quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Chuva de granizo deixa chão coberto de gelo e causa prejuízo em Minas Gerais

 

PROBLEMAS GRAVES


Gerente regional da Emater afirma que foram afetadas lavouras de café, parreiras e plantações de hortaliças de quatro municípios


Uma forte chuva de granizo atingiu os municípios mineiros de Andradas, Santa Rita de Caldas, Ipuiuna e Ibitiúra de Minas, na madrugada desta terça-feira, 18. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o choque da frente fria que avança pelo Sudeste e as temperaturas elevadas dos últimos dias causaram a precipitação.

Willem Guilherme de Araújo, gerente regional da Emater, afirma que, além de lavouras de café, foram afetados parreirais e plantações de hortaliças desses quatro municípios. “Extensionistas estão em campo, verificando a porcentagem de área atingida e quais são os prejuízos que ocorreram”, diz.

plantação de hortaliças coberta de gelo

Plantação coberta de gelo. Foto: Lucas Aquino de Souza

No caso do café, segundo ele, 20% das lavouras foram afetadas em menor ou maior grau. “Podemos antecipar que a maioria já foi colhida, então isso minimiza o prejuízo. Mas no próximo ano, que já seria de safra baixa, o produtor com certeza não vai obter produção nessas áreas”, frisa.

Ele orienta os produtores a procurarem as instituições financeiras para comunicar as perdas. “Aqueles que têm financiamentos do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] principalmente, em alguns casos, são passíveis de seguro dependendo da cultura”, pontua.

Além disso, a comunicação vai ajudar a Emater a montar um projeto de atendimento para ajudar os produtores. “A maioria dos financiamentos estão por vencer agora em setembro e outubro, e o produtor vai precisar de recursos para se recuperar desse incidente, que está se tornando comum no sul de Minas Gerais no período que vai de agosto a outubro”, diz.

Estragos

Em Ibitiúra de Minas, as ruas ficaram cobertas por blocos de gelo, paralisando o tráfego. Os ventos destruíram parte da propriedade do presidente da Associação dos Produtores de Leite de Santa Rita de Caldas e Região (Aprol), Juliano Barbosa. “A gente ficou preocupado com a família. Não sabíamos se estava acontecendo nas nossas casas o que estava acontecendo aqui no galpão”, diz.

Segundo Barbosa, produtores de hortaliça da região perderam tudo. “Judiou bem da turma. Foi um fenômeno com o qual não estamos acostumados, não nesta intensidade. Foi muito forte, muito vento e muita pedra”, conta.

Santa Rita de Caldas ficou alagada, deixando animais desabrigados. O fenômeno causou prejuízos também em plantações de hortaliças e o chão ficou repleto de gelo.

minas gerais gelo

Foto: Alessandro dos Reis

As previsões meteorológicas mais recentes indicam quedas nas temperaturas em toda a região, mas descartam a possibilidade de novos transtornos.

por;canal rural 

Boi gordo: oferta de animais confinados aumenta mas preço segue firme

 

MERCADO


Segundo a consultoria Safras, a demanda pela carne bovina brasileira continua bastante aquecida em agosto, com a China importando bastante


arroba do boi gordo mercado carne bovina


Em São Paulo, a arroba do boi gordo continua cotada a R$ 228/229.

O mercado físico de boi gordo segue com preços acomodados nas principais regiões produtoras do país. “Apesar do avanço da oferta de animais confinados em grande parte do país e de uma posição mais confortável nas escalas de abate, os preços se mantém”, diz o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, o avanço dos custos de nutrição animal pode interferir na decisão de confinamento para o último bimestre, ressaltando que o custo da reposição também atingiu patamar recorde em 2020.

No que tange à demanda de carne bovina, os resultados das exportações durante o mês de agosto seguem muito positivo, ainda com uma forte presença da China no mercado importador.

Na capital de São Paulo, os preços seguiram a R$ 228/229 por arroba. Em Uberaba (MG), mantiveram-se em R$ 227 por arroba. Em Dourados (MS), continuaram em R$ 220 por arroba. Em Goiânia (GO), seguiram em R$ 220/221. Em Cuiabá (MT), ficaram em R$ 207 por arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a reposição entre atacado e varejo permanece mais lenta, mas com tendência de melhora na primeira quinzena de setembro, com a entrada da massa salarial na economia motivando o consumo.

Com isso, a ponta de agulha permaneceu em R$ 13 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 13,30 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 15,60 o quilo.

Por Agência Safras

Milho: após dez dias consecutivos de alta, preço recua quase 2% na B3

 

Milho: questionamentos sobre a safrinha deixam B3 em alta nesta sexta-feira  - Notícias Agrícolas

Após dez dias seguindo o desempenho do mercado físico, o preço do milho na B3 para o vencimento setembro/20 recuou. A desvalorização anotada foi de 1,86%, fechando a terça-feira cotado a R$ 59,07 por saca.  De acordo com a Agrifatto Consultoria, a cotação do cereal no físico seguiu pressionada pela pouca disponibilidade de milho a ser negociado, e a maior variação diária foi registrada desde de novembro de 2019, com o cereal atingindo R$ 57,63 em São Paulo, pelo indicador Cepea.

A justificativa para alta no físico não veio nem de Chicago nem do dólar, já que os dois registraram queda nesta terça-feira. Na CBOT, a cotação do cereal com vencimento para setembro/20 caiu 1,21%, atingindo US$ 3,27/bu, respondendo as condições de lavouras nos EUA, que registrou uma piora de apenas 2 p.p. nas condições boas/excelentes.

Ainda assim, o cereal norte-americano entra em estágio de enchimento agora, e, as previsões de falta de chuvas para o que resta de agosto/20 pode impactar ainda mais na produtividade do milho dos EUA.

canal rural 

Benefício chega a mais de 2,6 milhões de famílias dos povos tradicionais

 

AUXÍLIO EMERGENCIAL


Quase 90% dos indígenas, agricultores familiares, pescadores artesanais, ribeirinhos, quilombolas e extrativistas participantes do Cadastro Único receberam o benefício
Publicado em 18/08/2020 14h30 Atualizado em 18/08/2020 16h02
Auxílio Emergencial chega a mais de 2,6 milhões de famílias dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos

Auxílio Emergencial do Governo Federal ajuda as famílias dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos a enfrentarem o momento de crise causado pelo novo coronavírus. - Foto: Sergio Amaral/Min. Cidadania

Mais de 2,6 milhões de famílias pertencentes a Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE) estão recebendo o Auxílio Emergencial do Governo Federal. São 15 grupos, entre eles indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, pescadores artesanais, agricultores familiares, assentados, acampados e pessoas em situação de rua, que receberam o auxílio para enfrentar o momento de crise causado pelo novo coronavírus.

Os beneficiados representam 87% das famílias dos grupos tradicionais inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “Esses grupos representam parte da diversidade social brasileira e o Auxílio Emergencial precisa chegar a todos. O Governo Federal não mede esforços para minimizar os impactos da Covid-19 na vida dos brasileiros”, afirma o secretário nacional do Cadastro Único do Ministério da Cidadania, Rogério Aparecido. Ele ressalta, ainda, a importância das gestões municipais na promoção de ações que facilitam o acesso dessas pessoas aos benefícios socioassistenciais.

O grupo que possui maior percentual de famílias beneficiadas pelo auxílio é o dos extrativistas, com 92% das famílias cadastradas. Em relação aos pescadores artesanais, o percentual de beneficiários chega a 90%. Quando se trata de ribeirinhos, indígenas, agricultores familiares e catadores de materiais recicláveis, o número chega a 88%. O grupo dos agricultores familiares é o que possui mais beneficiários em termos absolutos, com 1,5 milhão de famílias beneficiárias.

 

 

Com informações do Ministério da Cidadania

Governo Federal 

Ministro do Meio Ambiente sobrevoa áreas atingidas pelo fogo no Mato Grosso

 QUEIMADAS


Salles disse que governos estão alinhados no combate às queimadas na região
Publicado em 18/08/2020 20h05 Atualizado em 18/08/2020 20h06
Ministro do Meio Ambiente sobrevoa áreas atingidas pelo fogo no Mato Grosso

Ministro do Meio Ambiente sobrevoou regiões afetadas pelos incêndios no estado do Mato Grosso - Foto: Ministério do Meio Ambiente


O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoou nesta terça-feira (18), a região do Pantanal, no estado do Mato Grosso, para vistoriar as áreas atingidas por queimadas e as ações de combate aos incêndios. Salles destacou que o Governo Federal está alinhado aos governos estaduais no combate às queimadas.                                                                                        

“Aqui estão alinhados, o Governo Federal, pelas agências de meio ambiente, Forças Armadas, Corpo de Bombeiros do estado, governo do estado fazendo também um grande esforço, mas realmente é um desafio em um clima tão quente, tão seco e com ventos tão fortes”, disse Salles.

“Nós encontramos centenas de pontos de queimadas ao longo da viagem, ao longo do dia. Locais aonde os aviões e os brigadistas têm dado combate direto ao fogo, ininterruptamente, mas, ainda assim, esse fogo vem causando danos à fauna, à flora, enfim, à nossa região aqui no Pantanal”, contou Salles após o sobrevoo.

O ministro destacou o uso de bloqueadores de fogo e o manejo adequado do fogo para controlar e evitar as queimadas. E disse que a aviação agrícola é bem-vinda como apoio às ações de combate aos incêndios. “Assim como a aviação agrícola, as aeronaves federais que aqui estão, junto com as estaduais, também neste combate se valendo do sistema de bloqueadores de fogo, ou seja, dos retardantes”, afirmou.

O ministro explicou que a utilização desse bloqueador tem apresentado mais eficácia que a água, mas que o uso deve seguir as regras e orientações das secretarias estaduais e do Governo Federal. “Restou claro, conversando com os pilotos, com os profissionais que estão na linha de frente que quando há emprego deste produto – dos retardantes, dos bloqueadores de fogo, a eficácia das aeronaves no combate às queimadas é muito superior do que somente o uso da água”.

Sobre o manejo do fogo, Salles chamou atenção para técnicas que evitem as queimadas, reduzindo o material orgânico no local. “Se não for manejado o fogo de maneira adequada, o acúmulo desse material em solo aumenta ainda mais a propagação do fogo em toda a região”.

Existem também focos de incêndios na região do Pantanal que abriga o estado do Mato Grosso do Sul.

Operação Pantanal II

Para combater as queimadas no Pantanal, nos dois estados, está sendo realizada, desde o início deste mês, a Operação Pantanal II, uma parceria entre os governos do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Governo Federal, empresas privadas e produtores. A ação conta com bombeiros, militares, além de brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Mais brigadistas

 Para conter as queimadas em todo País, o Governo Federal aumentou a contratação de brigadistas, que têm papel fundamental na execução de ações de prevenção e de combate aos incêndios florestais, principalmente neste período de seca, quando aumentam as queimadas no Brasil.  

Este ano, segundo o Ministério do Meio Ambiente, foi autorizada a contratação de 3.326 brigadistas pelo Ibama e pelo ICMBio. “É a maior brigada de brigadistas dos últimos anos”, disse o ministro.

Porto Jofre e Poconé

Brigadistas do PrevFogo estão nas regiões de Porto Jofre e Poconé há 8 dias combatendo focos de incêndio e contam com o apoio de cinco aeronaves do modelo AirTractor, capazes de pulverizar até 3 mil litros e autonomia de mais de mil quilômetros. Já as equipes em solo, utilizam técnicas de corta-fogo e são equipados com sopradores e abafadores, entre outros. Na região estão situados o Parque Nacional do Pantanal e o Parque Estadual Encontro das Águas. Também estão localizadas a Estação Ecológica Taiamã, as RPPN Fazenda Estância Dorochê e Estância Ecológica SESC Pantanal, além da Estrada Parque Transpantaneira e da Estrada Parque Poconé-Porto Cercado. Há ainda duas terras indígenas: Perigara, Baía Guató.
Governo Federal 

Governo lança campanha contra queimadas

 QUEIMADAS


A ação é uma iniciativa do Conselho Nacional da Amazônia Legal e dos órgãos que o integram
Publicado em 19/08/2020 07h08
Governo lança campanha contra queimadas

A iniciativa tem como objetivo manter a vigilância contínua contra as queimadas

“Diga Sim à Vida e Não à Queimada” é tema de campanha lançada nesta quarta-feira (19) pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão. A iniciativa tem como objetivo manter a vigilância contínua contra as queimadas e chamar a população para participar das ações de preservação na região da Amazônia.

“As queimadas trazem prejuízos à saúde e à segurança da população e, obviamente, a economia. Também trazem prejuízo a imagem da região amazônica, em particular, e do nosso Brasil, de uma maneira geral”, disse o vice-presidente.

As queimadas na região preocupam, sobretudo, no período do verão amazônico, nos meses de agosto a novembro, quando o clima e a vegetação estão mais secos. Hamilton Mourão convidou a população a ser aliada do Brasil na causa da preservação da floresta e disseminar a campanha. “Com união de esforços, o Brasil permanecerá sendo o país que mais preserva e protege a sua vegetação nativa”, disse.

O material da campanha Diga Sim à Vida e Não à Queimada está disponível na página da vice-presidência. “Você poderá, inclusive, baixar o avatar e a capa da campanha para viabilizar nas suas redes sociais com a hashtag “queimadanão”, explicou o vice-presidente Hamilton Mourão.

A ação é do Conselho Nacional da Amazônia Legal, que tem o vice-presidente no comando, e ministérios.

Moratória do fogo

Uma medida adotada recentemente pelo Governo Federal para proteger a floresta amazônica e diminuir os efeitos dos incêndios florestais foi a publicação, no dia 16 de julho, de um decreto conhecido como moratória do fogo que proíbe, por 120 dias, o uso das queimadas legais no território nacional com atenção especial para a Amazônia e o Pantanal.

A suspensão não será aplicada em casos, como por exemplo, nas práticas agrícolas de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas e no controle fitossanitário, desde que autorizado pelo órgão ambiental competente.

A iniciativa havia sido tomada também em 2019 pelo Governo Federal. A intenção é que o produtor rural substitua o uso do fogo nas atividades agrícolas e pastoris por métodos mais seguros.

APP Guardiões da Amazônia

Um aplicativo de celular foi criado para facilitar as denúncias de crimes ambientais de desmatamento, queimadas e garimpo ilegal na região da Amazônia.

O aplicativo Guardiões da Amazônia está disponível desde junho e permite que o cidadão registre com foto e coordenada geográfica o local exato de uma queimada ou a denúncia de outros crimes ambientais. A informação é repassada ao órgão fiscalizador para que sejam tomadas as providências.

A denúncia pode ser feita de forma anônima. Quem preferir se cadastrar tem a garantia de que não terá os dados expostos.

O Guardiões da Amazônia foi lançado pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva para apoiar a Operação Verde Brasil 2, criada para prevenir e reprimir delitos ambientais na Amazônia Legal.

Os aplicativos estão disponíveis para download em:

 

Governo Federal 

Mais de R$ 26 milhões serão destinados a municípios para aquisição de alimentos

 PAA


Municípios têm até 30 dias para confirmar o interesse em participar do programa; cerca de quatro mil agricultores familiares serão beneficiados
Publicado em 18/08/2020 15h37 Atualizado em 18/08/2020 15h40
Governo Federal divulga lista de 90 municípios que receberão recursos do Programa de Aquisição de Alimentos

O objetivo é garantir renda aos agricultores e alimentação para as pessoas atendidas na rede socioassistencial - Foto: Agência Brasil

OMinistério da Cidadania divulgou, nessa segunda-feira (17), no Diário Oficial da União, uma lista de 90 municípios contemplados com recursos para a execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O investimento é de R$ 26,7 milhões e a estimativa é de que, aproximadamente, quatro mil agricultores familiares sejam beneficiados.

Os municípios têm até 30 dias para confirmar o interesse na execução do programa. Novas regras foram adotadas para o repasse de recursos via PAA municipal, com prioridade para municípios mais vulneráveis. O objetivo é garantir renda aos agricultores e alimentação para as pessoas atendidas na rede socioassistencial.

A partir de agora, participam do programa os municípios com população acima da média regional, e que atendem aos critérios de proporção do número total de pessoas extremamente pobres vinculadas ao Cadastro Único, em relação ao número total de pessoas; proporção do déficit de altura infantil para idade em crianças menores de cinco anos, com acompanhamento no Programa Bolsa Família; e proporção do número total de Declarações de Aptidão ao Pronaf - DAP ativas, vinculadas ao Cadastro Único.

Essas portarias incluíram, ainda, algumas regras de transição para que os municípios tenham tempo de se adequar. Esses critérios podem ser conferidos neste link. Em 2020, somente serão atendidos municípios que já possuem adesão ativa e com boa execução. Os municípios que não atendem aos critérios poderão continuar executando o PAA através das adesões estaduais. 

De acordo com o secretário nacional de Inclusão Social e Produtiva do Ministério da Cidadania, Ênio Lopes, essa mudança garante maior eficiência e transparência na execução dos recursos, pois reduz a burocracia e oferece mais tempo para um acompanhamento qualitativo da execução da proposta. “Como muitos municípios passarão a ser contemplados por adesões estaduais, essa é uma forma de fortalecer a gestão dos Estados sobre a política de segurança alimentar e nutricional”, garante.

 

Com informações do Ministério da Cidadania

 

Governo Federal