terça-feira, 14 de julho de 2020

Cesb: paranaense conta o que fez para colher 118,8 sacas de soja por hectare



Neto e filho de agricultores, Laércio Dalla Vecchia é de Mangueirinha e se dedica a estudar manejos diferentes e debater a agricultura com outros produtores
Colher mais de 90 sacas por hectare, em uma área reservada para concurso, pode parecer uma tarefa alcançável, não é mesmo? Mas será que é tão fácil assim, se a proposta for fazer isso reduzindo custos e, em toda a fazenda? Pois foi exatamente isso que agricultor Laércio Dalla Vecchia, de Mangueirinha (PR) conseguiu, tornando-se campeão Nacional do Desafio Cesb de Máxima Produtividade de Soja da safra 2019/2020.
Ao todo, ele colheu 118,8 sacas de soja por hectare, em uma área de sequeiro, acreditem ou não. Mas para quem o conhece, não há espanto nesse resultado. Até porque ele faz questão de dividir todo o conhecimento adquirido com os muitos seguidores que possui no Facebook e nos grupos técnicos de Whatsapp, que estão lotados.
O Soja Brasil participa de um desses grupos e, de fato, o que se vê ali são debates diários, com muitas informações técnicas, regadas a muitas perguntas e considerações de todos os participantes, entre eles: produtores, engenheiros agrônomos e até doutores em agronomia. O próprio Laércio não se conteve quando soube que era o campeão, ouçam abaixo!
E, os agradecimentos não pararam por ai, já que o produtor faz questão de dividir com os demais a sua vitória e conquista.
Claro que os grupos que o produtor mantém estavam em uma festa só, pena que, como muitos disseram, a pandemia não permitiu um grande churrasco de comemoração!
O próprio Laércio faz questão de ressaltar que não concluiu uma faculdade na área que ama “é apenas agricultor”, completa. Mas isso não faz a menor diferença quando o assunto é agricultura. Para ele, os grupos não têm carácter de auto promoção, mas sim, de debater as muitas possibilidades que os manejos diferentes ocorridos em outras fazendas possam lhe agregar em sua produção.
“Não sou formado, sou agricultor. E todo o conhecimento que possuo hoje é empírico. Tenho pelo menos três grandes grupos técnicos de debate de agricultura. É muita informação, muita troca de experiências e conhecimentos. O que funciona para um, pode não dar certo com o outro, mas testamos para aprender e entender o que é melhor para nossa área”, destaca.
Desafio Cesb
Há cinco anos o agricultor já participa do Desafio de Máxima Produtividade do Cesb e estava bastante radiante antes mesmo de saber que havia ganhado, pois conseguir colher mais de 90 sacas por hectare na média, era um sonho antigo.
“Claro que é o sonho de qualquer produtor colher bem, é uma premissa básica, está sempre nos pensamentos de qualquer um. E, desde sempre, eu tinha como referência as produtividades apresentadas no Cesb. Sempre falava pra mim, nossa se eles conseguem passar dos 100 sacos por hectare, porque eu não consigo. O que preciso para superar essa marca? Me fiz essa pergunta muitas vezes”, comenta Laércio.
As primeiras tentativas de produzir mais sacas por hectare não deram muito certo. E Laércio sabe bem onde errou. Na verdade, o erro dele ainda é a falha de muitos agricultores no país.
“Sempre tentei mudar algo no manejo para conseguir esse algo a mais. Em um determinado momento eu coloquei na cabeça que para colher mais, eu deveria gastar mais. Cheguei a separar talhões pequenos e neles mantinha um manejo muito diferente do resto da área. Era um manejo muito mais caro, algo que seria inviável fazer em toda a área. Mas queria tentar chegar aos números do Cesb”, relembra.
Laércio foi bastante honesto em relembrar que os resultados não vieram após gastar mais. Isso, aliás, é algo muito ressaltado pelo Cesb. “O Cesb sempre destacou que a rentabilidade é um dos pontos mais importantes para o agricultor. Tanto que a média dos participantes é de um retorno de R$ 2,5 para cada real investido”, diz o diretor de marketing do Cesb, Nilson Caldas.
Após se perguntar diversas vezes o que estava faltando, Laércio relembrou da agricultura raiz, herdada de seus avós, vindos da Itália para tentar a vida no Brasil.
“Foi aí que me debrucei em todo o processo e percebi que estava faltando o básico. Eu me preocupei com detalhes e produtos, mas não me atentei ao básico na agricultura.Ou seja, não estava dando atenção as premissas do plantio direto: menor revolvimento possível do solo, maior cobertura de plantas, com pelo menos 8 toneladas de palhada sobre o solo por hectare, rotação correta de culturas, cuidado com a nutrição do solo. Todas essas coisas estavam de lado”, ressalta.
Pois foi isso que ele fez, mudou tudo, apostou no básico da agricultura e o resultado foi o de vencedor nacional do desafio Cesb. “Hoje, toda a área que planto usa o mesmo manejo, como se toda ela fosse para participar do Cesb. Com um monitoramento intensivo de pragas e doenças, fazendo aplicações no momento certo e na quantidade necessária. E o melhor, com custos mais baixos”, ressalta Laércio.
Ao todo a fazenda possui 190 hectares de lavouras e o Cesb poderia pegar qualquer talhão que o resultado seria parecido. “O talhão vencedor do Cesb não teve nenhuma aplicação de inseticida. Isso é motivo de orgulho pra mim, pois não só economizei dinheiro, como obtive um resultado incrível, isso só com monitoramento”, comemora ele.
Sabe aquele sonho de superar os 100 sacos em uma pequena área? Pois é, ele realizou e gastando menos. Mas se você veio até esta parte da reportagem e ainda não sabe qual o segredo dele e as técnicas usadas para colher tudo isso, você não entendeu nada.
“Todo o ano é uma história diferente, com mais ou menos pressão de doenças, clima adverso etc. Não existe uma receita de bolo na agricultura. Mas uma coisa o produtor pode fazer para se dar bem. Esteja presente na lavoura, monitore, faça uma agricultura adequada. Afinal os agroquímicos não aumentam a produção, eles servem para manter a produção estável. Se quer ampliar sua produção, invista no solo, na rotação de culturas e no monitoramento”, destaca.
Tal pai, tal filho
A história da família Dalla Vecchia, provavelmente é igual a de muitos outros produtores do Sul. Os avós, agricultores da Itália, vieram para o Brasil para tentar ter uma vida melhor. Os país de Laércio seguiram os mesmos passos e serviram de exemplo ao vencedor do Cesb.
Laércio conta que desde muito novo já gostava de ficar nas lavouras acompanhando os trabalhos do familiares. “Quando era criança minha maior alegria é quando tocava o sinal da escola e eu podia correr de volta pras lavouras. Não só eu, como meus irmãos também amavam a agricultura, tanto que brigavam para dirigir o trator do pai”, relembra ele.
Mas Laércio não só queria brincar na lavouras, como as outras crianças, queria aprender, tanto acompanhava de perto o que os familiares faziam e falavam sobre as áreas.
“Lembro até hoje de uma coisa que os adultos faziam e desde criança comecei a fazer também. Sempre que a gente encontrava um amigo agricultor eu já ia perguntando quanto a lavoura dele tinha rendido, o que ele tinha feito a mais para conseguir aquilo. Era engraçado uma criança perguntar aquelas coisas. Mas eu não repetia, eu observava mesmo e tinha curiosidade de saber o que tinha de diferente”, relembra.
As brincadeiras também eram bastante temáticas, já que na maioria das vezes partiam de ser um agricultor na lida diária com a sua área. Curiosamente, um dos filhos de Laércio, tomou gosto pelo menos tipo de diversão.
“Eu ficava lá, brincando de fazer meus silos, brincando de puxar soja. E, é engraçado perceber que um dos meus filhos, faz a mesma coisa. Tem até a sua própria lavourinha, com plantio de verdade, mix de cobertura e manejo diferenciado”, comenta o pai todo orgulhoso.

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Por Daniel Popov, de São Paulo
canal rural 

Bolsonaro diz estar "muito bem" e que deve fazer novo exame de covid-19 nesta terça

POLÍTICA
Bolsonaro ataca imprensa após demissões de jornalistas ...


O presidente afirmou que está em isolamento em um quarto no Palácio da AlvoradaImagem: Reprodução/YouTube
Da Reuters, no Rio de Janeiro
13/07/2020 19h17
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que está se sentindo "muito bem" e que fará novo exame de covid-19 nesta terça-feira(14), podendo voltar ao trabalho no Palácio do Planalto caso fique demonstrado que está livre do novo coronavírus.
Bolsonaro afirmou ainda, em entrevista por telefone à CNN Brasil, que está em isolamento em um quarto no Palácio da Alvorada, exceto nos momentos em que vai a um escritório dentro do palácio para despachar.

Prefeito e presidente da câmara de Barra Mansa são afastados por suspeita de corrupção

BRASIL
MPRJ cumpre mandados de busca e apreensão na prefeitura, câmara e em outros quatro endereços. O G1 entrou em contato com os representantes dos investigados, mas não obteve retorno.
Prefeito e presidente da Câmara de Barra Mansa são afastados por ...
FOTO: REPRODUÇÃO G1
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil realizam na manhã desta terça-feira (14) uma operação para cumprir 11 mandados de busca e apreensão na prefeitura e Câmara dos Vereadores de Barra Mansa, no Sul do Rio de Janeiro. O objetivo é investigar casos de corrupção no município. O prefeito Rodrigo Drable (MDB) e o presidente da câmara Paulo Chuchu (SOLIDARIEDADE) foram afastados dos cargos.
G1 entrou em contato com os representantes dos investigados, mas até a última atualização desta reportagem não obteve retorno.
A denúncia foi feita por um vereador, que disse ter recebido uma proposta no valor de R$ 30 mil para votar a favor das contas do prefeito na votação que aconteceu em maio de 2020.
Segundo o MPRJ, os mandados também estão sendo cumpridos em outros quatro endereços relacionados a suspeitos de fazerem parte de uma organização criminosa.
Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Barra Mansa — Foto: Divulgação/Rose Gomes/ TV Rio Sul
Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Barra Mansa — Foto: Divulgação/Rose Gomes/ TV Rio Sul

Além do prefeito e presidente da câmara, estão sendo investigados o vereador Zélio Resende (PRTB) e o coronel da Polícia Militar Jorge Ricardo da Silva, que ocupa um cargo comissionado da prefeitura. Os dois também foram afastados das funções públicas.

G1

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a terça-feira


As notícias que você precisa saber agora para começar bem a terça ...

Ritmo acelerado das exportações de boi gordo, avanço na colheita do milho e tensão entre China e Estados Unidos estão entre as informações importantes de hoje

Por Felipe Leon, com agências de notícias

  • USDA: lavouras de milho têm 69% de condição boa ou excelente, ante 71% na semana anterior e 70% estimadas pelo mercado, de acordo com a Reuters
  • USDA: lavouras de soja têm 68% de condição boa ou excelente, ante 71% na semana anterior e 70% projetadas por investidores
  • Boi: exportações de carne bovina seguem em ritmo forte na segunda semana de julho
  • Milho: colheita da safrinha 2020 atinge 31,7% da área estimada, diz Safras & Mercado
  • Soja: piora nas condições das lavouras surpreende mercado, porém pressão de baixa com clima e acordo comercial gera novas quedas em Chicago
  • No Exterior: suspensão de algumas medidas de flexibilização na Califórnia assusta mercado; tensão entre China e EUA volta ao radar
  • No Brasil: indicador de atividade econômica do Banco Central é destaque para apostas no mercado de juros
Agenda:
  • Departamento de Trabalho dos EUA: inflação ao consumidor de junho
  • Deral: desenvolvimento das lavouras do Paraná
  • Banco Central: Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de maio
Boi: exportações seguem em ritmo forte na segunda semana de julho 
As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada tiveram crescimento de quase 14% em volume nas duas primeiras semanas de julho na comparação com julho de 2019. A Scot Consultoria registrou estabilidade dos preços em R$ 218 por arroba com pagamento à vista em São Paulo e R$ 222 pelo boi padrão China.
A Safras & Mercado identifica preços um pouco mais altos em São Paulo, com as cotações passando de R$ 219 para R$ 220, e em Uberaba (MG) de R$ 214 para R$ 215.
Milho: colheita da safrinha 2020 atinge 31,7% da área estimada, diz Safras & Mercado
De acordo com levantamento da Safras & Mercado, a colheita da safrinha 2020 de milho atingia 31,7% da área estimada de 13,4 milhões de hectares na última sexta-feira (dia 10). No mesmo período do ano passado, a colheita estava em 47,9%, enquanto que a média dos últimos cinco anos para o período é de 30%.
Exportações ainda seguem lentas e nos oito primeiros dias úteis de julho os embarques totalizaram 809,4 mil toneladas, uma média de 101,2 mil por dia e cerca de 61% abaixo do registrado em julho do ano passado.
No mercado físico brasileiro, as cotações interromperam uma sequência de alta e não resistiram a novas baixas em Chicago. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou que 69% das plantações estavam em condição boa ou excelente até a última semana, uma queda de dois pontos percentuais na comparação semanal e abaixo da expectativa de mercado, coletada pela Reuters.
Soja: piora nas condições das lavouras surpreende mercado, porém pressão de baixa com clima e acordo comercial gera novas quedas em Chicago
O USDA registrou piora de três pontos percentuais na qualidade das lavouras de soja dos Estados Unidos, sendo que a expectativa do mercado coletada pela Reuters era de piora mais modesta, de um ponto percentual. Porém, previsões de chuva em áreas produtoras nos EUA e dúvidas em relação ao acordo comercial com a China pesaram mais nas cotações.
No Brasil, as exportações seguem em ritmo bastante forte com embarque de quase 500 mil toneladas nas duas primeiras semanas de julho, o que representa um aumento de cerca de 51% em relação a 2019.
No Exterior: suspensão de algumas medidas de flexibilização na Califórnia assusta mercado; tensão entre China e EUA volta ao radar
O governo da Califórnia anunciou que deve voltar atrás em algumas medidas de flexibilização do isolamento social em virtude do aumento de casos de coronavírus. O mercado reagiu mal à decisão com receio de que isso se estenda para outros estados americanos. A tensão entre China e EUA voltou ao radar do mercado com críticas dos americanos às reivindicações de Pequim em relação ao Mar do Sul da China.
A nova Lei de Segurança em Hong Kong também gera atritos há alguns dias. Por fim, os dados de exportações e importações da China surpreenderam positivamente o mercado, e pelo lado econômico, sustentam ainda algum otimismo na recuperação.
No Brasil: indicador de atividade econômica do Banco Central é destaque para apostas no mercado de juros 
Os investidores estão divididos em relação ao próximo movimento do Banco Central para a taxa Selic. A Bloomberg informa que a curva de juros precifica 50% de chance de um novo corte de juros. Dessa forma, o mercado aguarda o indicador de atividade econômica do Banco Central para atualizar as estimativas em relação aos juros. Os indicadores mais recentes têm registrado recuperação mais forte que o estimado, e caso isso seja confirmado, os investidores podem zerar as apostas por novas reduções de taxas.
por ; canal rural 

Consumo de café deve cair no mundo pela 1ª vez em quatro anos, diz USDA

PANDEMIA
Com o isolamento social, o hábito de consumir café fora ficou mais difícil, já que a quantidade da bebida que é preparada em casa não compensa o volume que não está sendo produzido em cafeterias e restaurantes
Qual a hora certa para tomar café?
FOTO: REPRODUÇÃO
O consumo global de café deve cair este ano pela primeira vez desde 2011, prevê o Departamento de Agricultura dos EUA. Isso ocorre mesmo com um enorme aumento na compra de café no supermercado em meio ao carregamento da despensa. As paralisações para cafés e restaurantes - que normalmente representam cerca de 25% da demanda - foram esmagadoras, e pode demorar um pouco até que as coisas voltem a se recuperar.
O desaparecimento da cultura do café está acontecendo em todas as principais regiões. O pesquisador Marex Spectron estima que mais de 95% do mercado fora de casa tenha sido fechado em algum momento durante a pandemia. É a última reviravolta cruel do coronavírus, que afastou tanto as pessoas que nem mesmo o simples prazer de ficar com um café com leite é seguro.
Para a Notes, uma rede de cafeterias de Londres, as restrições estão diminuindo na cidade, mas a maioria dos seus 10 cafés que atendem a trabalhadores de escritório permanece fechada."Será um retorno lento e desconcertado para nós, já que muitos escritórios em Londres não voltarão até depois do verão e alguns poderão abrir apenas no próximo ano", disse o co-fundador Robert Robinson.
Os consumidores demonstraram hesitar em jantar novamente em massa, à medida que as economias reabrem. As cafeterias, que geralmente dependem dos passageiros da manhã e do fim da tarde, foram especialmente afetadas. O Dunkin 'Brands Group Inc. perdeu grande parte da multidão do café da manhã durante a pandemia de coronavírus, enquanto a Starbucks Corp. está reformulando seu modelo, lançando um formato de “pickup” de loja que não possui nenhuma das mesas e cadeiras que tradicionalmente faziam seu cafés um ponto de encontro popular.
"Se você sentir vontade de tomar um cappuccino, encomendá-lo on-line não funciona realmente, pois o café tem tudo a ver com o aspecto social", disse Robinson.
Uma recuperação prejudicada da demanda de café pode ser devastadora para os cerca de 125 milhões em todo o mundo que dependem da colheita. Os produtores já estavam enfrentando uma crise financeira depois que anos de colheitas provocaram um mercado de preços baixos. O Citigroup Inc. prevê que o futuro do café arábica possa cair cerca de 10% no segundo semestre do ano, para cerca de 90 centavos de dólar por libra-peso, pairando perto dos custos de equilíbrio. Enquanto isso, a Organização Internacional do Café alertou para os perigos do trabalho infantil nas regiões produtoras, à medida que a pobreza aumenta para os agricultores.
A Suplicy Cafés Especiais do Brasil, uma das maiores redes de cafés do país, foi forçada a adiar pagamentos aos agricultores por cargas que já haviam sido entregues. Enquanto isso, os pedidos de novos suprimentos serão retomados apenas gradualmente, disse o CEO Felipe Braga em entrevista por telefone.
A Suplicy opera 25 lojas, a grande maioria das quais foi fechada pelas restrições do Covid-19 desde meados de março. Uma parte reabriu recentemente em meio a restrições de bloqueio, mas depois foram fechadas mais uma vez porque não havia clientes suficientes chegando.
Ainda assim, alguns operadores de lojas estão tomando medidas para mudar seu modelo de negócios, o que poderia ajudar a desencadear alguma recuperação.
As duas cafeterias Bandit de Max Crowley, nos bairros Midtown e Chelsea, em Nova York, continuam “em pausa”, prejudicadas pelo fechamento de escritórios locais. Enquanto isso, ele acaba de abrir um novo local para Hamptons na cidade de Southampton, um enclave para onde muitos moradores da cidade de Nova York fugiram para o auge da pandemia e para onde os moradores prósperos passam o verão.
“O tráfego de Manhattan ainda é muito leve. O Hamptons está muito ocupado. Faz sentido para nós. É para onde muitos de nossos clientes vão ”, disse Crowley.
Na Ásia, o mercado de café que mais cresce, o consumo em restaurantes e cafés deve se recuperar na segunda metade do ano, à medida que muitos países emergem de bloqueios, de acordo com Tan Heng Hong, analista de alimentos e bebidas da APAC da empresa de pesquisa de mercado Mintel . E o USDA também prevê uma recuperação na demanda global no próximo ano.
Ainda assim, uma segunda onda global de infecções pode interromper a reabertura de planos. O McDonald's Corp. interrompeu a retomada de todos os serviços de restauração em seus restaurantes nos EUA, à medida que o vírus explode em áreas em todo o país. E mesmo que as lojas abram, os medos de contágio podem continuar mantendo os clientes afastados. A Starbucks opera cerca de 95% das lojas da empresa nos EUA, mas as vendas comparáveis ​​caíram 43% em maio.Além disso, há a crise econômica, que geralmente estimula os consumidores a reduzir suas despesas com refeições.
A sensação do café Dalgona - uma bebida macia e chicoteada feita com café instantâneo que foi popularizado nas mídias sociais - mostra que os consumidores estão tentando recriar a experiência divertida do café em casa. Isso pode acabar ajudando a resgatar os preços do café robusta, usado em variedades instantâneas, para determinar o preço do arábica mais caro.
"Acreditamos que os consumidores diminuam os preços e se voltam mais para o café instantâneo mais barato, enquanto aperta o cinto em meio às perspectivas econômicas sombrias", Taohai Lin, analista de varejo e consumidor da Fitch Solutions. "Os consumidores continuarão adotando a bebida caseira e o café instantâneo, tanto porque ainda evitarão ir aos cafés, quanto também porque geralmente é uma alternativa mais barata".
Fonte:
 Bloomberg