terça-feira, 18 de agosto de 2020

Edição especial do Preamar Cabano celebra a Adesão do Pará

 


 

16/08/2020 07h01 - Atualizada em 16/08/2020 09h32
Por Josie Soeiro (SECULT)

Foto: Mario Quadros / SECULTFoi sob os olhares curiosos dos moradores da comunidade da Vila São Francisco Xavier, em Barcarena, que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), celebrou a Adesão do Pará com uma edição especial do Preamar Cabano. A programação contou com a exposição "Vozes da Cabanagem" e a exibição da videoinstalação "Revolução Cabana", no salão paroquial da Igreja de São Francisco Xavier, onde estão os restos mortais de um dos principais líderes da Cabanagem: o Cônego Batista Campos.

Segundo pesquisas e documentos históricos, a Adesão do Pará está diretamente ligada à Cabanagem, movimento popular que tomou Belém em 1835. "Essa data é muito importante para a história do Pará, porque é o dia em que a Província do Grão-Pará aceitou fazer parte do império do Brasil. Popularmente, a gente conhece como o dia da Adesão à independência, mas o que a maioria das pessoas não sabe é que essa data também é extremamente importante para a Cabanagem. As pessoas geralmente não costumam ligar as datas históricas, mas os fatos que se sucedem após 15 de agosto vão culminar na Cabanagem, em 1835", explica o historiador e diretor do Arquivo Público do Pará, Leonardo Torii.

Foto: Mario Quadros / SECULTA exposição trouxe documentos históricos de Barcarena sobre a Cabanagem, como a  cópia da Ata de Adesão e vários documentos relacionados às datas históricas. 

"Nosso intuito é sempre aproximar as pessoas da história da região, não só de Barcarena, mas do Pará, Belém e suas adjacências. Percebemos que comumente, a maioria das pessoas não conhece a trajetória do seu povo e de sua região. Com a mostra conseguimos refletir sobre o que foi o dia 15 de agosto, qual seu impacto, ligação com a Cabanagem e de que forma isso vai definir muito a história de Barcarena", destaca Leonardo Torii.

Foto: Mario Quadros / SECULTPara moradores da comunidade, como Ailton do Espírito Santo, a iniciativa da Secult cumpriu seu objetivo e concorda com o diretor do Arquivo Público. "A programação foi muito bonita e também cheia de informações importantes. Muitos de nós, moradores daqui, desconhecemos nossa história e ver os painéis, observar os documentos, e assistir à animação na noite de hoje chega até a nós emocionar, de saber que nossa comunidade tem uma história rica e importante, que a gente nem faz ideia. Que venham mais e mais eventos como este", destaca o visitante. 

O pároco, padre Milton Trindade, também elogiou a iniciativa. "Nossa Paróquia se sente muito agraciada em receber essa exposição que celebra a Adesão do Pará aqui na vila São Francisco, palco de articulação do movimento cabano. Essa iniciativa da Secult proporciona à comidade o resgate de sua própria história e motivar o nosso povo a lutar poe direitos, dignidade e justiça, assim como os cabanos. Acredito também que este seja só o início de outras parcerias que possam envolver nossa comunidade no resgate da memória", destaca o padre. 

A exposição "Vozes da Cabanagem" segue aberta, no Salão Paroquial da Igreja de São Francisco Xavier até o  21 de agosto, no horário de 17h às 19h. A entrada é gratuita.

agência pará 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Senado vota mais recursos contra covid na terça e Fundeb na quinta

 


Da Redação | 17/08/2020, 11h44

O Senado se reúne em sessão remota nesta terça-feira (18), às 16h, para votar o projeto que permite a destinação de recursos economizados no pagamento de precatórios para ações de combate ao coronavírus (PL 1.581/2020). Além desse projeto, a pauta divulgada pela presidência do Senado traz outros três itens. Já na quinta-feira (20), os senadores votam a proposta de emenda à Constituição (PEC 26/2020) que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).   

De acordo com o PL 1.581/2020, fica permitido, enquanto durar o estado de calamidade pública, que os descontos conseguidos através de acordos judiciais, os chamados precatórios, sejam destinados para ações contra a covid-19. O texto também regulamenta os acordos da União (incluindo autarquias e fundações) com os credores dos precatórios, no que se refere às dívidas de grande valor e trata de acordos para encerrar ações contra a Fazenda Pública. 

Os chamados "precatórios de grande valor" são os que, sozinhos, superam 15% da dotação orçamentária para pagamento de precatórios em um ano. Conforme a matéria, esses acordos poderão envolver descontos de até 40% nesses pagamentos. E caso os acordos sejam fechados enquanto durar o estado de calamidade pública (previsto para durar até 31 de dezembro de 2020), os recursos economizados deverão ser encaminhados para políticas públicas contra a covid-19. Já a economia gerada a partir de acordos fechados após a pandemia deverá ser destinada ao abatimento da dívida pública. O projeto é de autoria do deputado Marcelo Ramos (PL-AM) e tem o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) como relator no Senado.

Hospitais filantrópicos

Também está na pauta de votações desta terça-feira o projeto (PL 3.058/2020) que, devido a crise gerada pela pandemia de coronavírus, suspende por 120 dias, contando a partir de 1º de março, a obrigatoriedade de hospitais filantrópicos e outros prestadores de serviços de saúde cumprirem metas quantitativas e qualitativas contratadas junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O texto, de autoria do deputado Pedro Westphalen (PP-RS), prorroga até 30 de setembro de 2020 a suspensão da obrigatoriedade da manutenção das metas e alcança tanto pessoas jurídicas de direito público quanto aquelas de direito privado, com ou sem fins lucrativos.

Conforme a legislação, as entidades conveniadas devem cumprir metas qualitativas e quantitativas para receberem pagamento pelo atendimento prestado no âmbito do SUS. Hospitais filantrópicos, por exemplo, dependem disso para continuarem com isenção de tributos. No Senado, a matéria aguarda parecer da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

Código de trânsito

Os senadores devem votar ainda o Projeto de Lei 3.267/2019, do Poder Executivo, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503, de 1997). A proposta, já aprovada pela Câmara dos Deputados estabelece, entre outras mudanças, que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passará a ter validade de dez anos para condutores com até 50 anos de idade; dez anos para condutores com menos de 50 anos; cinco anos para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos de idade; e três anos para condutores com 70 anos de idade ou mais.

O texto determina ainda que os exames de aptidão física e mental sejam realizados por médicos e psicólogos peritos examinadores, com a titulação de especialista em medicina do tráfego ou em psicologia de trânsito, respectivamente. O relator da matéria é o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

ISS

Ainda na terça os senadores devem votar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 170/2020, um substitutivo da Câmara, que cria uma transição para a transferência do recebimento do Imposto sobre Serviços (ISS) da cidade sede do prestador do serviço para a cidade onde ele é efetivamente prestado. O projeto apresentado pelo ex-senador Cidinho Santos, foi alterado quando votado pelos deputados e agora volta para análise do Senado.

A mudança nas regras proposta atinge casos com pulverização dos usuários dos serviços, como planos de saúde e administradoras de cartão de crédito. Todas as decisões sobre a forma como o imposto será remetido a cada município ficarão a cargo do Comitê Gestor das Obrigações Acessórias do ISS, criado pelo projeto. De acordo com a proposta serão alcançados os serviços de planos de saúde; planos médico-veterinários; administração de fundos, consórcios, cartões de crédito e débito, carteiras de clientes e cheques pré-datados; e serviços de arrendamento mercantil (leasing).

Fundeb

Já na quinta-feira (20) a previsão, segundo agenda divulgada pela Presidência do Senado, é que os senadores votem a PEC 26/2020 para tornar o Fundeb permanente e que amplia em até 23% a participação da União no financiamento da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio. A matéria já recebeu parecer favorável do senador Flávio Arns (Rede-PR) que decidiu manter o texto aprovado pela Câmara dos Deputados.

Como é uma PEC, o texto precisa ser aprovada em dois turnos de votação, obtendo pelo menos 49 votos favoráveis em cada turno. O Fundeb é hoje a principal fonte de financiamento da educação básica no Brasil e, pela Constituição, expira no dia 31 de dezembro deste ano. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Congresso analisa vetos a pacote anticrime, uso de máscaras, auxílio emergencial e ajuda a indígenas

 


Da Redação | 17/08/2020, 11h57

O Congresso Nacional deve se reunir, na próxima quarta-feira (19), segundo agenda divulgada pela Presidência do Senado Federal, para analisar alguns vetos, como o imposto pelo presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei (PL 873/2020), que ampliou o rol de beneficiários do auxílio emergencial e originou a Lei 13.998, de 2020 (VET 13/2020).

A sessão será dividida em três horários: às 10h com deputados, às 16h com senadores e, às 19h novamente com deputados. A terceira sessão servirá para que a Câmara delibere sobre vetos a projetos iniciados no Senado. Para que um veto do presidente da República seja derrubado é necessário o apoio mínimo de 257 votos na Câmara e 41 no Senado. Se os deputados decidem pela manutenção de um veto, a decisão é final, ou seja, a análise nem chega ao Senado. O mesmo ocorre quando os senadores mantêm um veto a projeto iniciado na Casa. Nesse caso, a Câmara não se pronuncia.

Foram 12 trechos vetados no projeto, entre eles o que listava profissões aptas a receber o auxílio, como pescadores profissionais artesanais e aquicultores; agricultores familiares; arrendatários, extrativistas, silvicultores, beneficiários dos programas de crédito fundiário, assentados da reforma agrária, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais; e a possibilidade de pescadores artesanais receberem o auxílio quando não estivessem cobertos pelo seguro-defeso.

Segundo a justificativa do Planalto, ao especificar determinadas categorias para o recebimento do auxílio em detrimento de outras, a proposta ofende o princípio da isonomia ou igualdade material.

Nesse projeto, o Executivo também vetou a possibilidade de homens solteiros chefes de família receberem em dobro o benefício emergencial. Pelas regras vigentes, apenas mães chefes de família podem ter direito a duas cotas do auxílio emergencial (R$ 1.200) por mês. Segundo o governo, a medida colocaria em risco o recebimento do benefício por mães solteiras, pois o projeto não estabeleceu mecanismos para impedir que pais ausentes se colocassem como chefes de família de forma fraudulenta.

Pacote anticrime

O último veto do ano passado a ser analisado pelos parlamentares é o Veto 56/2019 , que barrou 24 dispositivos do Pacote Anticrime. Sancionada em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro, a Lei 13.964, de 2019, tem por objetivo aperfeiçoar a legislação penal e processual penal. 

Um dos itens vetados foi a pena de 12 a 30 anos de prisão para crimes como homicídio cometido com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido. O presidente da República entendeu que a medida “viola o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada”. Além disso, segundo o Palácio do Planalto, o dispositivo poderia “gerar insegurança jurídica” aos agentes de segurança pública.

Outro artigo vetado determinava a apresentação do preso ao juiz de garantias em um prazo de 24 horas. A ideia era aplicar a medida em caso de prisões em flagrante ou por mandado de prisão provisória. O texto aprovado pelo Congresso previa a realização de audiência com a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública ou de advogado, vedado o emprego de videoconferência.

Para o presidente da República, “suprimir a possibilidade da realização da audiência por videoconferência gera insegurança jurídica”. Além disso, de acordo com o Planalto, “o dispositivo pode acarretar em aumento de despesa, notadamente nos casos de juiz em vara única, com apenas um magistrado, seja pela necessidade de pagamento de diárias e passagens a outros magistrados para a realização de uma única audiência, seja pela necessidade premente de realização de concurso para a contratação de novos magistrados”.

Máscaras

Outro veto em pauta é o aposto pelo Planalto ao PL 1.562/2020, que originou a Lei 14.019, de 2020, e determinava o uso obrigatório de máscaras pela população (VET 25/2020). Foram 23 itens vetados, como ao dispositivo que obrigava o uso de máscara em estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas. Segundo o Executivo, o dispositivo pode ser interpretado como violação de domicílio por abarcar conceito abrangente de locais não abertos ao público.

Também foi vetado trecho que previa multa no caso do descumprimento do uso de máscaras, com agravantes na gradação da penalidade para os casos de reincidência, infração em local fechado e capacidade econômica do infrator.

Outro dispositivo vetado determinava a aplicação de multa por estados e municípios ao estabelecimento autorizado a funcionar durante a pandemia da covid-19 que deixar de disponibilizar álcool em gel em entradas, elevadores e escadas rolantes.

Nas razões dos vetos, o governo alega que embora haja prerrogativa para a elaboração de normas gerais pela União em relação à matéria, a não imposição de balizas para a gradação da sanção imposta gera insegurança jurídica. Além disso, aponta a existência de normas que já disciplinam a possibilidade de multas por infração sanitária com parâmetros a serem observados (Lei 6.437, de 1977).

O projeto de lei obrigava o Poder Público a fornecer gratuitamente máscaras de proteção individual às populações mais pobres nos estabelecimentos credenciados ao Programa Farmácia Popular do Brasil, entre outros. A justificativa para o veto foi que o dispositivo cria obrigação aos entes federados, em violação ao princípio do pacto federativo e à autonomia dos estados, Distrito Federal e municípios.

Indígenas

O Planalto também vetou parcialmente o projeto (PL 1.142/2020) com medidas de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da covid-19 nos territórios indígenas. O texto originou a Lei 14.021, de 2020, e teve 22 trechos vetados (VET 27/2020).

Entre eles, o que previa o acesso das comunidades a uma lista de serviços a serem prestados “com urgência e de forma gratuita e periódica” pelo poder público: acesso universal a água potável; distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e desinfecção de superfícies; oferta emergencial de leitos hospitalares e de unidade de terapia intensiva (UTI); aquisição de ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea; distribuição de materiais informativos sobre a covid-19; e pontos de internet nas aldeias.

A lei traz um capítulo específico sobre segurança alimentar e nutricional para aldeias indígenas, comunidades quilombolas, pescadores artesanais e demais povos tradicionais durante a pandemia. O governo federal vetou o parágrafo que obrigava a União a distribuir alimentos diretamente às famílias “na forma de cestas básicas, sementes e ferramentas agrícolas”.

Foram vetados ainda dois dispositivos que davam prazo de dez dias para a elaboração de um plano de contingência para cada situação de contato com povos isolados. O Palácio do Planalto também barrou a elaboração de um plano de contingência para lidar com surtos e epidemias nessas áreas.

O projeto aprovado pelo Congresso estendia a quilombolas, pescadores artesanais e demais povos tradicionais todas as medidas previstas para as comunidades indígenas no Plano Emergencial. Esse dispositivo foi mais um vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da República vetou também a criação de um programa específico de crédito para os povos indígenas e a inclusão de comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares no Programa Nacional de Reforma Agrária. A medida visava beneficiar indígenas que não possuem a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com a possibilidade de apresentar documentos simplificados emitidos pelo órgão indigenista oficial.

Crédito

Na pauta estão ainda dois projetos de lei de crédito suplementar ao Orçamento. O PLN 11/2020 abre crédito de R$ 36,7 milhões em favor das Justiças Federal, do Trabalho e do Distrito Federal e Territórios para a conclusão de obras.

Já o PLN 23/2020 abre crédito de R$ 166,8 milhões para o Ministério Público Federal investir na construção dos edifícios-sede da Procuradoria da República em Boa Vista, Belém, e Vitória; e cobrir gastos com assistência médica e odontológica de servidores civis e com pessoal e encargos sociais. No âmbito do Ministério Público Militar, do Distrito Federal e do Trabalho, os recursos são destinados a despesas com a assistência médica e odontológica de servidores civis, com pessoal e encargos sociais, e com a defesa do interesse público no processo judiciário.

Outros vetos a serem analisados na sessão do Congresso:

Veto

Tipo

Proposta

11/2020

Total

Inclusão de trecho rodoviário em Roraima no Anexo do Plano Nacional de Viação

12/2020

Parcial

Cessão de servidores da Polícia Civil do Distrito Federal aos Estados da Federação para exercer cargo de Secretário de Estado

14/2020

Parcial

Carência de oito meses para que os empresários começassem a quitar o empréstimo obtido pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe)

15/2020

Parcial

Redução da alíquota do imposto de renda incidente sobre valores remetidos ao exterior e nova Embratur

16/2020

Parcial

Transferência ao domínio dos Estados de Roraima e do Amapá de terras da União na Faixa de Fronteira

17/2020

Parcial

Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus para estados, Distrito Federal e municípios

18/2020

Parcial

Prazo para a Anvisa autorizar excepcional e temporariamente a importação de produtos sem registro

19/2020

Parcial

Destina recursos oriundos da extinção do Fundo de Reserva Monetária aos Estados, Distrito Federal e Municípios para enfrentamento da pandemia

20/2020

Parcial

Regime Jurídico Emergencial e Transitório no período da pandemia do coronavírus

21/2020

Parcial

Altera procedimentos de gestão e alienação dos imóveis da União

22/2020

Parcial

Ações emergenciais destinadas ao setor cultural durante a pandemia

23/2020

Parcial

Auxílio financeiro às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em razão da pandemia

