26/07/2020 12h28 - Atualizada em 26/07/2020 16h04 Por Cristiani Souza (PC)
A Polícia Civil, por meio da Divisão de Polícia Administrativa (DPA), fiscalizou 102 estabelecimentos comerciais no sábado (25), em Salinópolis e no Distrito de Mosqueiro. Trinta deles foram fechados, a maioria está localizada em Salinas.
O responsável pelo estabelecimento, conhecido por ser a antiga Barraca Paradise, foi denunciado por realizar uma festa tipo rave na madrugada do sábado (25), foi intimado a prestar esclarecimentos na na Delegacia de Polícia de Salinópolis. Ele foi advertido quanto ao cumprimento das regras contidas nos decretos estadual e municipal, bem como teve a suspensão das atividades no estabelecimento até a ulterior liberação legal, ficando ciente das penalidades administrativas e criminais aplicáveis.
A Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (DEMAPA) fiscalizou 21 estabelecimentos e 29 veículos referentes ao crime de Poluição Sonora, também em Salinas e Mosqueiro.
Somente neste sábado (25), 11 pessoas foram presas pelo crime de alcoolemia durante operação Lei Seca realizada em conjunto com o Detran. Sendo nove em Salinas, uma em Mosqueiro e uma em Vila dos Cabanos. Em todo o Estado foram realizadas 29 prisões.
As ações nos balneários também contaram com equipes da Coordenadoria do Operações e Recursos Especiais (CORE). A equipe da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV) registrou uma prisão pelo crime de violência doméstica em Salinas e três pedidos de medidas protetivas. As ações de fiscalização na praia foram realizadas através de viaturas e quadriciclos.
26/07/2020 15h21 - Atualizada em 26/07/2020 15h50 Por Aline Saavedra (SEGUP)
O Pará esteve no 22° lugar no ranking brasileiro de isolamento social neste sábado (25), com a taxa de 40,22% de pessoas se mantendo em casa para evitar a proliferação do novo coronavírus. Os dados foram divulgados neste domingo (26), pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac).
Foto: Jader Paes / Ag.ParaO secretário de segurança pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado ressalta que ainda há a necessidade de manter todos os cuidados. "Apesar dos avanços registrados que envolvem a pandemia, como a estabilidade no número de novos casos e de mortes, ainda estamos vivendo uma pandemia e todos os cuidados devem permanecer sendo seguidos, a exemplo do uso de máscara", destacou.
MUNICÍPIOS
De acordo com o levantamento, ao analisar as cidades paraenses, os três melhores índices de isolamento foram nos municípios de Chaves (60,3%), Nova Esperança do Piriá (56,3%) e Pau D'Arco (55,3%). Já as cidades que mais desobedeceram à recomendação de ficar em casa, registrando um baixo índice de isolamento, foram Goianésia do Pará (29%), Cumaru do Norte (29,7%) e Colares (31,6%).
Na capital paraense e em Ananindeua, foram registrados, respectivamente, os índices de 41,7% e 40%.
Em Belém, incluindo os distritos, os bairros com as maiores taxas de pessoas em casa foram: Val-de-cães (52,4%), Telégrafo (51,7%) e Catanduba (51,4%). Já os piores foram: Curió-Utinga (9,6%), Itaitua (20%) e Água Boa (26,6%).
Em Ananindeua, os melhores índices foram registrados nos bairros Providência (48,1%), Águas Lindas (47,7%) e Aurá (47,6%).
Serviço:O percentual de isolamento dos 144 municípios paraenses e o monitoramento completo estão disponíveis em um espaço exclusivo sobre os índices no site da Segup.
26/07/2020 15h24 - Atualizada em 26/07/2020 15h49 Por Aline Saavedra (SEGUP)
Foto: Ascom / Segup-PaGarantir diversão com responsabilidade e em locais que se preocupam em zelar pelo bem-estar dos frequentadores. Esses foram alguns dos objetivos da Operação Combu IV coordenada pelo Grupamento Fluvial (GFLu), vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) com a participação dos órgãos de segurança do Estado, Município e da União. A Operação foi deflagrada na manhã deste domingo, 26, e faz parte de um conjunto de ações que vêm sendo realizada há mais de 10 dias.
Agentes das polícias Militar e Civil, Guarda Municipal e da Marinha fiscalizaram os estabelecimentos garantindo que apenas os que estão com todas as documentações necessárias em dia pudessem funcionar. Por parte da Marinha, eram vistoriadas as documentações das embarcações e se houvesse algum indício, o condutor poderia fazer o teste do etilômetro.
Foto: Ascom / Segup-PaEm toda a ilha existem 33 bares e restaurantes, desses, nove ainda estão com a documentação pendente e não podem abrir as portas para receber clientes. No último sábado e domingo apenas quatro estavam aptos a funcionar. Todos foram orientados ao processo que deve ser feito para a legalização que inclui, em especial, a vistoria dos corpos de bombeiros que avalia se o local tem extintores de incêndio e obedece todas as normas de segurança, por exemplo.
"Durante a semana, os órgãos que integram o sistema de fiscalização trabalharam diuturnamente na regularização dos estabelecimentos visando a segurança. Hoje nós podemos perceber a conscientização muito grande da população que tem apoiado a ação, dos proprietários que estão buscando se regularizar e de modo que hoje a maioria já está funcionando e o mais importante, de forma segura", destacou o diretor do GFLu, Delegado Arthur Braga.
Foto: Ascom / Segup-PaCélia Barreto optou em passar o domingo com a família na ilha e aprovou a ação. "É muito importante saber que está tendo essa fiscalização. Agora, sabendo que estamos frequentando um lugar que cumpre com as normas exigidas, de fato ficamos mais tranquilos", afirmou.
A fiscalização permanecerá durante a semana e se intensificará até o próximo final de semana a fim de garantir a segurança na ilha e a abertura somente dos locais aptos a receber veranistas
Foto: ParaPaz / Ana Pula LimaConscientizar e informar a população sobre a importância do combate ao abuso sexual infantil foi um dos principais objetivos da Fundação ParáPaz ao realizar a ação de verão em quatro dos principais balneários paraenses no mês de julho. O projeto foi concluído no sábado (25) e domingo (26), na praia de Ajuruteua, em Bragança.
O foco foi a distribuição das cartilhas interativas “Brincando – Viver sem violência, brincar sem violência e aprender sem violência” que aborda o assunto de forma lúdica e educativa através de jogos e brincadeiras de crianças, além de conter endereços e orientações de unidades de acolhimento às vítimas no Estado.
No total, foram entregues 4 mil exemplares aos frequentadores das praias e o resultado foi gratificante. “Conseguimos atingir nosso público-alvo, que são as crianças de 3 a 12 anos, e também seus responsáveis. Muitos pais agradeceram o material, elogiaram o conteúdo e a proposta pra falar sobre esse assunto delicado, mas que infelizmente é uma realidade”, afirmou Renan Freitas, coordenador da ação verão.
Foto: ParaPaz / Ana Pula LimaA Fundação também distribuiu mil kits de higiene bucal e 8 mil preservativos, doados pela Secretaria de Saúde (Sespa); e reforçou o uso de máscaras distribuindo 2 mil unidades doadas à ParáPaz pelo Instituto de Desenvolvimento Social e Apoio a Mulher Paraense (Idesamp) em parceria com o Instituto Rede Mulher Empreendedora (Irme), por meio do projeto “Heróis usam máscaras”.
A iniciativa do governo do Estado, por meio da Fundação ParáPaz, passou pelos municípios de Curuçá; Salinópolis; Mosqueiro, distrito de Belém e por último, na praia de Ajuruteua, em Bragança.
O município de Bragança, localizado no nordeste do Estado, tem recebido um grande número de visitantes durante o período das férias escolares. Em razão disso, a Polícia Militar, através do 33º Batalhão, reforçou a segurança nos pontos estratégicos da cidade, a fim de garantir a segurança dos veranistas.
A corporação intensificou o policiamento na cidade com o reforço de 74 militares que estão atuando de forma preventiva e repressiva. As ações de segurança pública e defesa social estão sendo desenvolvidas nas modalidades de policiamento à pé e motorizado, com o suporte operacional de viaturas e motocicletas.
Desde a liberação do uso das praias e o funcionamento pleno de bares e restaurantes, que partiu da Prefeitura de Bragança, a cidade vem recebendo uma grande quantidade de visitantes. Em razão disso, a PM intensificou o policiamento nos pontos onde há concentração de pessoas, como na Orla da cidade, que fica às margens do Rio Caeté, e nas praças.
"Apesar da grande movimentação de pessoas neste período, nós estamos com poucos registros delitos na cidade. Alguns desses crimes, em sua maioria, são as ocorrências de furto e tráfico de drogas, mesmo assim são números baixos", explicou o subcomandante do 33º Batalhão, major Davison André da Silva.
Aos finais de semana, a PM está realizando uma operação em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente, Guarda Civil Municipal, Departamento Municipal de Trânsito e Polícia Civil para fiscalizar a Praia de Ajuruteua. O local de lazer recebe um grande número de pessoas neste período.
Produtividade
No primeiro semestre deste ano, os militares do 33º Batalhão realizaram 24380 abordagens, prenderam em flagrante 376 pessoas e apreenderam mais de 28 quilos de entorpecentes e 41 armas caseiras e industriais. Os militares recuperaram ainda 52 veículos, recapturaram 37 foragidos da justiça e apreenderam 71 munições.
A Polícia Militar, em conjunto com outros órgãos estaduais e municipais de fiscalização, realizou na noite do sábado (25), uma grande operação preventiva de combate à poluição sonora e perturbação do sossego alheio, no município de Paragominas, sudeste do Estado.
Ao todo, 20 agentes - sendo nove policiais militares, quatro policiais civis (PC), quatro agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (Semutran) e três da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) - atuaram de maneira integrada para garantir maior ostensividade e segurança aos moradores, comerciantes e turistas do município, que recebe grande número de visitantes no período de veraneio.
Além do trabalho preventivo, as forças de segurança pública atenderam denúncias, fiscalizaram bares, verificaram documentações de veículos e pessoas e aplicaram penalidade aos infratores, que variaram entre advertências, multas e apreensão de aparelhos sonoros e veículos.
Ações - Quatro bares foram fechados e os proprietários notificados pela Polícia Civil devido os locais estarem em desacordo com as medidas sanitárias e de saúde previstas para o funcionamento.
Proprietários de duas residências foram multados e tiveram os aparelhos de som apreendidos por agentes da Semma, que também apreenderam um aparelho de som de veículo automotivo. Nos três casos, houve comprovação de poluição sonora.
Agentes do Semutran apreenderam sete veículos, por apresentarem problemas relacionados à documentação; além disso, 23 motoristas foram multados após terem sido flagrados cometendo diversas infrações de trânsito.
26/07/2020 21h35 - Atualizada em 26/07/2020 21h49 Por Ádria Azevedo (IASEP)
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParaA partir da próxima terça-feira (28), mais 200 pessoas receberão o auxílio financeiro disponibilizado pelo Governo do Estado por meio do Programa Recomeçar, para que possam recompor seus lares após terem sido atingidos por alagamentos em Belém. A lista com os nomes pode ser acessada no site do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
O benefício, no valor de um salário mínimo (R$ 1.045,00), poderá ser sacado no setor de atendimento de qualquer agência do Banco do Estado do Pará (Banpará), mediante apresentação de RG e CPF da pessoa cadastrada no programa.
Esta já é a décima chamada do programa. De acordo com o chefe da Divisão de Apoio Comunitário da Defesa Civil Estadual, major Arthur Arteaga, a expectativa é que as listas continuem sendo divulgadas a cada semana. “Estamos trabalhando para que seja com essa regularidade”, explica.
Para informações sobre o programa ou regularização de pendências documentais de pessoas já cadastradas, é possível usar os canais de atendimento, pelo telefone (91) 98899-6323 ou pelo e-mail programarecomecar2020@gmail.com.
26/07/2020 21h37 - Atualizada em 26/07/2020 21h43 Por Leandro Barreto (CBM)
Foto: Ascom / CBMPAEste domingo (26) de sol forte e grande movimentação de veranistas nas praias, fez com que o Corpo de Bombeiros Militar do Pará reforçasse as atividades de prevenção para assegurar a tranquilidade dos banhistas e os bons resultados que as operações vem alcançando.Para quem não quis enfrentar grandes engarrafamentos na BR 316, as opções de grande parte da população foram as praias localizadas próximo à capital, como a Ilha de Caratateua, Outeiro e Cotijuba.
Segundo o Capitão Moura, comandante da prevenção de guarda-vidas, na ilha de Outeiro, o efetivo foi reforçado para atender a grande demanda do público. Na ilha, a corporação atua com um efetivo de 46 militares, distribuídos nas praias do Amor, Grande, Barro Branco, Paraíso e Brasília. Além do apoio de bote, moto aquática e unidade de resgate para suporte de primeiros socorros. “Aqui atendemos principalmente ocorrências de pequenos cortes provocados por cacos de vidro nas areias das praias e por linhas de pipa. Sempre orientamos as pessoas que brincam com pipas sobre a proibição do uso do cerol e dos riscos que a prática oferece", destacou o comandante.
Foto: Ascom / CBMPAEquipes da Defesa Civil Estadual (CEDEC) também têm realizado trabalhos preventivos em algumas regiões de grande circulação de banhistas. Com o aumento de ocorrências de crianças que se perdem dos pais nas praias. Os militares, juntamente com agentes do Conselho Tutelar, fizeram a identificação de várias crianças com pulseiras de identificação e os pais foram orientados sobre os cuidados com os pequenos.
Os militares da CEDEC fizeram ainda, vistorias em Icoaraci, onde os agentes verificaram os danos causados pela erosão na orla da praia do Cruzeiro e efetuaram o isolamento da área para evitar o trânsito de pedestres. E na ilha de Cotijuba os agentes realizaram rondas aos acessos da praia do Farol, onde também foi informado aos agentes distritais da Defesa Civil sobre os riscos da ponte que dá acesso à referida praia.
Tanto em Outeiro quanto Cotijuba foram registrados alguns afogamentos com baixo nível de gravidade. E graças a atuação rápida dos veículos aquáticos de apoio e aos olhares atentos dos Guarda-vidas, este domingo se encerrou sem nenhuma ocorrência fatal.
Em Salinópolis, a movimentação se manteve intensa. Na praia do Atalaia, onde o público estimado foi de 20 mil pessoas, houve dois carros particulares atingidos pela maré no movimento de preamar. Não foi registrada nenhuma ocorrência de afogamento, resultado do trabalho de prevenção reforçado pelos guarda-vidas.
Foto: Ascom / CBMPANa praia do Maçarico o aumento do fluxo de banhistas foi percebido no período da tarde, necessitando de um serviço de prevenção mais intenso. E onde foi registrado um resgate na água, de um homem de 37 anos, sem grandes complicações.
Apesar da aumento de banhistas nas praias, o trabalho efetivo do Corpo de Bombeiros, especialmente na prevenção com guarda-vidas e reforço nas áreas necessárias, levando orientações aos veranistas, tem sido fundamental para garantir a segurança neste verão.
Neste final de semana, os agentes de fiscalização do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) intensificaram a Operação Lei Seca, cujo objetivo é combater embriaguez ao volante e reduzir os riscos de acidentes na via que dá acesso à praia do Caripi, em Barcarena, nordeste do Estado.
Foto: Ascom / DetranDe sexta-feira (24) até o início da início da noite de domingo (26), o Detran autuou 20 condutores por dirigir sob a influência de álcool e registrou quatro prisões por alcoolemia.
As ações que tem o apoio da Polícia Militar e agentes sanitários municipal foram reforçadas para garantir um trânsito mais seguro durante o veraneio, além de assegurar as medidas de enfrentamento à Covid-19.
Durante a operação, os agentes realizaram testes do bafômetro para evitar que motoristas insistam em assumir a direção de veículos após o consumo de álcool e a verificação das condições de trafegabilidade do veículo.
Foto: Ascom / Detran“O nosso objetivo é garantir um veraneio seguro para todos. Por isso, o Detran tem atuado de maneira intensa nas estradas e principais vias de acesso à praias e balneários do estado para reduzir os riscos de acidentes”, reforça Inivens Andrade, agente e coordenadora da ação em Barcarena.
O Detran realiza ações em pontos estratégicos em vários municípios durante a Operação Verão, a fim de conscientizar as pessoas para a direção segura e a necessidade de respeitar as leis de trânsito.
Coletores de sementes e agricultores souberam mais sobre a cultura no espaço da Agricultura Familiar da Emater-DF na AgroBrasília
AGÊNCIA BRASÍLIA * | EDIÇÃO: FÁBIO GÓIS
Fruto é utilizado como tempero que dá cor e sabor a alimentos, na indústria de cosméticos, como protetor solar e até para produção de medicamentos fitoterápicos | Foto: Emater-DF
O cultivo de urucum, conhecido popularmente como colorau, vem ganhando espaço entre produtores rurais do Distrito Federal, com perspectivas de renda extra. No espaço da Agricultura Familiar da Emater-DF na AgroBrasília, uma plantação de urucum serviu para mostrar o cultivo a pequenos agricultores da região e despertou o interesse também de pesquisadores e coletores de sementes.
De acordo com José Roberto Gonçalves, gerente do Parque Ivaldo Cenci, da AgroBrasília, o plantio foi realizado com a finalidade de demonstrar como é o cultivo e mostrar que a espécie pode servir como mais uma fonte de renda. “É uma cultura rápida. Com um ano de plantio já começa a produzir. Na comercialização do urucum tem a parte alimentícia e a de cosmético”, conta.
O urucum é um corante natural utilizado como tempero que dá cor e sabor a alimentos, na indústria de cosméticos (com produtos de tintura) e como protetor solar, além do uso na produção de medicamentos fitoterápicos.
A possibilidade de venda das mudas ainda aumenta esse leque de variedades na hora de comercializar. A planta, que é de crescimento rápido, também pode ser cultivada para restauração de áreas degradadas.
Foi por meio de uma parceria entre a AgroBrasília, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e a empresa Verde Novo Sementes Nativas que o cultivo realizado no espaço da Agricultura Familiar passou a contar com coleta de sementes. Desde então a extensionista da empresa Yoko Odaguiri, que atua na região do PAD-DF, passou a pensar na questão da comercialização de mudas como alternativa de renda para pequenos produtores da região, no cultivo para o processamento na produção de óleo e, também, para as diversas formas de utilização do urucum na alimentação.
“Nós queremos incentivar os produtores no cultivo em boa parte para comercializar, como oportunidade de negócio, mas também para utilizar na própria alimentação. São vários os benefícios para a saúde humana”, aponta Yoko. Nos próximos dias haverá uma transmissão ao vivo sobre o processamento do urucum e sua utilização como óleo para alimentação.
A Verde Novo, por meio da bióloga e CEO da empresa, Bárbara Pacheco, já começou a coleta de sementes. De acordo com ela, ao visitar a feira no último ano, viu o plantio e se interessou.
“Estava cheio de frutas. Na hora, como coletora de sementes, eu pensei que seria legal fazer essa coleta e entrei em contato com a Emater”, conta. A Verde Novo é um negócio de impacto ambiental, que trabalha com geração de renda para coletores de sementes, mostrando que em seus biomas nativos há oportunidade de ganhar dinheiro com a atividade.
Produtores vislumbram mercado
Eliane Ministério, 74 anos, e o filho Élcio Ministério, 45, cultivam urucum no Núcleo Rural Riacho Frio, na região do PAD-DF. “A gente utiliza a semente bem madura e a ideia é tirar esses pigmentos que ficam nas sementes. É muito bom para tempero, dá uma coloração agradável, um aroma muito bom. Ele tem muitas utilidades”, conta Eliane.
A produtora relata que o processamento é mais lento do que o de outras culturas, mas pode ser “prazeroso e vantajoso”. “Para o pequeno produtor, a vantagem é que ele pode ser comercializado em várias épocas tendo em vista os estágios [de desenvolvimento da planta]. É vantajoso e, agora, existe até essa possibilidade de se vender a semente”, comemora.
Planta produz uma quantidade de biomassa muito grande por ano, diz produtor | Foto: Emater-DF
A colheita é realizada quando o fruto se apresenta maduro, com conteúdo em boa quantidade para ser processado. “Na minha propriedade eu processo, faço o colorau e utilizo no macarrão como tempero, na produção de biscoitos e até no tempero do feijão, que dá um gosto especial. Então, quem tiver dois pés de urucum na propriedade já tem uma riqueza muito grande”, afirma.
Já o filho diz que o cultivo ajuda ainda no sistema orgânico. “A gente trabalha com sistema agroflorestal, em que a gente tem algumas plantas de urucum já em produção há alguns anos. É uma planta que se adapta muito bem ao sistema de produção orgânico, é bastante rústica”, observa Élcio Ministério.
A comercialização ainda é tímida, acrescenta Élcio, mas a planta produz uma quantidade de biomassa muito grande por ano, o que ajuda no processo dentro do sistema agroflorestal. “A gente vende e também põe na compostagem. Ainda que com processamento artesanal, a gente consegue fazer um trabalho voltado para uma comercialização direta com o consumidor, em feiras, e pela cooperativa de que a gente participa. Ainda que em escala pequena, a gente consegue vender”, informa.
Sementes de urucum
O ponto forte do urucum, na atividade de coleta de sementes, é o fruto fechado, saudável e sem predadores. “A gente armazena em um saco e faz o beneficiamento de sementes, que é sair do fruto e ter a semente. Dentro do nosso trabalho de comercialização a gente entrega a semente para o consumidor final, não o fruto”, conta Bárbara.
Segundo ela, ao retirar o fruto ele é colocado para secar (a secagem pode ser ao sol) e os casulos vão abrindo naturalmente. Nesse processo é preciso colocá-los sobre uma lona, para que eles caiam sobre ela e fique mais fácil para limpar sem perder as mudas. Em seguida vêm as fases de armazenamento e comercialização.
“Nesse espaço de plantio da Emater, dentro do Parque Ivaldo Cenci, a gente tem frutos saudáveis, o que indica que vai ter sementes de ótima qualidade. Esses frutos servem para produção comercial de diversos segmentos. É uma planta de muito potencial, de crescimento rápido e que a gente tem que aproveitar tudo, desde a matéria orgânica, o fruto e a semente”, defende a bióloga.
A maioria das seguradoras está estudando a criação de um mecanismo de proteção para a qualidade do cereral, mas ainda não há prazo de lançamento
Foto: Débora Fabrício/Canal Rural
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na sexta, 24, de reunião, por videoconferência, do projeto Monitor do Seguro Rural para discutir e avaliar os produtos e serviços de seguro disponíveis para a cultura do trigo.
O projeto é uma iniciativa do Ministério da Agricultura, em parceria com a CNA e outras entidades do setor. Foi o quarto encontro para discutir as alternativas de seguro rural nas atividades agrícolas, com a participação de produtores rurais, representantes dos setores público e privado e seguradoras.
Segundo a assessora técnica da CNA, Carolina Nakamura, uma das principais demandas dos triticultores foi o desenvolvimento de seguro para qualidade do trigo. ” As seguradoras se pronunciaram em relação ao questionamento e a maioria delas está estudando, mas que ainda não tem previsão para lançamento desse tipo de produto”, diz.
De acordo com o diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do ministério, Pedro Loyola, a demanda por seguro de trigo está alta neste ano, pois as contratações em 2020 já superaram as do ano passado. “Até o momento já tem mais de 527 mil hectares segurados. Em 2019, os estados que mais demandaram seguro para trigo foram Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina”.
Durante a videoconferência, o vice-presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Daniel Nascimento, fez uma apresentação sobre os tipos de produtos e serviços disponíveis no mercado para os produtores de trigo. Para o cereal, os produtos existentes são de multirrisco e de risco nomeado, para granizo e geada.
De característica mais geral, outra dúvida apresentada pelos produtores foi em relação a mudança de talhão. Isso porque, para alterar a coordenada geográfica, seria necessário cancelar a apólice. Nesse ponto, Glaucio Toyama, Head de Agro da Swiss Re, esclareceu que é somente necessário avaliar se essa mudança não trouxe mudança no risco. Isso é mais fácil de avaliar quando é um risco único. Se for nessas condições, a maioria das seguradoras comentou que esse procedimento já está previsto e não precisa cancelar a apólice.
A reunião teve a participação de mais de 60 pessoas e mais de 10 seguradoras.