sábado, 18 de julho de 2020

Conheça as principais doenças do trigo no Brasil e suas causas



A diversidade nos ambientes aptos para a produção da cultura faz com que a padronização nas estratégias de manejo das doenças seja mais difícil
A diversidade de ambientes adequados à produção de trigo no Brasil dificulta a padronização das estratégias de manejo das doenças que afetam a cultura. O trigo pode sofrer com o ataque de fungos, vírus e bactérias em diferentes fases de desenvolvimento da lavoura.
A melhor forma de controle de doenças nas lavouras é a resistência genética das plantas. Contudo, nem sempre os atributos de sanidade das cultivares estão associados com alto rendimento de grãos ou forragem, ou mesmo com características de qualidade demandada pelos diversos segmentos do mercado. Ainda, em muitos casos, ocorre a mutação do patógeno, e as cultivares sofrem quebra de resistência para determinadas doenças.
Trigo
Foto: Débora Fabrício/Canal Rural
Diferenças ambientais, como clima seco, úmido, chuvoso, frio, calor, altitude da lavoura, tipo de solo ou rotação de cultivos e histórico da área podem favorecer ou frear naturalmente determinadas pragas e doenças no trigo.
A equipe de fitopatologia da Embrapa Trigo identificou as doenças que ocorrem com maior frequência na cultura do trigo, dividindo as regiões tritícolas do Brasil em Centro-Sul (Paraná, SC e RS) e Cerrado/Sudeste (MS, GO, DF, BA, MG e SP).
Doenças 
Entre os principais problemas causados por doenças na cultura do trigo no Cerrado brasileiro destacam-se podridão-comum de raízes, estria-bacteriana, brusone, mancha amarela e mancha marrom da folha.
“Sem dúvida, a brusone ainda é o maior desafio na região. Apesar dos avanços na resistência das cultivares, em anos com alta severidade da doença os danos ainda são impactantes, com resultados nem sempre satisfatórios no controle químico”, comenta o pesquisador João Leodato Nunes Maciel.
Na Região Centro-Sul, as doenças mais frequentes no trigo são nanismo-amarelo da cevada, mosaico do trigo, oídio, ferrugem da folha, mancha amarela e giberela. A preocupação maior do setor produtivo é com a giberela, fungo que ataca as espigas e pode resultar em contaminação dos grãos por micotoxinas.
Porém, na safra passada, o clima seco causou perdas por viroses e oídio, doenças que contam com cultivares resistentes disponíveis no mercado. Em anos mais chuvosos, o mosaico têm sido problema, principalmente em solos compactados, além da preocupação com a quebra de resistência das cultivares para ferrugem da folha.
  • Nanismo-amarelo da cevada
O nanismo-amarelo em cereais de inverno foi descrito no Brasil em 1968. Causado, predominantemente, por Barley yellow dwarf virus, uma das principais viroses em cereais de inverno na região Sul.
A transmissão ocorre por afídeos (pulgões), principalmente, Rhopalosiphum padi, do outono à primavera, e por Sitobion avenae na primavera. O dano à produção de trigo depende da tolerância/resistência das cultivares e da incidência da doença, sendo em média de 20%. Em anos secos e quentes, o dano pode ser maior devido à multiplicação e à dispersão de afídeos.
O sintoma mais evidente é o amarelecimento das folhas no sentido ápice-base. Porém, os danos já iniciam quando o vírus é introduzido no sistema vascular da planta durante a alimentação dos afídeos. O vírus degenera células do floema, resultando em redução do crescimento de raízes, da estatura e massa da parte aérea e do tamanho das espigas (com esterilidade basal e apical). Pode ocorrer o escurecimento das espigas (confundido com outras patologias).
O manejo inicia na escolha da cultivar. As cultivares disponíveis são suscetíveis ao vírus, mas variam em tolerância. Cultivares intolerantes podem perder mais de 60% do seu potencial produtivo. O segundo passo é o manejo dos afídeos. Com a ação de inimigos naturais, as populações de afídeos não costumam atingir níveis que causem dano direto, mas causam danos pela transmissão do vírus, sendo necessária ação complementar com inseticidas. Quanto mais cedo ocorrer a infecção, maiores serão os danos. Recomenda-se o tratamento de sementes (TS) com inseticidas sistêmicos que, em geral, dura até 30 dias após a semeadura.
Antes de encerrar este prazo, deve-se monitorar a lavoura para avaliar a população de afídeos. Aplicações em parte aérea (PA) devem ser realizadas se a população atingir 10% das plantas com pulgões. A partir do espigamento, o nível é de 10 pugões por espiga. Em 2019, o manejo do nanismo-amarelo (TS + PA) rendeu 71 sacas por hectare contra 48 sacas/hectare na testemunha sem inseticidas.
Plantas de trigo com sintomas de nanismo-amarelo                              Foto: Douglas Lau
  • Mosaico do trigo
No Brasil, o mosaico do trigo ocorre principalmente no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no sul do Paraná. Originalmente atribuído ao Soil-borne wheat mosaic virus, demonstrou-se que uma nova espécie de vírus está associada à virose, o Wheat stripe mosaic virus. O vírus é transmitido por Polymyxa graminis, microrganismo residente no solo e parasita obrigatório de raízes de plantas.
Os danos à produção costumam ser limitados às áreas da lavoura onde o vetor se concentra, mas sob condições de alta umidade, grandes áreas podem ser comprometidas. Cultivares suscetíveis semeadas em áreas com inóculo, quando a precipitação pluvial mensal acumulada supera 200 milímetros, apresentam danos ao redor de 50% na produtividade de grãos.
O longo período de sobrevivência do vetor no solo e a ampla gama de plantas hospedeiras dificultam o controle desta virose de outra forma que não por meio da resistência genética. Atualmente, há cultivares disponíveis com resistência, que podem ser empregadas em áreas com a doença. Algumas práticas culturais podem contribuir para reduzir o impacto da doença.
A produtividade de grãos aumenta com maior disponibilidade de nitrogênio, mas depende do nível de incidência da doença, pois, acima de 30%, pode não haver efeito compensatório do nitrogênio na produtividade de cultivares suscetíveis. A incidência de mosaico tende a ser menor em áreas com rotação de culturas do que em monocultura trigo-soja. Com o aumento do período sem trigo, a incidência da doença reduz e ocorre incremento na produtividade de grãos.
Plantas de trigo com sintomas de
mosaico                             Foto: Douglas Lau
  • Oídio 
O oídio, causado por Blumeria graminis f. sp. tritici, é uma das primeiras doenças foliares que aparece em cada safra de trigo. No Brasil, é encontrado na Região Sul e em lavouras irrigadas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste. A redução no rendimento de grãos varia entre 32% e 79%; porém, na média de anos normais, varia entre 5% e 8%, diminuindo o número de espigas por área (quando a doença ocorre no início da safra) e o número e o tamanho de grãos por espiga (quando ocorre em estádios mais tardios). 
Oídio é fungo biotrófico que se mantém, na entressafra, sobre plantas voluntárias e em restos culturais de trigo, sendo disseminado pelo vento. A germinação, a infecção e a produção de novos conídios são completadas entre 5 dias e 10 dias, o que leva à ocorrência de muitos ciclos consecutivos da doença, principalmente entre 18 ºC e 22 ºC. Em climas temperados, temperaturas muito baixas ou longos períodos de chuvas, no outono, retardam a epidemia. 
A superfície das plantas, principalmente a folha, fica recoberta por micélio, conidióforos e conídios de aparência pulverulenta, com coloração branca quando jovem, ou cinza, quando envelhece. 
Aparece principalmente em folhas inferiores, mas pode causar crestamento em folhas superiores, espigas e aristas de cultivares suscetíveis.. Tecidos foliares infectados tornam-se amarelados e, quando severamente atacadas, as folhas colapsam e caem.
Plantas de trigo com sintoma de oídio                                      Foto: Leila Costamilan
  • Ferrugem da folha
A ferrugem da folha do trigo é causada pelo fungo Puccinia triticina Eriks., patógeno biotrófico, altamente especializado, com diferentes raças virulentas, faixa estreita de hospedeiros e de ocorrência mundial. Ataca todos os órgãos verdes da plântula e da planta adulta. Os sintomas ocorrem principalmente nas folhas como lesões elípticas, formando pústulas com uredósporos de cor alaranjada.
O desenvolvimento da doença ocorre rapidamente a temperaturas entre 10 °C e 30 °C e, em condições favoráveis, com alta densidade de inóculo e em cultivares suscetíveis, os sintomas podem aparecer em outros tecidos verdes da planta. Puccinia triticina sobrevive somente em tecidos vivos dos hospedeiros, mas os uredósporos têm vida relativamente longa e podem permanecer no campo, longe dos hospedeiros por várias semanas. A presença do inóculo na lavoura e a disseminação de esporos do fungo pelas correntes de ar, mesmo a longas distâncias, são garantidas pelas plantas voluntárias hospedeiras nas entressafras.
As perdas dependem do estádio da planta em que a doença incide e da severidade. Maiores perdas podem ocorrer quando a folha bandeira é infectada antes da antese, devido à contribuição desta folha na fotossíntese e no rendimento de grãos. Em cultivares suscetíveis, os danos podem ser superiores a 60%, se não for efetuado o controle químico.
O uso de cultivares com resistência genética é a medida de controle mais eficiente e econômica. A resistência de planta adulta (RPA) é uma alternativa estratégica de controle, uma vez que não causa intensa pressão de seleção para raças virulentas do patógeno, pois permite o desenvolvimento da doença sem causar redução econômica no rendimento da cultura.
No planejamento da lavoura, preferencialmente, deve-se escolher cultivares com resistência genética, indicadas pela pesquisa cuja relação encontra-se na publicação “Informações Técnicas para Trigo e Triticale
Folha bandeira de planta adulta de trigo com sintoma de ferrugem da folha        Foto: Cheila Sbalcheiro e Alceu Vicari
  • Mancha-amarela
A mancha-amarela do trigo é uma doença economicamente importante no Brasil pelo fato de, em consequência da redução da área verde foliar, reduzir também o rendimento dos grãos. No início do desenvolvimento da doença, ocorrem lesões em forma de pequenas manchas de coloração marrom-bronzeada, que se expandem para manchas ovais ou em forma de diamante. 
Em volta das lesões é comum a ocorrência de um halo clorótico com um ponto mais escuro ao centro da lesão. A doença é mais severa em folhas mais velhas, após a emissão da folha bandeira. Entretanto, a planta pode ser infectada e apresentar sintomas desde a emissão das primeiras folhas, ainda jovens. 
Essa infecção inicial ocorre, muitas vezes, pelo inóculo primário presente nos restos culturais deixados sobre o solo, entre uma safra e outra. O agente causal da doença é Pyrenophora tritici-repentis um fungo necrotrófico, ou seja, que sobrevive e se desenvolve sobre restos culturais. O ciclo da doença consiste em estágios sexuais e assexuais do patógeno. 
O fungo sobrevive saprofiticamente na palha de trigo ou de outros cereais/gramíneas, onde pequenos corpos pretos (pseudotecia), contendo ascósporos sexuais, se desenvolvem e amadurecem. Esses ascósporos constituem o inóculo primário, capaz de infectar as plantas logo após a emergência do solo, durante a emissão das primeiras folhas, mas principalmente no período de perfilhamento da cultura, quando as folhas inferiores permanecem em contato com a palhada.
Folhas de trigo com sintoma de mancha-amarela Foto: Flávio M. Santana
  • Giberela
A giberela ou fusariose, doença que afeta espigas e grãos de trigo, é causada pelo fungo ascomiceto Gibberella zeae. A principal forma assexuada do patógeno é Fusarium graminearum Schwabe, mas várias espécies são responsáveis por epidemias mundiais, como Fusarium culmorum e F. avenaceum.
Os sintomas iniciais são observados nas aristas, que desviam do sentido daquelas de espiguetas não afetadas. Posteriormente, aristas e espiguetas adquirem coloração esbranquiçada ou cor de palha. Em cultivares muito suscetíveis, os sintomas progridem para o pedúnculo, que adquire coloração marrom. Também podem ocorrer nas espigas sintomas similares aos da brusone.
A giberela induz à produção de grãos chochos, enrugados, de coloração branco-rosada a pardo-clara e o tamanho varia em função do estádio de desenvolvimento em que é afetado. Sinais do patógeno, de cor laranja na fase assexual e com pontuações escuras, ásperas ao tato, na fase sexual, poderão ocorrer.
Os prejuízos por giberela decorrem da redução de rendimento, que é subestimado, e o patógeno pode afetar as espigas a partir do espigamento; os grãos, quando formados, são leves e eliminados na colheita juntamente com a palha.
Espigas de trigo com sintoma de giberela e sinais do patógeno Foto: Maria Imaculada Pontes Moreira Lima
  • Podridão-comum de raízes
Os principais patógenos encontrados em análises sanitárias de sementes de trigo produzidas no Cerrado brasileiro são Bipolaris sorokiniana e Pyricularia oryzae. São estes os fungos que também estão mais frequentemente associados à podridão-comum de raízes e à morte de plântulas, que se observam nas lavouras de trigo daquela região.
Para o controle, recomenda-se a realização de análise sanitária das sementes e, se for constatada a presença desses patógenos, é indicado o tratamento com fungicidas para sementes destinadas ao cultivo em lavouras com rotação de culturas. No Cerrado, a duração do ciclo da cultura do trigo é menor do que a duração dos cultivos realizados no sul do país.
Nestas circunstâncias, o tratamento de sementes com fungicidas ainda se torna mais justificável, pois a proteção promovida pelo fungicida é proporcionalmente mais duradoura em relação ao ciclo total de desenvolvimento da cultura.
  • Estria-bacteriana
A estria-bacteriana, causada por Xanthomonas translucens pv. undulosa, é uma doença relativamente comum nas lavouras de trigo do Cerrado brasileiro. Embora possa ocorrer em todos os estádios e em todos os órgãos das plantas, é mais comum nas folhas, onde aparecem estrias longitudinais, translúcidas quando observadas contra uma fonte de luz artificial ou brilho do sol.
As medidas de controle da estria bacteriana são de caráter preventivo e estão associadas aos cuidados com as sementes, as quais devem estar livres do patógeno. Defensivos usados na parte aérea das plantas não demonstraram eficiência para controlar a estria bacteriana e bactericidas, no tratamento das sementes, produziram resultados contraditórios.
  • Manchas foliares
Nas lavouras de trigo no Cerrado brasileiro, a mancha-marrom das folhas, causada por Bipolaris sorokiniana, é a mais comum, mas a mancha-amarela, causada por Drechslera tritici-repentis também costuma aparecer.
Os sintomas da mancha-marrom começam por pequenas manchas ovais, marrom-escuras, podendo coalescer, tornando-se maiores. O sintoma característico da mancha-amarela são lesões pequenas, no início, de formato oblongo ou ovalado, com um halo amarelo.
Os dois patógenos, B. sorokiniana e D. tritici-repentis, são necrotróficos, e podem sobreviver na palha de trigo de um ano para outro, condição que determina que a rotação de culturas deva ser considerada no manejo integrado dos dois tipos de manchas.
O tratamento de sementes com fungicidas é muito importante em lavouras onde não se pratica a monocultura de trigo. A aplicação de fungicidas na parte aérea também compõe o manejo integrado das duas doenças. Muitas formulações contendo a mistura de fungicidas dos grupos químicos triazol e estrobilurina são indicados pela pesquisa para o controle das manchas na parte aérea.
Folha de trigo com sintoma de mancha-marrom            Foto: João L. Nunes Maciel
  • Brusone
Os sintomas de brusone do trigo, doença causada pelo fungo Pyricularia oryzae, podem aparecer em folhas, colmos e espigas, mas o dano mais significativo ocorre nas espigas. Em lavouras de sequeiro no Cerrado brasileiro, com semeaduras precoces, a ocorrência de brusone nas folhas pode se configurar em um grave problema, a ponto de promover perda total da lavoura.
Também é uma doença de grande importância econômica no meio-norte do Paraná. A condição mais comum de dano por brusone em lavouras de trigo ocorre em uma combinação das seguintes circunstâncias: plantas em estádio de espigamento, temperatura variando entre 24 ºC e 28 ºC e períodos constantes de chuva, com manutenção de alta umidade relativa.
Cultivares de trigo disponibilizadas mais recentemente apresentam nível significativo de resistência à doença, destacando-se BRS 404, ORS 1401, ORS 1403, TBIO Sossego, TBIO Sonic, TBIO Mestre e CD 116. Entretanto, a ausência de imunidade à doença impede que o controle de brusone, baseado em resistência varietal, seja completamente satisfatório.
O controle químico de brusone na parte aérea das plantas de trigo baseia-se no princípio de que a espiga deve estar protegida preventivamente à infecção do patógeno. No entanto, se não houver condições favoráveis para a infecção, não é preciso fazer a aplicação do fungicida.
Na condição do Cerrado, normalmente, é a chuva que forma o molhamento necessário para iniciar a infecção. Vários experimentos de campo determinaram que fungicidas comerciais com mancozebe na sua formulação foram os de maior eficiência para controlar a brusone do trigo.
Plantas de trigo com sintoma de brusone nas espigas Foto: João L. Nunes Maciel
Mais detalhes sobre cada uma das doenças citadas estão publicados no artigo da Embrapa, “Doenças da cultura do trigo no Brasil“.
Por Canal Rural

Leite: com oferta reduzida, preço deve subir pelo segundo mês consecutivo


Preço do leite sobe pelo quarto mês consecutivo; no ano, alta é de 14% 

Segundo projeções do Cepea, a competição entre laticínios para garantir a compra de matéria-prima deve intensificar a alta. 
Com a oferta de leite reduzida, o preço do litro pago ao produtor deve subir este mês. Segundo projeções do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)   a competição entre laticínios para garantir a compra de matéria-prima deve intensificar a alta.
De acordo com o Cepea, existe uma tendência típica de aumento das cotações ao produtor entre março e agosto, devido à sazonalidade da produção. Neste período, a captação de leite é prejudicada pela baixa disponibilidade de pastagens, em decorrência da diminuição das chuvas no Sudeste e Centro-Oeste.
Em maio, o Índice de Captação Leiteira (ICAP- -L) do Cepea registrou queda de 0,2% frente a abril na “Média Brasil”, fator que estimulou o aumento em 9,5% das cotações de junho, que chegaram a R$ 1,5135 por litro. Assim, para julho, o contexto de oferta reduzida no campo deve sustentar o movimento de valorização do leite.
Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que a competição acirrada entre laticínios para garantir a compra de matéria-prima deve intensificar a alta, podendo levar os preços para patamares superiores aos verificados em anos anteriores. O aumento da competição entre indústrias, por sua vez, está atrelado à necessidade de se refazer estoques de derivados lácteos.
Tipicamente, as indústrias empenham esforços nessa direção antes de abril, prevendo que a captação caia nos meses posteriores. Contudo, neste ano, as perspectivas negativas sobre o consumo no médio e longo prazos diante da pandemia da covid-19 aumentaram o nível de incerteza em abril e diminuíram o investimento das indústrias em estoques.
Com a reação no consumo (ancorada nos programas de auxílio emergencial), as vendas de lácteos se fortaleceram em maio e junho, reduzindo ainda mais os estoques. Diante disso, houve expressivas altas nos preços dos derivados lácteos em junho. No campo, a oferta restrita no mês resultou em disparada no preço do leite spot.
Agosto 
Existe uma defasagem temporal no repasse das condições de mercado para o produtor, de modo que as negociações quinzenais do leite spot e a venda dos lácteos de julho irão influenciar os valores do leite captado naquele mês, que serão pagos ao produtor em agosto. 
O leite spot registrou valorização de 1% na primeira quinzena de julho, chegando a R$ 2,34 por litro em Minas Gerais. O mesmo se observou para a muçarela, que se valorizou 2,4% no mesmo período. No caso do leite em pó, houve estabilidade das cotações e, no do UHT, houve queda acumulada de 0,5% na primeira quinzena de julho. 
Parte dos agentes consultados pelo Cepea acredita que o preço ao produtor continue subindo em agosto, fundamentada na oferta limitada no campo.
No entanto, outra parcela de agentes acredita que a valorização em agosto pode ser freada por dois fatores: o primeiro é a pressão dos canais de distribuição, em especial nas negociações de UHT, dado que estes procuram atrair consumidores com preços baixos nesse período delicado de diminuição da renda agregada; o segundo é a retomada da produção no Sul do País, que, já em junho, deve se elevar consideravelmente em virtude das melhores condições climáticas e também do aumento do fornecimento de concentrado e silagem, estimulados pelos patamares de preços do leite
por ; canal rural 

Pará alcançou 22ª posição no ranking nacional de isolamento social, nesta quinta (16)



Segup alerta sobre a importância das medidas de prevenção contra o novo coronavírus que ainda não tem vacina

17/07/2020 13h15 - Atualizada em 17/07/2020 16h00
Por Walena Lopes (SEGUP)
Belém esteve em 23º lugar nesta quinta-feira (16) com taxa de 38,95% entre todas as capitais brasileiras, informou a SegupFoto: Alex Ribeiro / Ag. ParáO Pará alcançou a 22ª posição no ranking nacional de isolamento social, com 38,17% das pessoas em casa, nesta quinta-feira (16). Belém ficou em 23º lugar, com taxa de 38,95% entre as capitais brasileiras. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), divulgados nesta sexta-feira (17).
Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Ualame Machado, o relaxamento no distanciamento social reflete nas taxas e índices que o estado vem apresentando.  “Percebemos que as pessoas estão mais relaxadas em relação ao isolamento social e isso se deve um pouco ao verão amazônico que vivemos nesse período".
Ualame Machado observou que "apesar dos índices de contaminação estarem mais controlados no nosso estado é importante que todos tenham consciência em manter os cuidados exigidos e evitar o excesso de exposição nos locais, infelizmente ainda não estamos livre do vírus".
As cidades com maior registro de pessoas nas ruas, e consequentemente com baixo índice de isolamento, foram Sapucaia (21,4%), Abel Figueiredo (26,7%) e Piçarra (27,9%). Já as que alcançaram os melhores índices foram Aveiro (57,8%), Chaves (58,2%) e Limoeiro do Ajuru (61,9%).
Em Belém e Ananindeua, na Região Metropolitana, foram registrados, respectivamente, os índices de 38,95% e 37,7% de isolamento. Na capital, incluindo os distritos, os bairros com as maiores taxas de pessoas em casa foram: Cotijuba (53,8%), Campina de Icoaraci (52,4%) e São Francisco (52,0%). Já os bairros com menores índices foram Curió (11,1%), Maracacuera (22,2%) e água Boa (22,4%).
Em Ananindeua, os melhores índices foram registrados nos bairros Julia Seffer (44,3%), Cidade Nova VIII (43,6%) e Icuí (43,3%). As piores taxas foram no Guanabara (30%), Águas Lindas (30%) e Centro (31%).
SERVIÇO
O percentual de isolamento nos 144 municípios paraenses e o monitoramento completo estão disponíveis no site da Segup, com atualização diária.

agência pará 

Sectet assume gestão de todas escolas técnicas e tecnológicas do Pará


Universidade do Estado do Pará (Uepa) também será vinculada à secretaria, mantendo a sua autonomia. Diretrizes da nova rede de escolas técnicas serão regulamentadas por decreto.

17/07/2020 13h29 - Atualizada em 17/07/2020 14h54
Por Jeniffer Galvão (SECTET)
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) passa a se denominar, a partir desta sexta-feira (17), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica, mantendo a sigla Sectet.
A mudança é uma das alterações previstas na Lei 9.104/2020, sancionada em 14 de julho e publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (17). O dispositivo legal transfere a gestão de todas as escolas técnicas estaduais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para a Sectet. O Projeto de Lei enviado pelo Executivo foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado em 24 de junho de 2020.
As diretrizes da Rede de Escolas de Ensino Técnico do Pará serão regulamentadas por decreto pelo governador. Secretário de Ciência e Tecnologia, Carlos Maneschy ressalta que a mudança foi feita para que o governo do Estado intensifique a integração do ensino médio regular a uma educação profissional e tecnológica, dentro da rede de escolas técnicas já existente.
"Também buscaremos ampliar a rede, alcançando mais municípios, ajudando a fomentar a vocação econômica das diversas regiões do estado”, diz ele.
O secretário explica que o formato de ensino médio, articulado com ciência e tecnologia, vem ao encontro das finalidades da Secretaria de Ciência e Tecnologia, definidas na Lei 9.104, que, entre outras funções, determina que a secretaria deve “promover, apoiar, controlar e avaliar as ações relativas ao desenvolvimento e ao fomento da pesquisa e à geração e aplicação de conhecimento científico e tecnológico no Estado do Pará”. 
Outra mudança prevista na Lei é que a Universidade do Estado do Pará (Uepa) será vinculada à Sectet, mantendo sua autonomia. A nova legislação prevê ainda que é função da Sectet promover a expansão da oferta de cursos de nível superior em todo o estado.
Carlos Maneschy destaca que “todas as mudanças previstas na Lei serão realizadas gradativamente por nós e pela Seduc, de forma coordenada, sem causar transtornos para professores e alunos da rede técnica estadual”. 
agência brasília 

Polícia autua restaurante que deu festa, no sábado, em Salinópolis


Estabelecimento sofreu sanção por promover a aglomeração de pessoas sem máscaras de proteção, contrariando decreto estadual

17/07/2020 14h01 - Atualizada em 17/07/2020 16h07
Por Walena Lopes (SEGUP)
Operação Verão está em curso nos principais balneários paraenses para fiscalizar cumprimento de decretos e orientar a populaçãoFoto: Arquivo / Polícia CivilA Polícia Civil autuou nesta quinta-feira (16) o restaurante da Praia do Farol Velho, em Salinópolis, nordeste do Pará, que promoveu festa com aglomeração de pessoas sem máscaras de proteção, no último sábado (11). O estabelecimento descumpriu o decreto governamental que trata de medidas e protocolos de combate à Covid-19.
A ação faz parte da Operação Verão 2020, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). O objetivo é garantir a segurança com responsabilidade e saúde, fiscalizando e dando cumprimento às determinações dos decretos vigentes para conter a proliferação do novo coronavírus durante o veraneio.
O estabelecimento sofreu sanção e foi notificado por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), por desobediência ao decreto que delimita o funcionamento e a capacidade dos estabelecimentos e obriga o distanciamento entre as mesas e o uso das máscaras de proteção.
“Neste ano o papel da segurança pública é, principalmente, o de auxiliar os municípios onde a Operação Verão está acontecendo, para dar cumprimento aos decretos tanto municipais quanto estadual, fiscalizando e orientando a população quanto aos cuidados que ainda precisamos manter diante do cenário de pandemia em que vivemos. Iremos continuar agindo e, quando necessário, aplicaremos as advertências e sanções necessárias para dar cumprimento às medidas em combate ao vírus”, reforçou o secretário de Segurança Publica e Defesa Social do Estado, Ualame Machado.
O decreto determina a notificação em escala dos estabelecimentos que descumprirem as regras e protocolos previstos no decreto do governo do Estado. Os locais que forem autuados por desobedecer as medidas poderão ser interditados e/ou ser multados em até R$ 50 mil reais.
agência brasília 

Sespa já doou 59 mil máscaras e 1,9 mil litros de álcool para comunidades quilombolas



Terceira remessa equipamentos de proteção foi feito a populações da região do Baixo e Alto Acará e beneficiou a 2,9 mil famílias de 26 comunidades

17/07/2020 14h28 - Atualizada em 17/07/2020 15h57
Por Mozart Lira (SESPA)
Equipe da Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais (Cesipt) da Sespa está à frente das entregasFoto: DivulgaçãoA Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) entregou mais 20 mil máscaras e 800 litros de álcool 70% a comunidades quilombolas da região do Baixo e Alto Acará, como parte das estratégias do governo do Estado de prevenção ao contágio pelo coronavírus.
O terceiro repasse de material de proteção a quilombolas dessas duas regiões do Pará ocorreu nesta quarta (15) e quinta-feira (16), por meio da equipe da Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais (Cesipt) da Sespa. 
Em benefício à população quilombola do Pará, as três entregas de material de EPIs já somaram, até agora, 59 mil máscaras descartáveis e 1.900 litros de álcool 70º feitas pela Sespa. 
A iniciativa faz parte das ações para que as comunidades quilombolas possam se proteger do contágio pelo novo coronavírus. Na quarta-feira, o material doado beneficiou 1.200 famílias das comunidades São José, Catiuaia/Itapuama, Jabaquara, Associação Quilombola Menino Jesus, Monte Alegre, Trindade 1, Trindade 2, Trindade 3, Paraíso, Itacoã, Guajará Miri, Jambuaçu/Jenipaúba, Associação dos Produtores Orgânicos de Boa Vista, Associação Nova Aliança de Boa Vista, Santa Quitéria, Boa Vista e Santa Rosa.
Essas comunidades receberam 11 mil máscaras e 400 litros de álcool 70°, além de kits de higiene bucal, em parceria com a Coordenação de Saúde Bucal/Sespa. 
Na quinta-feira, receberam o material de proteção 1.700 famílias das comunidades Fortaleza, São Sebastião, Laranjeira e Burajuba, da Região do Açú; Trevo de Santa Maria/Agrovila Santa Luzia; Vila Sapucaia; Guatumã e Associação dos Quilombolas do Alto Acará.
Para essas comunidades, foram doados 400 litros de álcool 70°, 9 mil máscaras descartáveis e kits de higiene bucal. 
Tatiany Peralta, coordenadora da Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais (Cesipt), diz que a Sespa repassa materiais para as medidas preventivas, orienta e capacita profissionais e gestores municipais de saúde quanto às notas técnicas, protocolos e fluxos estabelecidos para a assistência aos pacientes confirmados ou com suspeita de Covid-19 em comunidades quilombolas.
A Cesipt também tem monitorado, com apoio dos Centros Regionais de Saúde e secretarias municipais de Saúde, os casos suspeitos e/ou confirmados, descartados, recuperados e de óbitos, por Covid-19, principalmente em municípios onde há comunidades quilombolas.
“Nosso objetivo é fortalecer os serviços de saúde para a detecção, notificação, investigação e monitoramento de prováveis casos suspeitos, com a identificação dos indígenas e quilombolas, conforme as orientações do Ministério da Saúde”, ressaltou Tatiany. 
Para intensificar o enfrentamento da pandemia de Covid-19, nessas comunidades também foi criado um grupo de trabalho entre Sespa, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Coordenação Malungo e líderes quilombolas.
agência pará 

Governo do Estado entrega Hospital de Campanha de Altamira com 60 leitos


Primeiro paciente já foi para o local, que atenderá nove municípios da região

17/07/2020 14h45 - Atualizada em 17/07/2020 18h42
Por Bruno Magno (CPH)
Governador Helder Barbalho visitou as instalaçõesFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáReforçando as ações em saúde no combate à Covid-19, o governador do Estado, Helder Barbalho, entregou o Hospital de Campanha de Altamira, sudoeste paraense, na manhã desta sexta-feira (17). A unidade, que foi montada no Centro de Convenções e Cursos de Altamira (em parceria com a prefeitura local), será para atendimento exclusivo de pacientes com sintomas da doença. Com perfil de média e alta complexidade, a unidade conta com 60 leitos, sendo 50 clínicos e 10 de UTI.
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáO contrato, assinado em maio deste ano, estabeleceu que a construção, gestão e contratação de profissionais ficarão a cargo da administração municipal, enquanto o Governo do Estado ficou com o papel de financiador do empreendimento. Este é o quinto hospital de campanha entregue no Estado, que se junta aos de Belém, Breves, Marabá e Santarém no combate a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.
Primeiro paciente do Hospital chegando para receber atendimentoFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáNo final da tarde desta sexta-feira (17), o Hospital de Campanha de Altamira já recebeu o primeiro paciente. Um agricultor, de 65 anos, sem comorbidades, que veio transferido do Hospital Geral de Altamira e vai ocupar leito clínico. A unidade não será de portas abertas, ou seja, os pacientes serão transferidos via central de regulação de leitos da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
“Nossa intenção é fortalecer a rede estadual para pacientes com o novo coronavírus. Nós estamos implementando ações em cada região, compreendendo as distâncias e garantido, acima de tudo, que o Estado esteja preparado para atender a todos que precisam, eliminando filas e garantindo agilidade. Esta é uma doença que requer celeridade no atendimento, e com este hospital de campanha, somado ao Hospital Regional da Transamazônica, garantiremos isso para vencer o coronavírus”, destacou o governador Helder Barbalho.
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáO novo Hospital de Campanha conta com apoio do Hospital Regional do município para atender a população de nove municípios: Altamira, Medicilândia, Brasil Novo, Pacajá, Uruará, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Anapu.
Equipamentos - No último dia 2 de julho, o Governo do Estado enviou dez respiradores às instalações do hospital. Os equipamentos vão compor dez leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para reforçar a rede pública de saúde da Região do Xingu.
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáOs dez equipamentos de ventilação mecânica são completos, com monitor e bomba de infusão, e fundamentais para a recuperação de pacientes com insuficiência respiratória grave após infecção pelo novo coronavírus. Durante a discurso de entrega do hospital, o governador adiantou que após o período da pandemia, esses equipamentos serão repassados para o Hospital Municipal de Altamira.
Para Nasser Tannus, diretor geral do hospital de campanha de Altamira, a nova unidade vai ajudar a reforçar os leitos para pacientes com Covid-19 na região. “O hospital vai dar suporte para macrorregião e para todo Estado, caso haja necessidade de regulação e transferência de outros pacientes”, completou o gestor.
A disposição da população na região sudoeste, o Estado tem o Hospital Geral de Altamira e o Hospital Regional da Transamazônica. O novo Hospital de Campanha vem reforçar a saúde pública no combate ao novo coronavírus, atualmente são 54 leitos exclusivos para pacientes com sintomas da doença, sendo 36 clínicos e 18 de UTI.
“Nós vamos chegar a 180 leitos em toda região oeste do Pará, um em Santarém, com 120 leitos e agora, 60 leitos aqui em Altamira. A estratégia de montagem dos hospitais de campanha foi de fundamental importância para combatermos a Covid- 19 na região”, frisou Henderson Pinto, secretário de integração regional do oeste do Pará.
O deputado estadual Eraldo Pimenta esteve na comitiva do governador, destacou o novo reforço na saúde pública do Pará. “Há muito tempo essa região era esquecida e nós teremos um reforço do Hospital Regional com mais UTIs no Hospital de Campanha de Altamira. Logo mais entregaremos o hospital de Castelo de Sonhos, que também vai somar na região de Altamira”, disse ele.
A professora Mônica Brito, integrante do coletivo de mulheres negras de Altamira, esteve na inauguração e lembrou do compromisso do governo em relação a criação do hospital. “Após a mobilização de uma rede de entidades da região do Xingu, ficamos com uma grande expectativa, muitas pessoas adoeceram, mas esperamos que de fato, esse hospital atenda as pessoas e resguarde a vida delas, isso é muito importante”, observou ela.  
Asfalto - Ainda em Altamira, o governador Helder Barbalho esteve nas ruas Castelo Branco e Francisco Bandeira, no bairro Santa Benedita. Ele visitou a frente de trabalho do programa “Asfalto Por Todo o Pará”. A obra, que deve ser entregue em breve, contempla asfalto e urbanização nas 21 ruas do bairro.
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáDurante a passagem pelo município, o governador esteve acompanhado pelo secretário de saúde do Estado, Romulo Rodovalho; secretário de integração da região oeste do Pará, Henderson Pinto; deputado federal Júnior Ferrari e deputado estadual Eraldo Pimenta.
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Hemopa Santarém destina bolsas de plasma a pacientes de Covid-19


17/07/2020 14h50 - Atualizada em 17/07/2020 15h59
Por Anna Cristina Campos (HEMOPA)
Foto: Marcelo Seabra / Ag. ParáEsta semana, a Fundação Hemopa enviou seis bolsas de plasma, de pacientes convalescente da Covid-19, de Belém para Santarém. A equipe médica do Hospital Regional do Baixo Amazonas, que ainda tem pacientes internados com a doença, fez o pedido de duas bolsas.
“É um tratamento experimental, mas a gente sabe que significa uma esperança para a recuperação de pacientes com o novo coronavírus. Estamos no combate, junto com as equipes médicas da região, para auxiliar no que for necessário”, disse Joaquim Azevedo, gestor do Hemocentro de Santarém.
Desde o mês de abril, quando o Governo do Estado e a Fundação Hemopa iniciaram os estudos sobre o uso do plasma convalescente de pacientes recuperados do novo coronavírus, já foram coletados o plasma de 40 doadores voluntários aptos no Pará. Sete hospitais receberam o plasma até agora: Santa Casa de Misericórdia, Hospital Barros Barreto, Ophir Loyola, Abelardo Santos, Materno Infantil de  Barcarena, Regional do Baixo Amazonas e Hospital do Coração. 
Foto: Marcelo Seabra / Ag. Pará“O Hemopa possui o plasma convalescente em estoque, com validade de um ano, e também conseguimos formar um importante cadastro de reserva de doadores. O material está disponível para caso haja demanda pelos médicos da rede hospitalar pública e privada”, ressalta o presidente do Hemopa, Paulo Bezerra.
A técnica experimental é utilizada como estratégia de tratamento para pacientes internados na rede hospitalar do Pará. A pesquisa possui a autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). E a solicitação das bolsas de plasma é feita pelas equipes médicas responsáveis pelo paciente internado.
agência brasília