24/2020

Total

Suspensão das inscrições nos cadastros de empresas de análises e informações de crédito durante a pandemia

26/2020

Parcial

Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda durante a pandemia

28/2020

Parcial

Ampliação do rol de cursos incluídos no FIES

56/2019

Parcial

Pacote anticrime

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Parlamentares defendem mobilização por projeto que fortalece fundo científico

 


Rodrigo Baptista | 17/08/2020, 12h00 - ATUALIZADO EM 17/08/2020, 14h00

A defesa da comunidade científica do descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) nesta segunda-feria (17) reforça, na avaliação de parlamentares, a aprovação no Congresso do projeto de lei complementar que proíbe que os recursos desse fundo sejam bloqueados pelo governo no Orçamento da União. Aprovado pelo Senado na quinta-feira (13), o  PLP 135/2020, que também transforma o FNDCT em um fundo financeiro, depende de aprovação da Câmara dos Deputados.

Durante reunião da comissão mista que acompanha  ações do governo federal no enfrentamento à covid-19, senadores e deputados favoráveis ao projeto pediram que a comunidade científica continue se mobilizando para ajudar na aprovação da proposta. Autor do projeto, o senador Izaci Lucas (PSDB-DF) disse que tem conversado com deputados para convencê-los sobre a importância do projeto.

— Eu estou tentando falar agora com o [presidente da Câmara] Rodrigo Maia. Ainda não marquei com ele, mas, como ele é meu vizinho aqui, já, já eu vou marcar um plantão na casa dele, porque é fundamental que esse projeto seja aprovado na Câmara e, inclusive, sem alteração, porque, se tiver que mudar alguma coisa, a gente muda depois, em outro projeto, para evitar que tenha que voltar para o Senado. Então, eu gostaria de pedir a vocês para continuar mobilizando — disse Izalci.

Segundo o senador, a maior oposição ao projeto vem da equipe econômica do governo. 

— O Governo vai trabalhar contra isso na Câmara. Eu tenho já informações de que ele já admite o não contingenciamento, mas o não contingenciamento, para nós, não é suficiente, porque não adianta liberar também todo o recurso dia 31 de dezembro, não dá para você executar. Então, é inadmissível mexer na questão do fundo financeiro — avaliou. 

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) destacou o congelamento de recursos para a área de ciência e tecnologia e disse que o governo deve demonstrar que considera o setor estratégico. 

— A gente teve uma redução orçamentária drástica, e a gente não pode pensar em nada que não seja prioritário. Então, não se pode dizer que é prioridade ciência e tecnologia, se eu não coloco "prioridade" na peça orçamentária. Portanto, eu só devo dizer que é prioridade quando eu também tenho isso na peça orçamentária. Eu acho que o Izalci apresenta uma alternativa para resolver isso de fato, proibindo o contingenciamento orçamentário — argumentou. 

 Esperidião Amim (PP-SC) defendeu que cabe ao Congresso decidir sobre possíveis contingenciamentos orçamentários. 

— Eu vejo que o Congresso, através da comissão mista, deveria inclusive colocar um gráfico de contingenciamento. Caso o arrecadado não fosse o esperado, deveria o próprio Congresso já dizer quais áreas deveriam ser contingenciadas — assinalou. 

O deputado Felício Laterça (PSL-RJ) também defendeu o descontingenciamento do Fundo:

— Aqui na Câmara dos Deputados eu pego essa bandeira de ciência e tecnologia. Precisamos investir em ciência e tecnologia e entendo a necessidade de não haver recursos contingenciados — frisou. 

Presidente da comissão mista, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) sugeriu que os integrantes do colegiado façam um levantamento de outros projetos que possam contribuir com o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Presidente da CRE quer acordo do Mercosul com o Líbano

 


Da Redação | 17/08/2020, 12h16

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), irá atuar junto ao governo federal para acelerar o fechamento de um acordo de livre comércio do Mercosul com o Líbano. Trad fez parte da comitiva brasileira oficial que, na semana passada, visitou o país asiático, cuja capital, Beirute foi devastada por uma forte explosão em 4 de agosto.

A comitiva nacional, chefiada pelo ex-presidente da República, Michel Temer, se reuniu com o presidente libanês, Michel Aoun, e com o primeiro-ministro interino, Hassan Diab. O senador revelou que a principal pauta apresentada pelo governo do Líbano é fechar, o mais rápido possível, um acordo com o Mercosul.

— As mais altas autoridades daquele país neste momento nos pediram, a mim, na condição de presidente da CRE, para que atuemos junto a nosso governo, dinamizando as negociações tentando fechar o acordo. Eu inclusive já tinha abordado esse tema numa reunião recente que tive com o ministro [das Relações Exteriores] Ernesto Araujo. Quero me encontrar novamente com ele e levar o pleito do governo libanês, e também falar sobre isso com o presidente Jair Bolsonaro — afirmou Trad à Agência Senado.

Crise no Líbano

Assim como Temer, Trad é descendente de libaneses. Por isso, segundo ele, ter feito parte da delegação oficial brasileira que levou ajuda humanitária ao país foi "um momento especial". Além de se reunir com autoridades, o senador fez questão de sair às ruas de Beirute e falar com cidadãos comuns, e também fez filmagens da devastação causada pela explosão de um estoque de nitrato de amônio no porto da cidade. As filmagens foram postadas no Twitter pelo senador.

— O Líbano já passava por muitos protestos sociais e descontentamento com a classe política, antes da pandemia. A pandemia arrefeceu os protestos, mas eles voltaram ainda mais fortes após a tragédia de 4 de agosto. O atual gabinete, incluindo o primeiro-ministro, teve que renunciar. Uma parcela expressiva da sociedade libanesa se organiza e visa derrubar todo o governo. Entende que não tem mais credibilidade para governar. Com o sangue libanês que corre em minhas veias, só desejo paz e que eventuais novos líderes se estabeleçam no país por eleições livres e democráticas — ressalta.

Dados divulgados pelo governador de Beirute, Marwan Abboud, dão conta que a explosão no porto matou ao menos 220 pessoas. Outras 110 estão desaparecidas e mais de 7 mil foram feridas. Na entrevista à Agência Senado, Trad ainda falou sobre outras consequências da catástrofe, e do que ouviu dos libaneses.

— Passando à noite por toda a região do porto, vemos que toda ela está às escuras, a rede elétrica foi destruída e não existe mais energia elétrica pra quem mora naqueles bairros. Apesar de vários prédios terem perdido janelas e até paredes, muitas pessoas continuam morando ali, porque não têm outra opção. Uma das regiões mais lindas de Beirute, a beira-mar onde havia muitos bares, restaurantes e locais para entretenimento, hoje se encontra nesse estado. O que nos enche de esperança é ver a quantidade de voluntários que aparecem a todo momento querendo reconstruir a região — detalhou.

A missão humanitária brasileira entregou seis toneladas de medicamentos, equipamentos de saúde e alimentos ao Líbano. Outras quatro toneladas de arroz estão sendo enviadas por via marítima. A comitiva ainda informou que a comunidade libanesa no Brasil já arrecadou outras 20 toneladas de medicamentos e alimentos, que também serão enviados o mais rapidamente possível.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado


Perde eficácia MP que obrigava operadoras a compartilhar dados com o IBGE

 


Da Redação | 17/08/2020, 13h39

A medida provisória que obrigava as operadoras de telefonia a repassarem dados de clientes para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazer pesquisas domiciliares por telefone perdeu a validade na sexta-feira (14). 

Conforme MP 954/2020, as empresas deveriam repassar relações de nomes, números de telefone e endereços de seus consumidores. Segundo o Executivo, o pedido foi feito pelo próprio IBGE para manter a continuidade de pesquisas antes feitas em visitas domiciliares e agora suspensas em razão da pandemia de covid-19.

O IBGE se comprometeu com o sigilo dos dados recebidos. Todavia, partidos de oposição ingressaram com ações diretas de inconstitucionalidade, alegando que o repasse dessas informações viola o direito à privacidade. Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender a eficácia da medida, que continuou em tramitação no Congresso. 

Houve apenas um voto contrário à suspensão, do ministro Marco Aurélio, que preferiu deixar o Congresso Nacional deliberar sobre o mérito da proposição.

A MP já estava tramitando em caráter de urgência, depois de ter tido seu prazo prorrogado. Por conta da pandemia, não tramitou em comissão mista, como de praxe, e seria votada diretamente nos plenários da Câmara e do Senado. 

Com a perda de eficácia, o Congresso Nacional detém agora a prerrogativa de disciplinar, por decreto legislativo no prazo de 60 dias, as relações jurídicas decorrentes de sua edição. 

Entenda a tramitação de uma medida provisória. 

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Codevasf poderá atuar em Roraima e na totalidade de Minas Gerais, prevê projeto

 


17/08/2020, 14h20

A área de atuação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) pode ser ampliada e incluir a totalidade da área de Minas Gerais e o estado de Roraima. Projeto com esse objetivo (PL 4.203/2020) foi apresentado pelos senadores Mecias de Jesus (PRB-RR) e Carlos Viana (PSD-MG). Viana lembra que a área de atuação da Codevasf já foi ampliada diversas vezes nas últimas décadas.  Mais informações com o repórter Rodrigo Resende, da Rádio Senado.

Fonte: Agência Senado

Estratégia de privatizar estatais sem aval do Congresso é questionada no STF

 


Guilherme Oliveira | 17/08/2020, 14h45

As Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados encaminharam um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte intervenha na criação e venda de subsidiárias de empresas estatais. A prática é questionada como uma “estratégia” do governo federal para privatizar partes dessas empresas sem a participação do Congresso Nacional.

O pedido partiu de um questionamento feito pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras, ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Para o senador, esses procedimentos não são apenas decisões de gestão que a diretoria da estatal possa tomar sozinha.

— A missão da Petrobras sempre foi abastecer o país de derivados de petróleo. Quando muda a missão da empresa, se ela é estatal, precisa haver a participação dos representantes do povo. É um aspecto de decisão nacional — disse Jean Paul. 

O Senado e a Câmara pedem para ser incluídos como partes interessadas na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.624, que questiona vários pontos da Lei de Responsabilidade das Estatais (Lei 13.303, de 2016). Em 2019, o STF decidiu cautelarmente, no âmbito do julgamento da ação, que a venda de subsidiárias de empresas estatais não depende de autorização do Congresso. No entanto, a criação de subsidiárias precisa ser chancelada pelo Congresso.

A Petrobras tem autorização legislativa para estabelecer subsidiárias desde 1997, com a lei que revogou o monopólio estatal sobre o petróleo brasileiro (Lei 9.478, de 1997). A partir disso, desde o ano passado a empresa trabalha com o plano de criar novas subsidiárias para as quais seriam transferidas oito refinarias. Na sequência, essas subsidiárias seriam vendidas. Todas essas etapas poderiam ser cumpridas, segundo a Petrobras, sem a necessidade de consulta ao Congresso.

No entanto, o Senado e Câmara argumentam que a lei de 1997 abriu caminho apenas para subsidiárias que visem cumprir o objeto social da Petrobras, orientadas pela exploração de novas oportunidades de negócios. A ramificação “artificial” da matriz, com o propósito único de alienar ativos, não estaria respaldada. As Mesas Diretoras pedem ao STF que explicite que o Congresso precisa ser consultado nesses casos.

Jean Paul acrescenta que mesmo a cautelar do STF que deu aval à venda de subsidiárias sem supervisão do Congresso é uma decisão questionável, pois nem todas são alheias à atividade principal da estatal matriz. Ele cita como exemplo a BR Distribuidora, empresa que compete em um mercado sobre o qual a Petrobras não tem o monopólio.

— Até concordo que, quanto a atividades ancilares [subsidiárias] da empresa, ela possa se desfazer do negócio, desde que a atividade principal da holding não esteja comprometida. Mas algumas subsidiárias da Petrobras fazem atividade principal. São subsidiárias por alguma razão específica, comercial ou regulatória, mas ainda fazem parte da empresa integrada, do poço ao posto.

O senador se preocupa que, sem uma abordagem legal ou judicial clara, a prática de desestatização através de subsidiárias possa se tornar rotineira. Na semana passada, o governo federal encaminhou ao Congresso a MP 995/2020, que contém a previsão legal para que subsidiárias da Caixa Econômica Federal criem suas próprias subsidiárias. Na sua justificativa, o Executivo afirma que a intenção da MP é possibilitar a alienação de ativos.

— Se não houver quem grite que o rei está nu, essa estratégia vai se espalhar para outras estatais — alerta Jean Paul.

A Caixa, como matriz, já tem crivo legal para criar subsidiárias (Lei 11.908, de 2009). A justificativa da MP 995 lembra que estatais como a Eletrobras, os Correios e a Infraero também estão autorizadas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado