quarta-feira, 12 de agosto de 2020

 

MERCADO

Brasil exporta 3,2 milhões de sacas de café em julho – Revista Rural

Receita cambial foi de US$ 356,8 milhões, equivalente a R$ 1,9 bilhão, aumento de 22,3% em reais em relação ao mesmo mês de 2019

Em julho deste ano, o país exportou 3 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado e moído, de acordo com levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado nesta quarta-feira, 12. O volume representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para um mês de julho já registrado, apesar do atual cenário de pandemia por coronavírus.

A receita cambial gerada pelos embarques foi de US$ 356,8 milhões, equivalente a R$ 1,9 bilhão, o que representa um aumento de 22,3% em reais em relação a julho de 2019. Já o preço médio da saca de café foi de US$ 117,4.

O café arábica correspondeu a 74,4% do volume total das exportações, equivalente a 2,3 milhões de sacas, segundo o Cecafé. O café conilon (robusta) atingiu a participação de 14,7%, com o embarque de 446,4 mil sacas, enquanto que o solúvel representou 10,9% das exportações, com 331,8 mil sacas exportadas.

“Os volumes de exportação registrados em julho mostram que iniciamos bem o ano cafeeiro, com uma boa entrada do café brasileiro no mercado e bons resultados em reais”, disse o presidente da entidade, Nelson Carvalhaes. “Temos informações dos estados produtores de que a colheita está em um ritmo muito bom, tanto em volume quanto em qualidade, o que sinaliza uma boa performance para o ano cafeeiro”.

Acumulado do ano

No período de janeiro a julho deste ano, as exportações de café atingiram 22,9 milhões de sacas. Neste caso, o volume exportado também representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para o mundo no período.

A receita cambial foi de US$ 3 bilhões, equivalente a R$ 14,7 bilhões, crescimento de 29% em reais em relação ao período anterior. Já o preço médio foi de US$ 128,9/saca, registrando crescimento de 3,2%.

Entre as variedades embarcadas de janeiro a julho, o café arábica representou 78,4% do volume total exportado, equivalente a 18 milhões de sacas, enquanto que o café conilon (robusta) atingiu a participação de 11,2%, com o embarque de 2,6 milhões de sacas, e o solúvel representou 10,3%, com 2,4 milhões de sacas. Entre as variedades, as exportações de conilon se destacaram no período ao registrarem crescimento de 15% em relação a janeiro a julho de 2019.

Principais destinos

No ano civil (janeiro a julho), os dez principais destinos de café brasileiro foram: os Estados Unidos, que importaram 4,3 milhões de sacas de café (18,6% do total embarcado no período); a Alemanha, com 3,9 milhões de sacas importadas (17,1% da participação total no período); Itália, com 1,8 milhão de sacas (8,1%); Bélgica, com 1,7 milhão (7,2%); Japão, com 1,2 milhão de sacas (5,1%); Federação Russa, com 755,8 mil sacas (3,3%); Turquia, com 736,4 mil sacas (3,2%); Espanha, com 568 mil sacas (2,5%); México, com 537,4 mil sacas (2,3%) e Canadá, com 482,5 mil sacas (2,1%).

Entre os principais destinos, o México e a federação russa registraram os maiores crescimentos no consumo de café brasileiro no ano civil, com aumento de 31,3% e 22,2%, respectivamente.

Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 21,1% nas exportações para os países da América do Sul; 49,8% para a África; 94,8% para a América Central; 24,5% para os países do BRICS; 15,6% para o Leste Europeu, além do aumento de 41,3% nos embarques para os países produtores de café.

Diferenciados

No ano civil, o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas de cafés diferenciados (que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). O volume, que foi o segundo maior embarcado para o período nos últimos cinco anos, corresponde a 16,6% do total de café exportado de janeiro a julho deste ano.

A receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados foi de US$ 625,6 milhões, representando 21,1% do total gerado pelo Brasil em receita com as exportações no ano civil de 2020 até agora, informa o Cecafé.

Os principais destinos de cafés diferenciados foram: EUA, que importaram 660,7 mil sacas (17,3% do volume total do tipo de café embarcado no ano civil); Alemanha, com 551,2 mil sacas (14,4% de participação); Bélgica, com 486 mil sacas (12,7%); Japão, com 326 mil sacas (8,5%); Itália, com 271,6 mil sacas (7,1%); Espanha, com 176,4 mil sacas (4,6%); Reino Unido, com 140,7 mil sacas (3,7%); Suécia, com 127,6 mil sacas (3,3%); Canadá, com 112,5 mil sacas (2,9%) e Países Baixos, com 100,7 mil sacas (2,6%).

Por Canal Rural

Avó de Michelle Bolsonaro morre no Distrito Federal vítima de Covid-19

COVID-19

Maria Aparecida Firmo Ferreira teve o óbito confirmado nesta quarta-feira (12/8) após ficar internada por mais de um mês em UTI


Avó de Michelle Bolsonaro

DANIEL FERREIRA / METRÓPOLES

Aavó materna da primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, é mais uma vítima fatal relacionada ao novo coronavírus no Distrito Federal. O óbito de Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 81 anos, foi confirmado ao Metrópoles nesta quarta-feira (12/8) por Maria de Fátima Ferreira, filha da paciente. Ela estava internada na enfermaria do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

“Deus resolveu levar minha mãezinha, não consigo acreditar. Ela lutou tanto, mostrou tanta força, mas não resistiu. Estamos todos muito abalados”, declarou a tia da primeira-dama.

Na semana passada, a idosa havia deixado a unidade de terapia intensiva do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com um quadro clínico considerado estável, quando foi transferida novamente para o HRC, primeira unidade onde ficou internada.

Maria Aparecida manteve as dificuldades respiratórias – ela chegou a ter 78% da capacidade pulmonar comprometida – e fez uso de máscaras de oxigênio como forma de dar mais conforto durante o tratamento contra o Sars-Cov-2. Ela também manteve a alimentação enteral, por meio de sondas durante todo o tratamento.

Caso

Maria Aparecida Firmo foi transferida para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) em 1º de julho, quando passou a ser atendida nos boxes de emergência. Ela seguiu para internação primeiramente no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), sentindo falta de ar, após passar mal, cair e desmaiar em uma das ruas do Sol Nascente, onde mora.

A idosa foi levada à unidade hospitalar por um vizinho que a encontrou desacordada na porta de uma farmácia.

METRÓPOLES

Maternidades públicas e Casa de Parto terão vacina contra tuberculose

 


Ação ajudará a ampliar cobertura vacinal no DF

Cabe ao profissional de saúde repassar aos responsáveis pelo recém-nascido orientações sobre a evolução da cicatriz vacinal e os demais cuidados necessários | Foto: Agência Saúde

Secretaria de Saúde implantará a vacina BCG nas maternidades dos hospitais regionais e na Casa de Parto para ampliar a cobertura vacinal e prevenir as formas graves de tuberculose (miliar e meníngea). A ação segue recomendação do Ministério da Saúde, que orienta que a administração da vacina BCG seja em dose única, o mais precocemente possível – de preferência na maternidade, logo após o nascimento.

Nesse sentido, a Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar da Secretaria de Saúde elaborou o Plano Integrado de Melhoria dos Indicadores de Imunização para o DF. O documento foi publicado em 2019 e, desde a sua publicação no Diário Oficial do DF, a área técnica vem desenvolvendo estratégias para melhorar os níveis da cobertura vacinal.

“a vacina sendo realizada nas maternidades, os pais receberão informação sobre a BCG e as demais vacinas do calendário, o que pode melhorar a adesão à vacinação”Renata Brandão, gerente de Imunização da Secretaria de Saúde

A BCG é uma vacina que protege contra as formas graves de tuberculose e faz parte do primeiro pilar da Estratégia pelo Fim da Tuberculose, concertação aprovada em 2015 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No DF, no primeiro quadrimestre deste ano, a adesão à BCG estava abaixo da expectativa em comparação ao mesmo período do ano passado. Apenas 72% do público está com a cobertura da vacina em dia. As demais vacinas do calendário infantil também apresentam coberturas abaixo da meta no primeiro quadrimestre de 2020.

Gerente de Imunização da Secretaria de Saúde, Renata Brandão afirma que as vacinas são uma estratégia de bloqueio de doenças e a maneira mais eficaz de evitar as formas graves de algumas delas, como é o caso da tuberculose. “O objetivo é facilitar o acesso e melhorar as coberturas vacinais no DF. Atualmente, para otimização do imunobiológico, a vacina da BCG é realizada nas UBSs em dias específicos e, com a realização nas maternidades, as puérperas não precisarão se deslocar com o recém-nascido logo após a alta”, destacou.

No momento da vacina cabe ao profissional de saúde repassar aos responsáveis pelo recém-nascido orientações sobre a evolução da cicatriz vacinal e os cuidados necessários, bem como sobre as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. Renata ressalta ainda que “a vacina sendo realizada nas maternidades, os pais receberão informação sobre a BCG e as demais vacinas do calendário, o que pode melhorar a adesão à vacinação”.

O Sistema Único Saúde (SUS) oferece vacinas para a população que são iniciadas na infância até a fase adulta. Saiba mais sobre o calendário vacinal do DF para todas as idades no site da Secretaria de Saúde.

* Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA 

CIL 01 de Brasília: 45 anos tornando o brasiliense poliglota

 


Tradicional escola de línguas, como espanhol, francês, inglês e alemão, tem atualmente 7 mil estudantes

O Centro Interescolar de Línguas (CIL) 01 de Brasília comemora, em agosto, quatro décadas e meia de nascimento. Nesse período, ofereceu e oferece exclusivamente à comunidade escolar aulas de espanhol, francês, inglês e alemão em regime de intercomplementaridade. Hoje, sete mil estudantes estão matriculados no CIL – que trabalha não somente a fluência da língua, mas uma formação para a cidadania.

“Ao longo desse tempo, o CIL 01 de Brasília tem sido um espaço de convivência dos estudantes, de aprendizado e grande impacto na vida de toda a comunidade escolar, melhorando as perspectivas para o futuro dos alunos da rede pública de ensino e gerando oportunidades”, destaca o secretário de Educação, Leandro Cruz.

A comemoração oficial de aniversário foi on-line, no sábado (8). Um canal necessário em meio à pandemia da Covid-19. “Nada substitui o contato visual e a presença do professor e do estudante. Mas nossa expectativa para o futuro é fomentar mais projetos utilizando as ferramentas tecnológicas, aprimorar as salas virtuais, como a de leitura, e o Cine Cil, onde o estudante tem acesso a livros e filmes”, conta a diretora da unidade, Dóris Scolmeister da Silva.

Júlia, aluna do CIL: aulas dinâmicas | Foto: Arquivo pessoal

Além disso, a unidade vai dar continuidade aos projetos que fazem parte da proposta pedagógica, como a monitoria, feira internacional e do livro, semana de inclusão e as semanais em que se trabalha as línguas específicas.

Todos os estudantes dos CILs estão cadastrados na plataforma Google Sala de Aula. Para a estudante Júlia Rocha Fortunato, de 16 anos, a experiência tem sido um momento novo e de muito aprendizado. “As aulas estão sendo bem dinâmicas, com o uso de outras plataformas, e fica bem mais fácil o ensino”, diz a adolescente, que cursa alemão e está na 2ª série do Ensino Médio no CEM Paulo Freire.

“Aprender alemão é uma diversão; às vezes um desafio. Mas, com certeza, em todos os momentos é bom. São sempre aprendizados novos, cheios de bagagem, com os quais fico muito feliz de ter contato. Quando entrei no alemão já fazia inglês há um tempo e sempre vi que os idiomas eram parecidos em algumas coisas, o que me despertou bastante interesse. Fácil não é, mas a adaptação é importante”, completa Júlia.


Centro especializado

A ideia para a criação do CIL 01 foi da coordenadora de inglês da Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF), professora  (foto) Nilce do Val Galante (1922-2018). Ela trouxe a experiência dos Estados Unidos, onde o ensino de um novo idioma era feito em um centro especializado em língua estrangeira. Foi, então, com a Resolução nº 40, de 14 de agosto de 1975, que a unidade foi oficialmente fundada na capital federal.

O CIL 01, no início, funcionava em outros espaços de escolas que ofertavam a aprendizagem em um novo idioma no contraturno. Hoje, atende 7.030 mil estudantes nos turnos matutino, vespertino e noturno, em uma estrutura formada por 28 salas de aula, laboratório de informática, sala de leitura/biblioteca e sala de recursos.

O centro de línguas também conta com o Serviço de Orientação Educacional (SOE), com ações internas que complementam o ensino. Desde sua fundação, mais de 100  mil pessoas passaram pela unidade.


Com informações da Secretaria de Educação

AGÊNCIA BRASÍLIA

SLU: restos de construção civil viram obras no DF

 


Na Unidade de Recebimento de Entulhos (URE) foram recicladas 102 mil toneladas de resíduos no primeiro semestre de 2020

Na área do antigo Lixão da Estrutural, o movimento de carretas não para. Transformado na Unidade de Recebimento de Entulhos (URE), desde a inauguração do novo Aterro Sanitário de Brasília, em 2017, o local recebe diariamente milhares de toneladas de restos da construção civil, e também podas e galhos de árvores e todo esse material é transformado em insumos que podem ser utilizados em obras, especialmente pavimentação de vias.

No primeiro semestre deste ano foram 1.108 toneladas de resíduos reciclados e doados para 12 regiões administrativas do DF, além de outros dois órgãos do GDF: o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri).

Na região do Itapoã, por exemplo, a brita recebida ajudou a melhorar a trafegabilidade das vias de acesso da BR-330, na zona rural. O material também foi utilizado na pavimentação de um estacionamento público ao lado do condomínio Novo Horizonte.

“É um material que está nos ajudando bastante em pequenas intervenções na nossa região. Havíamos construído um estacionamento público no comércio, mas muitos caminhões e ônibus escolares estavam utilizando o local com frequência, impedindo o uso pelos moradores. Com a brita que recebemos, construímos um novo espaço só para uso dos grandes veículos. Também utilizamos na zona rural, para a gente viabilizar o trânsito, tampando as crateras que a chuva faz nas estradas. Tem sido de grande ajuda”, conta o administrador Marcus Vinícius.

Mesmo neste período de pandemia, a quantidade de resíduos recebidos e processados não diminuiu na URE. Ao contrário, aumentou. Em janeiro deste ano, foram 126 mil toneladas recebidas e 17 mil toneladas recicladas. Em junho, foram 145 mil toneladas recebidas e 27 mil toneladas recicladas.

De acordo com o Analista de Gestão de Resíduos Sólidos do SLU que trabalha na URE, Allan Adjuto, a quantidade reciclada representa cerca de 14,3% da quantidade total recebida na unidade.

“O índice ainda é baixo, especialmente porque recebemos muitos resíduos misturados de construção civil, o que dificulta a triagem. Mas, estamos trabalhando para tentar melhorar esses índices, incentivando a entrega de materiais segregados”, explica.

Na unidade, o material que chega é depositado em um grande britador instalado no local, que quebra os resíduos e despeja em uma esteira. Na esteira, o produto gerado é separado em diferentes granulometrias, produzindo cinco tipos de materiais: pó/areia, brita 1, brita 2, rachão e agregado misto.

A doação desse material é regulamentada pela Instrução Normativa nº 01/2020, do SLU. De acordo com a legislação vigente, a doação só é permitida para atendimento de interesse público, vedada utilização para fins comerciais. A solicitação deve ser feita via Sistema Eletrônico de Informações (SEI), seguindo os trâmites da norma regulamentadora.

Quem pode descartar material na URE?

A URE recebe apenas podas e galhadas e resíduos da construção civil, descartados por empresas transportadoras. Essas empresas são cadastradas no site do SLU, pagam pelo serviço de disposição e são obrigadas a emitir o CTR (controle de transporte de resíduos) para cada viagem, documento controlado eletronicamente pelo SLU para evitar o descarte clandestino.

Todos os transportadores de resíduos da construção civil e volumosos pagam pelo descarte na URE. Atualmente o SLU atende a decisão liminar do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que define como medida cautelar a cobrança de preço único de R$ 10,92 por tonelada recebida.

* Com informações do SLU

AGÊNCIA BRASÍLIA

Avança cronograma de construção do Túnel de Taguatinga

 


Paredes da estrutura que beneficiará 135 mil motoristas por dia começaram a ser construídas; quase 1,7 mil empregos diretos e indiretos foram gerados

Obra tem mais de mil metros de extensão | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Em mais um passo do cronograma de obras, a construção das paredes do Túnel de Taguatinga começou nesta semana. Operários estão preparando as muretas-guia – que, como o próprio nome indica, têm como principal objetivo nortear a máquina durante o processo de execução da estrutura. Serão quatro paredes com 1,20 metro de largura e 1,40 metro de profundidade, com 70 metros de escavação cada.

“Toda obra é assim. No começo é difícil, mas, depois que é entregue, é muito bom”Fabiana Novais, comerciante

A previsão é de que sejam usados 90 mil metros cúbicos de concreto nessas estruturas (veja mais no vídeo ao final desta reportagem).

Além de desafogar o trânsito para os mais de 135 mil veículos que circulam pela região todos os dias, a obra também contribui para a geração de emprego e renda da capital. Segundo a Secretaria de Obras, são 480 pessoas trabalhando diretamente na construção da estrutura, que terá 1.010 metros de extensão, além de 1,2 mil empregadas indiretamente em razão do empreendimento.

Quase 1,7 milempregos diretos e indiretos gerados

O secretário de Obras e Infraestrutura, Luciano Carvalho, também destaca a importância da aprovação da primeira etapa do projeto. “É fundamental para dar sequência à obra”, ressalta. “Após a construção das paredes será a vez da laje”, informa.

Próximos passos

As primeiras etapas para a construção do Túnel de Taguatinga foram os desvios de trânsito, a interdição da Avenida Central e a montagem do canteiro de obras. Também foi instalada a proteção de veículos ao longo dos tapumes e executados os remanejamentos dos postes de rede e a retirada dos postes de iluminação. A demolição da pavimentação vai ser feita de acordo com o andamento dos trabalhos.

Segundo o administrador da cidade Geraldo César de Araújo os impactos da obra são grandes para a população. “Uma pista importante para a região foi interditada, porém é preciso conviver com esse momento para que melhorias sejam realizadas”, reforça. “A estrutura é de grande importância para Taguatinga, pois vai amenizar o fluxo de carros na parte superior da estrutura”, explica.

135 mil veículoscirculam pelo centro de Taguatinga diariamente

Fabiana Novais, 33 anos, trabalha em um quiosque de ervas da região. Ela lembra que tanto moradores quanto comerciantes aguardavam há muito tempo o túnel virar realidade. “O trânsito aqui é muito complicado e, com a obra, é natural ficar mais lento. Mas toda obra é assim. No começo é difícil, mas, depois que é entregue, é muito bom”, observa a comerciante.

A previsão é de que também seja construída uma área arborizada com foco em pedestres, ciclistas e comerciantes. Ciclovia, quiosques e corredor do BRT devem fazer parte do boulevard, que modernizará o centro de Taguatinga.

Túnel é reclamação antiga de moradores e frequentadores da região | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Adeus à retenção de veículos

Com previsão de entrega para fevereiro de 2022, o Túnel de Taguatinga fará uma ligação subterrânea para quem segue para Ceilândia, via Elmo Serejo, além de oferecer alternativa pela superfície para o centro da cidade. Isso evitará a retenção de veículos nos semáforos, reclamação antiga de moradores e frequentadores da região.

Com a conclusão da obra, os carros que estiverem na Avenida Elmo Serejo, sentido Plano Piloto, vão mergulhar pelo túnel e sair na Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Do outro lado, aqueles que chegarem a Taguatinga pela EPTG também passarão por ele até o início da Via Estádio, saindo logo após o viaduto da Avenida Samdu. Vias marginais darão acesso às avenidas Comerciais e Samdu Sul e Norte.

Assista ao vídeo:

AGÊNCIA BRASÍLIA