele Silva Mendonça de Paula
S: Rebeca Nobrega Cruz Torquato

SEPLAG
T: Carla Valéria Nogueira Alcântara
S: Ana Paula Sousa Gomes

Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará
T: Raquel Andrade dos Santos
S: Augusta de Brito de Paula

Defensoria Pública do Estado do Ceará
T: Jeritza Braga Rocha Lopes
S: Anna Kelly Vieira Nantua Cavalcante

Sociedade Civil

Mulheres de Bairros e Comunidades
Titular: Iracema Maria Lima
Suplente: Maria dos Santos Sousa

Movimento de Valorização da Mulher – MOVAMUS
Titular: Clara Vasconcelos Silveira
Suplente: Cristiane Sales Leitão

Projeto Colcha de Retalhos Conselho Regional de Administração
Titular: Janaina Fernandes de Oliveira
Suplente: Vitória Silva de Moura

Instituto Maria da Penha – IMP
Titular: Conceição de Maria Mendes de Andrade
Suplente: Maria de Nazaré de Oliveira Jucá

Federação das Associações Comunitárias de Quixeramobim
Titular: Maria José Damasceno
Suplente: Janne Paula de Oliveira Sousa

Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Seção Ceará
Titular: Christiane do Vale Leitão
Suplente: Eliane de Oliveira Bezerra

Tapera das Artes
Titular: Ritelza Cabral
Suplente: Adriana Patrício dos Santos

Cooperativa Interdisciplinar de Capacitação e Assessoria Ltda – Casa Lilás
Titular: Maria de Lourdes Goés Araújo
Suplente: Maria Salete Lopes Freire

União da Juventude Socialista – UJS
Titular: Cícera Bruna Garcia da Silva
Suplente: Maria Alice Pinto Viana

União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – UNALGBT
Titular: Cláudia Viana de Almeida
Suplente: Lucivânia Lima de Sousa

União de Negros pela Igualdade – Unegro
Titular: José Batista Honorato Neta
Suplente:Ana Carolina Lima Sales