terça-feira, 4 de agosto de 2020

FORÇA-TAREFA

Aeronaves vão reforçar combate a incêndios na Amazônia Legal

Mato Grosso será o primeiro estado a receber ajuda já na próxima semana
Publicado em 03/08/2020 17h54 Atualizado em 03/08/2020 17h55
Força-tarefa de combate a incêndio da Amazônia Legal vai receber 5 aeronaves

Serão cerca de 1150 horas de voo com capacidade de pulverizar líquido com efeito retardante equivalente a 20 mil caixas d’água. - Foto: Johnson Barros/Força Aérea Brasileira

OGoverno Federal anunciou, nesta segunda-feira (3), a ampliação da força-tarefa para combater os incêndios florestais na região da Amazônia Legal. Serão disponibilizados mais R$ 10 milhões para a contratação de cinco aeronaves Air Tractor durante o período de maior seca na região. Mato Grosso será o primeiro estado a receber reforço a partir da próxima semana. 

Com as aeronaves Air Tractor, será possível percorrer 1.037 Km, distância linear aproximada entre Brasília e Curitiba. Serão cerca de 1.150 horas de voo com capacidade de pulverizar líquido com efeito retardante equivalente a 20 mil caixas d’água.

"Além da disponibilização das aeronaves, nós aumentamos e muito o número de brigadistas contratados pelo Ibama e ICMBio nesse período de seca. Nos últimos 5 anos, o aumento de brigadistas atuando no combate ao fogo foi de 50%. Nós estamos atuando em várias frentes para combater os incêndios florestais", declarou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O calendário e local das operações será determinado a partir das requisições do Corpo de Bombeiros do Estado, além das já planejadas pelo PrevFogo.

 

As informações são do Ministério do Meio Ambiente

Governo Federal 

ASSISTÊNCIA

Produtores afetados por ciclone terão acesso a recursos do Pronaf com os juros mais baixos

CMN também aprova medidas para atender agricultores prejudicados pela pandemia do coronavírus e aqueles afetados pela estiagem
Publicado em 03/08/2020 17h09 Atualizado em 03/08/2020 18h01
Produtores afetados por ciclone terão acesso a recursos do Pronaf com os juros mais baixos

Jorge Marangoni teve toda sua plantação de banana afetada pelo ciclone. - Foto: Acervo pessoal

Uma série de medidas vai beneficiar agricultores familiares prejudicados pela pandemia do coronavírus e também por problemas no clima, como o ciclone extratropical, conhecido como Ciclone Bomba, que atingiu o Sul do país no final de junho e causou danos em diversos municípios da região. As medidas foram aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Uma das ações é voltada aos produtores que tiveram as atividades prejudicadas pelo ciclone e que fazem parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Eles terão acesso a crédito de custeio e investimento com as taxas de juros mais baixas aplicadas ao programa, de 2,75%, desde que os municípios afetados tenham decretado situação de emergência ou estado de calamidade pública por causa do ciclone. Para quem não se enquadra neste critério, os juros para os pequenos produtores variam de 2,75% a 4% ao ano, de acordo com o Plano Safra 2020/2021.

Jorge Marangoni, um pequeno produtor do município de São João do Itaperiú, em Santa Catarina, contou que teve toda sua plantação de banana afetada pelo ciclone, assim como outros produtores da região.

“A nossa região se caracteriza por pequenas propriedades que têm em média de 7 a 8 hectares. Uma agricultura extremamente familiar, onde a banana era a principal fonte de renda”.

O estado catarinense foi o que mais sofreu danos na região com a passagem do ciclone-bomba, com mais de 130 municípios atingidos.

Segundo Jorge, uma linha de crédito com juros menores, neste momento, vai ajudar muito os agricultores familiares, que também sofrem com a Covid-19.

“Passando esse um mês, a gente tá começando a ver o que vai ser feito, como é que a gente vai conduzir a propriedade daqui pra frente, mas tudo tá muito difícil por causa dessa pandemia que a gente vem passando também. As vendas estão muito fracas, as aulas suspensas, o consumo tá muito baixo, então o preço de venda também não está ajudando agora com a pouca produtividade”, afirmou o produtor.

 

Outras medidas que beneficiam produtores rurais

 

- O Conselho Monetário Nacional também prorrogou de 15 de agosto para 15 de dezembro de 2020 o prazo de vencimento das parcelas de operações de crédito rural de custeio e investimentos contratadas por agricultores rurais. A medida beneficia todos os produtores rurais do país que comprovem terem sido afetados pelas medidas de distanciamento social em função da pandemia de COVID-19.

 

- Devido a pandemia, o Governo Federal também elevou os limites de crédito que agricultores familiares, empreendedores rurais familiares e cooperativas de agricultores familiares podem pegar emprestado no Pronaf para industrializarem a produção. Essa medida valerá para todo o país, não apenas para as regiões afetadas pelo ciclone.

 

O teto subiu de R$ 45 mil para R$ 60 mil para pessoas físicas; de R$ 210 mil para R$ 300 mil para os pequenos produtores rurais registrados como pessoa jurídica; de R$ 15 milhões para R$ 20 milhões, para as cooperativas singulares; e de R$ 30 milhões para R$ 40 milhões, para as cooperativas centrais.

 

- Também foram aprovadas medidas sobre o valor base para os preços do algodão em pluma.

 

- O CMN ainda ampliou o número de produtores em todo o país que podem pedir a renegociação de parcelas do crédito rural, vencidas ou vincendas em 2020, por terem sido afetados por seca ou estiagem com decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública. A medida amplia o número de municípios e de produtores beneficiados, pois, uma resolução anterior, alcançava os municípios cujos decretos tenham sido emitidos entre 1º de janeiro e 9 de abril de 2020.

Governo Federal 

ECONOMIA

Balança comercial registra saldo positivo de US$ 8,06 bi no mês de julho

É o maior superávit para um único mês desde o início da série histórica
Publicado em 03/08/2020 18h11 Atualizado em 03/08/2020 18h27
Balança comercial regista saldo positivo de US$ 8,06 bi no mês de julho

As exportações somaram US$ 19,566 bilhões no mês e as importações foram de US$ 11,506 bilhões - Foto: Banco de Imagens

Abalança comercial registrou superávit de US$ 8,06 bilhões em julho. Esse é o maior superávit para um único mês desde o início da série histórica, iniciado em 1989, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (3). 

O superávit ocorre quando as exportações superam as importações. As exportações somaram US$ 19,566 bilhões no mês e as importações foram de US$ 11,506 bilhões. 

O agronegócio impulsionou o resultado, segundo o Ministério da Economia. “Em julho, obtivemos o maior saldo mensal comercial da nossa história, estamos com saldo da ordem de US$ 8,06 bilhões. Em termos de embarque, do quanto exportado, tanto em julho, quanto de janeiro a julho, observamos algo muito próximo a um recorde histórico em termos de volume de embarque das exportações brasileiras, muito puxado pelo agronegócio”, disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz.

A Ásia foi o destino de 50,6% das exportações brasileiras em julho, sendo a China compradora de 37,9% do total exportado pelo Brasil.

No acumulado do ano de 2020, a balança comercial tem saldo positivo de US$ 30,383 bilhões. O valor é 8,2% maior do que o registrado em no mesmo período de 2019.

Agronegócio

Em julho, o setor agropecuário teve destaque com alta de 17,3% nas exportações, levando em consideração a média diária. “Observamos boa parte das nossas exportações impulsionadas pelo agronegócio e destinadas ao continente asiático porque é um grande demandante das nossas commodities agrícolas e é continente que primeiro vem se recuperando da crise da Covid-19”, disse o secretário Lucas Ferraz. 

E completou: “São produtos que desde o início da crise apresentaram mais resiliência por conta da própria característica. São produtos agrícolas, alimentares, portanto, menos sujeitos à flutuação de renda”.

 

 

Governo Federal 

MEIO AMBIENTE

Aberta consulta pública sobre Plano Nacional de Resíduos Sólidos

Entre as metas do plano estão: acabar com todos os lixões no país até 2024 e aumentar o acesso o acesso a coleta seletiva
Publicado em 03/08/2020 19h19
Aberta consulta pública sobre Plano Nacional de Resíduos Sólidos

Contribuições podem ser feitas até o dia 30 de setembro. - Foto: Banco de imagens

OMinistério do Ambiente abriu para consulta pública o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares). As contribuições podem ser enviadas até o dia 30 de setembro. Para participar, é só acessar o site do ministério no link “sessão consultas públicas”.

Alinhado com o novo marco regulatório do saneamento básico, a versão proposta do Planares traz metas sobre a gestão do lixo no Brasil. Está previsto em lei e faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lançada há 10 anos, como explicou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

“Nesta semana, finalmente após 10 anos de espera, será aberta a consulta pública do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, medida extremamente importante dentro do Programa Lixão Zero, para nós combatermos essa pandemia dos lixões no Brasil”, afirmou.

Com 186 páginas, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos propõe, por exemplo, novas regras para melhorar a gestão de resíduos, a atuação dos catadores de materiais recicláveis, o consumo consciente e o descarte adequado. As metas propostas, se aprovadas, vão valer por 20 anos, podendo ser revisadas a cada 4 anos.

O secretário nacional de Qualidade Ambiental Urbana do Ministério do Meio Ambiente, André França, disse que o plano tem como objetivo orientar uma política para que sejam alcançados resultados mais satisfatórios sobre a gestão de resíduos no país. E, segundo ele, são muitos os desafios no setor.

“Para você ter uma ideia, em termos de resíduos sólidos urbanos, que são os resíduos domiciliares, mais os resíduos da limpeza pública, são gerados, por ano, 80 milhões de toneladas. Dessas 80 milhões, 29 milhões vão para lixões ou aterros controlados, que, ao contrário do que o nome diz, são inadequados, porque não têm os controles ambientais adequados”, disse.

O secretário explicou ainda que outros 6,7 milhões de toneladas de resíduos, sequer são coletados no Brasil, o equivalente a 6.300 piscinas olímpicas.

Conheça algumas metas previstas no Planares

Dentre as propostas, está a de encerrar todos os lixões e aterros controlados existentes no Brasil até 2024. O país ainda contabiliza mais de 3 mil lixões.

“Dos cerca de cinco mil municípios, três mil ainda dispõem seus resíduos de forma inadequada. Tem que haver uma mudança rápida de postura para rever esse cenário, porque são áreas que se contaminam, são áreas que trazem uma série de dificuldades para quem vive no entorno”, acrescentou o secretário de Qualidade Ambiental Urbana.

Outra meta do Planares é o acesso, até 2040, de 72,6% da população à coleta seletiva. Em 2036, a meta é atingir a universalização da coleta de lixo.

O plano prevê, ainda que, até 2040, 100% dos municípios brasileiros tenha alguma forma de cobrança pela prestação dos serviços de manejo de resíduos e que 95%, que tenham serviços prestados por catadores, formalizem contratos com cooperativas e associações.

No Brasil, 35% de todo o lixo produzido é passível de reciclagem, mas, desse total, apenas 2,2% chegam, de fato, a serem reciclados. Com o plano, o objetivo é ampliar em dez vezes a quantidade de reciclagem de resíduos secos no país nos próximos 20 anos.

O país também propõe recuperar, até 2040, 45% das embalagens em geral colocadas no mercado por meio do sistema de logística reversa. A logística reversa é um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento adequado.

Outras metas são aumentar em 25%, até 2040, a reciclagem dos resíduos da construção civil, e fazer com que todos os municípios destinem adequadamente, até 2024, todos os resíduos de serviço de saúde.

O Planares também sugere o reaproveitamento energético de mais de 60% do biogás gerado da decomposição de lixo orgânico até 2040. Essa quantidade, além de reduzir as emissões de gases de feito estufa, teria potencial para abastecer, segundo o Ministério do Meio Ambiente, 9,5 milhões de domicílios com eletricidade.

Reduzir a quantidade e os impactos do lixo no mar, também faz parte do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. No Brasil, ao longo de 8.500 km de costa, existem 274 municípios costeiros. Essa magnitude, como afirma o documento, ilustra o tamanho do desafio do combate ao lixo no oceano.

“O plano é importante porque mostra um caminho entre a situação atual e a situação desejada. O que a gente tem, o que a gente deseja, o que a gente quer alcançar e qual é o caminho para isso”, finalizou o secretário.

Confira AQUI o Plano Nacional de Resíduos Sólidos

Governo Federal 

COMBUSTÍVEL

Novas regras para gasolina passam a ser obrigatórias a partir desta segunda (3)

A ideia é melhorar a qualidade da gasolina, dar mais eficiência aos veículos e diminuir as emissões de gases, de acordo com Agência Nacional do Petróleo
Publicado em 03/08/2020 20h13
Novas regras para gasolina passam a ser obrigatórias a partir desta segunda (3)

Especificações foram definidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para melhorar a qualidade da gasolina - Foto: Agência Brasil

As novas regras para a gasolina automotiva passam a ser obrigatórias a partir desta segunda-feira (3). As especificações foram definidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para melhorar a qualidade da gasolina, garantir mais eficiência aos veículos e diminuir as emissões atmosféricas. Confira a resolução aqui.

A partir de agora, toda a gasolina produzida no País e importada deverá atender às especificações da Resolução nº 807/2020, da ANP. As distribuidoras terão 60 dias para se adequarem e os revendedores, 90 dias. Esse prazo é para permitir a venda do combustível que foi adquirido antes das novas especificações se tornarem obrigatórias.

O texto estabelece novos parâmetros para a massa específica, a destilação e a octanagem da gasolina automotiva vendida no país. “Esses três parâmetros, juntos, conferem à gasolina uma característica que vai fazer com que o veículo tenha melhor dirigibilidade, funcione de forma mais adequada e tenha uma redução no consumo de combustível”, explicou a especialista em regulação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Ednéia Caliman.

Massa específica

Em relação a massa específica, foi fixado o valor mínimo de 715 quilos por metro cúbico, o que significa mais energia e menos consumo. A gasolina com densidade maior fará com que os veículos sejam capazes de circular mais, com menos combustível.

“A densidade está diretamente relacionada com a quantidade de energia que é gerada no momento da queima do combustível. Então, uma gasolina com maior massa específica vai gerar maior rendimento no carro. O carro vai passar a consumir menos combustível por quilômetro rodado”, detalhou Ednéia Caliman.

Destilação

Outro parâmetro é a determinação de um valor mínimo para a temperatura de destilação. Os parâmetros de destilação afetam questões como o desempenho do motor, dirigibilidade e aquecimento do motor.

“Com a curva de destilação, conseguimos avaliar como é a queima de gasolina no motor. Uma gasolina que tem um bom perfil de destilação é uma gasolina que vai fazer com que o veículo funcione adequadamente, tenha boa partida fria, boa resposta nas acelerações, dirigibilidade. Ela leva a um bom funcionamento do motor”, disse a especialista em regulação da ANP.

Resistência à denotação

A terceira alteração é o estabelecimento de limites para a octanagem RON (Research Octane Number), já presente nas especificações da gasolina de outros países. A medição da octanagem é importante para controlar a resistência da gasolina à detonação. A necessidade desse parâmetro ocorre devido às novas tecnologias de motores e resultará em uma gasolina com maior desempenho para o veículo.

“A octanagem, podemos dizer que ela é uma medida da resistência do combustível à detonação. Quanto mais essa gasolina consegue resistir à denotação, mais ela permite um melhor funcionamento do motor”, afirmou Ednéia Caliman.

Além de estabelecer as novas especificações da gasolina, a resolução determina as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos agentes econômicos

Meio Ambiente

As mudanças também buscam a redução de emissões de gases, considerando as próximas fases do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), coordenado pelo Ibama, e do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, do Governo Federal.

“Um dos pontos que nos levou a fazer essas mudanças, além de estarmos buscando harmonizar nossa especificação com o que é praticado internacionalmente, também estamos tentando fazer com que essa nova gasolina atenda aos novos os limites de emissões”, detalhou a especialista em regulação ANP, Ednéia Caliman.

Para o técnico em laboratório, que vive em Brasília, Guilherme Magalhães, as mudanças vão trazer benefícios para os motoristas e para o meio ambiente. “Com certeza, a qualidade é muito importante para o desempenho do carro. É importante sim ter uma qualidade melhor. Hoje em dia a gente tem que levar em consideração o meio ambiente para que a gente possa ter um mundo com mais qualidade”, afirmou.

Governo Federal 

Hospital da Papuda começa a funcionar na primeira quinzena do mês

Processo para contratação emergencial de empresa que administrará a unidade foi aberto nesta segunda-feira (3) 

Dos 1.708 detentos da Papuda diagnosticados com Covid-19, três morreram | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) deu mais um passo para a inauguração do hospital que funcionará dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. Foi aberto nesta segunda-feira (3) o processo para contratação emergencial de empresa que prestará serviço de gestão integrada de 20 leitos de enfermaria. Previsão é que o local entre em operação ainda na primeira quinzena do mês.

“A situação dentro do complexo está controlada. Até o momento, nenhum cidadão privado de liberdade precisou de tratamentos mais intensivos”Sócrates Alves, subsecretário de Infraestrutura e Saúde

Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) registra a dispensa de licitação para a contratação da empresa que prestará serviço no local. Os grupos interessados na gestão da unidade têm até 15h de 7 de agosto para enviar as propostas ao e-mail dispensadelicitacao.sesdf@gmail.com.

A vencedora deverá fornecer aparelhos, gerenciamento técnico, assistência multiprofissional de forma ininterrupta, manutenção e insumos necessários para o funcionamento dos equipamentos. A empresa selecionada também será responsável pelo atendimento dos pacientes, com medicamentos, materiais médico-hospitalares e esterilização de equipamentos e materiais, além de alimentação (nutrição enteral e parenteral).

Toda a infraestrutura da unidade está pronta, o que significa que há capacidade para ampliação com aditivos contratuais, com abertura de novos leitos, caso isso seja necessário.

Cenário

A população do complexo é de 15 mil apenados. Segundo a Secretaria de Saúde (SES), 1.708 detentos foram diagnosticados com Covid-19.

Desse total de presidiários infectados pelo novo coronavírus, três morreram e apenas 75 têm a doença ativa. A pasta aponta que o sistema penitenciário tem uma taxa de letalidade de 0,29% na população privada de liberdade e de 0,23% em policiais penais – percentuais menores do que o esperado.

Construída em caráter emergencial, estrutura do hospital foi inicialmente destinada apenas a pacientes de Covid-19 e será ampliada após a pandemia | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

Todo esse cenário motivou a mudança no planejamento de contratação. Inicialmente, estavam previstos 40 leitos – 20 de enfermaria, 10 semi-intensivos e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, o subsecretário de Infraestrutura da SES, Sócrates Alves, explica que isso não se mostra mais necessário.

“A situação dentro do complexo está controlada. Até o momento, nenhum cidadão privado de liberdade precisou de tratamentos mais intensivos, então é questão de gestão. Diante do cenário atual, não há necessidade de contratar além dos 20 leitos de enfermaria”, diz.

O hospital

Idealizado como espaço para atendimento a casos de Covid-19, o hospital que seria apenas de campanha ficará para a população carcerária, dos servidores e dos trabalhadores do meio prisional. Com investimentos em torno de R$ 5,9 milhões, a obra tem mil metros quadrados de área construída.

A gestão é da Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape). A permanência do hospital no complexo vai evitar o deslocamento de presos para atendimentos médicos em unidades da rede externa.

* Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA