segunda-feira, 13 de julho de 2020

Começam as obras do desvio de trânsito na ESPM


Medida é necessária para a construção de dois novos viadutos na via. Recursos são de mais de R$ 7,6 milhões 

Arte: Secretaria de Obras

Já estão em andamento as obras de construção do desvio de trânsito na altura do quartel do Corpo de Bombeiros, na Estrada Setor Policial Militar (ESPM). O desvio se faz necessário por causa da interdição da via no acesso ao Eixo W, para quem trafega em direção ao centro do Plano Piloto; e no acesso ao Eixão, para os motoristas que circulam no sentido Aeroporto.
Durante as obras, previstas para durar 15 dias, o trânsito não sofrerá qualquer impacto. “Somente após a conclusão do desvio é que vamos interditar a via”, explica o subsecretário de acompanhamento e fiscalização de obras, Ricardo Terenzi. “Essa alteração no trânsito perdurará durante toda a obra de construção dos viadutos”.
Os trabalhos
A ESPM começa a ser revitalizada para compor o Corredor Eixo Oeste. Dividida em duas partes por questões de logística e segurança, a obra começa no trecho entre o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar e o Terminal da Asa Sul (TAS). Serão feitos serviços de drenagem e pavimentação, além da construção de dois viadutos, ao custo de R$ 7.667.020. A previsão é que as obras sejam concluídas em um ano.
Segundo o secretário de Obras, Luciano Carvalho, o material utilizado no pavimento para circulação dos ônibus será o concreto, que tem maior durabilidade. “Além disso, os novos viadutos vão desafogar o trânsito, minimizando os engarrafamentos e os transtornos enfrentados diariamente pelos motoristas que trafegam pela região, especialmente nos horários de pico”, destaca.
Os serviços da primeira etapa serão iniciados com a construção dos dois viadutos. Um deles, no projeto identificado como Viaduto 62, será erguido na alça de acesso da ESPM ao Eixo W – o “eixinho de cima”. Terá 8 metros de altura, 33 metros de comprimento e 19 metros de largura.
Já o Viaduto 63, localizado na alça de acesso ao Eixo Rodoviário L (ERL, conhecido como “eixinho de baixo”), no sentido L4, terá 29 metros de comprimento, 15 metros de largura e altura aproximada de 8 metros. “Além disso, serão cerca de 2 km de pavimentação e 850 metros de drenagem”, esclarece o secretário.
Corredor Eixo Oeste
Com 38,7 quilômetros de extensão, esse corredor prevê o alargamento de pistas e a construção de faixas exclusivas nas principais vias de ligação do Sol Nascente/Pôr do Sol com o Plano Piloto, como a Avenida Hélio Prates, a Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) e a ESPM, que leva ao Terminal da Asa Sul.
38,7 kmExtensão prevista para o Corredor Eixo Oeste
O objetivo é reduzir em meia hora o tempo de deslocamento até o Plano Piloto. As obras serão executadas por trechos, pois seria inviável fazer todas as intervenções de uma vez no trânsito. Além da revitalização da Avenida Hélio Prates, o corredor contempla diversas outras obras, tais como a construção de viadutos e do túnel de Taguatinga.
 AGÊNCIA BRASÍLIA 

Com informações da Secretaria de Obras

Novo viaduto em Sobradinho vai resolver trânsito no acesso à cidade


Com aporte de R$ 34 milhões, obra será erguida próxima à quadra 2 e vai beneficiar 45 mil condutores diariamente

Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília
Atenção moradores de Sobradinho e região: o trânsito da cidade vai fluir ainda mais com a construção de um novo viaduto no acesso à cidade pela BR-020, próximo à quadra 2, em uma das entradas da região administrativa.
Apelidado de viaduto do Comper – pela proximidade com o supermercado – a obra viária está com projeto pronto e deve ser licitada ainda em julho. A previsão é que as obras comecem em setembro. 
Essa intervenção viária trará alívio aos mais de 45 mil condutores que trafegam diariamente no local, além de oferecer mais uma opção de acesso a Sobradinho. Atualmente, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), responsável pela obra, está em fase final de captação de recursos. O valor a ser investido no viaduto é de R$ 34 milhões incluindo toda a estrutura viária, serviço de terraplenagem, encabeçamento entre outros.  
“Este viaduto é para resolver de vez o trânsito ali naquela região. Ele é uma das nossas prioridades e a intenção é começar a obra ainda este ano. Aquele acesso a Sobradinho é complicado porque tem muita interferência no trânsito nos dois lados, tanto no sentido de Planaltina como no sentido de Sobradinho”, explica o superintendente de obras do DER/DF, Cristiano Cavalcante. 
O viaduto de Sobradinho é um dos cinco que o Governo do Distrito Federal vai erguer para resolver ou aliviar o fluxo de veículos em pontos de tráfego intensos nas cidades do DF. Além deste na região administrativa, outros quatro serão construídos no Recanto das Emas, Paranoá, Itapoã, Riacho Fundo e Jardim Botânico. Acesse este link para saber sobre as outras obras. 
Ciclovia 
A chegada do viaduto será acompanhada de outra importante intervenção. Como trabalhar a mobilidade e integrar diferentes meios de transporte é uma das missões do governo local, o viaduto também ganhará uma ciclovia a pedido do governador Ibaneis Rocha.
A ciclovia que vai cruzar o viaduto do Comper, em Sobradinho, terá uma extensão de 25 km entre Planaltina e Sobradinho. Ela terá início na Avenida Independência, em Planaltina, e vai terminar no Balão do Colorado, percorrendo o Complexo Viário Joaquim Roriz.
Embora venha para integrar toda a mobilidade da região, a ciclovia será licitada a partir de um projeto diferente do viaduto. Ela fará parte do projeto de ampliação das faixas de rolamento entre Sobradinho e Planaltina. Nos dois sentidos, será pavimentada uma nova faixa de rolamento. 
A ciclovia terá início na Avenida Independência, em Planaltina, sendo construída neste lado da pista até a primeira passarela no sentido Planaltina-Sobradinho, Lá, ela muda de sentido e passa a ser construída no sentido de quem vai para Sobradinho até a quadra 2, no futuro viaduto do Comper. Deste ponto até o condomínio Império dos Nobres a ciclovia será erguida nos dois sentidos da pista.
E do Condomínio Império dos Nobres até o balão do Colorado ela volta para o lado do sentido de Sobradinho. Ao longo do percurso haverá essas alterações e as mudanças serão feitas com passarelas, semelhante ao que ocorre na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), por exemplo. 
 AGÊNCIA BRASÍLIA 

UBS 9 de São Sebastião ganha estrutura para pacientes com sintomas gripais


Unidade também recebeu diversas melhorias estruturais nas áreas externas e internas

Em meio à pandemia do novo coronavírus, os serviços de saúde precisaram se adequar à nova realidade. Dentro desse contexto, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 9 de São Sebastião alterou o fluxo de atendimento e os pacientes com sintomas gripais que chegam na UBS são atendidos em uma área coberta, ampla, ventilada e exclusiva para esse atendimento.
“A adequação do espaço foi possível com o contrato de manutenção predial ativo na Região de Saúde Leste. Adequamos a UBS para atender o paciente que chega com quadro respiratório em separado do paciente com outros sintomas”, explica a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua.
Foram feitas adequações na área externa, com adequação das calçadas, facilitando o acesso à unidade para os usuários com mobilidade reduzida. A UBS recebeu pintura e adequação na farmácia para organização do serviço a fim de incluir a dispensação de psicotrópico. As obras duraram 45 dias. 
Uma sala multiuso foi instalada ao lado da cobertura com espaço para vacinação, medicação e acolhimento. Para a gerente da UBS 9, Augusta Viviane, as adequações contribuem para o trabalho do servidor e para melhor receber os pacientes, uma vez que houve um aumento significativo no fluxo de atendimento durante a pandemia. “Ainda estamos em processo de estruturação desses e de outros serviços no local para melhor acolher nossos usuários nesse novo espaço”, explica.
Atendimentos
São Sebastião possui 17 UBSs, sendo que 13 são compostas por 25 equipes de estratégia de saúde da família. As equipes atendem aproximadamente 86 mil moradores da região.
Em média, a Unidade Básica de Saúde 9 faz 200 atendimentos diários em diversos serviços como: vacina, consultas agendadas, demanda espontânea, curativo, medicação, teste rápido (sífilis, hepatite, HIV, dengue e covid-19), glicemia capilar, marcação de exames, cadastramento domiciliar e individual, e orientação em saúde.
*Com informações da Região de Saúde Leste
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Distrito Federal ajuda empresas a abrirem mais rápido



Etapas de análise para obter registro empresarial registraram, em junho, o menor tempo de execução em todo o país

Disponibilidade de serviços digitais e reforço no teletrabalho contribuem para o índice positivo registrado no DF para abertura de empresas |Foto: Divulgação / Jucis
Graças ao ambiente 100% digital, à integração entre os órgãos e ao regime de teletrabalho implementados pela Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal (Jucis-DF), empresários e contadores podem contar com um serviço eficiente, mesmo com a pandemia da Covid-19. O resultado é traduzido pelo Boletim de Empresas do Ministério da economia: o DF segue como a unidade federativa mais ágil em abertura de empresas no Brasil.
Em junho deste ano, foi registrado, no Distrito Federal, o menor tempo de abertura de empresas: um dia. No comparativo com maio, isso representa uma redução de 10,1%. Durante esse mesmo período, em nível nacional, o maior tempo demandado para abrir uma empresa Brasil foi de 12 dias e 23 horas.
1 diaTempo gasto, em junho, para cumprir todos os trâmites de abertura de empresa no DF
Etapas de abertura
Esse tempo de abertura de empresas considera as etapas de viabilidade de endereço, feito no DF pelas administrações regionais; as validações cadastrais tributárias, responsabilidade da Secretaria de Economia; e a análise das juntas comerciais. O estudo feito pelo Ministério da Economia foca na interação entre todos os órgãos envolvidos na abertura de empresas.
“Sabemos das dificuldades que os setores produtivo e comercial estão enfrentando nesse momento, por isso toda a nossa equipe está empenhada em oferecer o melhor atendimento possível”, destaca o presidente da Jucis-DF, Walid Sariedine. “Ficamos contentes com o reconhecimento do governo federal às políticas públicas do DF, em especial as adotadas pela Junta Comercial.”
O titular da autarquia lembra que esse desempenho positivo se deve à liberdade e ao apoio recebidos do governador Ibaneis Rocha. “Porém, não podemos nos dar por satisfeitos”, adverte. “O momento agora é de buscar, em parceria com outros órgãos, como a Secretaria de Empreendedorismo, mais formas de ajudar o empresariado brasiliense a superar essa crise provocada pelo novo coronavírus”.
Com informações da Jucis-DF
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Escrituras da antiga Shis podem ser solicitadas junto à Codhab



Interessados deverão digitalizar e enviar os documentos por e-mail. Medida é para evitar aglomeração

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) iniciou nova campanha para entregar escritura pública de compra e venda da antiga Sociedade de Habitação de Interesse Social (Shis).
Os interessados em solicitar a liberação da escritura deverão digitalizar e enviar todos os documentos informados abaixo pelo e-mail da Gerência de Crédito Imobiliário: etiene.lessa@codhab.df.gov.br. Além disso, é imprescindível acrescentar nome e número de telefone para contato.
 1. Certidão de ônus reais do imóvel atualizada (com a averbação de alteração de situação civil em sendo o caso);
2. Cópia de Certidão de Casamento (se for o caso), do RG e CPF (do casal);
3. Cópia da cadeia completa de procurações atualizadas, (se for o caso);
4. Cópia do carnê do IPTU com a informação do imóvel a ser escriturado.
Após o envio, os documentos serão anexados aos autos administrativos do respectivo endereço. Posteriormente, a Codhab irá entrar em contato com o morador para agendar a entrega individual da escritura.
Essa medida foi adotada para evitar aglomeração, atendendo ao Decreto nº 40.583, pelo Governo do Distrito Federal, para conter a proliferação de casos da Covid-19.
*Com informações da Codhab
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Tempo recorde: reformas em escolas de Planaltina



GDF investe na revitalização de espaços escolares. Alguns projetos foram concluídos, uns estão em andamento e outros por vir

Fotos: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Em visita a Planaltina na última quarta-feira (8), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, prometeu à comunidade local benefícios imediatos para duas escolas da região, com garantia de que as obras começassem já no dia seguinte. E assim foi feito.
“Vinte e quatro horas depois já tinham homens trabalhando no projeto de um auditório para uma de nossas escolas”, conta o coordenador regional de ensino de Planaltina, Bento Alves dos Reis, referindo-se ao Centro Educacional, Pompílio Marques de Souza.
“Vai ser importante porque será um espaço a mais não apenas para nossos alunos, mas para os moradores, que não tem lugar para realizar eventos comunitários”, comemora o diretor da instituição, Welton Rabelo.
Futuramente com capacidade para abrigar 500 alunos, o espaço multimídia, orçado em mais de R$ 400 mil – via emenda parlamentar -, deve ficar pronto entre o final de outubro e o início de novembro deste ano. A outra, é a cobertura da quadra poliesportiva da Escola Classe 16 já iniciada, também, na semana passada. Na manhã dessa segunda-feira (13), operários finalizavam a colação das bases de aço aonde serão fincadas as colunas de apoio de sustentação do telhado.
É outra revitalização que será importante tanto para os alunos, quanto para a comunidade local. É o que acredita o morador Alair Mendes, responsável por uma escola de futebol independente que movimenta cerca de 300 alunos e que não tem onde treinar. “Ficamos animados porque agora a turma não vai tomar chuva nem sol”, agradece ele. “É um espaço que vamos abrir também para a comunidade”, adianta o diretor Wellington de Mesquita.
Escola Mãe do DF
Praticamente todas as 65 escolas de Planaltina receberam algum tipo de revitalização desde 2019. As verbas para os projetos que, em alguns casos já foram finalizados, estão em andamento ou ainda estão por vir, saíram de três vertentes: emenda parlamentar, contrato de manutenção da Secretaria de Educação ou Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf), instituído pela Lei Distrital 6.023/2017. Em alguns casos, a escola, de um jeito ou de outro, foi contemplada com os benefícios.
Fundado por religiosos vindo do Rio de Janeiro, o Centro Fundamental 02, mais conhecido como Escola Paroquial, é uma das instituições de ensino mais antigas do DF. São 83 anos de tradição. O que leva o espaço a ser chamado carinhosamente também por docentes e moradores de “Escola Mãe da nossa cidade”. Ali, foram gastos cerca de R$ 750 mil em reformas. A mais importante delas, a cobertura de uma das quadras já foi finalizada pela Novacap, porém, ainda falta inaugurar. “Não deu tempo, por causa da pandemia”, lamenta a diretora Neiva de Oliveira Badu, há 25 anos na instituição.
Além do estacionamento ampliado, dos banheiros masculinos e femininos reformados e da construção de uma passagem que liga o pátio central às quadras da escola, o CEF 02 também teve toda a parte elétrica renovada. “O quadro de energia era dos anos 60”, conta o vice-diretor Luis Cláudio Torres. “Agora ganhamos um novinho em folha”, diz.
A escola também passou por manutenção no pátio central que, ampliado, ganhou um palco novo e espaço mais confortável para atender os quase 1.100 alunos das 40 turmas. “Agora todos os alunos cabem no pátio sem tumulto e desconforto”, disse a diretora. “A maioria dessas melhorias era uma demanda de mais de 30 anos”, explica Neiva.
O Centro Educacional 03, localizado numa das áreas de maior vulnerabilidade social da cidade, também passou por reformas no banheiro, colocação de forros em dois pavilhões, piso de granitina (nome dado aos grãos de rochas moídas, derivados de um processo de moagem seletiva) no lugar de um chão rudimentar, blindex e cerâmica na parede externa da cantina.
“Os tetos desses pavilhões davam dó no período de chuva”, lembra o diretor Ronaldo Victor dos Santos. “Uma melhoria que com certeza os alunos e pais ficarão felizes de ver”, destaca.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Parque ganha reforma em portões depois de décadas de degradação


Equipamentos e a mão de obra foram doados pela iniciativa privada

Novas estruturas vão conferir mais controle de acesso e poder de ração ao vandalismo | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília
Depois de mais de 20 anos de uso, os portões do Parque da Cidade serão reformados. Alguns precisaram ser até mesmo refeitos, de tão danificados que ficaram devido à ação do tempo e de vândalos.
Os equipamentos e a mão de obra foram doados pela iniciativa privada, que atendeu a um pedido do administrador do Parque da Cidade, Silvestre Rodrigues da Silva, com este propósito. Além de ferragem nova, as estruturas vão receber roldanas.
“A população merece ter um local para praticar suas atividades bem conservado e seguro. E a Sinduscon [Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal], o grupo Irmãos Gravia, a Ademi [Associação de Empresas do Mercado Imobiliário] e a Asbraco [Associação Brasiliense de Construtores] entenderam isso e colaboraram”, agradece Silvestre.
Segundo o administrador, o parque possui seis entradas e a mesma quantidade de saídas. Ficarão à disposição dessas passagens 17 portões. A quantidade se faz necessária devido ao tamanho diferenciado de cada acesso. “Tem entrada que exige três portões”, acrescentou Silvestre.
De acordo com ele, a chegada dos portões não é um indicativo de que o Parque da Cidade irá fechar em algum período. Pelo menos por enquanto, já que o espaço reabriu depois de 76 dias fechado em razão da pandemia de Covid-19 provocada pelo novo coronavírus.

Vandalismo

No início do ano, conta Silvestre, a sugestão de fechamento do parque em algum período do dia foi aventada em uma reunião do administrador com representantes das forças de Segurança, entre as quais as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros (CBMDF) e o Departamento de Trânsito (Detran). A sugestão foi uma solução considerada diante dos atos de vandalismo verificados frequentemente no local.
“Sugeriram que a gente fechasse os portões por volta da meia-noite e os reabrisse às 5h ou 6h”, revelou.
Em um breve passeio pela reserva ambiental urbana dá para conferir o temor das autoridades quanto à manutenção do parque. O Pedalinho, uma das áreas de lazer mais frequentadas, é um exemplo das marcas deixadas pela ação criminosa de vândalos.
Alguns portões precisaram ser refeitos de tão danificados que estavam | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília
Os castelos de miniatura estão pichados e sujos, repletos de fezes. O administrador Silvestre Rodrigues da Silva diz que limpeza e conservação são feitas sistematicamente, mas basta cair a noite para que os vândalos retornem ao lugar e danifiquem tudo. “É como enxugar gelo”, compara.
Os frequentadores reclamam da sujeira do Pedalinho e das pichações. A estudante Lorena Claudia de Souza, 33 anos, mora no Riacho Fundo II e diz gostar mais de estudar sob a sombra de uma árvore do que aproveitar a estrutura do Pedalinho, que conta com bancos e cobertura. “Dificilmente vejo criança aí dentro do Pedalinho. Está uma bagunça mesmo”, lamentou Lorena, para quem fechar os portões de madrugada é uma forma possível de acabar com o vandalismo.
O mesmo defende o morador de Valparaíso Pablo Vitor Cardoso, 22. Ele foi com a namorada, Sâmara Reis, 18, e a irmã dela, Eliza Reis, 9, para passar uma manhã no parque. Um dos pontos mais requeridos pela menina Eliza foi o Pedalinho. “Não deixei ela brincar porque está sujo e quebrado. Uma pena, porque a gente veio de longe e não pode aproveitar”, lamentou.

Mais controle

Enquanto o fechamento do parque não é determinado – decisão que cabe ao governador Ibaneis Rocha –, a chegada dos portões pode significar mais controle das autoridades sobre a poligonal.
Parque possui seis entradas e a mesma quantidade de saídas | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília
Além de espaço para a prática de esporte e lazer, o parque serve como rota de fuga de engarrafamento e economia de trajeto por motoristas que residem no Cruzeiro e no Sudoeste. Em eventos grandes, como Copa do Mundo, ou até mesmo em tempos de pandemia, ficará mais fácil limitar o número de acessos com o fechamento de algumas entradas, o que facilita a sua fiscalização – a poligonal possui uma área de mais de 4,2 milhões de metros quadrados.
As tarefas de conservação da área e segurança são um dificultador para os servidores do parque, devido ao tamanho da reserva. O serviço só é feito com a ajuda de órgãos e funcionários terceirizados, como as empresas que prestam serviço para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável por poda de árvores e limpeza quase que diariamente.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Escrituras da antiga Shis podem ser solicitadas junto à Codhab



Interessados deverão digitalizar e enviar os documentos por e-mail. Medida é para evitar aglomeração

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) iniciou nova campanha para entregar escritura pública de compra e venda da antiga Sociedade de Habitação de Interesse Social (Shis).
Os interessados em solicitar a liberação da escritura deverão digitalizar e enviar todos os documentos informados abaixo pelo e-mail da Gerência de Crédito Imobiliário: etiene.lessa@codhab.df.gov.br. Além disso, é imprescindível acrescentar nome e número de telefone para contato.
 1. Certidão de ônus reais do imóvel atualizada (com a averbação de alteração de situação civil em sendo o caso);
2. Cópia de Certidão de Casamento (se for o caso), do RG e CPF (do casal);
3. Cópia da cadeia completa de procurações atualizadas, (se for o caso);
4. Cópia do carnê do IPTU com a informação do imóvel a ser escriturado.
Após o envio, os documentos serão anexados aos autos administrativos do respectivo endereço. Posteriormente, a Codhab irá entrar em contato com o morador para agendar a entrega individual da escritura.
Essa medida foi adotada para evitar aglomeração, atendendo ao Decreto nº 40.583, pelo Governo do Distrito Federal, para conter a proliferação de casos da Covid-19.
*Com informações da Codhab
agência brasília

Soja: Bunge impõe moratória do Cerrado a produtor do Piauí

POLÊMICA

Aprosoja recomenda que plantio de semente de soja seja feito em ...

De acordo com entidades, a exigência ultrapassa a legislação brasileira e prejudica os agricultores na hora de comercializar a produção
Em contrato de compra e venda ao qual o programa Mercado & Companhia, do Canal Rural, teve acesso, a Bunge Alimentos exige que um produtor de Uruçuí (PI) garanta que a soja fornecida não tenha origem em áreas desmatadas após julho de 2008. O fato chama atenção já que não existe uma moratória no Cerrado brasileiro, bioma em que esse agricultor está inserido.
No país, existe apenas a moratória da soja na Amazônia, pacto comercial feito em 2006 entre a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove)Associação Brasileira dos Exportadores de Cereais (Anec), governo e sociedade civil. O acordo estabelece o compromisso de não haver comercialização nem financiamento de soja produzida em áreas desmatadas desse bioma após julho de 2008, data de referência do Código Florestal.
A Abiove afirma, em nota, que a legislação ambiental brasileira é muito rigorosa e que a entidade e suas associadas não têm intenção de reproduzir para o bioma Cerrado o mesmo mecanismo de moratória aplicado à Amazônia.

Resposta da Bunge

Em nota, a Bunge informa que, como não teve acesso à íntegra do contrato e, consequentemente, à identificação do contratante a que o negócio se refere, ou mesmo à data do documento, não é possível fazer uma avaliação adequada.
A empresa afirma que, em seus contratos, há disposição pelas quais tem a intenção de garantir que a soja adquirida esteja de acordo com a moratória referente à Amazônia. No entanto, informa que seus contratos não têm a intenção de exigir ou aplicar aos produtores a moratória para áreas na região do Cerrado.

Visão do setor produtivo

O diretor-executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Piauí (Aprosoja Piauí), Rafael Maschio, diz que os relatos vêm desde a safra colhida em 2019 e que o principal problema é que a trading não especifica que a moratória se refere ao bioma Amazônia, causando incerteza no produtor do Cerrado. Segundo ele, o episódio não é isolado e outros casos teriam sido relatados inclusive em difentes regiões e culturas, como o milho.
Essa ambiguidade traria dificuldades ao agricultor no momento da comercialização, afetando diretamente a margem de venda. Além disso, de acordo com Maschio, é preciso consolidar as fiscalizações, pois o produtor que se adequa às exigências tem custos maiores. Segundo o dirigente da Aprosoja Piauí, a sustentabilidade deve conciliar também a questão social e econômica, para não inviabilizar a produção.
O coordenador de Sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias, afirma que a legislação brasileira é bastante exigente e o produtor já vem desenvolvendo e aplicando recursos para adequar sua produção. Estender a moratória ao bioma Cerrado, estando dentro da Amazônia Legal ou não, parece arbitrário, na avaliação dele, e vai contra o processo de desenvolvimento sustentável, uma vez que as metas contra o desmatamento estão sendo cumpridas.
Ananias indica que a CNA está trabalhando para que não haja restrição no bioma Cerrado, desde que os produtores cumpram as exigências legais atuais.

Importância da agricultura para Matopiba

Marcos Jank, pesquisador sênior de Agronegócio Global do Insper, afirma que o Cerrado do Matopiba (região formada por áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) é um território de desenvolvimento recente e tardio do agronegócio brasileiro.
“Essa região pode se tornar um polo de exportação, com agricultura de alta tecnologia e saída direta pelos portos do Norte, ou pode ficar parecida com algumas áreas da África, onde existe agricultura de subsistência, que vai acabar desaparecendo por conta da saída das pessoas”, diz.
De acordo com Jank, os municípios em que há exploração da agricultura apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) bem mais altos do que aqueles que têm apenas pecuária. Além disso, as cidades com ambas as atividades possuem índices maiores que a média dos municípios brasileiros. “A agricultura traz um aumento de renda que, para essa região, é altamente necessário. Talvez seja a única alternativa econômica, de fato”, diz.
Por Canal Rural