domingo, 9 de agosto de 2020

A volta de um patrimônio da capital

 


Após 13 anos fechado, um dos espaços culturais mais emblemáticos da cidade, o Museu de Arte de Brasília, o MAB, será reinaugurado

| Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Às margens do Lago Paranoá, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, o Museu de Arte de Brasília (MAB) nasceu praticamente junto com a cidade, por volta de 1959, quando as obras de um e de outra começaram. Mas Brasília “nasceu” antes, em 21 de abril de 1960, enquanto o prédio do MAB foi inaugurado em 1961.

Antes de ser um dos espaços culturais mais charmosos da capital federal, no entanto, o lugar – prestes a ser reinaugurado após 13 anos fechado – serviu de anexo para o Brasília Palace Hotel, para o clube das Forças Armadas e, veja só, até para um casarão do samba.

Só em 1985 virou galeria de um acervo invejável de obras raras. A nova estrutura irá obedecer às necessidades de segurança e acessibilidade, com dois elevadores para cadeirantes. Com isso, as pessoas com deficiência poderão ter acesso ao pavimento superior do prédio.

“A gente quer resgatar aquilo que o MAB foi concebido para ser, ou seja, um grande celeiro de ideias onde o artista possa pintar o sete, literalmente”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa

No que diz respeito ao espaço e ao acervo, a novidade será a disponibilidade de uma reserva técnica com quase 600 metros quadrados, que não tinha, e laboratório de restauro e conservação novos, além de sala de triagem para receber e avaliar as obras. “Esse ambiente conta com sistema de combate a incêndio, dutos de ar condicionado para refrigerar e detectores de fumaça para avisar com antecedência um possível fogo”, detalha Thales Yorran, um dos engenheiros responsáveis pela obra.

“A gente quer resgatar aquilo que o MAB foi concebido para ser, ou seja, um grande celeiro de ideias, um lugar onde o artista possa pintar o sete, literalmente”, festeja o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues. “O nosso desejo é fazer do espaço um conceito diferente dos outros museus, onde as pessoas vão contemplar obra de arte, mas que ali também aconteçam oficinas integradas com o mundo acadêmico”, diz o secretário.

| Foto: Arquivo Público do Distrito Federal

Para quem conheceu o que era o prédio do MAB antes e o que será hoje, o projeto de revitalização do local é, no mínimo, apaixonante. O novo prédio, antecipa o secretário de cultura, não vai deixar nada a desejar para o que há de mais moderno em termos de concepção de obra pública para instalação do gênero.

Um dos principais destaques da obra são os sistemas de climatização – fundamental para o funcionamento de um museu -, e de energia solar. Toda a cobertura da construção irá captar a chuva para jogá-la nos tubos que vão até os reservatórios de águas pluviais no subsolo. O conteúdo será aproveitado para irrigação dos jardins. “Será um projeto autossustentável”, explica Bartolomeu.

| Foto: Arquivo Agência Brasília

Haverá ainda uma passagem subterrânea que fará a ligação direta com a reserva técnica do museu e novas paredes de cobogós na parte inferior do prédio que se somam ao projeto original da fachada superior.

Circundando o museu, terão gramas e árvores destacadas por luzes que vão fazer a integração entre a natureza e o concreto que tanto marca a arquitetura moderna de Brasília. “O desejo é fazer do MAB um conceito diferente do Museu da República”, diz Bartô, apelido do secretário.

Ainda sem data, a exposição inaugural, que servirá de base para uma montagem de longa duração contando a História da Arte de Brasília, já está em fase avançada de elaboração. A ideia, segundo o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura do DF, Demétrio Carneiro, responsável pelo acervo do MAB, é que o espaço passe a abranger também a História do Design da capital.

| Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Para isso, o acervo contará com peças históricas, como por exemplo, do arquiteto Sérgio Rodrigues (1927–2014), assim como artigos de outros designers contemporâneos. Alguns desses trabalhos são premiados internacionalmente.

“Além de acrescentar à sua proposta de trabalho os móveis autorais da indústria moveleira da cidade, o MAB irá também fazer o mesmo com a produção de ladrilhos local, fazendo do espaço o maior em obras identitárias do DF”, defende Demétrio.

Para Bartolomeu Rodrigues, a reinauguração do Museu de Arte de Brasília será a ponta de um projeto mais ambicioso ainda – a consolidação de um complexo cultural que vai do museu até a Concha Acústica. Para que a ideia ganhe forma, um grupo de trabalho envolvendo as secretarias de Cultura, Desenvolvimento Urbano e Obras, com a Novacap, foi formado.

“O governador ainda vai anunciar formalmente, mas queremos aproveitar a reinauguração do MAB e transformar toda essa área num complexo cultural, inclusive, a Concha Acústica, que é outro equipamento nosso importantíssimo que está subvalorizado”, comenta.

“Ainda não temos nome, para o complexo, é um projeto que está sendo desenhado, é um espaço que precisa ser mais valorizado no pós-pandemia, para levantar a cidade”, planeja. A previsão de entrega do “novo MAB” é para esse semestre. A obra será executada pela Novacap, tem recursos do Banco do Brasil e da Terracap na ordem de R$ 10 milhões.

Importância inegável

| Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

A história do MAB é cercada de mistérios e desencontros. É o que conta a arquiteta e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), Maíra Oliveira Guimarães, especialista em patrimônio arquitetônico, desde 2015, se debruçando sobre a história do mítico museu.

Ela explica, que o prédio começou a ser construído em 1959, como anexo do Brasília Palace Hotel, mas inaugurado, somente em 1961.

O projeto estrutural foi assinado pelo calculista e arquiteto Oscar Niemeyer, Joaquim Cardozo e o projeto arquitetônico de um jovem alagoano chamado, Abel Carnauba Accioly, na época funcionário da Novacap como desenhista técnico.

“O resgate do edifício em si, acabou virando a história da própria instituição, que é muito interessante, por ser um dos primeiros espaços públicos da cidade”, destaca Maíra. “Uma história muito rica e muito pouco registrada”, observa.

A importância do MAB para cidade é inegável e se resume tanto pelo seu peso histórico, quanto pela riqueza do acervo composto por mais de 1.300 peças. Todo esse material está sendo recatalogado pela equipe da secretaria. “É um acervo muito valorizado”, comenta o secretário Bartolomeu Rodrigues.

“O MAB foi uma instituição pioneira nessa área”, atesta o jornalista de cultura, Sérgio Moriconi. “Tem que lembrar que, na época em que ele foi criado, havia poucas galerias de artes na cidade”, recorda.

Cinco décadas de preciosidades

Trata-se de um patrimônio artístico moderno e contemporâneo doados ou adquiridos por meios de salões de premiações realizadas no local e que percorre cinco décadas, ou seja, dos anos 50 ao ano de 2001, configurando trabalhos que vão desde pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas, objetos e instalações.

São preciosidades de artistas consagrados nacionalmente e na esfera local como o baiano Rubem Valentim, o gaúcho Iberê Camargo, a polonesa que se radicou no país, Fayga Ostrower, além dos “brasilienses” Bené Fonteles e Athos Bulcão.

Entre os diretores que passaram pelo espaço estão Glênio Lima, André Lafetá e a fluminense de Niterói, Lêda Watson, desde 1973 morando em Brasília. “Eu criei o MAB”, diz a pioneira, sem cerimônias, hoje com 87 anos. “Foram seis meses de luta para montar toda a equipe e estrutura do museu do zero, recuperando as obras que estavam completamente abandonadas”, lembra, orgulhosa.

Lêda, gravurista de talento desde 1969, com prêmios conquistados na Europa, inclusive, ela diz que o empenho do secretário à frente da pasta de cultura é impecável, sobretudo na recuperação de espaços importantes da cidade como o MAB. “Essa gestão está fazendo proeza, fazendo as coisas acontecerem do zero, renascendo das cinzas, isso é um milagre”, elogia.

Além do MAB, outros espaços da cidade estão sendo revigorados nesse período de isolamento social durante a pandemia. É o caso, por exemplo, do Centro Cultural Oscar Niemeyer, uma área que faz parte do complexo arquitetônico da Praça dos Três Poderes, fechado desde 2015.

Com uma área de 432 m², onde comporta duas galerias e um anfiteatro com capacidade para 20 pessoas, o local teve o sistema de rede elétrica e ar condicionado recuperados, além de teto revitalizado. O espaço também ganhou carpete e pintura novos.

“São equipamentos que fazem parte da história da nossa cidade, alguns deles tombados que precisam ser zelados. Essa é a nossa preocupação. Que quando tudo voltar ao normal, a ‘casa’ esteja arrumada”, enfatiza o secretário Bartô.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Entenda a importância dos bancos de leite humano

 


Além de orientar as mães, essas unidades fazem a coleta, pasteurização e distribuição para bebês internados

Toda mulher sadia que esteja amamentando é uma potencial doadora de leite materno, independentemente da idade da criança. A doação de leite materno é de extrema importância porque alimenta cerca de 250 bebês por dia no Distrito Federal, em todas unidades neonatais da rede pública de saúde.

O Distrito Federal é destaque nacionalmente pelo fato de distribuir leite materno para todas as crianças internadas em unidades neonatais. Para isso, possui 15 bancos de leite humano (BLH), sendo dez da Secretaria de Saúde, dois federais e três da saúde suplementar. Há também cinco postos de coleta, sendo dois da Secretaria de Saúde e três da rede suplementar (e todas maternidades da rede contam com um banco de leite ou posto de coleta).

Foto: Agência Saúde/Divulgação

“A principal função dos bancos de leite e postos de coleta é o apoio, proteção e promoção do aleitamento materno. Outra função é coletar o leite excedente das nutrizes, pasteurizar e distribuir com qualidade certificada”, explica Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal.

No Distrito Federal, 98% da doação de leite materno é feita de forma domiciliar: no caso, as mães coletam o leite em um pote de vidro com tampa de plástico e armazenam no freezer, entram em contato com o banco de leite, que faz o cadastro e, uma vez por semana, vai até a casa delas e troca o pote cheio por um vazio.

Equilíbrio
De janeiro a julho deste ano, foram coletados 10.299 litros de leite materno, que serviram para atender 7.360 crianças. “Iniciamos o ano com um déficit de 30% nas doações, mas conseguimos recuperar e estamos com 1% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, no mês de julho, tivemos uma arrecadação menor que as de maio e junho – e temos muitos bebês doentes que precisam de leite materno”, informa Miriam Santos.

Segundo ela, a queda nas doações de julho preocupa, já que houve menos de 300 litros de leite materno coletado em relação ao mês anterior. Segundo a coordenadora, é de extrema importância que se mantenham os estoques para atender os bebês que estão internados nas unidades neonatais.

“O banco de leite que está passando por maior dificuldade é o do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), que tem uma distribuição diária de cerca de 12 litros de leite materno pasteurizado. A maioria das mães que têm bebês internados na unidade neonatal é diarista, ou seja, aquela mãe que passa o dia no hospital e vai embora para casa. Com a questão da pandemia, estas mães estão evitando ir ao hospital porque a maioria delas utiliza o transporte público”, afirma Miriam.

Fundação
O primeiro Banco de Leite Humano foi criado no Distrito Federal em 1978, que foi o do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), uma parceria da época com o Rotary Clube de Taguatinga Norte. Essa parceria existe até hoje, esse clube de serviços sempre disponibiliza alguns insumos que o banco de leite possa precisar, vidros e até conserto de equipamentos. A coleta domiciliar é realizada pelo Corpo de Bombeiro Militar desde 1989.

“A rede de Banco de Leite Humano é uma casa de apoio à amamentação. Todas mulheres que desejam amamentar deve nos procurar. Estamos dispostos e prontos para atender e orientar. Mesmo com a pandemia, fazemos orientações por telefone, e-mail, videochamadas e presencialmente”, conclui. 


Serviço
Para mais informações sobre o Banco de Leite Humano, acesse o site Amamenta Brasília.


* Com informações da Secretaria de Saúde/DF

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Parque do Sudoeste ganha área exclusiva para pets

 

   

Em parceria com moradores e iniciativa privada, administração regional oferece espaço cercado para os bichos, reforçando a segurança de frequentadores

Os cachorrinhos Cookie, 8 meses, e Mona, 4 meses, agora têm uma área exclusiva para correr, pular e brincar no Sudoeste. Em parceria com moradores e a iniciativa privada, a administração regional da cidade criou, dentro do Parque Urbano do Bosque, o BosquePet – espaço cercado de 400 metros quadrados para os animais de estimação. Das 6h às 21h, os donos podem passear livremente com eles – e isso traz, antes de tudo, mais segurança aos frequentadores e diminuindo as chances de incidentes.   

BosquePet tem espaço cercado de 400 metros quadrados e fica aberto das 6h às 21h para os bichinhos | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Paulo Cardoso, 61 anos, é o dono de Mona, uma Lhasa Apso. Ele conta que adotou a cadela recentemente e um ambiente reservado para ela será uma ótima de socialização. “Ela vai aprender a conviver com outros cachorros e não vamos correr risco dela fugir, mesmo deixando-a solta”, comenta o advogado.

O aposentado Luciano Aquino, 70 anos, que tem o yorkshire Cookie, também aprovou o Bosquepet. “Antes eu passeava pelo meio do parque, mas há pedestres, ciclistas e até mesmo aqueles que não gostam de estar no mesmo ambiente que os cachorros”, lembra. “Agora, é bom tanto para nós quanto para os outros frequentadores do parque”, comemora.

Demanda
O BosquePet foi inaugurado na segunda-feira (3). O administrador Daniel Crepaldi lembra que a área era uma reivindicação antiga dos moradores e contou com a ajuda deles para que o projeto saísse do papel. “Fizemos uma pesquisa com a comunidade para saber quais as principais demandas relacionadas ao parque. Entre elas, surgiu esse proposta”, relembra.

Ainda de acordo com Crepaldi, o espaço ainda está em fase de implementação. “O próximo passo é instalar uma placa com informações sobre uma boa convivência e um bebedouro para os cachorros”, adianta. Nas áreas comuns, os pets poderão andar, mas com coleira. É uma forma de evitar fugas ou ataques a frequentadores.

No Parque da Cidade, Parcão também tem ambiente cercado e atrai frequentadores e seus animais de todos os cantos | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Cuidados
A diretora do Hospital Veterinário Público (HVP), localizado em Taguatinga, Mayara Cauper, ressalta a importância de oferecer um lugar exclusivo para os animais. “Essa recreação é muito boa tanto fisicamente quanto mentalmente”, informa. “Observamos um aumento de cachorros no ambiente familiar, por isso é muito democrático ter esses locais exclusivos para eles”, salienta.

A veterinária reforça que os donos precisam ter atenção redobrada com os bichinhos, devido à pandemia do novo coronavírus. “Além de ir frequentemente ao veterinário e estar em dia com a vacinação e vermifugação, eles devem ficar atentos ao chegar em casa. É preciso fazer a higienização das patas ou qualquer parte do corpo que tenha entrado em contato com pessoas ou superfícies”, diz.

Parcão
Outro espaço reservado ao animais de estimação da capital é o Parcão. Localizado no Parque da Cidade e próximo ao Complexo da Polícia Civil, o ambiente cercado atrai donos de todos os cantos de Brasília.

O horário de funcionamento é o mesmo do parque, das 06h às 21h. Os cachorros também contam com brinquedos para se divertirem.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

‘Doenças oportunistas’: todo cuidado é pouco em tempo de frio e seca

 


Especialistas alertam para o perigo de descuidar das demais infecções virais em épocas de pandemia de Covid-19

Clima seco e frio acentua complicações respiratórias nesta época do ano em todo o DF | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê muito frio para os próximos dias no Distrito Federal. A temperatura deve oscilar na faixa dos 10 graus – nas áreas rurais, ainda menos do que isso. Apesar dos ventos gelados, a umidade relativa do ar segue ladeira abaixo, chegando à casa dos 25%. Quadro que deve piorar em setembro, quando o frio for embora e apenas a seca tomar conta do pedaço.

Tanto em um cenário quanto no outro é que surgem as chamadas “doenças oportunistas”. Como as complicações respiratórias, que se proliferam com maior incidência pela população brasiliense nesta época do ano.

“Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”Fátima Guidacci, especialista da Secretaria de Saúde

As mais comuns são infecções virais, tipo gripe (exemplo da H1N1), resfriados e, agora, a Covid-19. Mas, nesta época do ano, ocorrem ainda infecções bacterianas que causam, por exemplo, sinusite, pneumonias, otite e amigdalite. Também são comuns crises de asma e rinite alérgica.

O grupo de pessoas mais suscetíveis às doenças respiratórias são as crianças de até cinco anos e quem já passou dos 60, grupos que podem ter as complicações mais greves nesta época do ano. Pacientes que apresentam deficiência no sistema imunológico e doenças crônicas, como asma, também são vulneráveis.

O pequeno Aleksander Maximus, de apenas 4 anos, é um exemplo de risco. Segundo a mãe dele, Luziene Moreira, 30 anos, o menino tem dificuldade de respirar normalmente. Mas, nesta época do ano, a crise aumenta. “Vim tratar a garganta dele, que está inchada”, afirmou Luziene à reportagem da Agência Brasília, enquanto esperava atendimento na Policlínica do Gama.

Baixa procura

À exceção da Covid-19, a maioria das doenças respiratórias tem vacina desenvolvida e já testada. Mas Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci, especialista em Alergia e Imunologia da Secretaria de Saúde, expõe um dado preocupante: a procura por essas imunizações diminuiu consideravelmente depois que a pandemia de Covid-19 se instalou no Distrito Federal.

Para Fátima Guidacci, a baixa procura de vacinas na rede pública se deve ao medo que as pessoas têm em buscar as doses nos hospitais e centros de saúde do DF, locais mais expostos ao novo coronavírus. “Infelizmente as pessoas estão com medo de sair de casa por causa do risco de contaminação”, lamentou. Mesmo assombrado com a Covid-19, reforça Fátima, o brasiliense não pode tirar os olhos e a atenção dessas outras doenças.

O problema acendeu a luz vermelha na Secretaria de Saúde. Se as pessoas não se imunizarem com as vacinas para casos mais simples, como uma gripe, o número de casos de doenças respiratórias pode aumentar. Elas podem resultar em situações extremas caso não sejam cuidadas, adverte a especialista. “A gente tem medo de aumentar o número de pessoas com essas doenças respiratórias, que podem levar o paciente até a óbito”, afirma a médica, que faz um apelo.

“Gostaria de ressaltar a importância de tomar a vacina, principalmente com relação ao [vírus] influenza. Mas também de outras vacinas, como a de pneumonia e a de meningite. Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”, acrescenta.

A especialista aconselha que pacientes alérgicos tenham ainda mais cuidado no controle ambiental. “No inverno há pico da proliferação de ácaros e fungos, que são os principais fatores desencadeantes das alergias. Então, não se deve varrer a casa, só passar pano úmidos nos móveis. Aspirar é melhor. Evitar produtos de limpeza com cheiro forte”, enumera.

A aposentada Eliene Maria Oliveira de Almeida, 66 anos, reconhece o perigo e diz se prevenir com a devida frequência. “Tomo vacina todos os anos. A H1N1 eu já tomei. Eu me preocupo com a Covid-19, mas não ignoro as outras doenças”, garante.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Agências do trabalhador iniciam semana em busca de 188 profissionais

 


Vagas de emprego contemplam todos os níveis de escolaridade

Já pensou em trabalhar como vaqueiro? A ocupação, que exige trato, manejo e condução de animais como bois e cavalos, é uma das 36 profissões procuradas pelas agências do trabalhador nesta segunda-feira (10). No total, são 188 vagas, com salários que podem chegar a R$ 3.500.

A remuneração mais alta é destinada para quem tem formação superior em ciências atuariais, sendo uma vaga para atuário, profissional especialista em avaliar e administrar riscos. Não é preciso experiência.

Nível superior

Outras quatro áreas exigem nível superior de escolaridade: arquiteto de interiores (1), design de interiores (uma vaga para estagiário), projetista de móveis (1) e auxiliar contábil (1). Para essas profissões, a remuneração varia entre R$ 1.200 e R$ 1.500.

Há oportunidades, também, para outros níveis de escolaridade. Com exigência de ensino fundamental completo, açougueiro (23) e auxiliar de lavanderia (13) oferecem o maior de oportunidades. 

Profissões como ajudante de carga e descarga de mercadoria, auxiliar de linha de produção, garçom e auxiliar operacional de logística, oferecem, cada uma, dez vagas no mercado de trabalho.

Ofertas

As ofertas das agências do trabalhador também abrem espaço para pessoas com deficiência, principalmente como auxiliares de limpeza, manutenção predial, de padeiro e nos serviços de alimentação. Há, ainda, procura por fiscal de prevenção de perdas e repositor de mercadorias. Nestas áreas, são 31 vagas e todas exigem experiência profissional.

Os interessados em concorrer a alguma das vagas devem procurar uma das agências do trabalhador, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Também é possível buscar pelo aplicativo Sine Fácil – que, em virtude da pandemia de Covid-19, também disponibiliza o serviço. Só serão encaminhados às vagas aqueles que se encaixarem no perfil solicitado pelas empresas.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Dia dos Pais: amor e saudade marcam profissionais na linha de frente

 


Conheça um pouco da história de alguns guerreiros da saúde que também são pais

O Dia dos Pais, celebrado neste domingo (9), será diferente do ideal para alguns profissionais de saúde. Mesmo sendo um momento especial de comemoração e de passar o tempo com a família, muitos estão atuando agora na linha de frente contra a Covid-19, reforçando os atendimentos e fortalecendo os serviços de saúde em meio a uma pandemia global.

É o caso do auxiliar de enfermagem Luzivan Gonçalves. Neste momento, ele está trabalhando no centro cirúrgico do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), uma das unidades que tem atendido pacientes com coronavírus no Distrito Federal. De bem com a vida e alto-astral, o profissional de saúde enxerga isso como uma oportunidade de fazer o melhor pelo próximo.

“Meus filhos até se surpreenderam quando eu disse que trabalharia no Dia dos Pais. Falei pra eles: graças a Deus o papai tem saúde e vai poder trabalhar, para poder fazer o melhor que eu puder. Como esse é meu trabalho, e eu quis isso, só tenho motivos para agradecer”, comenta.

Descontraído e bem-humorado, Luzivan tenta mostrar aos seus filhos, Gabriel e Ana Júlia, a como encarar cada dia como uma verdadeira dádiva. “A vida é um presente, e vou receber esse presente trabalhando no Dia dos Pais, sem titubear. E quando acabar a tarefa, eu sei que vou voltar para me divertir com meus filhos, confraternizar e mostrar o quanto amo eles”, reforça.

Saudade

Já o enfermeiro Étrio Pereira, além de estar como supervisor da UTI do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), também tem dado suporte nos trabalhos do hospital modular anexo ao HRC. Para ele, neste Dia dos Pais, um sentimento resume esse momento: a saudade.

“Desde que começou essa pandemia, meus filhos estão na casa dos avós maternos, em Minas Gerais. Como minha esposa trabalha no centro cirúrgico, decidimos que seria o melhor para eles. Não é fácil ficar longe da família, mas entendo que nesse momento crítico a sociedade precisa da gente. Temos que tentar ajudar”, explica o enfermeiro.

Pai de Samuel, com oito anos, e do pequeno Josué, de dois anos, Étrio decidiu manter o distanciamento social como uma forma de garantir a segurança dos seus filhos. Enquanto isso se candidatou para ajudar nos trabalhos do hospital anexo depois que a unidade foi inaugurada.

“É um serviço novo que abriu, e como tenho sete anos de Secretaria de Saúde, tento ajudar como eu posso. Temos que ver o lado da sociedade, que agora tem muitos pais que estão precisando do nosso suporte. Há um lado humano de cuidar do próximo e quero fazer a minha parte, apesar de eu estar longe da minha família por um breve período”, lembra.

Futuro papai

Enquanto uns profissionais de saúde já são pais, outros estão prestes a se tornar um, como o enfermeiro do HRC Júlio Arantes. Sua esposa, grávida de nove meses, deve dar a luz ainda em agosto. A mistura de ansiedade em se tornar papai com o ambiente imprevisível na linha de frente contra a Covid-19 tem sido um dos principais desafios da vida de Júlio.

“É complicado. Lutamos contra um inimigo invisível, e fico preocupado com o que pode vir. Como tenho uma esposa grávida em casa, então o cuidado tem que ser redobrado, para não transmitir nada para ela”, disse Júlio.

Contudo, como também integra o Corpo de Bombeiros, o enfermeiro reforça que o treinamento militar tem sido um aliado valioso para manter a estabilidade emocional. A preparação para situações extremas o tem ajudado a manter a serenidade nos momentos mais adversos.

“Apesar da situação, posso dizer que estou tranquilo. Sinto que sou afortunado, porque já presenciei colegas em momento de dificuldade. Mas como estou na iminência de mudar minha vida, e dizem que ter um filho é sentir um amor inexplicável, estou mais ansioso para quando isso acontecer”, afirma o futuro papai de Cecília.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Irmãos do Espírito Santo investem em Rondônia e inauguram confinamento

 

TOP 5


No Top 5 de Pecuária, confira também conteúdos sobre a importância da precocidade das novilhas e a matéria sobre a criação de abatedouros móveis na Austrália


O Giro do Boi contou um pouco da história dos irmãos Arlindo Ribeiro Soares e Nelson Ribeiro Soares nesta semana, ambos de Colatina (ES). Eles apostaram na pecuária rondoniense em desenvolvimento e inauguram em março um confinamento em Vilhena com capacidade estática para 16 mil cabeças. A notícia bombou entre pecuaristas. Não viu? Confira!

No Top 5 de Pecuária desta semana, você confere ainda duas matérias sobre a importância da precocidade nas novilhas. Tem também uma reportagem sobre uma startup que criou abatedouros móveis na Austrália, para driblar os problemas causados pela Covid-19 nos frigoríficos tradicionais.

1) Irmãos capixabas investem em Rondônia e inauguram confinamento em Vilhena

confinamento vilhena

Foto: Giro do Boi

Arlindo e Nelson Ribeiro Soares, nascidos em Colatina (ES), inauguraram em março estrutura para engorda em cocho com capacidade estática para 16 mil cabeças. Saiba mais!

2) Como uma joalheira, Dona Dalva “lapidou” as suas novilhas nelore

novilhas dona dalva

Foto: Giro do Boi

Veja lote de novilhas crioulas precoces, da pecuarista Dalva Garcia de Freitas, da Fazenda Campo Belo I, em Prata-MG, abatido no Protocolo Nelore Natural.

3) Startup cria abatedouro móvel para processar carne nas fazendas

abatedouros móveis austrália

Foto: Provenir

Modelo usa alta tecnologia para garantir rastreabilidade dos cortes, enquanto previne Covid-19. Confira a matéria!

4) Precocidade sexual de novilhas pode representar o futuro da pecuária brasileira

novilhas

Foto: Giro do Boi

De acordo com a pesquisadora da Embrapa, estratégia pode solucionar problemas de abastecimento internacional devido ao crescimento da demanda pela carne. Leia o conteúdo!

5) Por que meu gado rejeitou a silagem de capim mavuno?

capim mavuno

Foto: Giro do Boi

Pecuarista do interior de SP seguiu passo a passo para produzir uma boa silagem de capim, mas quando retirou amostra para oferecer ao gado, os animais não aceitaram. Entenda na reportagem!

POR;CANAL RURAL