quinta-feira, 16 de julho de 2020

Governo avalia a retomada e o andamento de importantes obras no Estado


15/07/2020 17h53 - Atualizada em 15/07/2020 18h06
Por Paulo Garcia (SEAC)
Foto: DivulgaçãoNa manhã desta quarta-feira (15), o Governador Helder Barbalho se reuniu por videoconferência com representantes das secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac) e executivos da Vale, para tratar sobre a retomada e os avanços de grandes obras no Pará.
Projetos importantes como a Ferrovia Pará, o Polo Metal Mecânico e o projeto Tecnored estiveram na pauta. A Vale também apresentou um relatório sobre os status das obras das sete "Usinas da Paz", projeto do Governo do Estado que faz parte do programa Territórios Pela Paz (TerPaz), coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac).
Foto: DivulgaçãoA mineradora é responsável pelas obras nos territórios da Cabanagem e do Bengui, em Belém, no Icuí-Guajará, em Ananindeua e Nova União, em Marituba, além de três cidades do sudeste paraense: Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá.
“Concluiu-se que as obras estão em um nível esperado, principalmente por estarmos ainda vivendo tempos difíceis com a pandemia, mas de maneira geral, os processos iniciais relacionados ao georreferenciamento, topografia, sondagem e terraplenagem dos terrenos já estão prontos e agora partiremos para a segunda etapa das obras das usinas”, contou Ricardo Balestreri, titular da Seac.
Esta segunda etapa consiste no início das obras de fundação e a preparação das estruturas pré-moldadas nos terrenos. A Vale também informou que estão elaborando uma maquete para que a comunidade, que será atendida pelas Usinas da Paz, conheça melhor a modelagem e os espaços do projeto.
Foto: Alex Ribeiro / Ag. ParáParceria – Ao todo serão construídas dez Usinas da Paz e as obras são executadas em parceria com as empresas Vale e Hydro, que estão arcando integralmente com os custos. O governo não receberá nenhum recurso econômico, mas receberá as Usinas prontas e equipadas. Os investimentos por parte da Vale somarão R$ 102 milhões. A empresa é a responsável pelos projetos executivos das unidades da Cabanagem, Bengui, Icuí, Nova União, Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá. Já por parte da Hydro, o investimento de R$ 60 milhões será destinado à construção dos espaços nos bairros do Guamá, Terra Firme e Jurunas, beneficiando mais de 220 mil pessoas.
Projeto – Coordenadas pela Seac, as Usinas da Paz consistem em grandes complexos públicos, em áreas de aproximadamente 10 mil metros quadrados, com a finalidade de garantir a permanência do Estado nos territórios, com ênfase na prevenção à violência, inclusão social e fortalecimento comunitário, com três eixos fundamentais: assistência, esporte/lazer e cultura.
As UsiPaz terão complexos esportivos, salas de audiovisual, inclusão digital e vários serviços, como atendimento médico e odontológico, consultoria jurídica, emissão de documentos, ações de segurança, atividades profissionalizantes, espaço multiuso para feiras, eventos e encontros da comunidade. Também haverá espaços para cursos livres, dança, artes marciais, musicalização e biblioteca.
Foto: Alex Ribeiro / Ag. ParáAlém de democratizarem o acesso ao esporte, lazer e à produção cultural, essas atividades concretizarão a convivência comunitária e propiciarão a prestação de serviços pelas secretarias estaduais e órgãos governamentais envolvidos no TerPaz.
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Polícia Militar doa 500 kits de higiene bucal para comunidade carente


A iniciativa ajuda a fortalecer um novo relacionamento entre os moradores dessas áreas e a corporação

15/07/2020 18h03 - Atualizada em 15/07/2020 18h51
Por Taiane Figueiredo (PM)
Moradores da comunidade Marrocos, localizada na periferia do município de Bragança, no nordeste do Pará, receberam 500 kits com produtos de higiene bucal, contendo escovas, creme e fio dental. As doações foram entregues na manhã desta terça-feira (14), pela equipe do Programa Itinerante de Atenção à Saúde do Policial Militar (PAS/PM).Os kits foram entregues pela equipe do Programa Itinerante de Atenção à Saúde do Policial MilitarFoto: PMPA / ASCOM
A equipe do Programa Itinerante visita durante o mês de julho os principais balneários do Estado, dando suporte aos policiais militares que trabalham nesses municípios e os que vêm atuando na Operação Verão 2020, e anda a seus dependentes, oferecendo atendimento em diversas especialidades de saúde. Os membros da equipe multidisciplinar perceberam que uma grande demanda de pessoas nas regiões mais carentes procurava os locais de atendimento em busca de consultas médicas e odontológicas, principalmente para crianças.
Durante o mês de julho a equipe percorre os principais balneários do ParáFoto: PMPA / ASCOMOs kits doados para a Polícia Militar pela Coordenação Estadual de Saúde Bucal, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foram distribuídos em uma comunidade conhecida no município pelo alto índice de criminalidade. A líder comunitária Maria Beatriz Ferreira Correa ressaltou a importância da entrega dos kits para a comunidade. “É muito bom receber essa iniciativa. Aqui no nosso bairro as pessoas necessitam desse tipo de atenção, principalmente as nossas crianças. Estamos muito agradecidos e felizes por saber que a PM não está aqui apenas para combater a criminalidade, mas também para nos ajudar a cuidar da saúde na nossa comunidade”, ressaltou.Algumas pessoas receberam em casa os produtos doados pela SespaFoto: PMPA / ASCOM
“Percebemos que muitas pessoas da comunidade nos procuravam na esperança de ser atendidas pelo Programa. Infelizmente, com uma grande procura por parte dos militares, nem todos que foram até o local puderam ser atendidos. Vendo que estávamos com material excedente, resolvemos pedir apoio ao comando do 33º Batalhão para proceder a doação em uma comunidade carente do município. Para a nossa equipe foi uma prazer perceber a felicidade, principalmente das crianças da comunidade”, disse o capitão Glauber Freitas de Oliveira, subdiretor da Odontoclínica da PM.
Para a coordenadora do PAS/PM, capitão Ana Carolina Silva de Miranda, essa ação, além de contribuir com pessoas mais necessitadas, se mostra uma ferramenta eficaz para estabelecer a aproximação entre a PM e os moradores das regiões carentes. “Levar essa ação para as comunidade é de extrema importância, pois contribui para mudar a forma como a população percebe a instituição. Com esse tipo de serviço conseguimos levar saúde para essas pessoas e aproximá-las da corporação. É uma satisfação imensa fazer esse tipo de ação, pois vemos de perto a necessidade das pessoas e podemos, de alguma maneira, contribuir para a melhoria da qualidade de vida delas”, ressaltou a coordenadora. (Texto: Edson Costa).
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Obras de infraestrutura promovem pelo menos 140 mil postos de trabalho no Pará


15/07/2020 18h08 - Atualizada em 15/07/2020 20h58
Por Dayane Baía (SECOM)
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáEstradas, pontes, saneamento e emprego são os benefícios que as obras Governo do Pará devem gerar à população, por meio das Secretarias de Estado de Transportes (Setran) e Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop). O Governo do Estado segue com trabalhos de infraestrutura nas 12 regiões de integração, gerando cerca de 140 mil empregos diretos e indiretos.
De acordo com Pádua Andrade, titular da Setran, obras de três fontes de recurso estão sendo priorizadas. “É um pacote de obras determinado e escolhido pessoalmente pelo governador Helder Barbalho, nunca visto no Estado do Pará pelas fontes Prodeir (Programa de Desenvolvimento e Integração Regional do Estado do Pará), Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e Tesouro do Estado. São aproximadamente 1.500 quilômetros de asfalto com a geração de quase 50 mil empregos diretos e 90 mil indiretos, totalizando cerca de 140 mil postos de trabalho”, afirmou o secretário. 
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáObras como a Trans-Uruará, a Transcarajás, a PA-448 e a PA-256 são alguns dos exemplos, além de aproximadamente 70 pontes que serão construídas ou revitalizadas, com substituição de estruturas de madeira por concreto. “É um desafio muito grande e o governo está de parabéns por esta visão estratégica, onde será beneficiado todo o corredor de soja, facilitando o escoamento da produção agropecuária e de mineração. Isso vai diminuir custo de transporte e facilitar o desenvolvimento do Pará”, complementou Pádua Andrade.
Foto: Alex Ribeiro - Ag. ParáLevar pavimentação asfáltica para as 12 regiões de integração é um dos objetivos do Programa Asfalto por Todo o Pará. “O programa vem gerando emprego em todos os municípios em que está sendo executado. A previsão é que mais de 90 municípios sejam beneficiados. É um projeto que dá qualidade de vida, saneamento básico para todas essas comunidades, gera emprego e faz o giro da economia nos municípios”, afirmou Valdir Acatauassu, secretário adjunto de Gestão e Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas do Estado (Sedop). 
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Pré-Natal do Parceiro está disponível na rede de saúde pública


O serviço busca envolver o homem em todo o processo de planejamento reprodutivo, para que divida responsabilidades nos cuidados com o filho

15/07/2020 18h51 - Atualizada em 15/07/2020 20h27
Por Roberta Vilanova (SESPA)
No Dia Nacional do Homem, comemorado nesta quarta-feira (15 de Julho), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa à população masculina que no Sistema Único de Saúde (SUS) é oferecido o Pré-Natal do Parceiro, atendimento inserido no eixo Paternidade e Cuidado da Política Nacional de Atenção integral à Saúde do Homem (PNAISH).
O Pré-Natal do Parceiro envolve o homem em todo o processo de planejamento reprodutivo, gestação, parto, puerpério e desenvolvimento da criança, integrando-o nos cuidados com a saúde, para que divida com a mãe a responsabilidade pelos cuidados com o filho. Dessa forma, o pai passa a ter também um acesso melhor para cuidar da própria saúde.Pré-Natal do Parceiro mostra aos homens a necessidade dos cuidados com a saúdeFoto: Roberta Vilanova / Sespa
Portanto, essa estratégia pode ser considerada uma importante porta de entrada do SUS para a população masculina, pois ao acompanharem a mulher na consulta do pré-natal, os homens serão abordados por profissionais de saúde, passando a ter acesso às consultas de pré-natal, exames de rotina, testes rápidos, aferição de pressão arterial e verificação das medidas antropométricas, atualização do cartão de vacina e participação nas atividades educativas, além do incentivo a participar do parto e dos cuidados com a criança.
Para ter acesso ao programa, basta o homem ir junto com parceira para iniciar o pré-natal. Mas para que isso ocorra da melhor forma possível é fundamental que os profissionais estejam capacitados para fazer essa abordagem, já que a população masculina costuma ser resistente ao autocuidado.
Videoconferência – Com base nessas diretrizes do Programa, a Coordenação de Saúde do Homem realizou nesta quarta-feira, às 10 h, a videoconferência “Pré-Natal do Parceiro”. Organizado pela Coordenação Estadual de Saúde do Homem, o evento teve como convidado o técnico da Coordenação de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Francisco Norberto Moreira da Silva, e contou com a participação de profissionais que trabalham a Política de Saúde do Homem nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), coordenadores de Saúde da Mulher e do Homem de diversos municípios e dos Centros Regionais de Saúde da Sespa, num total de 75 pessoas.Diego Cutrim,coordenador estadual de Saúde do Homem, destacou a importância da paternidade responsávelFoto: Roberta Vilanova / Sespa
Segundo o coordenador estadual de Saúde do Homem, Diego Cutrim, o objetivo foi abordar o pré-natal do parceiro e a importância da paternidade responsável, dispositivos que estão inseridos na Política Nacional de Atenção integral à Saúde do Homem. “Eles trazem diversos benefícios para a família, como o compartilhamento de responsabilidades no cuidado do recém-nascido, redução de episódios de violência doméstica, diminuição de casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo a sífilis congênita, e a busca ativa do homem para inseri-lo nos serviços de saúde do SUS, diminuindo o índice de comorbidades e mortalidade do público masculino”, explicou.
A Coordenação Estadual de Saúde do Homem também capacita profissionais de saúde em oficinas, realizadas nos 13 Centros Regionais de Saúde, fomentando e promovendo a PNAISH, que ainda registra baixa adesão no Pará. “Estamos trabalhando para reverter esse cenário e superar obstáculos, tais como falta de financiamento por parte do Ministério da Saúde, pouco engajamento dos gestores municipais, receio dos homens de descobrirem doenças e assumirem algum tipo de fragilidade, e outros preconceitos culturais do gênero masculino”, ressaltou o coordenador estadual.
agência pará 

PM entrega cestas de alimentos para comunidade carente de Soure


15/07/2020 19h21
Por Taiane Figueiredo (PM)
Foto: 8º BPM / Divulgação
A Polícia Militar, por meio do 8°Batalhão (8°BPM), doou, nesta quarta-feira (15), 20 cestas básicas para moradores da comunidade da Pedra, no município de Soure, na região do Marajó. A doação ocorreu com o objetivo de minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
A iniciativa partiu do major Marco Antônio Nogueira, subcomandante do 8° BPM, responsável pelo comando do batalhão, que arrecadou os alimentos com a ajuda de amigos. ‘’Atitudes como essa são importantes porque aproximam a Polícia Militar da comunidade, contribuindo para a construção da relação de confiança e respeito entre a instituição e os municípios”, disse o militar.
A região do Marajó foi uma das mais afetadas pela doença em todo o Estado. Desde o início da pandemia, o 8° Batalhão da PM tem feito diversas ações sociais em Soure, incluindo distribuição de máscaras para comunidades do município.
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Alimentação saudável é parte do tratamento no Hospital Ophir Loyola


Pacientes de câncer precisam de uma dieta equilibrada para ajudar em todas as etapas da luta contra a doença

15/07/2020 20h45 - Atualizada em 15/07/2020 21h45
Por Carol Menezes (SECOM)
O tratamento oncológico requer uma assistência individualizada e contínua quando o assunto é nutrição. A paciente Diana Cristina Boulhosa, 39 anos, está aprendendo isso durante o combate a um câncer na tireoide, no Hospital Ophir Loyola (HOL). Internada desde a última sexta-feira (10), ela passará por cirurgia e deve receber alta no final desta semana. Diana conta que a alimentação saudável e planejada vai manter não só o seu bem-estar, mas também contribuir com seu processo de recuperação. Ela já sente a diferença no pré-operatório.A paciente Diana Cristina Boulhosa (e) recebe as orientações de profissionais do HOLFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
"Em casa a gente sempre dá uma exagerada, né? Legume, por exemplo, era uma coisa que eu não comia de jeito nenhum. Mas aqui eu como e me sinto mais disposta, mesmo internada. É um hábito que vou levar para casa, até porque faço academia", relata. O cardápio de Diana, assim como o de todos os pacientes que passam pelo HOL, é cuidadosamente elaborado por uma equipe de 18 profissionais, dentre membros da Coordenação de Nutrição do HOL, e pelos nutricionistas de produção. Tudo é levado em consideração: o tipo de tratamento que o paciente faz, as deficiências e faltas no organismo, principalmente no sistema imunológico, e tudo que possa influenciar naquilo que possa deixar o paciente se sentindo bem antes, durante e depois dos procedimentos.
Protocolos - O planejamento alimentar é executado por uma empresa terceirizada, sob a vigilância permanente da equipe do “Ophir Loyola”, que fiscaliza se o que foi produzido está de acordo com o determinado, e sempre seguindo protocolos de higiene extremamente rígidos, que se tornaram ainda mais exigentes por conta da pandemia de Covid-19. "Tudo é verificado por nós, desde os processos de higienização básicos durante o preparo dos alimentos, como o uso de álcool em gel para limpeza das mãos, luvas quando necessário, até a chegada de cada refeição, que já vem identificada com o nome de cada paciente e suas necessidades, algo que também é conferido antes de ser entregue a quem vai comê-las", explica Jucicleide Rodrigues Farias, nutricionista clínica do quadro efetivo do HOL.
Ela informa que não há uma dieta específica que afaste a possibilidade de contaminação pelo novo coronavírus, tampouco uma específica e recomendada para a recuperação de quem foi contaminado. "O que existe é a alimentação saudável, que deve ser praticada em qualquer momento, independente de qualquer infecção. Mas claro que, dependendo do quadro prévio da pessoa, são feitas adaptações. Por exemplo, se é identificada a necessidade de suplementação de vitaminas", ressalta. Neste caso, a tríade composta por frutas, verduras e legumes é obrigatória em todas as opções.Roberto Rodrigo Alves da Silva já aprendeu a importância da alimentação equilibradaFoto: Ricardo Amanajás / Ag. Pará
Fibras também fazem parte do cardápio, e o controle de sódio é extremo. Nada de frituras de proteína animal, alimentos que passam por cura ou salga - como embutidos e salgados. Alimentos típicos da região, como nossas farinhas refinadas, e frutos como manga e goiaba, são recorrentes. Água, o solvente universal e fundamental para toda e qualquer ação celular, é de extrema importância para fechar a soma de equilíbrio e variedade. Tudo sempre de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Nutrição, do Guia Alimentar da População Brasileira e de outras entidades regulamentadoras.
Orientação - Já que entre a necessidade e a escolha existe um caminho nem sempre curto ou fácil de lidar, os nutricionistas ainda cumprem o papel de orientar pacientes e acompanhantes sobre a importância da nutrição como parte do processo terapêutico. "Assim como não é possível, em situação de enfermidade, escolher qual o remédio será administrado, o mesmo ocorre com a comida. A alimentação precisa ser vista como terapêutica não só em situação de doença, mas em todo momento, como algo fundamental para garantir a saúde e o bem-estar", reforça Jucicleide Farias.
A nutricionista Jucicleide Farias ressalta os cuidados desde a higienização básicos durante o preparo dos alimentosFoto: Ricardo Amanajás / Ag. ParáEsse atendimento também é prestado àqueles atendidos pelos serviços ambulatoriais, no sentido de estimulá-los à prática de comer de forma saudável. Se a condição do internado não permite a alimentação via oral, a equipe de Nutrição também participa da composição daquilo que é administrado via sonda - condição quase sempre temporária, e sempre em reavaliação pela equipe multidisciplinar.
Nas cinco refeições diárias os pacientes têm suas evoluções clínicas acompanhadas pelos profissionais, e dependendo daquilo que é constatado o cardápio pode ser alterado.
Internado para tratamento cirúrgico por conta de um tumor no tórax, Roberto Rodrigo Alves da Silva, 26 anos, aprendeu a gostar de salada de frutas no HOL. "Em casa eu não comia de jeito nenhum! Era só açaí com frango ou com carne. Só que aqui eu aprendi a gostar, e na volta, principalmente durante a recuperação, eu vou comer também", conta o paciente, que admite se sentir melhor após adotar a alimentação prescrita pela equipe de nutricionistas. Jucicleide Farias já fez uma recomendação para o momento pós-recuperação. "Não tem problema nenhum em misturar essa salada de frutas ao açaí que você gosta", orienta, confirmando que a alimentação pode ser saudável e saborosa.
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Secult divulga lista de inscrições homologadas ao II Curso de Formação em Ópera


15/07/2020 21h14 - Atualizada em 15/07/2020 21h40
Por Iego Rocha (SECULT)
Foto: Wagner Santana / Ag. ParáA Secretaria de Estado de Cultura (Secult) publicou, nesta quarta-feira (15), no site do XIX Festival de Ópera do Theatro da Paz, a lista de inscrições homologadas ao II Curso de Formação em Ópera. Conforme previsto em edital, a etapa consiste na validação  de todos os documentos solicitados no ato de inscrição. Os recursos podem ser apresentados até à meia-noite desta sexta-feira (17). Recursos devem ser enviados pelo e-mail contato@festivaldeoperatp.com.
Após a análise dos recursos, uma nova lista será publicada no site da Secult e do Festival de Ópera, no sábado (18), com os nomes homologados para concorrer às bolsas. Serão ofertadas 80 bolsas no valor de R$ 4,2 mil, divididas em cinco parcelas mensais de R$ 840 (incidindo, sobre esses valores, os devidos descontos legais, como auxílio de custo e eventuais despesas).
Por conta da pandemia do novo coronavírus, a edição 2020 do Festival de Ópera do Theatro da Paz terá como foco a formação, que será feita totalmente em salas de aula virtuais, até o mês de dezembro, com as modalidade I e II - a primeira para cantores e a segunda para técnicos de espetáculos, com 40 vagas em cada um. O funcionamento será entre segunda e sexta-feira, das 14h às 22h.
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Obras de infraestrutura ampliam oportunidades de desenvolvimento nas regiões Xingu e Tapajós Drenagem e pavimentação de vias chegam a Rurópolis e Trairão como parte dos investimentos do governo estadual 15/07/2020 23h39 - Atualizada hoje 01h16 Por Matheus Rocha (SEDOP) Foto: Ascom Sedop Com a pavimentação, as áreas urbanas ganham condições para novos investimentos Foto: Ascom Sedop Há quatro anos o cabeleireiro Hélio Bahia montou uma barbearia na Rua Mário Covas, uma das vias beneficiadas por obras estaduais de drenagem profunda e pavimentação no município de Rurópolis, no oeste do Pará. "Quando cheguei aqui as coisas eram diferentes. Nesses quatro anos, agora vi que as coisas estão mudando. Tô gostando. Espero que saia logo o asfalto. Agora tenho um novo ânimo de vida, uma nova perspectiva. Acredito que agora a cidade vai mudar", afirmou o cabeleireiro. Além da Rua Mário Covas, outras 19 vias vão receber as obras de urbanização. Um investimento do governo do Estado na infraestrutura do município, que vai ampliar as condições para o desenvolvimento e proporcionar mais qualidade de vida à população. Essa é a expectativa do prefeito de Rurópolis, Joselino Padilha (PMDB), para quem "o asfalto é um benefício muito importante para a nossa cidade. No inverno é um problema grande de lama, e no verão a poeira. Esse trabalho vem trazer benefícios e qualidade de vida para a população, pois atende às necessidades do povo de Rurópolis".Foto: Ascom Sedop A dona de casa Maria Souza acompanha as obras na Avenida Pará Foto: Ascom Sedop Acesso à educação - Além de Rurópolis, obras de pavimentação estão sendo executadas no município de Trairão, no sudoeste, que vai dispor de 12 quilômetros de vias pavimentadas. Os benefícios já começaram a chegar à Rua Fernando Guilhon, no bairro Industrial, onde está localizada a Escola de Ensino Infantil Pequeno Príncipe. Segundo a professora Priscila Oliveira, “nossa situação melhorou bastante depois que colocaram o asfalto. Antes chovia e ficava tudo sujo, com lama. Nossos alunos tinham dificuldade para acessar a escola". Foto: Ascom Sedop Até o final de 2020 as obras de drenagem e pavimentação devem ser concluídas Foto: Ascom Sedop Para o prefeito de Trairão, Valdinei Ferreira (PSDB), a pavimentação é um anseio da população local. "É um projeto rico de drenagem, calçada e meio-fio, que vem para amenizar problemas como lama e poeira. Essa pavimentação vai ajudar bastante o nosso povo", garantiu o gestor municipal. Foto: Ascom Sedop Morador de Rurópolis, o cabeleireiro Hélio Bahia está animado com as obras na sua rua Foto: Ascom SedopAs obras de pavimentação e drenagem profunda integram o Programa Municípios Sustentáveis e contam com investimentos externos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e do New Development Bank (NDB), instituições internacionais que apoiam a realização de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. O investimento vai gerar novas perspectivas para 12 municípios das regiões de Integração Xingu e Tapajós. No município de Uruará as obras em execução já trouxeram novo ânimo para os moradores, como a dona de casa Maria Souza, moradora da Avenida Pará. "Antes eu estava muito triste. Agora só tenho que agradecer. Nossa rua era só buraco e lama. A gente não tinha nem como sair. Agora vamos ter uma nova vida", disse a moradora. Os trabalhos do governo estadual prosseguem até o final de 2020. A previsão é que em dezembro as obras de drenagem e pavimentação sejam concluídas em todos os municípios beneficiados pelo programa.


Drenagem e pavimentação de vias chegam a Rurópolis e Trairão como parte dos investimentos do governo estadual

15/07/2020 23h39 - Atualizada hoje 01h16
Por Matheus Rocha (SEDOP)
Com a pavimentação, as áreas urbanas ganham condições para novos investimentosFoto: Ascom SedopHá quatro anos o cabeleireiro Hélio Bahia montou uma barbearia na Rua Mário Covas, uma das vias beneficiadas por obras estaduais de drenagem profunda e pavimentação no município de Rurópolis, no oeste do Pará. "Quando cheguei aqui as coisas eram diferentes. Nesses quatro anos, agora vi que as coisas estão mudando. Tô gostando. Espero que saia logo o asfalto. Agora tenho um novo ânimo de vida, uma nova perspectiva. Acredito que agora a cidade vai mudar", afirmou o cabeleireiro. 
Além da Rua Mário Covas, outras 19 vias vão receber as obras de urbanização. Um investimento do governo do Estado na infraestrutura do município, que vai ampliar as condições para o desenvolvimento e proporcionar mais qualidade de vida à população. Essa é a expectativa do prefeito de Rurópolis, Joselino Padilha (PMDB), para quem "o asfalto é um benefício muito importante para a nossa cidade. No inverno é um problema grande de lama, e no verão a poeira. Esse trabalho vem trazer benefícios e qualidade de vida para a população, pois atende às necessidades do povo de Rurópolis".A dona de casa Maria Souza acompanha as obras na Avenida ParáFoto: Ascom Sedop
Acesso à educação - Além de Rurópolis, obras de pavimentação estão sendo executadas no município de Trairão, no sudoeste, que vai dispor de 12 quilômetros de vias pavimentadas. Os benefícios já começaram a chegar à Rua Fernando Guilhon, no bairro Industrial, onde está localizada a Escola de Ensino Infantil Pequeno Príncipe. Segundo a professora Priscila Oliveira, “nossa situação melhorou bastante depois que colocaram o asfalto. Antes chovia e ficava tudo sujo, com lama. Nossos alunos tinham dificuldade para acessar a escola".Até o final de 2020 as obras de drenagem e pavimentação devem ser concluídasFoto: Ascom Sedop
Para o prefeito de Trairão, Valdinei Ferreira (PSDB), a pavimentação é um anseio da população local. "É um projeto rico de drenagem, calçada e meio-fio, que vem para amenizar problemas como lama e poeira. Essa pavimentação vai ajudar bastante o nosso povo", garantiu o gestor municipal. 
Morador de Rurópolis, o cabeleireiro Hélio Bahia está animado com as obras na sua ruaFoto: Ascom SedopAs obras de pavimentação e drenagem profunda integram o Programa Municípios Sustentáveis e contam com investimentos externos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e do New Development Bank (NDB), instituições internacionais que apoiam a realização de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. O investimento vai gerar novas perspectivas para 12 municípios das regiões de Integração Xingu e Tapajós.
No município de Uruará as obras em execução já trouxeram novo ânimo para os moradores, como a dona de casa Maria Souza, moradora da Avenida Pará. "Antes eu estava muito triste. Agora só tenho que agradecer. Nossa rua era só buraco e lama. A gente não tinha nem como sair. Agora vamos ter uma nova vida", disse a moradora.
Os trabalhos do governo estadual prosseguem até o final de 2020. A previsão é que em dezembro as obras de drenagem e pavimentação sejam concluídas em todos os municípios beneficiados pelo programa.
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Senado aprova MP de ajuda ao setor aéreo



Da Redação | 15/07/2020, 18h27
Em sessão remota nesta quarta-feira (15), o Plenário do Senado aprovou a medida provisória (MP)  925/2020, que trata da ajuda ao setor aeronáutico e aeroportuário durante a pandemia do coronavírus. A MP disciplina o reembolso e a remarcação de passagens de voos cancelados durante a pandemia, regula o pagamento de tarifas e acaba com o adicional de embarque internacional. Aprovada na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 23/2020, a matéria segue para a sanção da Presidência da República.
O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) atuou como relator. Ele disse que a MP tem o objetivo de promover um alívio imediato no fluxo de caixa das empresas do setor de aviação civil. Eduardo Gomes ressaltou que, com a crise gerada pelo coronavírus, a demanda por voos domésticos caiu 93% e a de voos internacionais, 98%. Por isso, a MP atende aos requisitos de relevância e urgência, pois empresas de aviação e de turismo estão “completamente arrasadas”, comprometendo empregos e geração de renda.
— A matéria é extremamente urgente e tem o objetivo de veicular medidas emergenciais para atenuar os efeitos da crise decorrente da pandemia da covid-19 na aviação civil brasileira — argumentou o senador.
Eduardo Gomes defendeu a aprovação do texto na forma como saiu da Câmara dos Deputados. Segundo o relator, a versão da Câmara resolveu as principais dificuldades surgidas durante a vigência da MP, além de ter avançado sobre pontos importantes e urgentes do setor aéreo. Ele apresentou apenas uma emenda de redação, para deixar mais clara uma referência legal.
Outra questão lembrada pelo relator é que a MP tem validade apenas até esta quinta-feira (16). Qualquer alteração no texto faria a MP retornar para a Câmara dos Deputados. Assim, depois de entendimento entre as lideranças, os destaques apresentados pelos senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) foram retirados, e o relatório de Eduardo Gomes foi aprovado com 72 votos favoráveis e apenas dois contrários. 

Importância

Rogério Carvalho reconheceu a importância da MP para ajudar o setor se reestabelecer. Ele, no entanto, cobrou das empresas de aviação mais atenção na ampliação da malha aérea. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) elogiou a qualidade do relatório e o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) classificou a matéria como importante e urgente. O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que as empresas aéreas sofreram e ainda estão sofrendo muito com a crise. Daí a importância da MP.

Transporte terrestre

Os senadores Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Acir Gurgacz (PDT-RO), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Wellington Fagundes (PL-MT) e Daniella Ribeiro (PP-PB) manifestaram apoio à matéria, mas pediram mais atenção do governo com o valor das tarifas aéreas e com as empresas de transporte terrestre.
— O transporte terrestre precisa de um olhar diferenciado do governo e do Congresso Nacional — afirmou Mecias.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores criticam vetos do governo ao Marco Legal do Saneamento


Da Redação | 15/07/2020, 19h08
O veto parcial do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao projeto que atualiza o novo Marco Legal do Saneamento Básico (PL 4.162/2019), sancionado nesta quarta-feira (15), foi recebido com críticas pelos senadores. Ao todo, o texto recebeu 11 vetos em relação ao projeto aprovado pelo Senado no fim de junho. Na sessão plenária, parlamentares se disseram surpresos com a extensão dos vetos, que prejudicariam a eficácia da lei e teriam extrapolado os acordos celebrados com o governo para a aprovação da matéria.
O Marco Legal do Saneamento Básico facilita privatizações no serviço de saneamento, prorroga o prazo para o fim dos lixões, e estabelecer cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e coleta de esgoto para 90% da população até o fim de 2033.
O novo marco torna obrigatória a abertura de licitação, envolvendo empresas públicas e privadas, para contratação de companhias de água e esgoto, com prazo para efetivação dos serviços até 31 de dezembro de 2033. Essa efetivação será de 99% no caso do fornecimento de água potável e de 90% na coleta e tratamento de esgoto.
Para que as cidades encerrem os lixões a céu aberto, o prazo agora vai do ano de 2021 (era até 2018), para capitais e suas regiões metropolitanas, até o ano de 2024 (era até 2021), para municípios com menos de 50 mil habitantes. A regulação do saneamento básico vai ficar a cargo da Agência Nacional de Águas (ANA), mas o texto não elimina as agências reguladoras de água locais.

Pontos vetados

O texto da lei ainda não foi publicado no Diário Oficial da União. A sanção ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto e contou com a participação de ministros do governo. O presidente participou por videoconferência, devido ao cumprimento do isolamento social após ter sido diagnosticado com covid-19. Na cerimônia, foi divulgado que foram vetados 11 pontos do projeto do novo marco legal do saneamento básico, mas o Palácio do Planalto divulgou apenas três.
Entre os vetos, está o trecho que permitia que estatais que prestam os serviços hoje renovassem contratos por mais 30 anos sem licitação. Também foi vetado trecho que, segundo o governo, impediria que o setor de resíduos sólidos se beneficiasse das licitações do que foi definido no marco para o esgotamento sanitário ou para água potável. E os que criavam uma nova regra para indenização de investimentos não amortizados das prestadoras de saneamento.
Na justificativa do veto parcial, o governo argumentou que os dispositivos contrariam os objetivos do marco legal, que busca promover competitividade e eficiência por meio de contratos de concessão com licitação.

Empresas estatais

O senador Otto Alencar (PSD-BA) atacou principalmente o veto à renovação de contratos sem licitação, o que, segundo ele, contrariou a palavra empenhada das lideranças do governo. Ele considera que o veto gerará dificuldades para as estatais de abastecimento de água.
— Esse é um ato contra os interesses das empresas estatais, que vai lesar muito os seus ativos, vai dificultar muito as suas ações — lamentou.
No mesmo sentido, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sublinhou que “compromissos são feitos para serem cumpridos”.
— Nós estamos falando de entendimento, de diálogo e de conciliação há um ano e meio aqui. Eu levanto essa bandeira e tenho o apoio da maioria esmagadora dos senadores. Agora, não pode fazer entendimento e não cumprir o entendimento — disse o presidente do Senado.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE), que votou contra o projeto, observou que os vetos presidenciais contribuem para reduzir o valor das estatais no mercado. Por sua vez, ao atribuir a Bolsonaro a responsabilidade exclusiva pelos vetos, o senador Major Olímpio (PSL-SP) reconheceu que os líderes do governo “vão até o limite do que podem” para cumprir sua palavra. E o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) repercutiu a possibilidade de problemas para a Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) em decorrência dos vetos.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) entende que o veto “vai contra todo o entendimento” para preservar os ativos públicos no saneamento e relembrou o compromisso que os parlamentares assumiram quando votaram a matéria.
— Que a atração do capital privado, que é super bem-vinda, não signifique vender por preço de banana ou a qualquer preço os ativos públicos.
Líder do governo no Senado, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entende que a sanção sinaliza maior abertura do saneamento para o capital privado, tendência confirmada, segundo ele, pela forte alta das ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nesta data. Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da proposta, disse esperar que os vetos possam ser derrubados no Congresso. Ele recebeu com surpresa os 11 vetos: o acordo com o governo envolvia somente três, sob a expectativa de que o texto pudesse ser aprimorado na regulamentação.
— É um tiro no pé que o governo está dando. Não foi feita sequer uma insinuação de que isso poderia acontecer — afirmou Tasso.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Veja os principais pontos da MP de socorro ao setor aéreo


Da Redação | 15/07/2020, 19h31
A medida provisória da ajuda ao setor aéreo (MP 925/2020) foi aprovada nesta quarta-feira (15) no Senado e segue agora para a sanção da Presidência da República. A MP está em vigor desde o dia 18 de março, com validade até esta quinta-feira (16).
A versão apresentada pelo governo possuía apenas quatro artigos. A MP, no entanto, foi ampliada na Câmara dos Deputados, passando a conter 13 artigos — devido às alterações, a medida provisória foi transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 23/2020. O texto prevê medidas de amparo às companhias aéreas, às concessionárias de aeroportos e aos trabalhadores aeroviários durante a pandemia de coronavírus, além de tratar do reembolso de passagens aéreas. O também faz mudanças no Código Brasileiro de Aeronáutica. Veja, abaixo, os principais pontos da matéria.

Reembolso de passagens

Os deputados detalharam as regras para reembolso de passagens aéreas. O texto original dizia apenas que o prazo de reembolso do valor da passagem pelas companhias aéreas seria de 12 meses. Antes da edição da MP, esse prazo era de sete dias. A Câmara esclareceu que essa nova regra se aplica a voos compreendidos no período de 19 de março a 31 de dezembro deste ano e acrescentou a atualização monetária com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O texto também esclarece que essas regras de reembolso valem não só para voos cancelados, mas também para os atrasados ou interrompidos por mais de quatro horas. Valem também para as passagens pagas com milhas, pontos ou crédito. O novo prazo para reembolso, no entanto, não se aplica a quem desistir da passagem aérea com antecedência de no mínimo sete dias em relação à data de embarque. Nesse caso, o reembolso deverá ser feito em até sete dias e continuam valendo as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não se aplicando as regras relacionadas ao período de pandemia.
Além do reembolso, o projeto oferece outras opções ao consumidor. Ele poderá optar por um crédito de valor maior ou igual ao da passagem cancelada, que deverá ser usado no prazo de 18 meses, ou, quando possível, por ser reacomodado em outro voo, mesmo que de outra companhia. Essa passagem poderá ser remarcada sem ônus. Caso opte pelo reembolso, o consumidor estará sujeito ao pagamento de eventuais penalidades contratuais.
Ainda de acordo com o texto, "em caso de cancelamento do voo, o transportador, por solicitação do consumidor, deve adotar as providências necessárias perante a instituição emissora do cartão de crédito ou de outros instrumentos de pagamento utilizados para aquisição do bilhete de passagem, com vistas à imediata interrupção da cobrança de eventuais parcelas que ainda não tenham sido debitadas, sem prejuízo da restituição de valores já pagos".
FGTS
O projeto permite a aeronautas e aeroviários que tiveram suspensão total ou redução de salários, devido à crise que abala o setor, fazer até seis saques mensais da conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Quem teve o salário totalmente suspenso poderá sacar até R$ 3.135 por vez. Já quem teve o salário reduzido poderá fazer seis saques de R$ 1.045.

Empréstimos às companhias

Segundo o projeto, o Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) poderá emprestar recursos, até 31 de dezembro, às empresas do setor aéreo que comprovem prejuízo devido à pandemia. Entre elas, as companhias aéreas de voos regulares, as concessionárias de aeroportos e os prestadores de serviço auxiliar. O texto altera a Lei 12.462, de 2011, que criou o fundo.
A taxa incidente será a Taxa de Longo Prazo (TLP), hoje em 4,94% ao ano. O prazo para pagamento será até 31 de dezembro de 2031, com carência de, no máximo, 30 meses. O fundo poderá também conceder garantia de empréstimo, limitada a R$ 3 bilhões, com execução somente a partir de 1º de janeiro de 2021.
Os recursos do fundo também poderão ser usados pelas companhias aéreas, de acordo com o projeto, para custeio de eventuais despesas decorrentes de responsabilidade civil por danos causados por atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos contra suas aeronaves.

Renegociação de outorga

Segundo o texto, as concessionárias dos aeroportos poderão pagar as parcelas anuais de outorga, fixas ou variáveis, até o dia 18 de dezembro, reajustadas pelo INPC, e renegociar o valor dessas parcelas. Além disso, o projeto altera a Lei 13.499, de 2017, que trata dos critérios para a celebração de aditivos contratuais relativos às outorgas nos contratos de parceria no setor aeroportuário, para estabelecer que as repactuações possam ser feitas mais de uma vez, havendo manifestação de interessados no prazo estabelecido pelo Ministério da Infraestrutura.
A matéria também permite a redução do pagamento de parcelas fixas em até 50% do originalmente pactuado, amplia o limite de aumento da parcela original de 50% para 75%, por meio da diminuição do valor daquelas cujo vencimento esteja mais próximo, e prevê a possibilidade de troca da outorga fixa pela outorga variável. Os efeitos orçamentários e financeiros das alterações previstas em 2020 serão compensados pela devolução de recursos transferidos para a Infraero com a finalidade de aporte de capital nas concessionárias de aeroportos e pelo cancelamento de dotações ou restos a pagar com a mesma finalidade.

Taxas aeroportuárias

O texto aprovado atualiza a Lei 6.009, de 1973, que dispõe sobre a exploração dos aeroportos, para prever que os preços pagos pela utilização de áreas, edifícios, instalações, equipamentos, facilidades e serviços de um aeroporto sejam devidos “à entidade responsável pela administração do aeroporto”. Atualmente, a lei estipula o pagamento ao extinto Ministério da Aeronáutica ou à Infraero. O projeto também permite que as administradoras dos aeroportos estabeleçam sistema próprio para processamento, cobrança e arrecadação das tarifas aeroportuárias, de modo a permitir a cobrança da tarifa de embarque juntamente com a cobrança da passagem.
Foi incluído na Lei 13.319, de 2016, que extingue o Adicional de Tarifa Aeroportuária, o perdão de débitos da Infraero decorrentes das atividades de faturamento, de cobrança, de arrecadação ou de repasse do Adicional de Tarifa Aeroportuária, ainda que de responsabilidade de terceiros.
O texto acaba ainda com o adicional da tarifa de embarque internacional a partir de 1º de janeiro de 2021. Até lá, a Lei 9.825, de 1999, que dispõe sobre o recolhimento ao Tesouro Nacional de parcela da tarifa de embarque internacional, vai limitar o repasse desse adicional, por parte dos operadores aeroportuários, aos valores repassados pelas empresas aéreas. Ou seja, caso as empresas aéreas deixem de repassar os valores devidos ao Fnac, os operadores aeroportuários não precisarão cobrir a diferença.

Código Brasileiro de Aeronáutica

O projeto também altera o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565, de 1986). A norma passa a vigorar com um novo artigo, segundo o qual a indenização por dano moral por falha da execução de transporte fique condicionada à demonstração por parte do reclamante. Caberá ao consumidor ou ao remetente da carga provar que houve “um prejuízo efetivo”, e sua extensão, para que possa pleitear a indenização.
Outra mudança no código prevê que o dano decorrente de atraso do transporte aéreo de passageiro não será de responsabilidade do transportador quando se “comprovar que, por motivo de caso fortuito ou de força maior, foi impossível adotar medidas necessárias, suficientes e adequadas para evitar o dano”. O texto atual cita apenas: “se ocorrer motivo de força maior ou comprovada determinação da autoridade aeronáutica, que será responsabilizada”.
O projeto inclui ainda no código uma lista de eventos que podem ser classificados como “caso fortuito ou força maior”. Entre eles, está a decretação de pandemia ou publicação de atos de governo que dela decorram, com vistas a impedir ou a restringir o transporte aéreo ou as atividades aeroportuárias. Essas novas regras valem também para atrasos ou falha em transporte de carga.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado